Jornal Dia de Campo - Março 2010

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Ano I - Edição 5 | Março, 2010 | Distribuição gratuita

jornal

Dia de Campo

®

O meio rural com informações produtivas

Sucesso na criação de peixes A piscicultura é uma atividade em franco desenvolvimento no Brasil e no mundo. Exemplos de sucesso, como o de Ricardo Neukirchner, produtor de alevinos em Rolândia-PR, mostram o potencial de desenvolvimento da atividade

Foto de Capa: Pedro Crusiol

Pág. 8e9

Show Rural traz número recorde de expositores à Cascavel

Pág. 3

Soja Cultivance já está com seu cultivo comercial aprovado

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PR enfrenta dificuldade para armazenar e escoar safra recorde

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Dias de Campo levam informações e novidades a técnicos e produtores rurais

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| Ano I - Edição 5 | Março, 2010 | Dia de Campo

Editorial

Redescobrindo o Campo No Brasil, pelo menos, boa parte das propriedades rurais é dotada de uma nascente capaz de formar açudes, represas, lagos, que, de algum modo, são aproveitados para a irrigação das lavouras e criação de peixes, entre outras serventias também produtivas. Nesta edição, o Dia de Campo reservou espaço para tratar do desenvolvimento da piscicultura enquanto setor de produção de alimentos que mais tem crescido nos últimos tempos e garantido, de forma sustentável, a presença do peixe como um dos produtos básicos na mesa do consumidor brasileiro. A Aquabel tem sido responsável

por boa parcela desse desenvolvimento, produzindo cerca de 6 milhões de alevinos de tilápia por mês, para o

o Dia de Campo reservou espaço para tratar da piscicultura, setor de produção de alimentos que mais tem crescido nos últimos tempos consumo interno e externo. Devido à sua rusticidade, a tilápia é uma espécie das mais adequadas para criação

em cativeiro, representando um grande potencial na produção de peixe de qualidade e com baixo custo. A reportagem do Dia de Campo foi atestar a qualidade da produção da Aquabel, onde os pescados, devido às modernas tecnologias, já podem ser facilmente rastreados em qualquer parte do mundo. Aventuras no campo - Para quem não vive diretamente na lida agropecuária, produzindo alimentos, mesmo assim, já tem como alternativa da vida urbana, desfrutar de todos os contornos e coloridos naturais oferecidos pelo meio ambiente rural.

Muita emoção e adrenalina sempre contribuindo para o bem estar humano, recuperando todas as energias necessárias para uma qualidade de vida diferenciada. É o Turismo de Aventura, que, nos últimos anos, vem atraindo muita gente para um contato mais íntimo com a natureza, distribuído em suas inúmeras modalidades desportivas, orientadas por profissionais altamente capacitados para garantir a segurança de todos. Esses são alguns dos vários destaques que você confere nas páginas do Jornal Dia de Campo. Boa leitura!

Foto do Campo

Carta do Leitor

Ultrapassando Fronteiras Jornalistas rurais, parabéns pelo site e pelo jornal. Claro que a primeira coisa que chama atenção é o design. Achei colorido, alegre, sem ser carregado. Muito bacana também destacar as palavras chaves na versão impressa. Fora as fotos, que achei muito bem escolhidas. Mas o conteúdo também não deixa de acompanhar a qualidade. Uma dica é sempre buscar fazer uma matéria autoexplicativa. No caso da matéria sobre o satélite Goes-12, acho que faltou um link prático sobre como esta parafernália ajuda (e faz falta) diretamente o produtor. Outra sugestão pro futuro seria produzir perfis dos envolvidos neste mundo rural: produtor, as mulheres, empresários, pessoal da área do transporte, etc. Acho que esse tipo de iniciativa fideliza o leitor e é sempre interessante. Paula Resende, jornalista (Montreal, Canadá) Paula, muito obrigado pelas recomendações. Com certeza, iremos aplicá-las para tornar o Dia de Campo - jornal, site e programa de rádio - mais interessante. É sempre muito bom receber sugestões. Um forte abraço de toda a equipe do Dia de Campo!

Canal de Informações Quero parabenizar a equipe do Jornal Dia de Campo, um ótimo canal de informações para quem quer saber mais sobre negócios e novidades do meio rural. Muito obrigada por ter enviado a edição do jornal! Dinda Duarte, educadora infantil (Londrina-PR) Dinda, toda a equipe do Dia de Campo fica lisonjeada com a sua atenção. Afinal, a opinião de vocês, educadores, com certeza tem muito peso para a qualidade editorial de nosso jornal. Todos os meses, enviaremos para você a edição do Jornal Dia de Campo. Obrigado mais uma vez, um forte abraço!

Foto enviada por Lucas Martins (Londrina-PR) Ao final de um dia de trabalho e encantado pela paisagem única, o fotógrafo Lucas Martins não deixou o momento escapar e registrou o belo pôr do sol no distrito rural da Warta, em Londrina-PR

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Aprendizado Mútuo Gostei da forma como montaram o jornal. Faço apenas uma observação: nos quadros coloridos, em forma de tabela, sugiro que as letras brancas sejam um pouco maiores e mais grossas, pois como está dificulta um pouco a leitura. Como não poderia deixar de ser, em cada leitura aprendemos algo novo. Aprendi sobre o BHC, surpreendi-me com o fato de China e principalmente Holanda comprarem mais que os EUA os nossos produtos do agronegócio. Observei o aumento da produtividade da próxima safra, se o tempo ajudar. Gostei da página cultural, principalmente do baiano que gravou através de suas lentes a história do café paranaense. E finalmente a grande surpresa, quando procurei para ver o preço do jornal: GRÁTIS! E por aí vai ... Lafayete dos Santos Luz, engenheiro eletricista (Apucarana-PR) Muito obrigado pelas observações pontuais, Lafayete. Buscamos produzir um jornal com mais qualidade a cada edição. Nesta, por exemplo, seguimos a sua sugestão com relação às letras das tabelas. Esperamos ter agradado a você e a todos os nossos leitores. O Dia de Campo agradece novamente o carinho e todos os elogios. Um grande abraço! Envie suas dúvidas, opiniões e sugestões para o Dia de Campo. E importante: mande também o seu nome completo, profissão e cidade onde vive. O Dia de Campo agradece a atenção e garante que fará o máximo para atender o maior número possível de leitores. O Dia de Campo poderá editar ou publicar, apenas, trechos das mensagens. contato@diadecampoonline.com.br

