2 minute read

18 – Teseu vitorioso

18

TESEU VITORIOSO

Advertisement

Ao despertar, Teseu procurou seus companheiros. Mostrou-lhes a cabeça do bicho, troféu de sua força, e encaminharam-se à saída do Labirinto, seguindo em frente e invadindo o palácio de Minos.

Ariadne correu-lhes ao encontro, feliz. – Você é um herói em Creta e em Atenas, Teseu! – gritou animada.

Minos surgiu acompanhado de sua guarda pessoal. – Você venceu, Teseu, enfim! – disse o rei. – Sim, e vitorioso como sou, exijo que me aprontem um navio para que eu saia destas terras ingratas o quanto antes!

O rei ficou em silêncio, observou-o e perguntou: – Não deseja uma festa de comemoração? – Não desejo nada que me recorde as mortes dadas por este monstro naquele Labirinto! – falou e jogou a cabeça monstruosa do Minotauro, que estava escondi-

da e envolvida em um saco. A cabeça escapou e foi bater aos pés do rei. Este recuou dois passos e, enjoado com o que viu, respondeu: – Saia o quanto antes daqui e leve-a consigo! – apontou Ariadne e retirou-se.

No porto, Teseu e os companheiros inutilizaram as embarcações cretenses, temerosos de perseguição. Estavam felizes, pois retornariam vivos e sãos e salvos a Atenas.

A embarcação saiu do porto sob a vigilância dos soldados de Minos. Não houve retaliação do rei por conta dos estragos cometidos por Teseu e seus companheiros. O rei entendeu que seria melhor deixá-los ir do que retê-los; a morte do Minotauro trouxe desagradáveis lembranças ao tirano de Creta.

Ariadne embarcou também, não obstante a repulsa dos companheiros de Teseu, principalmente Eribeia. – Por que ela vem conosco? – queria saber. – Porque nos salvou e nos quis vivos – respondeu Teseu. – O novelo não foi tão importante, o braço fez mais que a ideia da retirada do Labirinto! Você matou o monstro, encontrar a saída do Labirinto era tarefa menor! – falou Menestes.

Teseu aborreceu-se e se afastou. Foi ao encontro de Ariadne, distante, do outro lado do convés, solitária.

– Posso me aproximar? – Claro que sim, por que não? – Você está bem? É isso mesmo que quer, Ariadne?

A moça voltou-se, o belo rosto e os olhos penetrantes cativaram Teseu. A meiguice da princesa seduziu-o ternamente. – Teseu, bem sei que muitos não gostam de mim; Eribeia mesmo me detesta, mas você me agrada, gostei muito de você, por isso peço que me leve também a Atenas – falou, mansa.

O homem enlaçou-a pela cintura, conduziu-a à amurada, voltou-a ao mar e permaneceram quietos, olhando a imensidão do mar, longe dos perigos…

À frente, na ilha de Naxos, o navio faria escala e poderiam descansar em terra firme. – Bonita ilha, que local magnífico! – murmurou Ariadne. – A água aqui é verde, verde, muito límpida! Lugar dos deuses, Ariadne – falou, encantado, Teseu. – Quero visitar a ilha. Vamos? – voltou-se a Teseu, empolgada. – Sim, vamos sim! – animou-se ele.

E a ilha foi se aproximando, o navio avançando e as terras, que antes pareciam mínimas, foram se avolumando, quantificando-se, até que um tripulante gritou forte: – Naxos à vista!

E o casal se estreitou mais e mais…

This article is from: