JornalCana 340 (Agosto/Setembro 2022)

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Agosto/Setembro 2022

Série 2

Número 340

www.axiagro.com.br

Menos custos, mais sustentabilidade

Tecnologias inovadoras desenvolvidas pela Citrotec® reduzem custos operacionais, diminuem consumo energético e tornam o manejo de vinhaça sustentável e rentável




CARTA AO LEITOR

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Agosto/Setembro 2022

índice

carta ao leitor

MERCADO

Andréia Vital - redacao@procana.com.br

Etanol de cana caminha para nova etapa de descarbonização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 e 9 Investimento em créditos verdes mobiliza o setor bioenergético . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 Raízen e Embraer firmam parceria que estimula produção de combustível para aviões12 Biogás e biometano podem ser uma rota de diversificação da cana em Pernambuco .14 Bioenergética Aroeira construirá planta de biometano de Minas Gerais . . . . . . . . . . . . .16 Usina Coruripe investe R$ 200 milhões para aumentar produção de açúcar . . . . . . . . . .18 BNDES concede garantia a financiamento de R$ 176 milhões para produtores de cana 18

INDUSTRIAL Menos custos, mais sustentabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20 e 21 “Precipitador eletrostático HPB pode ser aplicado em qualquer caldeira do setor” . . .22

ROAD SHOW Ingenio Magdalena avança como primeira Usina 40 na América Central . . . . . . . . . . . . .24 Ingenio Aguaí, da Bolívia, implementa laços fechados Vapor e Energia e na área de extração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25 Eu faço parte! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25 Veja por onde passou o road show da transformação digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26

USINAS Atvos conta com 1ª mulher do agronegócio a obter licença da ANAC para pilotar VANTs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28 Usina Açucareria Guaíra inicia operação da fábrica de enriquecimento de vinhaça . . . .28

AGRÍCOLA AGRIMEC apresenta seus implementos canavieiros na Fenasucro&Agrocana 2022 . . . .30 Utilização de insumos biológicos faz usinas reforçarem estratégias de manejo . .32 e 33 A irrigação por gotejamento pode contribuir com a sustentabilidade dos canaviais . .34 Fábrica de insumos biológicos reduz custos para associados da Cooperativa Pindorama . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36

LOGÍSTICA 75 anos da aviação agrícola brasileira são comemorados com congresso . . . . . . . .38 e 39 BP Bunge e VLI renovam parceria para operação multimodal de açúcar . . . . . . . . . . . . .40

GENTE Hugo Cagno Filho é eleito presidente da UDOP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42

“Mas sede fortes, e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra terá recompensa.”

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NOSSA MISSÃO

Cada vez mais as companhias buscam soluções para impulsionar a produtividade sem tirar da mira a sustentabilidade e a rentabilidade. Neste sentido, o conceito de economia circular passou a ser um tema essencial no planejamento das empresas, que investem em boas práticas ambientais, sociais e corporativas, implementando, assim, os critérios do tão falado “ESG” (sigla da língua inglesa para Environmental, Social and Governance). O aproveitamento dos subprodutos da cana para a produção de energia elétrica, fertirrigação e combustíveis, processos de gestão, políticas de diversidade, equidade e inclusão, entre outros, passou a ser um novo paradigma para a qualificação das empresas e o mercado financeiro está atento a esses indicativos ambientais, sociais e corporativos. A edição de agosto/setembro mostra exatamente isso, ressaltando que as usinas vêm intensificando as práticas ESG na busca de certificações que encurtam o acesso a capitais verdes e créditos de carbono. O assunto foi pauta de um webinar promovido pelo JornalCana, que contou com a participação de Livia Ignacio, Country Manager Brazil da Bonsucro; Mucio Mattos, Sócio e Head de Crédito da Vectis Gestão, e Thierry Soret, CFO da Usina Coruripe. Neste contexto, a edição traz como matéria de capa as tecnologias inovadoras de destilação acoplada à concentração de vinhaça, evaporação, desidratação de etanol e condensação evaporativa desenvolvidas pela Citrotec®, que reduzem custos operacionais, diminuem consumo energético e tornam o manejo de vinhaça sustentável e rentável. Desde 2000, a empresa desenvolve tecnologias que revolucionam os setores sucroenergético, alimentício, de mineração e evaporação de efluentes e suas soluções. A edição destaca ainda que lideranças e entidades discutem os desafios para a viabilização econômica de novas plantas de biogás e biometano, principalmente no Nordeste, que ainda não tem nenhum projeto em fase adiantada.Também traz informações sobre investimentos na área, como o da Bioenergética Aroeira, que anunciou parceria com a ZEG Biogás para construir uma planta de biometano em Minas Gerais. Com investimento inicial de 30 milhões, a unidade será construída na cidade de Tupaciguara, sendo a primeira planta de biometano do Estado. O leitor encontra também matéria sobre os 75 anos da aviação agrícola brasileira, que hoje tem a segunda maior frota do mundo. São quase duas mil e quinhentas aeronaves utilizadas para aplicação de defensivos, fertilizantes e até para a semeadura, além de uma entrevista exclusiva com o engenheiro químico e professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli−USP) Marcelo Martins Seckler, que destaca uma pesquisa feita por um grupo que investiga se é possível, por meio de sistemas de adsorção, capturar CO2 de gases provenientes da combustão de biomassa da cana−de−açúcar. É muito conteúdo interessante. Boa leitura!

2 Crônicas 15:7

ISSN 1807-0264

Sustentabilidade deixou de ser moda; agora é essencial

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“Desenvolver o agronegócio sucroenergético, disseminando conhecimentos, estreitando relacionamentos e gerando negócios sustentáveis"

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MERCADO

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ETANOL VERSUS HÍBRIDOS

Etanol de cana caminha para nova etapa de descarbonização CO2 da biomassa geradora do etanol? A adsorção é utilizada industrialmente há mui− tos anos na indústria química. A novidade da nossa pesquisa é aplicar a adsor− ção para purificar gases oriundos de biomassa, pois a composição dos gases é diferente de gases origina− dos de carvão ou óleo combustível, por exemplo, para os quais o fenômeno é melhor conhecido.

Nova tecnologia ampliará potencial de sequestro de CO2 do biocombustível ante combustíveis fósseis e motores elétricos

Vem aí uma nova etapa de descarbonização do etanol de cana−de−açúcar. Trata−se da captura de dióxido de carbono (CO2) durante a combustão da matéria−prima do etanol. Em fase de pesquisa, essa tecnologia acelera o rit− mo de descarbonização do setor sucroenergético, le− vando em conta que a cana já sequestra carbono na fase de cultivo, via fotossíntese. Fora isso, há o ganho − histórico − para o bio− combustível nos transportes. Hoje, como se sabe, o etanol já emite menos CO2 ante a gasolina e mes− mo diante de fontes poluentes (caso do carvão), que dão origem a componentes dos veículos elétricos e eletrificados. Com o sequestro de CO2 também na fase de combustão, o etanol irá alcançar novo patamar no universo da descarbonização. “Otimização de sistemas de adsorção por modu− lação de temperatura – Temperature Swing Adsorp− tion (TSA) – para captura de CO2” é o nome do projeto e, à frente ele, está um grupo de pesquisado− res da Universidade de São Paulo (USP) e da Uni− versidade Federal do Ceará (UFC). Esses pesquisadores investigam se é possível, por meio de sistemas de adsorção, capturar CO2 de ga− ses provenientes da combustão de biomassa da ca− na−de−açúcar. Para entender mais a respeito do assunto, Jornal− Cana entrevista o engenheiro químico Marcelo Mar− tins Seckler. Ele é professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli−USP) e coordena− dor do projeto. Jor nalCana − O projeto coordenado pelo sr. poderá atestar nova etapa de descarbonização da biomassa da cana−de−açúcar? Marcelo Seckler − No nosso projeto desenvol− vemos a técnica de sorvetes sólidos para capturar gás carbônico, impedindo que ele seja emitido para a at− mosfera. Esta técnica tem o potencial de ser mais econô− mica e de consumir menos energia na captura do que a técnica mais aceita de absorção em líquidos.

Ela é promissora quando pensamos em usar o gás carbônico capturado como matéria prima para outros compostos. Há também estudos para armazenamento do CO2 na subsuperfície, mas tais técnicas ainda estão longe de uma aplicação segura em larga escala. É possível prever quanto de CO2 pode ser captu− rado nos gases provenientes da combustão da biomassa da cana? Em princípio, sempre que pensamos em obter energia pela queima de biomassa, o CO2 gerado na combustão pode ser tratado por esta técnica. O ba− gaço de cana, por exemplo, hoje em dia já é quei− mado em usinas, então cada usina poderia ter uma unidade desta acoplada. Comente a respeito do sistema de adsorção, em− pregado no projeto e já usado na indústr ia para lim− par cor rente de ar contaminada por amônia, ou pa− ra pur ificar gás natural. A adsorção é utilizada industrialmente há mui− tos anos na indústria química para purificação de gases. Ela também é utilizada em situações mais cor− riqueiras, como os filtros de água em nossas cozi− nhas: aquela parte preta do filtro é carvão ativo, que purifica a água. De forma geral, a adsorção consiste em colocar o fluido que queremos tratar em contato com um sólido particulado. Quando o fluido atravessa um meio contendo este sólido, a impureza de interesse fica retida no sólido e o fluido deixa o equipamen− to em forma pura. As partículas são porosas, por isso conseguem re− ter uma boa quantidade de impurezas. Esse sistema nunca foi empregado na captura de

No projeto, a equipe da UFC trabalha na frente de processo de adsorção de for ma exper imental em pequena escala. Isso para entender de que for ma se pode f azer a separação eficiente de CO2 na presen− ça de impurezas deste tipo de gás. É possível prever em quanto tempo essa f ase poderá estar pronta? Em dois anos teremos uma boa ideia do com− portamento da adsorção frente à biomassa. Estamos centrando esforços nos gases gerados a partir do bagaço de cana. Já em relação a outra frente, a cargo da USP, o trabalho é o de se aplicar a proposta em g rande es− cala como no caso de uma usina de cana. No caso, a equipe simulará todo o processo em computador e a proposta, enfim, é de projetar um equipamento in− dustr ial para realizar a adsorção. Assim como na frente da UFC, é possível estimar um prazo para tér− mino? No mesmo prazo [de dois anos] esperamos de− senvolver critérios de projeto para unidades de cap− tura de CO2 industriais. Ainda sobre o equipamento industr ial, o sr. acre− dita que ele possa ser fabr icado pela indústr ia nacio− nal de bens de capitais do setor sucroenergético? O processo em estudo envolve um equipamen− to inovador, são dois leitos fluidizados acoplados, mas não é nada que não possa ser feito no país. Nós forneceremos as informações necessárias para o projeto conceitual do processo. O país tem empresas de engenharia e de fabri− cação de equipamentos habilitadas para converter o processo conceitual em realidade física. Produzir etanol verde, sem emissão de CO2, está no radar de todo o setor sucroenergético. Chegar a essa produção deixa o biocombustível bem à frente de tecnologias ditas limpas como a dos motores elétr i− cos e eletr ificados. Qual sua avaliação a respeito? Tudo o que fazemos no planeta tem algum im− pacto, não há uma fórmula mágica. Devido à emergência climática, temos que usar todos os re− cursos a nosso alcance, ao contrário de apostar nu− ma única solução.