Frase

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“O maior desafio é a organização da cadeia produtiva de pescados, que ainda é desestruturada na maior parte do país” Altemir Gregolin, Ministro da Pesca e Aquicultura, sobre os desafios da atividade no Brasil

Parceiros

Expediente

Av. São João, 1095, sala 4, Londrina-PR (43) 3337-0873 www.diadecampoonline.com.br contato@diadecampoonline.com.br Jornalista responsável: Lino Tucunduva Neto (MTb: 1307-SP) Reportagem e edição: Dulce Mazer, Felipe Teixeira, Flávio Augusto, Mariana Fabre e Pedro Crusiol Projeto gráfico e diagramação: Flávio Augusto O Jornal Dia de Campo é uma publicação mensal da DC Comunicação e Editora Jornalística Ltda. CNPJ: 10.937.352/0001-21


Dia de Campo | Março, 2010 | Ano I - Edição 5 |

Divulgação

Em Campo

O Brasil é o terceiro produtor mundial de madeira (25 milhões de m3 de madeira em tora) e o maior mercado consumidor, com 64% do total. (DC)

Evento

Show Rural 2010 traz número recorde de expositores à Cascavel A 22ª edição da feira tecnológica voltada à agroindústria superou os anos anteriores com a apresentação de 342 expositores felipe@diadecampoonline.com.br

Em meio à ressaca da crise que, em 2009, afetou todos os níveis do agronegócio internacional, as previsões para o tradicional Show Rural não eram as melhores. A edição 2010, no entanto, superou até mesmo as expectativas da organização do evento. Entre 8 e 12 de fevereiro, o parque da Coopavel Cooperativa Agroindustrial recebeu 180.729 visitantes numa área total de 72 hectares. O maior evento agrotecnológico do Paraná atraiu um público expressivo. De agricultores a zootecnistas, profissionais e empresas dos mais distantes locais do

Um dos destaques do Show foi a quantidade de novas variedades de soja de elevado potencial produtivo globo se fizeram presentes na 22ª edição para prestigiar o número recorde de expositores: 342. O presidente do Show Rural Coopavel, Dilvo Grolli comemorou a conquista, porém manteve a sobriedade na análise do cenário. “Com certeza, o perfil do Show Rural em 2010 é de crescimento. No ano passado, a agricultura enfrentou uma crise na produção de grãos e quando a base da escala produtiva não vai bem, todo o setor tecnológico e agroindustrial é afetado”. Grolli se arriscou a fazer previsões e se

aproximou bastante do resultado divulgado pela organização. “Talvez, no final do evento nós não tenhamos um público superior à última edição, justamente como reflexo de toda a conjuntura de mercado do agronegócio. No entanto, temos um número maior de expositores em relação a 2009, ou seja, a probabilidade do volume de negócios se superar é maior”. A diferença entre os eventos de 2009 e 2010 é interpretada como consequência da crise que assolou o mercado agropecuário com velocidade atípica não só no oeste do estado. Quando comparados, os números do ano anterior, com exceção do volume de empresas presentes, são superiores em qualquer classificação aos índices atuais. Em 2010 foi registrada uma queda de 1.100 experimentos apresentados, uma retração de 20 apresentações técnicas por dia e a redução em 13 mil visitantes, contabilizados os cinco dias. Contudo, o presidente Dilvo Grolli enxerga uma recuperação crescente do mercado e aposta na elevação do potencial produtivo por meio de pesquisas científicas. “Este é o caminho para o agronegócio. Ainda mais quando se fala tanto em reserva de área nativa. Um dos destaques do show foi a quantidade de novas variedades de soja com potencial para elevar a produção em até mil quilos por hectare sem expandir os limites da propriedade rural”. Por enquanto, os valores referentes à comercialização registrada não estão disponíveis, porém, mesmo para um período de recuperação, as estatísticas não devem ficar muito abaixo das computadas até 2009. Em breve, confira mais informações sobre os resultados do Show Rural no site: www.diadecampoonline.com.br.

Show Rural 2009 Show Rural 2010 Experimentos

4.900

3.800

Apresentações

200

180

193.108

180.729

320

342

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Internacional

Internacional

Visitantes Expositores Dias Abrangência

- Dados referentes a um dia de exposição Fonte: Assessoria de Comunicação do Show Rural Coopavel

Pedro Crusiol

Felipe Teixeira

22º Show Rural Coopavel

Durante cinco dias, o parque da Coopavel recebeu mais de 180 mil visitantes, que percorreram 72 hectares em busca de novidades

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Agricultura

Divulgação

Dia de Campo | Março, 2010 | Ano I - Edição 5 | Um experimento conduzido pela Embrapa Soja revelou que sistemas de rotação apresentam, em média, 10% de aumento de produtividade nas culturas agrícolas. (DC)

Tecnologia no campo

Soja Cultivance já está com seu cultivo comercial aprovado Desenvolvida por BASF e Embrapa, a soja Cultivance foi aprovada pela CTNBio e atende as normas de biossegurança ambiental, humana e animal Lino Tucunduva lino@diadecampoonline.com.br

