Brasília Capital n Política/ Pelaí n 3 n Brasília, 19 a 25 de fevereiro de 2022 - bsbcapital.com.br
Barroso x Bolsonaro O ministro Luís Roberto Barroso se despede do Tribunal Superior Eleitoral na terça-feira (22). Ele liderou o TSE nas eleições de 2020 e defendeu arduamente a urna eletrônica e o sistema brasileiro de votação dos ataques do presidente Bolsonaro. JOGO DURO – Mesmo com a saída de Barroso, o TSE se manterá firme na defesa da democracia. É o que prometem os novos presidente,
Edson Fachin, e vice, Alexandre de Moraes. Bolsonaro e sua ânsia autoritária não terão vida fácil durante as eleições deste ano. MAMBEMBE – Antes do adeus, Barroso afirmou, em entrevista coletiva, que tentativas do presidente de desacreditar o processo eleitoral configuram “repetição mambembe” do que fez Donald Trump nos EUA após perder as eleições de 2020.
Brasília Capital na TV Numa parceria com a TV Comunitária, o Brasília Capital e o blog Brasília por Chico Sant’Anna estreiam, segunda-feira (21), às 19h30, o programa “Brasília Capital Notícias – Eleições 2022”. O primeiro entrevistado será o ex-deputado e pré-candidato a governador pelo PT, Geraldo Magela. Apresentado ao vivo, com duração de 30 minutos, o programa será transmitido pelo canal 12 da Net e pelo Facebook da TV Comunitária, do Brasília Capital e do blog Brasília por Chico Sant’Anna e terá a participação do editor do Brasília Capital, Orlando Pontes, e
do diretor da TV Comunitária, Paulo Miranda. A apresentação será de Chico Sant’Anna.
DIVULGAÇÃO
Abritta é o novo presidente do Sindivarejista O empresário Sebastião Abritta foi eleito, sexta-feira (18), presidente do Sindicato do Comércio Varejista do DF. Ele encabeçou chapa única à sucessão de Edson de Castro. Os vices-presidentes eleitos são Antônio Mathias, Talal Abull Alan e Geraldo César Araújo. A posse da nova dire-
toria será no dia 1º de abril. Abritta prometeu trabalhar para dinamizar o varejo com criatividade, espírito vencedor e a união dos varejistas. Vamos ter em mente trazer novas empresas do varejo para o Distrito Federal, gerando empregos e renda”
A sanha dos militares pelo poder político J. B. Pontes (*)
camente estaria ao lado do governo. Este, no entanto, nada fez. DIVULGAÇÃO O Gabinete foi induzido a reunirInegável que D. -se no Quartel General do Exército, Pedro II foi um goonde foi cercado pelas tropas rebelvernante culto, hondes. Instado a reagir em defesa do rado, honesto e comgoverno, Floriano recusou-se. Ouro prometido com os Preto teve que se render. As portas interesses do Brasil. do QG foram, então, abertas aos miliE sensível à causa tares rebelados. A esse respeito, disse dos mais pobres, inOuro Preto: “Fomos miseravelmente clusive os escravos. traídos. Chamaram-nos para esta raLutou, a despeito de toeira afim de que não pudéssemos uma classe política desqualificada e dos poderosos, pela organizar lá fora a resistência. Antes grandeza do País, pela educação e me houvessem matado!”. pela igualdade social e econômica. Sua deposição por um golpe militar – O TIRO NO PÉ DE D. PEDRO II – Assim, a Proclamação da República - foi um em 15 de novembro de 1989, Deodoato injusto e covarde, marcado por ro, um monarquista admirador de D. corporativismo, traições e fake news, Pedro II, subiu as escadas do QG do só justificado pela ânsia dos militares Exército dando vivas ao Imperador, declarando a derrubada do governo e pelo poder político. A família real sofria desgastes po- a prisão dos Ministros. Cientificado da situação por Ouro líticos desde 1870, fato agravado pelo descontentamento da aristocracia ru- Preto, liberado para com ele converral pela abolição da escravidão, equi- sar, Pedro II relutou em aceitá-la. Foi vocadamente atribuída à Princesa Iza- convencido, afinal, de que o golpe não bel. É certo que os ideais republicanos tinha volta, e numa atitude impensada excitavam o ânimo dos intelectuais e indicou Gaspar Silveira Martins para dos universitários. Ideais que, em ver- montar o novo gabinete. Um tiro no dade, nunca foram seguidos no Brasil. pé... Isso porque o gaúcho era inimigo de Deodoro, a quem havia acusado de A BRAVATA DE OURO PRETO – Segundo o crimes (não comprovados). Além dishistoriador Paulo Rezzutti, tudo come- so, ambos disputaram o amor da Baçou com atritos entre os militares e o ronesa do Triunfo, Maria Adelaide de governo, potencializados por uma bra- Andrade Neves Meireles, que acabou vata do então presidente do Conselho por preferir Silveira Martins. de Ministros, Visconde de Ouro Preto, a respeito do Marechal Deodoro, li- CORPORATIVISMO, FAKE NEWS E TRAIÇÕES – derança militar que mais se insurgia Por isso, na noite de 15 de novembro, contra os políticos: “... este prende-se e quando Deodoro soube da possível indicação do inimigo para primeiro-mifuzila-se”. O major Frederico Sólon, encar- nistro, declarou proclamada a Repúbliregado pelos republicanos, passou a ca. Seguiu-se o sítio ao Paço Imperial e espalhar boatos - fake news - de que a ordem do governo provisório para a Deodoro seria preso e que alguns cor- família real deixar o País em 24 horas, pos do Exército sediados no Rio de Ja- motivada pelo medo de um contragolneiro seriam transferidos para outras pe, que começava a ser articulado. A faprovíncias. A boataria chegou aos mília real já estava na Europa quando quartéis e três batalhões rebelaram- recebeu a notícia do banimento. Esta a origem e as motivações da -se em solidariedade ao Marechal. A rebelião, em princípio, objetivava nossa República: corporativismo, fake somente a derrubada do Gabinete de news e traições, assim como a sanha dos Ministros. Ou seja, do governo, e não militares pelo mando político, elementos que persistem até hoje. da monarquia. E o povo continua excluído da deOuro Preto reuniu os ministros no Arsenal da Marinha para analisar mocracia... a situação. Várias providências para conter a rebelião foram atribuídas ao Marechal Floriano Peixoto, que teori- (*) Geólogo, advogado e escritor