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Saiba mais sobre o projeto O projeto “Otimização de siste− mas de adsorção por modulação de temperatura – Temperature Swing Adsorption (TSA) – para captura de CO2” é desenvolvido no âmbito do Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI), centro de pes− quisa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Shell. A coordenação do projeto cabe ao engenheiro químico Marcelo Martins Seckler, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli−USP). Segundo ele, que trabalhou por mais de duas décadas no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e tam− bém foi professor da Universidade Técnica de Delft, na Holanda,“o pro− cesso de adsorção, que utilizamos em nossa pesquisa, é mais econômico em termos energéticos.” Ele é mais econômico porque substitui o líquido por um material sólido altamente poroso. Para se ter ideia, um grama dessa partícula pode abrigar cerca de mil metros quadrados de poros. Graças a essa característica, o material tem grande capacidade de atrair o gás car− bônico, tornando o processo de cap− tura de CO2 mais rápido e eficaz”. O projeto está sendo conduzido em duas frentes. Em uma delas, pesquisadores do departamento de Engenharia Quími− ca da UFC, liderados pela professora Diana Cristina Silva de Azevêdo, es− tudam o processo de adsorção de for− ma experimental em pequena escala. O motivo é simples: se quer enten− der de que forma se pode fazer a sepa− ração eficiente de CO2 na presença de impurezas típicas deste tipo de gás. Em outra frente, pesquisadores da USP estudam a viabilidade de se apli− car a proposta em grande escala, como no caso de uma usina de cana−de− açúcar, por exemplo.

Otimização topológica Para otimizar o desempenho dos equipamentos, o projeto vai lançar mão da otimização topológica, técni− ca criada na década de 1980, nos Es− tados Unidos, pelo matemático dina− marquês Martin Philip Bendsoe e pe− lo engenheiro mecânico japonês No− boru Kikuchi.

Trata−se de uma ferramenta computacional utilizada em projetos de estruturas de alto desempenho, que busca encontrar a distribuição mais adequada de materiais dentro de um espaço específico. “É uma técnica que nasceu e foi aplicada no campo da engenharia mecânica, mas seu uso vem se expan− dindo ao longo do tempo”, conta o engenheiro mecatrônico Emílio Car− los Neli Silva, professor da Poli−USP e vice−coordenador do projeto. “No RCGI, utilizamos a otimiza− ção topológica na área de fluidos e química e, no caso desse projeto em particular, adotamos o modelo em sis− temas de leitos fluidizados, o que é uma novidade no mundo”, prossegue. O pesquisador é um dos precur− sores da otimização topológica no

Brasil, área em que atua desde os anos 1990, quando voltou do doutorado realizado na Universidade de Michi− gan (EUA), sob orientação de Kiku− chi, hoje presidente do centro de es− tudos da montadora Toyota. Segundo Silva, para apurar ainda mais a precisão do equipamento a equipe avalia usar também inteligên− cia artificial durante o processo. “Sistemas de leitos fluidizados são reações químicas extremamente com− plexas. O cérebro humano não con− segue gerenciar sozinho, sem ajuda de máquinas, toda a expertise necessária para se projetar um dispositivo com a finalidade ambicionada pelo nosso projeto, que é melhorar a adsorção de CO2. É uma operação que demanda alta sensibilidade: se mexermos em um pequeno detalhe relativo à tempera−

tura, por exemplo, podemos melhorar ou piorar o processo”, constata o es− pecialista. Por fim, os pesquisadores sediados em São Paulo e em Fortaleza vão in− terligar os estudos experimentais e de modelagem para desenvolver métodos de projeto para a indústria. “Os conhecimentos gerados neste projeto vão permitir, por exemplo, que se ofereça subsídios para empresas interessadas em cons− truir equipamentos capazes de cap− turar CO2 de gases provenientes da combustão de biomassa da cana−de− açúcar. No futuro próximo esses equipamentos poderão ser instalados em indústrias do setor sucroalcoo− leiro e contribuir para a produção do etanol verde, sem emissão de CO2”, prevê Seckler.


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Investimento em créditos verdes mobiliza o setor bioenergético Usinas intensificam práticas ESG na busca de certificações que encurtam o acesso a capitais verde e créditos de carbono Publicação de 2020 feita por cer− tificadora internacional de títulos ver− des em conjunto com o Ministério da Agricultura, aponta que existe no Brasil um grande potencial para ex− ploração das finanças verdes. Segundo a publicação, apenas no setor de cana− de−açúcar, com 1,5 milhão de hecta− res, são 65 bilhões de reais, com po− tencial de acesso a capital de 15 bi− lhões de dólares. Dentro deste contexto, pesquisa realizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aponta que as in− formações ESG se tornam cada vez mais relevantes para as decisões de in− vestimento dos participantes do mer− cado de capitais. Conforme a pesqui− sa, cerca de 64% dos entrevistados res− ponderam que levam em considera− ção os critérios ESG na escolha dos seus investimentos. Com práticas ESG inerentes à ati− vidade bioenergética, as usinas de ca− na−de−açúcar, têm como desafio co− municar essas ações ao mercado fi− nanceiro, abrindo caminho para ex− ploração desse chamado capital verde. O assunto foi pauta do webinar realizado no dia 13 de julho, promo− vido pelo JornalCana como o tema: “ESG NAS USINAS – Oportunida− des em capitais verdes e créditos de carbono”. Com o patrocínio das empresas AxiAgro e S−PAA Soteica, o webinar contou com a participação de Livia Ignacio, Country Manager Brazil da Bonsucro; Mucio Mattos, Sócio e Head de Crédito da Vectis Gestão e Thierry Soret, CFO da Usina Coru− ripe. O painel virtual foi mediado pelo jornalista do JornalCana, Ales− sandro Reis. Para Livia Ignacio, da Bonsucro, a certificação é um facilitador para que as usinas possam ter acesso a essas fi− nanças sustentáveis. “Fiz um mapea− mento das 20 operações financeiras classificadas como verdes ou sustentá− veis com usinas médias de cana−de− açúcar, desde o primeiro empréstimo feito pela Tereos em 2020. Destas 20

thierry-soret

Livia Ignácio

Mucio Mattos

operações, 15 das usinas contam com a certificação Bonsucro. Então a cer− tificação teve um papel fundamental em atender os requisitos que essas operações financeiras tinham, de tal forma, que possivelmente foi muito mais fácil para essas usinas acessarem capital e se prepararem para isso quando elas já tinham a certificação na sua operação”, explicou. Livia explicou também que as usinas certificadas podem ainda se uti− lizar da plataforma de créditos da Bonsucro, onde elas podem converter essa produção em créditos que podem ser comercializados dentro da plata− forma. “Hoje temos 23 empresas que vendem créditos de produtos Bonsu− cro nesta plataforma e 14 empresas compradoras. Na safra 2020/21 tive− mos 43 operações e na 2021/22, 57, um crescimento de 33%”. Segundo Livia, a Bonsucro tem ainda o Fundo de Impacto Bonsucro, que destina recursos para projetos do setor sucroenergético. Os recursos deste fundo vem da taxa administra−

tiva que a Bonsucro recolhe pelas operações na plataforma de crédito. O mais recente edital do fundo, prevê a liberação de recursos para dois proje− tos com foco em direitos humanos e trabalho decente. Serão destinadas 150 mil libras para cada projeto. Mucio Mattos, da Vectis Gestão, acredita que ainda estamos só no iní− cio do que o agronegócio vai fazer no mercado de capitais. “Hoje os tí− tulos de CRAS e LCA representam 18% do PIB do agronegócio versus 45% da LCI e dos CRIS no merca− do imobiliário. E por que tanta dife− rença entre um e outro? É que boa parte vem por conta da gente até en− tão, não ter tido um veículo que pu− desse fazer aí investimentos no setor e que tivesse o benefício tributário também para as pessoas físicas. Ima− ginamos que isso irá mudar com ad− vento recente dos Fiagros, que foram criados para canalizar investimentos do setor e trazendo para as pessoas fí− sicas benefício fiscal do Imposto de Renda sobre os rendimentos. Já te−

mos R$ 3,6 bilhões captados ou em processo de captação”, explica. Aqui no Brasil a gente desde 2015, tem visto o crescimento na emissão de títulos verdes no mercado local. O se− tor de energia ainda representa uma parcela bastante relevante dessas emis− sões e a gente espera que o agronegó− cio cresça bastante, sendo que de 2009 para 2021, houve um aumento expo− nencial das emissões de títulos verdes. “O que antes era concentrado em emissões de debêntures, observamos que as emissões de CRA cresceram bastante nos últimos anos. Em 2020 representou ali 176 milhões de dóla− res e já em 2021 738 milhões, um au− mento aí de mais três vezes em rela− ção ao ano anterior e acreditamos que cada vez mais, esses instrumentos ver− des vão ser popularizados no merca− do e vão ser critérios para os investi− mentos dos Fundos”, disse. Com relação ao CBIOs Mucio avalia que o mercado de crédito car− bono no Brasil para as usinas já está bem desenvolvido.“A gente vê o pre− ço do CBIO batendo R$ 200 reais por tonelada, praticamente o dobro do preço médio de 2021, por volta de R$ 115 reais”, avaliou. Durante sua participação, Thier− ry Soret, CFO da Usina Coruripe, ressaltou que a sustentabilidade é o pilar central do grupo, sendo que 93% das emissões da companhia são de baixo impacto para o meio am− biente. Dando como exemplo, que as fábricas da empresa produzem eletri− cidade suficiente para garantir autos− suficiência e vender o excedente pa− ra empresas de serviços públicos. Além disso, nas plantas da Coruripe, a água é usada em circuito fechado, a fim de ser reutilizada em sua totali− dade após o tratamento. Para o executivo, o grande desafio das usinas será o de divulgar para o mercado todas as ações ESG que são desenvolvidas pelo setor. “Precisamos comunicar todas as nossas iniciativas e colocar os objetivos que nós temos de uma forma estruturada para que o mercado enxergue. Temos que refor− çar os processos e trazer mais credibi− lidade para todos esses projetos que nós fazemos no âmbito de social, am− biental e também a parte de gover− nança, para olharmos oportunidades de novas receitas e ter créditos verdes a custos menores.Temos mais ou me− nos de 15 a 20% da nossa captação que tem o fundo verde e pretendemos avançar”, afirmou Soret.