A partir da safra 2011/2012, os produtores de soja já poderão contar com o mais novo produto geneticamente modificado da empresa alemã BASF. É a soja Cultivance, tolerante a herbicidas, integralmente desenvolvida no Brasil, em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). “Trata-se de um sistema alternativo dos mais modernos entre os já encontrados na atualidade”, garante Walter Dissinger, vice-presidente da divisão de Proteção de Cultivos da BASF para a América Latina. . “Nossa estratégia em biotecnologia vegetal é colaborar com os melhores parceiros para disponibilizar nossa capacidade inovadora em desenvolver e oferecer genes de grande importância para a agricultura. Graças a esta parceria público-privada de sucesso, os produtores se beneficiarão do melhor controle de plantas daninhas com menos insumos, resultando em maior produtividade agrícola”, complementa. Com sua comercialização liberada no mundo, a Cultivance foi aprovada pela CTNBio – Comissão Técnica Nacional de Biosse-

gurança, em dezembro de 2009, e atende as normas e a lei de biossegurança para o meio ambiente, a agricultura, bem como a saúde humana e animal. É o primeiro produto geneticamente modificado, desenvolvido no Brasil, desde o laboratório até a comercialização, e sua aprovação é resultado de mais de 10 anos de pesquisas entre as duas empresas, combinando variedades de soja tolerantes a herbicidas com herbicida de amplo espectro da BASF, da classe das imidazolinonas. Para o desenvolvimento desta tecnologia, foram investidos cerca de US$ 20 milhões. Enquanto a BASF se responsabilizou pelo isolamento do gene e desenvolvimento da tecnologia, a Embrapa se encarregou de inserir esse gene nas diversas variedades de sementes de soja, realizando os testes de campo, o que gerou mais de duas mil novas variedades até chegar à planta-mãe.

Imagens: Divulgação

“Cultivance representa a capacidade do nosso país na área de biotecnologia agrícola. Estamos mostrando ao mundo que podemos gerar inovações”

“A aprovação da soja Cultivance representa a capacidade do nosso país na área de biotecnologia agrícola. Estamos mostrando ao mundo que podemos gerar inovações. A Embrapa adota diversas tecnologias em pesquisas. E a biotecnologia, aplicada de acordo com os princípios da sustentabilidade, traz resultados de suma importância para a sociedade. Permite que agricultores brasileiros tenham acesso a alternativas tecnológicas avançadas, com ganhos econômicos, e sejam mais eficientes em manter a base de recursos naturais”, reforça Pedro Arraes, diretorpresidente da Embrapa, garantindo, ao mesmo tempo, que novas parcerias estão sendo encaminhadas, inclusive com a própria BASF. Segundo seus diretores, as empresas parceiras estão buscando a aprovação da Cultivance também em outros países compradores da soja brasileira, tais como China e Estados Unidos. Na América Latina, os trabalhos para a aprovação da nova tecnologia já estão em andamento a fim de atender aos requisitos de autoridades regulatórias nos países vizinhos, incluindo Argentina, Bolívia e Paraguai. “A Embrapa garante multiplicar as sementes Cultivance em quantidade suficiente para atender a demanda de mercado, na safra 2011/2012”, diz seu presidente, Pedro Arraes. Nesse período, a BASF continua seu trabalho de reconhecimento jurídico da nova tecnologia junto aos principais importadores de soja do Brasil. “Na China, maior importador de soja do mundo e também o principal parceiro comercial do agronegócio brasileiro, o processo de regulamentação é muito rigoroso e exige estudos de campo em solos chineses. Esperamos concluir esse processo ainda este ano”, afirma Luiz Louzano, gerente de biotecnologia da BASF.

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Viticultura

Prejuízo nos parreirais Excesso de chuvas aumenta a incidência de ataques de vespas e abelhas a parreirais no Rio Grande do Sul; no norte do Paraná a situação é menos grave Ruben Machota Jr. / Arquivo DC

Mariana Fabre

Desde o mês de dezembro, alguns municípios do Rio Grande do Sul têm registrado um grande número de ataques de vespas e abelhas aos parreirais. Esses insetos e outros agentes danificam as bagas da uva e prejudicam a produção, pois o rompimento da casca faz com que o suco extravase e cause disseminação de podridões nos cachos. Outro problema é que alguns agricultores acabam sofrendo reações alérgicas devido a picadas dos insetos durante a colheita. De acordo com o entomologista da Embrapa Uva e Vinho, Marcos Botton, a ocorrência desses ataques é registrada todos os anos durante o período de colheita da videira. Mas, na safra 2009/2010,

“A orientação é para que os produtores não apliquem veneno, pois é preciso preservar esses insetos úteis” o excesso de chuvas agravou a situação, reduzindo a produção de flores e frutos, que servem de comida para esses animais, deixando a uva como um dos únicos alimentos disponíveis. Segundo Marcos Botton, existem áreas em que o prejuízo na produção foi de 30%, já em algumas propriedades pequenas a perda foi total. Além disso, o grande volume de chuvas provocou maior rachamento das bagas da uva. Contudo, esse rompimento também pode ser causado por pássaros, morcegos frugívoros, vespas, gorgulhodo-milho e mosca das frutas. As abelhas não conseguem perfurar as bagas e apenas danificam aquelas que já foram rompidas por outros motivos. “Identificar a causa primária do rompimento das bagas no vinhedo é fundamental, pois é com base neste diagnóstico que será possível definir as estratégias de controle” - ressalta Marcos Botton. De acordo com Werner Genta, enge-

Detalhe: Augusto Benedetti / Arquivo DC

mariana@diadecampoonline.com.br

Além do excesso de chuvas, o rompimento das bagas das uvas também pode ser causado por pássaros, morcegos frugívoros, vespas, gorgulho-do-milho e mosca das frutas nheiro agrônomo e presidente da Associação Norte Paranaense de Estudos em Fruticultura (Anpef), os produtores de uva do norte do Paraná não sofrem muito com o ataque desses insetos, pois a população de abelhas e vespas é baixa. “Como as lavouras predominantes na região são as de soja e trigo, não há muito alimento disponível para esses insetos, que procuram outras áreas para habitar”, esclarece. Em Marialva, grande centro produtor de uva, com 1,5 mil hectares ocupados por parreirais, não há registro de grandes prejuízos causados por esse tipo de ataque. Mas nos municípios de Toledo e Jandaia, localidades em que há predomínio de pastagens e áreas verdes, nas quais estão presentes plantas que servem de comida para abelhas e vespas,

o problema é mais grave. Controle - O fato de as vespas e abelhas serem insetos úteis, que atuam como polinizadores e predadores de outros insetos, torna o controle ainda mais difícil. Algumas opções preventivas são o uso de repelentes, oferecimento de alimento alternativo, ensacamento das frutas e proteção com telas nos parreirais. “A orientação é para que os produtores não apliquem veneno, pois é preciso preservar esses insetos” - salienta Botton. Os pássaros e morcegos são protegidos por lei e não podem ser eliminados. O uso de sons para espantá-los não é eficaz, pois eles se acostumam com o barulho e retomam o ataque. No caso das vespas, o produtor pode destruir os ninhos próxi-

mos ao vinhedo, mas é preciso ter critério, pois elas são excelentes predadoras de insetos que prejudicam o parreiral. Já para afastar as abelhas, a opção é proporcionar alimento alternativo, como o girassol e o trigo mourisco, plantas que florescem no período de frutificação da uva. Para conter o gorgulho-do-milho, é preciso controlar a ocorrência da espécie nos grãos armazenados em paióis nas proximidades do vinhedo. No caso da moscadas-frutas, recomenda-se o uso de armadilhas para monitoramento e o controle através de iscas tóxicas. Os agricultores que estiverem sofrendo prejuízos com esses ataques devem entrar em contato com a assistência técnica mais próxima para receber orientações adequadas de como lidar com a situação.


Dia de Campo | Março, 2010 | Ano I - Edição 5 |

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Divulgação

Pecuária

Auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária a Abastecimento avalia a possibilidade de eliminar a obrigatoriedade de vacinação contra febre aftosa no PR. (DC)

Política

Câmara Técnica Regional de Avicultura se reúne em Londrina Produtores e representantes da indústria no norte e noroeste do Paraná aprovam o estatuto da Câmara Técnica Regional de Avicultura

CTRA em dados - Nome: Câmara Técnica Regional da Avicultura – Norte / Noroeste-PR

- Sede: Sindicato Rural Patronal (SRP) - Av.Tiradentes, 6275, Londrina-PR

Felipe Teixeira felipe@diadecampoonline.com.br

Em breve, as regiões norte e noroeste do Paraná terão maior representatividade legal no que diz respeito à atividade avícola. A Câmara Técnica Regional de Avicultura (CTRA) está em processo de estruturação e reuniu produtores e integrantes de instituições com atuação no setor. Segundo consta no estatuto, a função da entidade é “propor medidas e ações direcionadas à proteção e aprimoramento das práticas técnicas, nutricionais, ambientais, genéticas e de sanidade avícola”. As duas reuniões iniciais atraíram, principalmente, avicultores e técnicos agrícolas de Arapongas, Astorga, Cornélio Procópio e Rolândia, além de participantes de outros municípios do norte e norte pioneiro. Ao perceber certo

O objetivo é criar uma entidade representativa de base, diferente das existentes distanciamento entre os presentes, Narciso Pissinati, presidente do Sindicato Rural Patronal de Londrina deu o tom inicial do segundo encontro. “Estamos aqui para constituir um meio legal de intermediar o relacionamento entre integradores e integrados e, assim, facilitar a comunicação entre ambos”. De acordo com o cronograma, seriam realizadas a aprovação do estatuto e do regimento interno e, por fim, a eleição da diretoria. No entanto, os questionamentos cadenciaram o andamento da programação. O tema que mais provocou debate entre os membros foi o valor do voto e os critérios para compor os cargos de diretoria. “Não sei se o mesmo peso dos votos vai ser o melhor jeito de organizar a câma-

ra. Acho que os produtores podem ser prejudicados pela má representação de suas necessidades, que é o que sempre acontece”, desconfiou o avicultor de Astorga, Carlos Roberto Gazzoni. Tão questionador quanto Gazzoni, o médico veterinário e extensionista do Emater, Paulo Hiroki, criticou a organização. “Dentro da câmara deve existir a paridade. Para cada representante das empresas deve existir um dos produtores”. Hiroki também enfatizou as falhas na proposta de pauta dos encontros. “Da maneira como foi exposta, na qual cada um deve mobilizar sua associação local e trazer as discussões para a câmara, não vai funcionar. Isto é uma questão cultural do brasileiro e não cabe à câmara resolvê-la”. Walcir Barbosa, presidente provisório da CTRA, conduziu o andamento e abriu a redação do estatuto às sugestões. “Não trouxemos o estatuto pronto. A CTRA foi montada para ser uma câmara de apoio, de debate. Queremos provocar a mobilização do setor por meio de representantes com valores de voto iguais nesta entidade”. Apesar das interrupções carregadas de posicionamentos contrários aos artigos apresentados, Walcir propôs reflexões acerca da estrutura do órgão. “Criamos uma entidade representativa de base, ou seja, de baixo para cima. As demais, como o Conesa (Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária) e outras, atualmente, estão afuncionais porque se distanciaram da cadeia produtiva”. A finalização do estatuto e a eleição será realizada no dia 4 de março, no Sindicato Rural Patronal de Londrina, local escolhido como a sede da Câmara Técnica Regional da Avicultura.

- Objetivos: promover o melhoramento da condição sanitária dos rebanhos, apoiar os serviços de defesa sanitária vegetal e animal na erradicação de doenças, executar o planejamento estratégico da Defesa Agropecuária e relacionar-se com outras câmaras a fim de obter os melhores resultados nas ações de sanidade em todo o estado -Informações: (43) 3374-0300

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A câmara pretende intermediar o relacionamento entre integradores e integrados para solucionar os principais entraves da atividade


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Reportagem de Capa: Sucesso na Criação de Peixes 3.