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Raízen e Embraer firmam parceria que estimula produção de combustível para aviões Iniciativa reforça agendas de sustentabilidade das duas empresas, contribuindo com a descarbonização do setor A Raízen e a Embraer assinaram no dia 17 de julho, uma Carta de In− tenções com o compromisso de esti− mularem o desenvolvimento do ecos− sistema de produção de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês), reforçando a agenda de sustentabilidade das duas empresas. Entre as intenções, a Embraer irá se tornar a primeira fabricante de aero− naves a consumir SAF que poderá ser distribuído pela Raízen, empresa re− ferência global em bioenergia. A iniciativa beneficia a indústria de transporte aéreo em todo o mun− do e o uso da tecnologia é também parte fundamental da estratégia da Embraer em neutralizar a pegada de carbono de suas operações até 2040, uma vez que mais de 60% das emis− sões nas operações da empresa decor− rem do uso de querosene de aviação em ensaios e voos de produção. “O SAF tem um papel funda− mental na redução das emissões da aviação no curto e médio prazo. Diante disso, este acordo visa estimu− lar o crescimento e a sustentabilidade da cadeia de valor como um todo”, disse Carlos Alberto Griner, vice− presidente de Pessoas, ESG e Comu− nicação da Embraer. “ESG é um dos pilares do nosso plano estratégico e estamos buscando todas as oportuni−

dades para acelerar a redução das nos− sas emissões de carbono.” O movimento também reforça o empenho da Raízen no desenvolvi− mento e pesquisa em combustíveis sustentáveis para setores que estão se mobilizando para buscar soluções em seus desafios de redução de pegada de carbono. “Como empresa integrada de energia, a Raízen tem metas desafia− doras ao pretender ampliar em 80% sua oferta de renováveis para o mer− cado e fazer esse aumento com a maior eficiência possível no nosso processo produtivo e na ajuda da re−

dução do impacto de nossos clientes. Como os maiores produtores de eta− nol de cana−de−açúcar no mundo, é natural estarmos olhando para uma possível oferta de SAF. Esta parceria com a Embraer, uma referência glo− bal, reforça a agenda de sustentabili− dade e expansão do portfólio da companhia”, explica Antonio Cardo− so, vice−presidente de Marketing e Serviços da Raízen. A expectativa é que a Raízen contribua para que a Embraer atinja a meta de ter misturas de SAF repre− sentando 100% do seu consumo de combustível no Brasil até 2030. “A

parceria com a Raízen demonstra nosso pioneirismo no tema e simbo− liza as diversas oportunidades de par− cerias estratégicas que podem gerar novas possibilidades de negócios na área de combustíveis sustentáveis para a nossa empresa e a indústria de trans− porte aéreo como um todo”, disse Roberto Chaves, diretor Global de Suprimentos da Embraer. Legenda da foto: Carlos Alberto Griner,VP de Pessoas, ESG e Comu− nicação da Embraer, Antonio Cardo− so, VP de Marketing e Serviços da Raízen e Roberto Chaves, diretor global de Suprimentos da Embraer

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Biogás e biometano podem ser uma rota de diversificação da cana em Pernambuco Seminário discute os desafios do biogás no processo de transição energética Importante alternativa para pro− cesso de descarbonização e busca por mais eficiência energética, o biogás e o biometano enfrentam grandes desafios para se viabilizar economicamente. O assunto foi pauta do Seminário Gás – O combustível da transição energéti− ca, promovido, no mês de julho, pelo Movimento Econômico, em parceria com a Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe). O presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, explicou que o país tem um grande potencial para o setor, mas a falta de investimentos tem gerado desperdício. Dos mais de 100 milhões de metros cúbicos (MM m³) de gás natural ofertados por dia, 57,35 MM m³ são reinjetados. Essa média de reinjeção vem crescendo desde 2017, sendo que nos últimos dois anos esse índice ultrapassou o de gás ofertado ao mercado. Segundo dados da Abegás, essa perda de gás natural vai na contramão do aumento de demanda pelo com− bustível. A associação calcula um in− vestimento de US$ 49,5 bilhões sen− do escoamento e transporte (US$ 24 bilhões) e distribuição (US$ 11 bi− lhões) as áreas que necessitam de maiores aplicações. “É preciso mais investimentos em rotas de escoamento, unidades de pro− cessamento e gasodutos de transporte. Isso nos levará a uma redução da de− pendência da importação e a um mercado menos exposto à volatilida− de dos preços internacionais, maior competitividade e melhores condições de preço para todos os consumidores”, explicou Salomon.

Para o presidente da DATAGRO, Plínio Nastari, o biometano e o bio− gás podem fazer parte da rota de di− versificação da cana−de−açúcar em Pernambuco. Ao produzirem açúcar e álcool, as usinas geram dois subprodu− tos que podem ser usados como ma− téria−prima para fazer o biogás e, posteriormente, o biometano: a vi− nhaça e a torta de filtro. Segundo Nastari, o estado per− nambucano desponta como um forte indutor de biocombustíveis, conse− quentemente, com um aliado do bio− gás e do biometano. Do açúcar ao biocombustível de avião, a cana−de− açúcar caminha para uma integração com o milho e, a partir da lógica da agricultura energética, aumentando a oferta de bioenergia sem afetar a pro− dução de alimentos. Em 2021, só a produção mundial de etanol atingiu os 105 bilhões de litros. O Brasil foi o segundo produtor e contri− buiu com pouco mais de 30%. Pernam− buco, de acordo com a DATAGRO, é o terceiro Estado da região no ranking de transição de consumo de combustíveis fósseis no transporte, são 38% de pre− sença do etanol (biocombustível). “O biocombustível nada mais é do

que o hidrogênio capturado, armaze− nado e distribuído de forma eficiente com economia e segurança. Nessa perspectiva de rumo à era do hidrogê− nio, o etanol e o biometano podem ser entendidos como hidrogênio na forma de combustíveis práticos, fáceis, seguros, eficientes e econômicos de capturar, ar− mazenar e distribuir”, afirmou Nastari. O presidente do Sindicato das In− dústrias do Açúcar e do Álcool (Sin− daçúcar) Renato Cunha, defendeu que o RenovaBio pode ser um dos instru− mentos de fortalecimento do biogás e do biometano como tem sido para o etanol.“É preciso estimular o financia− mento para garantir a hibridização das fontes de energia”, destacou. Esse olhar urgente se deve ao atraso que o Brasil vive no desenvol− vimento do biogás e do biometano em relação à Europa, contrariando o tamanho do seu potencial. São 18.770 plantas de biogás em 31 países euro− peus e 992 de biometano em 18 paí− ses naquele continente. Só na Alema− nha, as 9.009 fábricas de biogás têm capacidade de geração elétrica de 4.166 MW, 51% dessa potência vem de fontes renováveis, sendo 73% da si− lagem do milho.

A gerente executiva da Associa− ção Brasileira do Biogás (ABiogás), Tamar Roitman, afirmou que o Bra− sil tem o potencial que nenhum ou− tro país tem e que esse ativo tem si− do desperdiçado pela falta de incen− tivo de políticas públicas, regulação e certificação do setor. De acordo com Tamar, o biometa− no é o caminho para interiorizar o de− senvolvimento, o que deve ocorrer com a implantação de 25 fábricas do com− bustível, nenhuma delas no Nordeste. “Primeiro, é preciso levantar quais podem ser as fontes para a produção do biometano de acordo com a cul− tura local, aqui em Pernambuco temos a cana−de−açúcar, por exemplo. A partir daí é desmistificar o setor e apresentar as vantagens econômicas e ambientais”, declarou. Um exemplo de uso do biometano foi apresentado no seminário pelo pre− sidente da Companhia de Gás do Cea− rá (Cegás), Hugo Figueirêdo.A empresa começou a injetar o biometano em sua rede em maio de 2018 – e hoje, o in− sumo representa quase 15% no volume de distribuição de todo o gás canaliza− do comercializado pela companhia.

Augusto Salomon

Plínio Nastari

Renato Cunha

Tamar Roitman

Potencial desperdiçado



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MERCADO

Agosto/Setembro 2022

Bioenergética Aroeira construirá planta de biometano em Minas Gerais A unidade terá capacidade para produção de 4 milhões de metros cúbicos por safra A Bioenergética Aroeira coloca Minas Gerais no circuito do metano zero, com a estruturação de uma plan− ta de biometano. Com investimento inicial de 30 milhões, a unidade será construída na cidade de Tupaciguara, sendo a primeira planta de biometano do Estado. A investidora é a ZEG Bio− gás, que tem entre seus acionistas a distribuidora Vibra Energia (ex−BR Distribuidora), com 50% de participa− ção, além do grupo ZEG e da consul− toria FSL, com os outros 50%. Segundo o diretor−presidente da Aroeira, Gabriel Feres, a construção terá início no próximo mês de outu− bro, com previsão para produção e venda de biometano, a partir de abril de 2024. “Teremos um investimento inicial de R$ 30 milhões, podendo

Gabriel Feres

Daniel Rossi

chegar a R$ 120 milhões nas etapas de expansão futura”, informou Feres ao JornalCana. Na primeira etapa do projeto, a planta terá capacidade para produzir 4 milhões de metros cúbicos de biome− tano por safra. Nos próximos anos, a produção pode ser ampliada para até 16 milhões de metros cúbicos anuais. “Com a nossa tecnologia modu− lar, que permite o desenvolvimento do potencial da usina em fases do po− tencial da usina, podemos crescer de acordo com o avanço do mercado lo−

cal. No caso da usina da Aroeira, é possível expandir a produção em até quatro vezes”, explicou Daniel Rossi, conselheiro da ZEG Biogás. A ZEG Biogás quer enquadrar o projeto no Regime Especial de In− centivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura (Reidi). Essa possibili− dade surgiu com a criação do progra− ma Metano Zero pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em março, que permitiu que investimentos em biometano solicitem isenção de PIS/Cofins para novos aportes.

A produção da nova planta será utilizada parcialmente na frota de ca− minhões da própria Bioenergética Aroeira, em substituição ao diesel. O restante do volume será distribuído para as indústrias da região na forma de BioGNC (biometano comprimi− do). “Esse projeto carrega o conceito de economia circular, uma vez que utiliza resíduos da fabricação de eta− nol para produzir combustível verde para a frota da própria usina e de ou− tros clientes da região”, explica Feres. Segundo a Aroeira, apenas a pri− meira fase do projeto, que prevê pro− dução de 4 milhões de metros cúbicos de biometano ao ano, evitará a emis− são de 10 mil toneladas de gás carbô− nico equivalente na atmosfera, equi− valente ao plantio de cerca de 1 mi− lhão de árvores nos próximos 15 anos. A Bioenergética Aroeira, que em julho completou 14 anos de ativida− de, conta com uma moagem atual de 3 milhões de toneladas de cana, 240.000 toneladas de açúcar VHP, 110 milhões de litros de etanol anidro e hidratado, e 170.000 MWh de ex− portação de energia.



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MERCADO

Agosto/Setembro 2022

Usina Coruripe investe R$ 200 milhões para aumentar produção de açúcar A companhia adquiriu os ativos da Usina Corol para a instalação da nova linha de produção A Usina Coruripe vai ampliar a unidade localizada em Limeira do Oeste, no Triângulo Mineiro. O apor− te de R$ 200 milhões será destinado à instalação de uma linha de produção de açúcar VHP na planta industrial, que, atualmente, produz somente etanol. Com isso, a empresa vai expandir a capacidade de moagem anual da unidade de 1,5 milhão de toneladas para 2,5 milhões de toneladas de ca− na−de−açúcar, o que vai possibilitar um acréscimo de produção de 187 mil toneladas de açúcar de exportação (VHP) por ano e a geração de apro− ximadamente 100 novos empregos diretos na região. Na avaliação do presidente da companhia, Mario Lorencatto, os in− vestimentos representam um progres−

so muito grande não somente para Limeira do Oeste, mas para todo o país. “O Triângulo Mineiro e as cida− des onde a Coruripe mantém unida− des sempre receberam o grupo de braços abertos. Sem dúvida, esse novo investimento da companhia vai gerar um grande desenvolvimento, bem co− mo ampliar as possibilidades de negó− cios na região”, ressalta. O executivo destaca os recentes investimentos de R$ 95 milhões da Usina Coruripe em uma unidade mo−

derna de transbordo rodoferroviário, operada dentro da unidade de Iturama −MG, conectada ao trecho da Ferrovia Norte−Sul, com capacidade para mo− vimentar 2 milhões de toneladas de açúcar VHP por ano. A produção da planta de Limeira de Oeste, que fica a cerca de 50km de distância, será escoa− da pelo terminal recém−inaugurado. Para a instalação da nova linha de produção, a Usina Coruripe adquiriu, no ano passado, os ativos da Usina Corol, no Paraná, e transferiu os equi−

pamentos para Limeira do Oeste. A previsão de conclusão das reformas e da instalação das novas máquinas é em março de 2024. Segundo o diretor−financeiro da Usina Coruripe,Thierry Soret, como a maioria dos equipamentos para amplia− ção em Limeira do Oeste é oriunda desta aquisição, o nível de investimento é reduzido se comparado a uma expan− são com equipamentos 100% novos. Ele explica que o investimento adi− cional, com o suporte das tradings Czarnikow e Sucden,“não vai aumen− tar a alavancagem financeira e já vem com receitas futuras garantidas em ní− veis suficientes para garantir um pay− back extremamente rápido e um retor− no de investimento muito vantajoso”. Também estão previstos aportes para expansão dos canaviais da compa− nhia, o que já está em curso.“A expan− são da unidade de Limeira representa um investimento estratégico, que con− solida o Grupo Coruripe no Triângu− lo Mineiro, além da otimização da lo− gística com a operação do novo termi− nal de Iturama”, afirma Soret.

BNDES concede garantia a financiamento de R$ 156 milhões para produtores de cana Apoio aos canavieiros se dará via emissão de CRA lastreados em títulos financeiros emitidos pelos próprios produtores O Banco Nacional de Desenvol− vimento Econômico e Social (BNDES) vai apoiar a produção de cerca de 50 fornecedores de cana− de−açúcar para a Usina Coruripe, ao longo de cinco anos. O Banco atua como garantidor da emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) num total de R$ 156,4 milhões, por meio do pro− duto BNDES Garantia. A operação demanda que as empresas sigam pa− drões ambientais como o não desma− tamento e a regularidade do uso da terra, entre outras exigências. A estruturação da operação foi coordenada pelo Itaú BBA, com apoio da Vectis e DATAGRO. O CRA é

emitido pela Virgo Companhia de Securitização (Virgo), cabendo ao BNDES o papel de garantidor de 80% da classe Sênior. O lastro é composto de Cédulas de Produto Rural com li− quidação Financeira (CPR−Fs) emi− tidas diretamente pelos produtores rurais. O CRA é adquirido por inves− tidores em troca de uma remuneração e, no caso de investidores pessoas físi− cas, há ainda um benefício fiscal, co− mo forma de estimular o financia− mento privado ao setor agrícola. Nesta operação, os cerca de 50 produtores rurais envolvidos se bene− ficiam diretamente dos recursos obti− dos junto aos investidores, uma vez

que são responsáveis pelos títulos de crédito que compõem o lastro. Essa estrutura se diferencia das emissões de CRA regularmente realizadas pelo setor sucroenergético, que costumam envolver exclusivamente as usinas, be− neficiárias diretas das captações. A emissão desse CRA teve como critério de exigibilidade a emissão de parecer externo da Bureau Veritas Certification – Brasil, empresa de serviços de auditoria, contratada pa− ra conduzir uma verificação inde− pendente a respeito da conformida− de ambiental de todos os produtores rurais que integram a operação. Os critérios para verificação envolvem a

não conversão de área de mata nati− va, a regularidade do uso da terra, a análise de riscos climáticos e a defi− nição de ações preventivas. Ao todo, são aproximadamente 17 mil hecta− res de reservas ambientais. O parecer da Bureau Veritas con− templa também a aderência do Green Bond Framework da Usina Coruri− pe – definida como categoria agri− cultura ambientalmente sustentável – aos Princípios de Green Bonds do International Capital Market Asso− ciation (ICMA). A verificação inclui uma análise de sistema de trabalho das partes envolvidas na operação, in− clusive dos produtores, responsáveis por manter a conformidade ambien− tal e as práticas com agricultura de baixo carbono. “Essa operação é inovadora, pois destina−se aos nossos fornecedores de cana e é uma nova fonte de financia− mento mais adequada e alongada. A participação do BNDES concedendo uma garantia para uma das séries, também abre novas frentes no merca− do de capitais”, conclui Thierry Soret, CFO da Usina Coruripe.



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INDUSTRIAL

ETANOL HIDRATADO COM CONCENTRAÇÃO DE VINHAÇA (ECONVINJL)

Agosto/Setembro 2022

ÁLCOOL NEUTRO EXTRAFINO

 Teor Alcoólico: 95,1 e 96 º GL  Apresenta álcoois secundários e terciários  Redução do volume de vinhaça em 10x, ou mais

 Bidestilado  Isento de impurezas  Isento de alcoóis superiores  Baixa acidez  Propício para indústria de alimentos, cosméticos, farmacêutica e química em geral

ÁLCOOL ANIDRO (PENEIRA MOLECULAR)

 Teor Alcoólico: Pelo menos 99,6 º GL  Utiliza sólidos porosos (Zeólitas) para aprisionar a água e liberar etanol anidro.  Funcionamento de forma independente ou acoplado em destilaria de etanol hidratado

MENOS CUSTOS, MAIS SUSTENTABILIDADE Tecnologias inovadoras de destilação acoplada a concentração de vinhaça, evaporação, desidratação de etanol e condensação evaporativa desenvolvidas pela Citrotec® reduzem custos operacionais, diminuem consumo energético e tornam o manejo de vinhaça sustentável e rentável. Desde 2000, a Citrotec® desen− volve tecnologias que revolucionam os setores sucroenergético, alimentício, mineração e evaporação de efluentes. Para isso, a empresa investe constante− mente em inovações para oferecer três principais benefícios às indústrias: bai− xo consumo energético, redução de custo operacional e diminuição de passivo ambiental. Atualmente, 75% dos equipamen− tos voltados para concentração de vi− nhaça utilizados pelas indústrias bra− sileiras são fabricados pela Citrotec®. Onde destilarias atmosféricas e a vá− cuo são projetadas para serem acopla− das a evaporadores Ecovin, produzin− do etanol com baixíssimo consumo energético e vinhaça concentrada.

EcovinJL® e Ecovin® O projeto do EcovinJL® foi ini− cialmente desenvolvido pela Citrotec® em parceria com o engenheiro quí− mico Jaime Lacerda, um ícone no se− tor sucroenergético, e consistia no reaproveitamento energético do vapor alcoólico do topo da coluna de desti− lação para concentrar a vinhaça em evaporadores de múltiplos efeitos. Em 2015, buscando o casamento

perfeito entre destilaria e concentra− dor de vinhaça, a Citrotec® firmou uma importante parceria com a ETECH, empresa do renomado en− genheiro Paulo Barci, especializada no desenvolvimento de destilarias. Um dos frutos dessa parceria foi o apri− moramento das colunas de destilação e de seus internos, reduzindo a sua perda de carga e possibilitando o de− senvolvimento de uma solução com− pleta e perfeitamente integrada para realizar a produção de etanol e con− centração de vinhaça sem consumo adicional de vapor: O EcovinJL® de segunda geração acoplado a destilarias de elevada eficiência. “Com essas tec− nologias aliadas, as usinas alcançam números de consumo de vapor signi− ficativamente inferiores aos praticados atualmente” Além do Brasil, a tecnologia é pa− tenteada na Austrália, África do Sul e Colômbia A concentração de vinhaça tam− bém pode ser feita utilizando−se va− por de caldeira como fonte de ener− gia, através de um evaporador Eco− vin®, com até 10 efeitos de evapora− ção em série e com condensadores evaporativos autônomos.

Tanto o EcovinJL® quanto o Eco− vin® podem reduzir em 10 vezes, ou mais, o volume da vinhaça. O processo de concentração da vinhaça possibilita utilizá−la como fertilizante devido, principalmente, a sua elevada concentração de potássio (K2O), além de diminuir os custos com transporte e aplicação desse pro− duto na adubação das lavouras. Uma boa prática para o concentrado de vi− nhaça é enriquecê−lo com outros nutrientes, como compostos nitroge− nados e defensivos agrícolas. Dessa forma, são diminuídas etapas de cul− tivo agrícola e o “payback” do equi− pamento ocorre em aproximadamen− te duas safras.

Os “Evaporadores Citrotec” utili− zam o princípio de Névoa Turbulen− ta Descendente, conhecido interna− cionalmente como T.A.S.T.E. Esse

princípio é formado pelo efeito de “flash” nos “Top Cones”, devido ao diferencial de pressão do bombea− mento do produto e do vácuo pre− sente no equipamento. A névoa é acelerada termicamente até velocida− des altíssimas, resultando em altos coeficientes de troca térmica e um es− coamento altamente turbulento, difi− cultando as incrustações. “Tudo o que a Citrotec® desen− volveu até o momento é inovador pa− ra o setor”. Um exemplo é o princí− pio de Névoa Turbulenta Descenden− te, essa tecnologia é amplamente em− pregada no setor de suco cítrico e foi, satisfatoriamente, introduzida pela Ci− trotec® no setor sucroalcooleiro. Ou− tro exemplo é o EcoWaste®, um novo conceito de reaproveitamento energé− tico para o setor, o qual é também, amplamente empregado no setor cí− trico. O conceito resume−se em uti− lizar os gases de escape das caldeiras de bagaço como fonte de energia para concentrar a vinhaça, sem consumo adicional de vapor. Com a sua aplica− ção, os lavadores de gases são elimina− dos, suprimindo assim o gasto de água. “Estamos quebrando vários paradig− mas no desenvolvimento de equipamentos


INDUSTRIAL

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CONDENSADOR EVAPORATIVO PARA TURBINAS DE CONDENSAÇÃO Ainda com foco no baixo consumo energético, redução de custos e na sustentabilidade, o Condensador Evaporativo para Turbinas de Condensação condensa o vapor de escape da turbina através de princípios termodinâmicos. É de simples e fácil operação. “Isso gera considerável economia no consumo energético e maior potência líquida na geração de energia. Além disso, dispensa o uso de torres de resfriamento e pode ser produzido em módulos”, esclarece Sampaio.

O processo de Condensação Evaporativa é o primeiro da Citrotec® a receber uma patente nos Estados Unidos, além do Brasil

e processos com baixo consumo de va− por, permitindo a produção de etanol a partir do milho e cana durante o ano todo com a mesma energia (bagaço de cana)”, diz Sampaio e Barci.

Destilaria com Baixa Emissão de Vinhaça (DBEV®) A Destilaria com Baixa Emissão de Vinhaça (DBEV®) é a evolução dos sistemas convencionais de destilação, utilizando o conceito de Destilaria em duplo efeito e a vácuo. Desenvolvida em duas versões, permite que o inves− timento na concentração de vinhaça seja feito em etapas, tornando o pro− cesso mais econômico do que o atual (Destilaria + EcovinJL®). A DBEV® já fornece uma relação litros de vinhaça / litros de álcool que é, no mínimo, a metade do valor ob− tido em um aparelho atmosférico convencional.

Pesquisa, desenvolvimento e inovação fazem parte de nosso DNA Aparelhos de destilação e desidratação a vácuo

Os aparelhos para destilação pro− duzidos pela Citrotec®/Etech, são voltados para a produção de etanol hidratado, extrafino e anidro, sempre com a possibilidade de elevar a efi− ciência empregando equipamentos a vácuo e até mesmo em duplo efeito.