Piscicultura em destaque Apesar de recente, a criação de peixes está em franco desenvolvimento e ganha cada vez mais importância dentro da agropecuária brasileira Pedro Crusiol

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pedro@diadecampoonline.com.br

Pedro Crusiol

O destaque do agronegócio brasileiro não está somente na produção de grãos. A piscicultura, uma atividade recente no país, está cada vez mais em evidência. Assim como aconteceu com as cadeias produtivas de bovinos, suínos e de aves, a produção de peixes se desenvolveu e mostra ser uma atividade promissora. No Brasil, a piscicultura ainda é uma atividade de certa forma desconhecida. Profissionalmente, ganhou corpo há cerca de cinco anos, quando foram formados os primeiros frigoríficos e a cadeia começou a ganhar forma. Atualmente, os peixes representam 5% das carnes produzidas no país, mas este é um segmento em franca expansão e desenvolvimento. Seguindo uma tendência mundial, a piscicultura brasileira registra uma movimentação anual em torno de US$ 1 bilhão. Mesmo em tempos de crise, a atividade tem mantido um nível de crescimento de 25% ao ano. Há pouco tempo, a piscicultura estava direcionada ao mercado do lazer, principal-

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Pedro Crusiol

mente para o abastecimento de pesquepagues. Agora a atividade demonstra outro perfil, voltada para a industrialização. “O Brasil passou a contar com um grande volume de produção e com uma necessidade contínua de pescados para atender o mercado. Isso transformou radicalmente a atividade”, conta Ricardo Neukirchner, da empresa Aquabel, de Rolândia-PR, pioneira na produção de alevinos de tilápia no Brasil. Para o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, apesar de ainda não ocupar um espaço tão grande dentro da agropecuária, quando comparada a outras atividades, a piscicultura possui um grande potencial de desenvolvimento. “Começamos a viver um novo momento do setor, com crescimento sustentável, duradouro e com perspectivas de gerar muitos empregos, renda e riquezas para o país”, ressalta. Gregolin destaca também as potencialidades do Brasil para a atividade, com condições naturais favoráveis, água em abundância, clima, tecnologias de produção e mercado consumidor crescente. O crescimento produtivo, tanto no Brasil, como ao redor do mundo tem explicação. A pesca de captura tem diminuído ano a ano. São menos peixes disponíveis nos rios e mares, com menor qualidade e custos elevados de captura. “Os estoques naturais estão diminuindo e a única alternativa viável para

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Atualmente, os peixes representam 5% das carnes produzidas no país, mas é um segmento em franca expansão e desenvolvimento

produzir e abastecer o mercado é através da piscicultura”, destaca Neukirchner. Além disso, o consumo de pescados per capita no Brasil ainda é baixo e existe um mercado consumidor com grande potencial de expansão. Atualmente o brasileiro consome, em média, 6 kg de carne de peixe por ano, sendo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo anual de 16 kg. Tecnologias de produção de tilápia - A tilápia é hoje o carro-chefe da piscicultura. E as tecnologias para produção estão muito

avançadas. Com o melhoramento genético, é possível gerar peixes com maior velocidade de crescimento e menor tempo de engorda, baixo consumo de rações e alto rendimento de filé. Além disso, com o melhoramento genético é possível garantir a rastreabilidade. “Eu posso comer um peixe em um restaurante no Japão e saber como e onde ele foi produzido. Pensar que essa tecnologia existe para a produção de peixes é uma surpresa pra muita gente”, revela Neukirchner. A piscicultura no Paraná - Ainda não há dados oficiais, mas estima-se que o Paraná

possua em torno de 22 mil propriedades rurais com áreas reservadas à criação de peixes. No entanto, a produção ainda é muito baixa, já que a maioria não dispõe de tecnologias adequadas e as áreas de criação são subutilizadas. “Existe tecnologia para uma produção eficiente, técnica e com baixos custos. Falta levar estas tecnologias a todos os produtores. Este é um trabalho que está sendo iniciado agora”, diz Neukirchner. Segundo ele, com o uso das técnicas apropriadas, onde a produção ainda é mal manejada, é possível obter um crescimento muito grande na produtividade do estado.


Dia de Campo | Março, 2010 | Ano I - Edição 5 |

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1. Ricardo Neukirchner, da Aquabel piscicultura; 2. Tanques de produção de alevinos; 3. A tilápia é o carro-chefe da piscicultura; 4. Engorda de peixes no sistema de tanque-rede em reservatórios de água; 5. Altemir Gregolin, ministro da Pesca e Aquicultura

Divulgação

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Uma história de pioneirismo e sucesso “A piscicultura mudou radicalmente nos últimos 15 anos. Quando comecei a trabalhar com peixes era uma aventura, uma loteria. Não havia tecnologia e não havia genética empregada na produção de filhotes de peixes, chamados de alevinos. Tudo era feito de forma muito caseira e artesanal”. Quem conta a história é o agrônomo Ricardo Neukirchner, fundador e proprietário da Aquabel, empresa de piscicultura sediada em Rolândia-PR. Criada em 1994, a empresa foi a primeira do Brasil a produzir alevinos com tecnologia e em escala comercial. Segundo ele, na época, ainda quando trabalhava com a engorda de peixes, percebeu que faltavam fornecedores de alevinos de qualidade e em quantidade suficiente para atender a demanda.

“Isso abriu nossos olhos. A partir daí, passamos a produzir alevinos de forma profissional, buscando qualidade genética e volume de produção”, conta. A Aquabel foi responsável pela inserção de novas tecnologias na piscicultura nacional e pela introdução de espécies de tilápia com genéticas mais apuradas. O pioneirismo transformou a empresa em referência não só no Brasil, mas também em todo o mundo. Hoje a Aquabel produz mais de seis milhões de alevinos por mês e a previsão para os próximos cinco é atingir a marca dos 20 milhões. “O nosso crescimento é reflexo do desenvolvimento da atividade no país, que também está se estruturando e tem um potencial enorme de crescimento para o futuro”, pondera. (PC)