“A Citrotec® investe constante− mente em pesquisas e desenvolvi− mento de melhorias e novos pro− dutos para gerar maior rentabilida− de para as indústrias. Os nossos protótipos passam por testes práti− cos para comprovar a tecnologia. Nós trabalhamos com soluções inovadoras e seguras para estar sempre um passo à frente, ofere− cendo aos clientes produtos e ser− viços de alta qualidade”, ressalta Sampaio. A mais recente conquista da empresa é a produção de equipa− mentos para a produção de etanol 2G, que confere a Citrotec® o DNA de desenvolvimento de destilação e evaporação em processos inovado− res do setor. Isso nos orgulha mui− to e aproveito para parabenizar a todos os nossos colaboradores e parceiros”, finaliza Sampaio.

A Citrotec® “Esse arranjo permite o aprovei− tamento total da energia interna do processo de destilação em múltiplos efeitos, desde a pressão até o vácuo”, explica Sampaio e Barci.

“As vantagens no consumo espe− cífico de vapor da destilação à vácuo quanto a atmosférica, passam a ser no− tórios somente quando o grau do vi− nho é superior a 10º GL”.

A Citrotec® é uma das princi− pais fornecedoras de equipamentos e soluções tecnológicas para indús− trias do país. A empresa atende to− talmente as necessidades do proje− to, desde a sua engenharia básica,

projeto termodinâmico, estrutural, detalhamento dos corpos, fabrica− ção dos equipamentos, montagem em campo, “start up” e garantia de performance. Dessa forma a Citro− tec® assume o máximo de respon− sabilidade e garante segurança e fa− cilidade ao cliente. Atualmente, possui duas filiais internacionais (Estados Unidos e México) e dois parques fabris mo− dernos, com mais de 20 mil m² em Araraquara (SP), que exportam pa− ra países como Argentina, Costa Rica, Espanha, Portugal, Paquistão, Grécia e Gana, além dos Estados Unidos e México. Também conta com fortes par− cerias capazes de atender às mais diversas necessidades dos setores que atende, como a ETech, BTZ, Uni− Systems, Açoplast e UMR.

Fenasucro & Agrocana

Visite o stand da Citrotec® na Fenasucro & Agrocana, Rua B Es− tande B26. De 16 a 19 de agosto, em Sertãozinho (SP), e saiba mais sobre as novidades e principais tecnologias para o setor sucroenergético.


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INDUSTRIAL

“O precipitador eletrostático HPB pode ser aplicado em qualquer caldeira do setor” Marcel Sabino, diretor de Engenharia e Comercial da HPB, conta o sucesso do precipitador eletrostático no setor e como esta solução evoluiu para atender a um parque industrial tão diverso como o sucroenergético

Marcel Sabino, diretor de Engenharia e Comer− cial da HPB, conta o sucesso do precipitador ele− trostático no setor e como esta solução evoluiu pa− ra atender a um parque industrial tão diverso como o sucroenergético. Passados 4 anos desde a pr imeira implantação do precipitador eletrostático no setor sucroenergético, como avalia os resultados? “Superaram as nossas melhores expectativas. O sucesso foi tal que ao primeiro fornecimento, que já conta com três campanhas de operação, se somam outros dez. A aceitação do mercado foi rápida e am− pla, de modo que os fornecimentos realizados pela HPB vão desde precipitadores para caldeiras peque− nas 25 ton/h de capacidade de geração de vapor, até a maior caldeira BFB do mundo, que será entregue até o final do ano, com capacidade de 450 ton/h. Acredito que a rápida aceitação tem esteio nos benefícios diretos, muito rapidamente percebidos, que os precipitadores trouxeram aos nossos clientes. Trata−se de um equipamento robusto, de operação autônoma e manutenção baixíssima” O pioneir ismo pode cobrar as incertezas da ino− vação. Que dificuldades a HPB encontrou nessa im− plantação no sucroenergético? “Praticamente nenhuma. Houve ajustes em acessórios que rapidamente foram solucionados. Mas nada disso ocorreu no core e os precipitadores se− guiram entregando a performance contratada. Mui− to embora se apresente como novidade no setor, os precipitadores são equipamentos consolidados na indústria mundial. Nosso licenciador tecnológico, a

norte americana Babcock&Wilcox (BW), conta com vastíssima lista de fornecimentos entregues, sendo que os primeiros datam da primeira metade do século passado. Os desafios estavam na aplicação específica do equipamento ao setor, não na tecno− logia em si. Não tínhamos dúvidas do sucesso.” Quais inovações a HPB est á preparando para o s e t o r n e s t a a ge n d a E SG ? “Estes muitos fornecimentos feitos em tão pou− co tempo e com tanta diversidade nos permitiram um olhar mais cuidadoso para o setor. No Brasil há centenas de usinas, cada uma delas com caldeiras de diversas idades, tecnologias de combustão e de con− trole ambiental. A diversidade é enorme. Então, tra− balhamos com a BW no sentido de desenvolver um precipitador robusto e versátil, como o setor pede. Uma solução que pudesse ser aplicada a toda a he− terogeneidade que temos por aqui. Foi um trabalho muito gratificante de nossos times.” Então vocês desenvolveram um precipitador aplicável em qualquer caldeira?

“Sim. Pode ser aplicado em qualquer caldeira, seja de tecnologia HPB ou de outro player do mer− cado, sejam caldeiras novas ou instaladas” Como você vê o futuro deste tema ambiental relacionado a caldeiras? “Veja, o Brasil vem aumentando o seu protago− nismo no agronegócio global. Este destaque é mui− to benéfico a todos nós, mas certamente nos trará mais e mais desafios, principalmente do ponto de vista regulatório. Acredito que em poucos anos as legislações ambientais brasileiras, mais brandas que as da América do Norte, Europa e de países próximos a nós como México e Colômbia, serão pressionadas pela sociedade na direção da sustentabilidade na relação homem−meio ambiente, aumentando seu rigor. Neste horizonte, vejo o precipitador ele− trostático como um equipamento padrão no con− trole de emissões atmosféricas de material parti− culado. Sua superior eficiência de coleta, modu− laridade e independência do uso de água serão fundamentais.”


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Tereos foi a primeira companhia a escolher o precipitador eletrostático

Marcel Sabino, diretor de Engenharia e Comercial da HPB

O que motivou a Tereos res, por reduzir operações de a ser a pion eira , inova ndo bombeamento, decantação e no setor e escolher o preci− filtragem de correntes líqui− pita dor ele tro stá tico par a das. Ademais, por não utili− con trol e de em issões at − zar água, reduz corrosão na m os f é r i c a s e m s u a m a is no − seção final do circuito de va caldeira? gases, muito positivo na ma− nutenção. O sistema de limpeza dos gases das demais cal− Como você visualiza os deiras, no padrão por via futuros projetos de geração úmida, estava no limite da de vapor na Tereos no que capacidade. Então nos de− tange à responsabilidade so− paramos com a decisão de cioambiental, muito presen− investir na ampliação do te na agenda ESG, e como o sistema existente, que re− precipitador eletrostático es− sultaria em aumento do tará inser ido nisso? nosso consumo de água, o que não é desejável, consi− Além de todos os bene− derando ser esse recurso fícios citados sobre os custos importantíssimo e escasso, de manutenção, e de apoiar ou buscar tecnologia mais na agenda de redução do Everton Carpanezi, limpa e que não deman− Superintendente de Operações consumo de água do nosso dasse água. processo industrial, trata−se Agroindustriais Na Tereos, a questão da de uma tecnologia que reduz água é fundamental no pilar de sustentabilidade drasticamente emissões de materiais particulados e, por isso, contamos com diversas iniciativas pa− a partir das chaminés das caldeiras. Certamente ra otimizar o uso em nossas operações. Somen− os futuros projetos de cogeração na Tereos de− te na safra 20/21, investimos R$1,2 milhão para vem considerar o uso dessa tecnologia. monitoramento de águas e efluentes. Os inves− E, novamente, o precipitador eletrostático timentos foram aplicados no projeto GOTA contribui com o compromisso de redução de (Gerenciamento, Otimização e Tratamento de consumo de água assumido pela Tereos em sua Água), em ações como instalação de medidores agenda global de sustentabilidade. Afinal, somos de vazão nos locais de captação e pontos que ne− uma cia que traz a sustentabilidade no seu DNA, cessitam de medição de consumo.Também usa− com uma cadeia de produção que opera na ló− mos reaproveitamento da água residuária de nos− gica da economia circular. sas operações na fertirrigação dos canaviais, oti− Nossa missão é valorizar ao máximo nossa mizando a gestão deste recurso. matéria−prima, a cana de açúcar. Os subprodu− Nossas metas são, até a safra 29/30, reduzir tos e resíduos do nosso recurso natural são utili− em 21,5% o volume de água captada por tone− zados na fertilização, cogeração de energia e até lada de cana, frente à safra 17/18. para compor alimentação animal. Em cada etapa do processo produtivo con− Quais vantagens operacionais a Tereos ex− tamos com práticas sustentáveis, seja no campo, per imentou nas últimas três safras? com a tecnologia como aliada à otimização de Por não utilizar água na limpeza dos gases, a recursos, ou na indústria, gerando menos resí− tecnologia elimina toda a operação de limpeza da duos e tendo práticas consolidadas para a dimi− água com decantador e filtro, além de eliminar nuição do uso de água – e, nesse contexto, o pre− uma série de bombeamentos. Houve necessida− cipitador eletrostático vem contribuir com nos− de de ajustes de projeto do sistema de retirada de sa agenda ESG. Também temos atuação responsável contri− cinzas secas como parte do desenvolvimento da aplicação, mas trata−se de uma tecnologia mais buindo para o crescimento das regiões em que atuamos, realizando ações que vão desde a pre− simples de se operar. servação ambiental a doações de energia. Quais benefícios ao Opex Tereos obser vou Nos últimos anos ainda atrelamos o cres− na solução precipitador eletrostático frente às cimento econômico da Tereos a metas verdes outras instaladas em seus parques industr iais? e, com isso, reforçamos o compromisso com Nesses três anos de operação já foi possível causas importantes como a diminuição do notarmos mudanças significativas com o uso do efeito estufa, a diminuição no uso de água e a intensificação de projetos ligados à energia equipamento. Os custos de manutenção são bem meno− renovável.


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ROAD SHOW

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Ingenio Magdalena avança como primeira Usina 4.0 na América Central Com 39 anos de história, o Inge− nio Magdalena, da Guatemala é um dos maiores produtores de açúcar do mundo. Com capacidade de moagem de mais de 40 mil toneladas de cana por dia, a usina produz cerca de 13 milhões de sacas de açúcar por safra. Possui a maior refinaria do mundo anexada à uma usina e exporta seu açúcar principalmente para a Ásia. A unidade produtora é o terceiro maior gerador de energia elétrica de seu país, exportando cerca de 594 GWh por ano, e produz etanol. A marca mais recente é 76 milhões de litros. O Ingenio Magdalena não apenas é gigante na produção, mas também em responsabilidade so− cioambiental. Por suas ações de sus− tentabilidade, o grupo recebeu o “Sustainability of the Year” do Mas− terCana Award 2018. A láurea foi re− cebida por Carlos Oliva, diretor agrí− cola do Ingenio Magdalena, em São Paulo, Brasil. Sempre inovando em busca de ganhos de eficiência, a Magdalena avança no processo de transformação digital implantando a plataforma de Otimização em Tempo Real (RTO) S−PAA em toda a sua planta industrial, incluindo a cogeração e

Julio Morales e Saul Estuardo em visita a usinas no Brasil

Carlos Oliva, diretor agrícola do Ingenio Magdalena

processos. A unidade produtora se junta às mais de 80 plantas em ope− ração com o S−PAA, da Soteica Bra− sil, que é o único software de RTO

para usinas de açúcar e etanol e, in− clusive, o único que controla de for− ma integral plantas de processo con− tínuo em todo o mundo.

Ingenio Aguaí, da Bolívia, implementa laços fechados Vapor e Energia e na área de extração Aguaí implementou ou primeiros laços fechados no mês de junho, ini− ciando pelos laços de Vapor e Energia e na área de extração, com o laço fe− chado que controla todo o Difusor. Pelo nível de automação da usina, a implementação ocorreu de forma tranquila e os primeiros resultados já podem ser percebidos. O engenheiro Douglas Mariani da Soteica do Brasil ficou surpreso com a planta: “a Aguaí é a usina mais bonita e bem cuidada que implementamos o S−PAA. Uma ferramenta moderna como a nossa cai como uma luva em uma planta como esta. O cuidado que a equipe da Aguaí tem com esta plan− ta é um exemplo para todas as usinas do Brasil”. O apoio da gerência, da supervi− são e equipe operacional da planta foi destacado pelo engenheiro Bruno Oliveira, da Soteica do Brasil: “Muito interessante a disponibilidade e o co− nhecimento da equipe da usina, e o

Equipe da Soteica e do Ingenio Aguai celebram os primeiros laços fechados implementados

seu foco para que o nosso modelo se ajustasse rapidamente aos detalhes operacionais desta planta”.

A implementação terá sequência nos próximos meses com os Laços Fechados de Fluxo de Caldo e pH.

Também estão previstas expansão na abrangência dos controles para as pró− ximas safras.


ROAD SHOW

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VEJA POR ONDE PASSOU O ROAD SHOW DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

Com Gustavo Rodrigues, no Congresso da UDOP

Rodrigo Dominiquini e Anderson Travagini, no Congresso da UDOP

Com Hugo Cagno Filho, no Congresso da UDOP

Com Gilmar Galon, no Congresso da UDOP

Com Luiz Paulo Sant’Anna, no Congresso da UDOP

Com Welber Campos, na DCBIO

Com Giuliano Martins e Diego Pesce na Atvos - Alto Taquari

Com Simar Borges e Genivaldo Araujo, da Atvos – Rio Claro

Com Idelfonso, Marcelo Trombeta, Emerson Delgado, Osvaldo, e Simone e Thiago da Atvos – Água Emendada

Com Amilton Flávio Oliveira, Osmildo Antonio de Queiroz, Precílio M. Arôche, Voiner Rezende, Simone Ferreira e Marcelo da Silva, na Atvos – Morro Vermelho


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ROAD SHOW

Agosto/Setembro 2022

EU FAÇO PARTE! O S-PAA ultrapassou a marca de 80 plantas industriais a utilizar o software RTO, e celebra homenageando as pessoas que fazem parte dessa história de inovação e Transformação Digital. Confira:



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USINAS

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Atvos conta com 1ª mulher do agronegócio a obter licença da ANAC para pilotar VANTs Certificação foi obtida na categoria BVLOS. Tecnologia traz agilidade e precisão para acompanhamento das áreas cultivadas A Atvos passa a contar em sua equipe com a primeira mulher do agronegócio a ser certificada para operar Veículos Aéreos Não Tripula− dos (VANTs). Karoline Santos, 29 anos, obteve a certificação na catego− ria de voos BVLOS (Além da Linha Visada de Visual, na tradução do in− glês) acima de 400 pés (cerca de 121 metros), por meio da XMobots, em− presa especializada no desenvolvi− mento e fabricação de aeronaves pi− lotadas de forma remota. Aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a pilota agora poderá atuar com mais agilidade no mapeamento de áreas cultivadas de cana−de−açúcar, já que os voos pode− rão ser realizados em altitudes maiores. “O monitoramento digital é uma

realidade em todo o setor e tornou− se uma ferramenta essencial para o pla− nejamento agrícola. Por isso, integrar conhecimentos sobre novas tecnologias passa a ser uma rotina para quem atua na área”, enfatiza Karoline, que traba− lha em Campinas −SP e atuará como apoio remoto aos demais pilotos da empresa para assessorar as nove unida− des agroindustriais da companhia, lo− calizadas em Goiás, Mato Grosso, Ma− to Grosso do Sul e São Paulo. Karoline conquistou a certificação para pilotar VANTs por meio da XPilot, escola de pilotos de drones da XMobots.

“Fico feliz por ter contado com o apoio da Atvos, da Xmobots e dos meus líde− res que acompanharam minha trajetória e me incentivaram para me tornar a pri− meira mulher do agronegócio a operar esse tipo de equipamento. A habilitação me trouxe a confiança para poder con− tribuir com a gestão do projeto e poder conversar com os diferentes níveis, des− de os pilotos até a alta gestão”, comple− menta a profissional. Para obter a habilitação, Karoline, que faz parte da equipe de geotecno− logia agrícola da empresa, realizou provas teórica e prática que incluem

estudo de conhecimentos técnicos sobre aviação, meteorologia, regula− mentação e navegação aeronáutica, escopo semelhante ao aplicado a pi− lotos comerciais de aeronaves tripula− das, além das horas de voos necessá− rias para a certificação. Desde a safra de 2018/19, a Atvos utiliza Aeronaves Remotamente Pilo− tadas (RPA – Remotely Piloted Air− craft) para gerenciamento da qualida− de em tempo real nas áreas de plantio. A tecnologia permite colher infor− mações sobre falhas na linha de cana− de−açúcar, presença de ervas daninhas ou pragas, além de auxiliar no estudo de áreas não implantadas, como no caso de expansão da lavoura, divisas e conquista de novos terrenos. “Com a modalidade BVLOS te− mos a possibilidade de monitorar áreas maiores em menos tempo, sem perder precisão.A área monitorada aumenta de 1,5 mil quilômetro para 2,6 mil quilô− metros por dia, fundamental para ser− mos mais ágeis e assertivos nas tomadas de decisão, considerando os mais de 480 mil hectares de cana−de−açúcar plantados que temos atualmente”, des− taca William Souza, diretor corporati− vo de Tecnologia Agrícola da Atvos.

Usina Açucareria Guaíra inicia operação da fábrica de enriquecimento de vinhaça Unidade tem capacidade de produção de composto organomineral para adubação de cobertura de aproximadamente 35.000,00 ha A Usina Açucareira Guaíra investiu na construção de uma fábrica automa− tizada para diluição de fertilizantes e enriquecimento da vinhaça, com capa− cidade de produção de composto or− ganomineral para adubação de cober− tura de aproximadamente 35.000,00 ha. Na entressafra, a nova unidade se− rá responsável pela produção de ferti− lizante foliar para o canavial e cultivo da soja, semeada nas áreas de reforma. A fábrica iniciou sua operação nesta semana, diluindo os nutrientes em vi−

nhaça através de bateladas em proces− so todo automatizado. A vinhaça en− riquecida é direcionada a campo me− diante recomendações agronômicas. “Considerada o principal resíduo orgânico da produção de etanol, a vi− nhaça possui altos teores de potássio, além de outros minerais e compo−

nentes orgânicos. Este resíduo enri− quecido vai potencializar o desenvol− vimento do canavial, fazendo desse subproduto, um fertilizante diferen− ciado para uma adubação mais com− pleta e com maior aproveitamento”, explica Anderson Faria Malerba, en− genheiro ambiental da usina.

De acordo com ele, o método de aplicação da vinhaça está sendo reali− zado de maneira localizada, que acon− tece na linha da cana e na quantidade certa, não ultrapassando 30 m³ por hectare. “Este método proporciona uma maior homogeneidade da aplica− ção, garantindo que os nutrientes se− jam igualmente distribuídos por todo canavial”, comenta o profissional. Além dos benefícios agronômicos e maior economia no uso de insumos e na operação, este sistema consiste na adoção de tecnologias menos agressi− vas ao meio ambiente, mais eficientes no processo produtivo e possibilitará que a usina leve estes nutrientes a to− da a sua lavoura com segurança e efi− cácia na aplicação, eliminando riscos ambientais de erosão, imprecisão na dosagem e carreamento acidental de material orgânico aos corpos de água. A usina segue rigorosamente os crité− rios previsto em legislação para apli− cação de vinhaça no solo.



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AGRÍCOLA

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AGRIMEC apresenta seus implementos canavieiros na Fenasucro&Agrocana 2022 Após negociações, a AGRIMEC fez a entrega técnica na Nigéria de 10 implementos voltados para a cana− de−açúcar nos meses de fevereiro e março deste ano. O responsável pela compra foi o BUA GROUP e os im− plementos, com alguns meses de fun− cionamento, já foram responsáveis pelo plantio na região, mesmo com solo de difícil penetração. Com este case recente de sucesso, a AGRIMEC está presente na Fenasu− cro&Agrocana, realizada entre os dias 16 e 19 de agosto e que é considerado o maior evento mundial voltado ex− clusivamente ao setor de bioenergia. Atualmente, a AGRIMEC conta com sete produtos voltados para o segmento, que são destaques tanto em território nacional como em diversas nações ao redor do globo, como Es− tados Unidos, México, Nigéria,Viet− nã e Tailândia. A empresa, inclusive, tem auxiliado e impulsionado o pro− cesso de mecanização da cultura em muitos desses países. O gerente de exportação e de vendas para o mercado canavieiro da AGRIMEC, Fernando Abreu, afirma

Plantio na Nigéria com auxílio dos implementos da AGRIMEC. Foto tirada em junho de 2022. (Foto: Divulgação AGRIMEC)

que a companhia chega à Fenasucro & Agrocana deste ano com expectativas altas. “Essa feira se mostra como a oportunidade perfeita para desenvol− vermos novos relacionamentos e es− treitar laços com usinas e produtores independentes. É a partir dela que grandes negócios são fechados.”

Implementos Começando com a Plaina Nive−

ladora Multilâminas ROBUST que é indicada para aplanar (nivelar) o solo, deixando o terreno pronto para as próximas operações sem necessidade de preparo prévio. A Plantadora Multifuncional de Cana−de−Açúcar BROTAS possui 7 funções básicas para o desenvolvi− mento do trabalho de campo, sendo elas: sulcagem, corte de mudas, plan− tio, adubação, cobrimento, compac−

tação do solo e aplicação de defensi− vos agrícolas. Além deles, se tem a Capinadei− ra Quebra−Lombo − ROTACARP que é indicada na regularização dos lombos no pós nascimento da plan− ta, fazendo o destorroamento, nive− lamento e também a capina nas en− trelinhas. O Cultivador Quebra− Lombo Rotativo − JAÚ é indicado para corrigir, nas lavouras de cana− de−açúcar, o solo das irregularida− des provocadas pelo plantio conven− cional. Já o Cobridor Rotativo de Toletes é usado após o plantio con− vencional para cobrir, com terra hortada e destorroada, as sementes de cana−de−açúcar. Para completar, a Transplanta− dora de Mudas − TUPI é indicada para a semeadura de cana−de− açúcar, café e eucalipto pelo sistema de plantio direto ou semidireto e a Replantadora de Mudas − MO− TUCA que é indicada para sulcar nos locais de falhas do nascimento da cana−de−açúcar por ocasião do plantio e nas cabeceiras onde a plantadora não alcança.