Ministério aposta no desenvolvimento do setor Lucas Martins / Arquivo DC

5. Desde 2003 a piscicultura contava com o apoio da Secretaria Especial da Aquicultura e Pesca (SEAP). No ano passado, a Secretaria transformou-se no Ministério da Pesca e Aquicultura, o que garantiu mais recursos para a atividade. Em 2003, a SEAP dispunha de um orçamento anual de R$ 11 milhões. Já em 2010, o Ministério passa a contar com um orçamento de R$ 800 milhões a serem aplicados em ações e projetos para o desenvolvimento do setor. No final de fevereiro, o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, esteve no norte do Paraná, onde assinou convênios com entidades e prefeituras da região para estruturar a cadeia produtiva no norte paranaense. Um dos convênios destinará R$ 2,4

milhões para a criação de áreas de produção de peixes em oito reservatórios do rio Paranapanema. A estimativa é de que os parques aquícolas produzam aproximadamente 93 mil toneladas de pescado por ano, o equivalente a um terço da atual produção aquícola brasileira. O Ministério também destinou R$ 450 mil para a construção de um centro de treinamento e capacitação em aqüicultura, na sede Sociedade Rural do Paraná, em Londrina. “O maior desafio do Ministério é a organização da cadeia produtiva de pescados, que ainda é desestruturada na maior parte do país. Precisamos agora estruturar ações e projetos para tornar a cadeia eficiente e competitiva”, destaca Gregolin. (PC)


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| Ano I - Edição 5 | Março, 2010 | Dia de Campo

Leite

Quem aguenta esse calor? Altas temperaturas e níveis elevados de umidade prejudicam a cadeia leiteira no norte do Paraná; nos dias mais quentes, as perdas na produção podem chegar a até 30% Desconfortáveis com o calor e não habituadas a grandes variações climáticas, as vacas perdem a fome e, como consequência, produzem menos leite

Flávio Augusto

Embora capaz de se queixar do sol escaldante ou das altas temperaturas, não é apenas o homem quem sofre com o forte calor que tem feito neste verão: os animais também respondem às variações climáticas, cada um à sua maneira. Com as vacas, por exemplo, o efeito mais perceptível é a diminuição repentina – e considerável - na produção de leite. “Olha, nesses 16 anos que eu trabalho com pecuária leiteira, nunca tinha visto uma situação como essa”. Quem diz é o produtor rural Valdeir Martins. Na propriedade que fica entre os distritos da Warta e do Heimtal, em LondrinaPR, Valdeir cria 50 vacas. Em condições ideais, ele diz retirar do curral cerca de 900 litros de leite por dia. Neste verão, contudo, a média já caiu para 750 litros. E nos dias mais quentes, como no início de fevereiro, quando as temperaturas bateram a casa dos 35 graus, as perdas foram ainda maiores e chegaram a quase 30%. “Teve dias em que a produção foi de 650 litros”, revela. Especialista em pecuária leiteira, o médico veterenário e extensionista do Emater, Paulo Hiroki, deixa claro que a queda de rendimento é algo normal nesta época do ano, sobretudo para os animais mais produtivos. As vacas, diz ele, são muito sensíveis, não gostam de mudanças: qualquer fator que interfira ou altere as condições às quais elas es-

“Olha, nesses 16 anos que eu trabalho com pecuária leiteira, nunca tinha visto uma situação como essa” tão acostumadas, será traduzido no dia seguinte, ali no “balde”, com menos leite para colher. “Como, na maioria dos animais, a troca de calor é feita pela respiração, eles acabam aumentando a frequência respiratória, fazendo com que fiquem cada vez mais desconfortáveis”, explica Hiroki. O engenheiro agrônomo acrescenta que para as vacas, principalmente aquelas em lactação, o desconforto é ainda maior, em virtude da alimentação energética e protéica que recebem e da temperatura corporal um pouquinho acima da média”. Tudo isso faz com que o bicho, além de consumir mais água, também perca o apetite. Dificuldades - Não bastasse o forte calor, outra variante climática tem deixado os produtores de cabeça quente: a umidade relativa do ar, que, em níveis elevados, pode tornar o tempo abafado

Divulgação

flavio@diadecampoonline.com.br

e prejudicar o manejo dos animais. “Com esse tempo úmido, o animal perde a vontade de comer. Ele fica ali, babando, e não come”, reclama Valdeir Martins. E a umidade pode, de fato, explicar boa parte dos problemas enfrentados pelo Valdeir e outros produtores de Londrina e região. Meteorologista do Instituto Tecnológico Simepar, Marcelo Zaicovski esclarece que, amenizada pelo fim de mês um pouco mais fresco, a média de temperatura nas tardes de fevereiro foi de 30,6 graus, quase 1 grau acima do previsto. A margem, entretanto, é considerada normal pela climatologia. Já para a umidade relativa do ar, a média foi de 80,9%, praticamente 5% a mais do que o esperado. E como março também é mês de calor, os prognósticos não são muito animadores. “O clima tem permanecido dentro do que foi previsto, então a previsão é de que a situação permaneça assim também em março”, informa Zaicovski. Assim, a melhor opção para minimizar o problema é seguir as recomendações técnicas e, importante, fazer de tudo para deixar as vacas tranquilas e bem acomodadas. “A gente recomenda promover a alimentação no período noturno, principalmente para animais em regime de pasto, para não afetar tanto o consumo de alimento. Na verdade, o que precisa é que o animal esteja confortável, evitar que ele seja exposto ao sol nas horas mais quentes e que os ambientes onde você vai manejá-lo sejam bem arejados, permitindo que a troca de calor ocorra mais facilmente”, reforça Paulo Hiroki.


Dia de Campo | Março, 2010 | Ano I - Edição 5 | De 15 a 19 de março, a feira internacional Expodireto Cotrijal reúne mais de 50 países em Não-Me-Toque-RS. (DC)

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Agronegócio

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Infraestrutura

Paraná enfrenta dificuldade para armazenar e escoar safra recorde Armazéns da Conab lotados, possíveis filas nos portos e falta de caminhões para transporte preocupam produtores O movimento de caminhões que chegam para desembarcar a safra 2009/2010 aumentou 200% no Porto de Paranaguá, com fluxo médio de 800 caminhões por dia

Mariana Fabre mariana@diadecampoonline.com.br

“Não há previsão de escoamento da safra de trigo e milho, pois não há espaço em outros estados”

Cambé, Apucarana e Rolândia existem armazéns credenciados pela Conab, mas os armazéns de Ponta Grossa e Cambé estão lotados com trigo e milho. Os problemas maiores são com as culturas do feijão e do milho. Com o preço praticado abaixo do mínimo e com o mercado bem abastecido, esses grãos têm comercialização lenta e dificuldade de escoamento. “Já a preocupação com a produção de soja deve-se à questão do transporte para os portos e não da armazenagem, pois a oleaginosa tem escoamento rápido, maior volume de exportação e não permanece nos armazéns da Conab”, explica. Segundo Jacomel, não há plano de ampliação da rede de armazenamento da Conab, mas a iniciativa privada e as cooperativas começaram a investir nesse setor, pois a atual rede de armazéns credenciados não tem permi-

Imagens: Rodrigo Leal / Appa / Divulgação

Com uma produção estimada em 143,95 milhões de toneladas em todo o país, a safra 2009/2010 de grãos deve ser recorde, superando em 6,5% o volume produzido na safra anterior. Mas esse acréscimo, que se deve às condições climáticas favoráveis, promete trazer também problemas com o armazenamento e escoamento da produção. De acordo com o superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Paraná, Lafaete Jacomel, não há como escoar imediatamente os estoques de trigo, milho, soja e feijão que se formaram nas últimas safras. “Não há previsão de escoamento da safra de trigo e milho, pois não há espaço em outros estados. Um dos principais problemas está no armazenamento do feijão. Por isso, a Conab deu início à aquisição de parte dessa produção”, relata. Os produtores, que já estão vendendo abaixo do preço mínimo, terão que transportar a produção por longas distâncias para encontrar armazéns com espaço disponível. Nos municípios de Ponta Grossa,

tido a acomodação das safras, que batem novos recordes a cada ano. Escoamento - No Porto de Paranaguá, o movimento de caminhões que chegam para desembarcar a safra 2009/2010 aumentou 200% desde o final de janeiro até a última semana de fevereiro. De acordo com informações da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), do começo do ano até o dia 20 de fevereiro passaram pelo pátio de triagem 18,3 mil caminhões e 6,1 mil vagões com grãos, o que representa uma média de 800 caminhões por dia. Com

a safra recorde, a estimativa é de que este ano seja registrado um aumento de 20% na movimentação no porto em relação ao ano passado. Até o final de fevereiro, a temida fila de caminhões aguardando para entrar no porto foi registrada apenas uma vez e chegou a cerca de 5 km de extensão. A justificativa para o fato é de uma adaptação à nova demanda durante o início do embarque da soja. Atualmente, a capacidade do Porto de Paranaguá é de 1,1 milhões de toneladas. O porto aguarda homologação para dar início

à construção de um novo silo, que irá armazenar mais 107 mil toneladas. Outro investimento previsto é a construção de um novo píer, que aumentará aproximadamente 30% da estrutura física do cais e até 80% da movimentação de carga. De acordo com Jonathan Henrique Delpino, gestor de commodities e sementes da Transportadora Rota 90, há dificuldade em encontrar caminhões para transportar a safra recorde até o porto de Paranaguá. “Um dos motivos é que os caminhões estão mais concentrados em Goiás e na Bahia, transportando os grãos das fazendas para armazéns, serviço que traz mais rentabilidade”, explica. Além disso, a maioria dos motoristas tenta evitar as filas que se formam nos portos nessa época do ano. Nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, as empresas e os produtores estão batalhando para encontrar caminhões disponíveis para o transporte. “A produção aumentou muito e o número de caminhões não consegue atender essa demanda”, salienta Delpino.


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| Ano I - Edição 5 | Março, 2010 | Dia de Campo

AgroEx

Agronegócio para exportação é tema de seminário Especialistas, produtores e empresários debateram em Londrina os principais desafios e oportunidades para exportação de produtos do agronegócio brasileiro

Mural Agrícola Bolsa de Cereais e Mercadorias de Londrina - Cotações do dia 10/03/2010 Tipo/Praça

Mercado Londrina

Dulce Mazer dulce@diadecampoonline.com.br

Londrina foi sede, no último dia cinco de março, do 31º Seminário do Agronegócio para Exportação (AgroEx). Realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, vinculada ao ministério, o evento reuniu mais de 700 agricultores, pecuaristas, representantes de agroindústrias e exportadores. Durante o AgroEx foram discutidas as estratégias e oportunidades para a estruturação e desenvolvimento das exportações do agronegócio brasileiro.

Com o objetivo de discutir os desafios do agronegócio brasileiro para exportação, o Seminário contou com mais de 700 participantes O Seminário contou com a abertura oficial do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. Em seu discurso, Stephanes citou os principais itens da pauta estratégica de desenvolvimento do agronegócio do Brasil, como investimentos em pesquisa agropecuária e na defesa sanitária do paísl. Além disso, o ministro destacou a importância da consolidação do mercado externo para

os produtos do agronegócio brasileiro e a abertura de novos mercados consumidores fora do Brasil. “O agricultor brasileiro é muito eficiente dentro da porteira. Precisamos garantir que nossos produtores tenham apoio e estrutura do lado de fora da porteira para competir no mercado internacional”, destacou. Londrina foi a primeira cidade a receber o AgroEx em 2010. O Seminário é realizado desde 2006 e é um facilitador para oferta de produtos brasileiros no mercado internacional. Para o presidente do Sindicato Patronal Rural de Londrina, Narciso Pissinati, para expandir o volume de exportações do agronegócio é necessário planejamento estratégico. Isto inclui, entre outras ações, envolver instituições e pessoas que possam multiplicar as informações adquiridas no seminário por meio de cursos e acordos comerciais. “O seminário foi o primeiro passo de um processo que precisa ser trabalhado. A partir de agora é preciso definir multiplicadores locais, com representantes das entidades que estiveram no evento, e estimular também o pequeno produtor, que precisa se associar e entrar neste processo”, afirmou. O 31º Seminário do Agronegócio para Exportação (AgroEx) teve apoio do Sindicato Rural Patronal de Londrina, da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo e da Sociedade Rural do Paraná.

Reinhold Stephanes: “O agricultor brasileiro é muito eficiente dentro da porteira. Precisamos garantir que ele tenha apoio e estrutura para competir no mercado internacional”

Preços

Produto Mínimo

Máximo

Café - PR. Benefic. 60 Kg Safra 09/10

Tipo 6 Duro - B/C. Tipo 7 Riado - B/C. Tipo 7 S/D - B/C.