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AGRÍCOLA

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Utilização de insumos biológicos faz usinas reforçarem estratégias de manejo O conhecimento do solo passa a ser determinante para assegurar a produtividade

A crise de fertilizantes agravada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, intensificou a utilização de insumos biológicos para o canavial. Em para− lelo a isso, na medida em que mais in− sumos biológicos surgem no mercado, também é preciso estar atento às me− lhores e mais recentes práticas de ma− nejo sustentável. Esse foi o tema abor− dado durante o webinar “CANA− BIO'22 − Estratégias de Manejo Sus− tentável”, promovido pelo JornalCa− na, no dia 26 de julho. O evento contou com a partici− pação de Alexandre de Sene Pinto, professor e doutor em entomologia, Carlos Daniel Berro Filho, diretor de desenvolvimento agronômico da Raízen e do produtor de cana Re− nato Delarco. Com mediação do jornalista Alessandro Reis, o webinar foi patrocinado pelas empresas AxiAgro, S−PAA Soteica e Spraying Systems AutoJet. O professor Alexandre de Sene Pinto rememorou o histórico da téc− nica do controle biológico, que chegou à cana−de−açúcar, considerada um exemplo nessa prática de manejo, há cerca de 100 anos, com a utilização de

moscas no controle da broca. Em 2010 a utilização de macroorganismos sofreu grande avanço e em 2017 com a lei dos drones passou por uma revolução. “Hoje nós temos à disposição pa− ra cultura da cana−de−açúcar uma série de macroorganismos e micro− rganismos. Alguns tem a função de ser utilizado no solo, mas também podem ser usados no foliar e outros, que são foliares, podem ser usados nos solos. Então eles têm funções mistas e alguns microrganismos especialmente aí para controle da broca da cana”, explicou. De acordo com o professor Ale− xandre, hoje talvez o assunto mais dis− cutido no setor bioenergético é o uso de bioinsumos no solo com diversas funções. “Desde controle de doenças nematóides até a disponibilização de nutrientes. E aí nós temos bactérias, fungos e a famosa bactéria Azospiril− lum Brasiliense que tem sido muito discutida, além de extrato de algas pa− ra melhorar resistência da planta a se− co”, explicou.

Ele comentou que atualmente se vê bionematicidas com resultados muito expressivos, sempre com ganho de produtividade e com custo nor− malmente menor do que um nemati− cida químico. “Já começamos a subs− tituir nitrogênio, fósforo e potássio por microbiológico. Hoje já tiramos com segurança 25% do nitrogênio usando o Azospirillum na dose certa, pois se usar uma dose exagerada anulamos a ação do Azospirillum. Estamos espe− rando tirar até 100% da cana planta e 50% pelo menos da cana soca. E hoje, quem usa principalmente Trichoder− ma, mais alguns bacilos, já tira 10% de fósforo e potássio da nossa adubação, e a ideia é chegar a tirar 60% desses nu− trientes”, explicou o professor. O diretor agronômico da Raízen, Carlos Daniel Berro Filho, ponderou que a base de todo manejo vai depen− der do conhecimento do solo. “A ba− se de todo o manejo para buscar es− tratégias sustentáveis é realmente co− nhecer o solo que está inserido. É ne−

cessário todo um trabalho de mapea− mento, detalhamento, entendimento dos manejos potenciais que cada solo entrega, para não incorrer numa ati− tude que não é sustentável ou dire− cionar algum tipo de manejo para um determinado tipo de solo que não fa− ça sentido”, disse. Carlos também enfatizou a impor− tância de regionalizar os manejos, a fim de otimizar a logística de acordo com cada região, em busca de uma produ− tividade mais sustentável. “Com uma base construída de solos, regionalizar os manejos por similaridade, principal− mente em usinas, grandes fornecedo− res. Nessa distribuição de áreas grandes é preciso fazer as regiões com as carac− terísticas de terminalidade para definir os blocos, as frentes de colheita para construir uma logística, que gere uma estabilidade operacional”, explicou. O diretor também chamou a atenção para a definição das varieda− des de cana. “A gente sabe que cada variedade tem as suas características,

Alexandre Sene

Carlos Daniel Berro Filho

Renato Delarco


AGRÍCOLA

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manejo e época. Quando não se tem um bom conhecimento de solo da re− gião, invariavelmente vai se errar na adoção variedade”, elucidou, expli− cando que é preciso ter uma base bem construída, ter trabalhos de multipli− cação das novas variedades, definindo a indicação para cada ambiente, cada época, cada manejo, fazendo assim, a escolha assertiva para cada região. “É preciso lembrar ainda que ca− na é uma escolha para sete, oito cor− tes”, disse enfatizando a necessidade de se saber fazer um manejo de ter− ceiro eixo, a fim de não expor uma determinada variedade precoce no fi− nal da safra. Carlos também falou sobre a uti− lização da vinhaça e da torta de filtro, produtos existentes nas unidades do grupo, que é como se tivessem uma fábrica de fertilizante dentro de casa. “Então fazer a compostagem dessa torta de filtro e devidos enriqueci− mentos, fazer adubação da nossa so− queira, através de vinhaça, seja por as− persão, seja localizada, praticamente 100% das áreas de adubação tornam− se um canal muito interessante para adicionar biológicos e microrganis− mos”, argumentou. Para o produtor de cana Renato Delarco, quando se fala em sustentabi− lidade agrícola, "a gente fala no quími− co, no físico e no biológico. Em 2020

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começamos um trabalho de como juntar esse tripé e trazer a sustentabili− dade. Hoje nós estamos integrando os três campos em nossas áreas e estamos conseguindo entregar resultados signi− ficativos, com um trabalho de estrutu− ração do solo, que recebeu o apelido de “berço esplendido””, contou. Segundo ele, depois que a cana foi plantada em 2021 tiveram apenas 23 mm de chuva posterior ao plantio, com as chuvas voltando somente em outubro de 2021. “Nós não temos re− curso de irrigação de vinhaça, tem que ser com ajuda de São Pedro. O ATR médio é de 3kg, e o TAH mostrou 3 kg a mais de açúcar por hectare. Isso sem fazer nenhum tratamento quími− co adicional. Só trabalhando o equi− líbrio físico/químico e o biológico amarrando os dois”, informou. O produtor afirmou que os de− mais números ainda estão sendo con− solidados, mas assegurou que “dá para se fazer um tratamento sustentável em cana−de−açúcar, sem gastar muito mais ou gastar igual o que vem sendo gasto. Basta pensar em sair da caixinha para ver que é possível aumentar a produtividade, buscar e uma resistên− cia à seca. Equipamento nós temos no mercado, produtos biológicos nós te− mos no mercado. É apenas uma questão de colocar tudo em prática”, finalizou Delarco.


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AGRÍCOLA

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A irrigação por gotejamento pode contribuir com a sustentabilidade dos canaviais O agronegócio brasileiro até os últimos anos sempre foi regido pelo equilíbrio entre rentabilidade e custos de produção, entretanto, com as novas exigências mundiais agora ele deve se equilibrar em 3 pilares para adquirir sucesso: rentabilidade x custos x sus− tentabilidade. Realizada na cidade de Glasgow, na Escócia em 2021 a COP 21 (Con− ferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) tratou de assun− tos voltados a conter o aquecimento global visando reduzir, emissão de ga− ses de efeito estufa (GEE). Nessa reu− nião, o Brasil se comprometeu a re− duzir em 50% a emissão de gás carbô− nico, um dos principais vilões. Para isso, várias políticas ambien− tais estão sendo tomadas, sendo que dentre essas, está a política de com− bustíveis e a adoção crescente do eta− nol em nossa frota veicular, baseando− se que foi comprovada que esse tipo de combustível pode diminuir em até 90% a emissão de carbono, em relação a gasolina. Buscando incentivar a pro− dução desse combustível, foi criado o Renovabio, que pode ser entendido como uma política que reconhece o papel estratégico dos biocombustíveis na matriz energética brasileira e com isso mitigar as emissões dos gases cau− sadores do efeito estufa. Como principais tópicos para a redução na emissão de GEE, o Reno− vabio concentra suas atenções no au− mento na produção de etanol, redu− ção no consumo de diesel empregado nas lavouras e a redução no consumo de fertilizantes por tonelada de cana de açúcar produzida, principalmente a base de nitrato. Com isso em pauta, a irrigação, principalmente a irrigação por gote− jamento pode influenciar na balança de maneira positiva. Por exemplo, já é de conhecimen− to que com o uso da irrigação locali− zada a produtividade pode aumentar em torno de 50−80% da produtivida− de histórica da área. Fazendo alguns cálculos: considerando que uma área

qualquer produz 100 ton/ha e que em média 1 ton de cana de açúcar produz 80 litros de etanol, chegamos a produ− ção de 8.000 litros de etanol/ha. Caso opte em utilizar a irrigação por gote− jamento e considerando um aumento mínimo de 50% na produtividade, te− remos: 150 ton/ha x 80 litros de eta− nol, seria igual a 12.000 litros de eta−

nol/ha ou seja 50% a mais de etanol, com potencial de redução de 90% de carbono para atmosfera. Com esse mesmo raciocínio, es− tudos mostram que com o uso do go− tejamento, com a possibilidade em se realizar os tratos culturais via sistema (fertirrigação e proteção de cultivos), pode−se reduzir no mínimo em 13%

o uso de diesel. Além disso, com base no conceito em verticalização da produção, há uma redução no custo de produção de ca− na de açúcar, ou seja, o custo de Reais investidos para se produzir uma tone− lada de cana de açúcar é menor, como observado na tabela ao lado. Desta maneira, podemos concluir que o uso da irrigação por goteja− mento, através da maior produção de etanol, redução no consumo de diesel, redução do uso de fertilizantes por tonelada de cana de açúcar produzida e por ser o método mais eficiente na utilização da água é uma excelente ferramenta para chegar a um canavial mais sustentável

Daniel Pedroso é Especialista Agronômico da Netafim



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AGRÍCOLA

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Fábrica de insumos biológicos reduz custos para associados da Cooperativa Pindorama A biofábrica tem capacidade para produzir entre 16 e 20 mil litros mensais de insumos biológicos, atendendo a necessidade dos cerca de 1.100 cooperados Desde que entrou em operação, em março de 2022, a fábrica de insu− mos biológicos da Cooperativa Pin− dorama, no Estado de Alagoas, vem contribuindo para reduzir custos dos cooperados na aplicação destes pro− dutos em suas lavouras. Antes da instalação da Biofábri− ca, os agentes biológicos eram com− prados pela Pindorama e repassados aos cooperados. Eram gastos cerca de R$ 170 por hectare na aplicação desses microrganismos. Com a im− plantação desse novo setor, a empre− sa conseguiu uma considerável re− dução de custos para os cooperados. Hoje, com produção própria, a Pin− dorama disponibiliza o mesmo pro− duto ao valor de R$ 40 por hectare, uma economia de 77% em relação ao custo anterior. Na biofábrica de Pindorama, são cultivadas 4 tipos de bactérias: Bacilos amyloliquefacens, que auxilia no con− trole de nematóides; Azospirillum brasilienses, fixador de nitrogênio da atmosfera, que ajuda no crescimento

vegetativo; Pseunomonas fluorescen− ce, um solubilizador de fósforo, dei− xando esse nutriente ativo para absor−

ção pela cultura; e Bacilos subtiles, que combate fungos, doenças do solo e nematóides, sendo ainda um propul−

sor de crescimento, possibilitando o desenvolvimento mais rápido e sau− dável da planta. Através da utilização de um bio− rreator elas passam por um processo de multiplicação para serem aplicadas nas plantações de cana e fruticultura. De acordo com o agrônomo Da− nilo Wanderley, gerente agrícola da Cooperativa, a aplicação dos micro− rganismos é vital para a cultura da ca− na. "O benefício resulta em produti− vidade. A aplicação dos agentes bio− lógicos aumenta, por exemplo, a lon− gevidade do canavial. Um lote que, normalmente, é replantado a cada cinco anos, passa a ser renovado a ca− da sete ou oito, reduzindo os custos dos cooperados de forma considerá− vel", disse Danilo. Para o produtor rural Jorge Les− sa, associado da Cooperativa, os be− nefícios gerados pela iniciativa da Pindorama, de produzir seus próprios ativos biológicos, são inúmeros. "Desde o atendimento e entrega dos produtos até o resultado visivelmen− te positivo das aplicações em nossas lavouras, as vantagens são muitas", destacou Lessa. O presidente da Pindorama, Klé− cio Santos, enfatizou a necessidade de reduzir custos e buscar novas tecno− logias para aumentar a produtividade. “Apesar de parecer contraditório, aqui, nós tornamos isso possível através do aprimoramento de tecnologias. O re− sultado são lavouras mais saudáveis e rentáveis, alcançando um desenvolvi− mento mais amplo", disse Santos.



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LOGÍSTICA

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75 anos da aviação agrícola brasileira são comemorados com congresso Com mais de 2.500 aeronaves, a frota brasileira já é a segunda maior do segmento em todo mundo O Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho – SP, recebeu entre os dias 19 e 21 de julho, o Congresso da Aviação Agrícola AvAg 2022, consi− derado o maior encontro de aviação agrícola do país e da América Latina. O evento é organizado pelo Sindica− to Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). A edição deste ano, comemorou os 75 anos da aviação agrícola brasi− leira, que hoje tem a segunda maior frota do mundo. São quase duas mil e quinhentas aeronaves utilizadas para aplicação de defensivos, fertilizantes e até para a semeadura. Segundo o pre− sidente do Sindag, o Thiago Magalhães Silva, atualmente, 60% da frota é de aeronaves de empresas terceirizadas. A aviação agrícola vem contri−

buindo com o crescimento do agro− negócio, sendo cada vez mais utiliza− da por produtores de cana−de−cana e de outras lavouras. Prova disso, são as vendas do Ipanema, modelo da Em− braer. Movido a etanol, se tornou o primeiro avião da Embraer certifica− do e produzido em série para voar com energia renovável, liderando uma ampla frente de atuação histórica da companhia em pesquisas e utilização de biocombustíveis na aviação. A aeronave é líder de mercado no segmento de pulverização aérea, com 60% de participação nacional, com quase 1,5 mil unidades entregues des− de 2005, quando começou a ser co− mercializada. No ano passado, a divi− são de aviação agrícola da Embraer encerrou com 42 aeronaves Ipanema entregues, um aumento de 90% em comparação a 2020. Este ano, somente na Agrishow Ribeirão Preto, realizada no fim de abril, foram vendidas 11 aeronaves do modelo 203, o mais moderno da sé− rie. O Ipanema 203 incorpora as mais recentes inovações tecnológicas do segmento e ultrapassa o número de 130 aeronaves em operação no país. A família de aeronaves Ipanema está em

sua quinta geração. A aviação agrícola muito contri− buiu também no combate aos incên− dios. Só no ano passado, conforme le− vantamento do Sindag junto a empre− sas do setor e ao Instituto Chico Men− des de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a aviação agrícola brasilei−

ra lançou quase 20 milhões de litros de água contra chamas no Pantanal, Cha− pada dos Veadeiros, Cerrado Nordes− tino e outras áreas de reservas, além de incêndios em lavouras no país. Diante de um mercado aquecido, o Congresso AvAg em Sertãozinho, cresceu este ano, mais de 50% em par−


LOGÍSTICA

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Thiago Magalhaes Silva, presidente do Sindag

ticipação de empresas de tecnologias, equipamentos (incluindo fabricantes de aviões e drones) e serviços. Abran− gendo ainda iniciativas como um concurso de pesquisas acadêmicas so− bre o setor, competição de mecânicos, homenagens aos pioneiros, entre ou− tros assuntos. Durante o congresso houve o lan− çamento da plataforma BigData Aero− agrícola, que vai reunir dados de todas as agências que lidam com o setor. Por exemplo, frota de aeronaves e de dro− nes, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), levantamentos sobre aci− dentes aeronáuticos – do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), e o índice de

Inflação da Aviação Agrícola (Iavag). Todos os itens com opções de des− dobramento das informações e mos− trando também o desempenho de ações de melhoria contínua do Sindag. Clóvis Gularte Candiota, o patro− no do setor aeroagrícola brasileiro, deu nome à arena principal de palestras e debates do evento. Ele foi o primeiro piloto agrícola e um dos primeiros empresários aeroagrícolas do país, junto com o engenheiro agrônomo Leôncio de Andrade Fontelles, que emprestou o nome ao auditório de apresentações técnicos e produtos. Eles foram protagonistas da pri− meira operação de aviação agrícola no Brasil, na tarde de 19 de agosto de

1949, no combate a uma nuvem de gafanhotos na cidade de Pelotas – RS. Já a primeira brasileira a pilotar em uma operação agrícola foi lembrada na Praça Ada Leda Rogato, dentro do es− paço da feira. A paulista teve sua pri− meira missão aeroagrícola em pleno sábado de carnaval, mostrando que, desde sempre, o agro não para. Isso no dia 7 de fevereiro de 1948, menos de seis meses depois do voo de Candio− ta e Fontelles e, desta vez, para com− bater a broca−do−café em cafezais entre os municípios paulistas de Gália, Garça, Marília e Cafelândia. Na oca− sião, ela pilotou um CAP−4 Paulisti− nha, de 65 hp, a serviço do Instituto Brasileiro do Café (IBC).


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LOGÍSTICA

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BP Bunge e VLI renovam parceria para operação multimodal de açúcar operações”, ressalta o gerente Comercial de Açúcar da VLI, Jandher Carvalho. “O açúcar brasileiro tem uma participação de destaque no mercado mundial. A renovação dessa parceria com a VLI permite obtermos ganhos de es− cala e sinergias importantes nas operações de expor− tação do açúcar, conectando as usinas ao porto em uma gestão integrada, fluida e, principalmente, se− gura”, diz André Villela de Andrade, gerente de Pla− nejamento e Logística da BP Bunge Bioenergia.

Movimentação da commodity pela ferrovia vai abastecer o mercado externo, principalmente da Ásia e Oriente Médio A BP Bunge Bioenergia renovou o contrato com a VLI – companhia de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos. A empresa de transportes é responsável por 27% da exportação brasileira de açúcar, por meio do Terminal Integra− dor Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam). O acordo, com duração de cinco anos, prevê a movi− mentação anual de grande parte do volume de açú− car VHP produzido pelas usinas da BP Bunge. A carga será captada nas usinas da empresa lo− calizadas em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, em uma operação porta a porta, realizada inteiramen− te pela VLI até a Baixada Santista por meio do Tra− to – startup criada pela companhia, responsável pela operação rodoviária das usinas da BP Bunge até os terminais da VLI – e da Ferrovia Centro− Atlântica (FCA). Ao chegar no Tiplam, a commodity será expor− tada para abastecer principalmente os mercados da Ásia e Oriente Médio. O açúcar bruto é exportado

Plataforma Trato

para as principais refinarias do mundo, onde são processados e distribuídos no mercado. “A operação é um exemplo da multimodalida− de da VLI, que proporciona aos clientes a melhor so− lução logística para cada necessidade. Nesse forma− to conseguimos fazer os carregamentos em menos tempo, gerando produtividade em todo o processo. A BP Bunge é uma parceira importante que, assim como a VLI, preza pela segurança e agilidade nas suas

O Trato é uma plataforma de gestão da cadeia lo− gística rodoviária, que oferece soluções de agenda− mento, integração e otimização para os diferentes en− tes da cadeia: motoristas de caminhão, transportadoras e embarcadores. A startup é uma importante parceira da VLI e cumpre o trecho logístico rodoviário de transporte, conectando a carga produzida nas usinas da BP Bun− ge (entre outros clientes) aos terminais de transbordo da VLI, localizados em Guará −SP e Uberaba −MG, onde os vagões são carregados e seguem viagem com destino ao Tiplam. Desde o ano de 2019, ao longo da gestão do Tra− to, já foram agendadas mais de 1 milhão de viagens rodoviárias e transportadas mais de 2 milhões de to− neladas de açúcar. A plataforma conta com mais de 90 mil condutores.



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GENTE

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Hugo Cagno Filho é eleito presidente da UDOP Nova diretoria toma posse durante 15º Congresso da entidade A posse da nova diretoria da União Nacional da Bioenergia (UDOP) marcou a abertura da 15ª edição do Congresso Nacional da Bioenergia, promovido pela entidade nos dias 6 e 7 de julho. O evento re− cebeu mais de 1.500 congressistas, sendo 250 palestrantes, moderadores, debatedores e o público em geral, vindo de usinas e destilarias, universi− dades, centros de pesquisa, fornece− dores de cana e empresas de tecnolo− gia e serviços voltadas para o univer− so sucroenergético. O executivo Hugo Cagno Filho (Usina Vertente) foi eleito o novo pre− sidente da entidade para o biênio 2022/2024. Como novo diretor se− cretário foi eleito, Luís Antonio Ara− kaki (Alcoeste); e novo diretor tesou− reiro, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o Caio (Usina Alto Alegre). Para a suplência de diretoria fo− ram eleitos: suplente de presidente, Marie Joseph Jean Gerard Lesur (Vi− terra); suplente de diretor secretário,

Ricardo Toniello (Viralcool); e su− plente de diretor tesoureiro, Celso Torquato Junqueira Franco (Usina Santa Adélia). Hugo Cagno Filho substitui o então presidente Amaury Pekelman

que dirigiu a entidade nos últimos 4 anos. O novo presidente destacou sentir−se honrado com a eleição e que irá trabalhar pelo fortalecimen− to da entidade. “É com muito orgulho e grande

senso de responsabilidade que assumo, neste dia, a presidência da UDOP, sempre muito ativa na defesa dos in− teresses de nosso setor. Vamos conti− nuar avançando em nosso propósito, ampliando nossa atuação e agregando outros elos da cadeia bioenergética, somando forças, cada vez mais, para o fortalecimento de nossa UDOP e, principalmente, de nossas associadas”. Além da diretoria a assembleia de diretores também elegeu o Conselho Fiscal, que passa a ser formado por: Cintia Cristina Ticianelli (Agro Ser− ra); Roberto Holland Filho (Usina São José da Estiva); Newton Antonio Chucri (Da Mata Açúcar e Álcool); e os suplentes: Newton Cesar Retame− ro Santana (Bioenergética Vale do Pa− racatu); Paulo Menegueti (Usina de Açúcar Santa Terezinha) e José Ari− matea de Angelo Calsaverini (Uisa). Os novos membros do Conselho Deliberativo eleito são: Dario Costa Gaeta (Atvos); Alex de Sousa Pupin (Usina Lins); Gustavo Henrique Ro− drigues (Clealco — Unidade Cle− mentina); além dos suplentes: Sérgio Luiz Selegato (Pedra Agroindustrial); Bertholdino Apolônio Teixeira Junior (Usina Coruripe); e Ricardo Martins Junqueira (Diana Bioenergia)




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