235,00 205,00 185,00

240,00 210,00 190,00

Calmo

Feijão Carioca - T.1 60 Kg.

Apucarana Ivaiporã Londrina

40,00 45,00 50,00

45,00 50,00 55,00

Calmo

Milho - 60 Kg

Cascavel Maringá Ponta Grossa

15,00 15,00 15,50

15,50 15,50 16,00

Calmo

Cascavel Maringá Ponta Grossa

32,00 32,00 34,00

33,00 33,00 35,00

Calmo

Cascavel Maringá

27,00 27,00

27,60 27,60

Calmo

Fechamento Anterior

Variação %

130,25 132,75 134,45

0,19 0,00 0,00

Soja - 60 Kg

Trigo - 60 Kg PH - 80

Cotação - Café - NY - em centaos de US$/libra - peso Mês/Ano março - 10 maio - 10 julho - 10

Diferencial

Fechamento

Abertura

0,25 0,00 0,00

130,50 132,75 134,45

130,45 132,50 134,40

Fonte - CMA OBS: Cafés que apresentarem gosto de terra, secador e aparência chuvada e barrenta, terão deságil compatível à incidência dos mesmos.


Vida Rural

Divulgação

Dia de Campo | Março, 2010 | Ano I - Edição 5 | A Expo Londrina 2010 será realizada entre os dias 1º e 11 de abril. A feira é um dos principais eventos do agronegócio brasileiro. (DC)

Dias de campo

Da pesquisa para o campo Realizados nas principais regiões produtoras, os dias de campo apresentam informações indispensáveis para o sucesso da atividade agrícola Pedro Crusiol

Dia de Campo da Embrapa Soja - Foram apresentadas informações sobre florescimento precoce da soja, manejo de plantas daninhas e principais doenças no cultivo de soja. O dia de campo também apresentou as características das cultivares de soja transgênica e convencional desenvolvidas pela Embrapa, além de cultivares de feijão e resultados que comprovam a importância da integração lavoura-pecuária

pedro@diadecampoonline.com.br

realizados no Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Para o gerente executivo da Fundação Meridional, Ralf Dengler, estes eventos são fundamentais para levar as tecnologias desenvolvidas pelo órgão de pesquisa até a assistência técnica e aos agricultores. “A Embrapa e a Fundação Meridional investem no desenvolvimento de variedades e de novas tecnologias de manejo da cultura. Se nós não tivermos uma oportunidade prática para levar essa tecnologia para quem assiste o produtor ou diretamente para os agricultores, sem dúvida, nós não vamos atingir o resultado que essa tecnologia merece”, explica. Para que as tecnologias agrícolas sejam realmente aproveitadas, o papel dos extensionistas é fundamental. Eles levam aos produtores as informações e as novidades, com o objetivo de melhorar a produção e a atividade no campo. “Nós que atendemos os agricultores, precisamos atualizar nossas informações constantemente. A cada ano surgem novos desafios para a agricultura. Por isso, precisamos deste contato direto com pesquisadores para tirar dúvidas e atualizar nossos conhecimentos. Isso é de fundamental importância para nosso trabalho de levar essa informação da pesquisa ao campo e aos produtores”, relata Reinaldo Néris dos Santos, extensionista do Emater e coordenador da tarde de campo de Alvorada do Sul.

8ª Tarde de Campo de Alvorada do Sul - Promovida pela unidade do Emater do município, reuniu mais de 200 produtores da região. No evento, foram apresentadas cultivares de soja, informações sobre manejo de plantas daninhas e monitoramento da ferrugem asiática, além de prognósticos climáticos para a safra de inverno

Pedro Crusiol

“Nos dias de campo conseguimos a informação necessária para plantar com cuidado, com tecnologia e com eficiência”

Dulce Mazer

Alberico Paulo Santoto é produtor no município de Alvorada do Sul (PR). Ele é proprietário da fazenda Santa Verinha, onde há oito anos são realizadas, durante a safra, tardes de campo sobre cultivares e tecnologias de produção de soja. “É na tarde de campo que conseguimos a informação necessária para plantar com cuidado, com tecnologia e com eficiência”, diz ele, destacando que o evento é a principal fonte de informações técnicas para os agricultores dos municípios da região. Os dias de campo acontecem em todas as regiões produtoras do país. Cooperativas, instituições de pesquisa e extensão e organizações de produtores realizam os eventos para levar a técnicos e também a produtores rurais as informações e novidades que podem contribuir com o desenvolvimento da atividade agrícola. Somente nesta safra de soja, a Embrapa e a Fundação Meridional programaram mais de 70 dias de campo sobre a cultura da soja a serem

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| Ano I - Edição 5 | Março, 2010 | Dia de Campo

Natureza

Turismo de aventura O turismo de aventura é um forte segmento que vem gerando lucro e emprego para de muitas pessoas, além de um forte ramo da educação para a consciência sócio-ambiental Lino Tucunduva

Trilha Natural / Divulgação

lino@diadecampoonline.com.br

Experimentar a natureza, explorar seus diversos ambientes, viver suas emocionantes sensações, observar e compartilhar das mais ricas e belas paisagens que o espaço rural oferece, faz bem para o corpo e para a mente. O turista moderno está mudando seu comportamento, exigindo novidades em seus momentos de lazer e prazer. Sentir-se parte de um mundo inteiro a ser desbravado, vivenciar obstáculos nunca antes atingidos, caminhando por trilhas rústicas em meio a matas e cerrados, conquistar novos espaços por meio de corredeiras e rios, aventurar-se por túneis e cavernas misteriosas, nadar em águas cristalinas, tomar banho de cachoeira. São estas e muitas outras as atividades que vão conquistando o gosto popular, principalmente daqueles que vivem presos ao meio urbano. Estamos falando do turismo de aventura, onde todo cidadão pode desfrutar da natureza de forma consciente, sustentável e segura. Investimento que vale a pena, geralmente, pelo baixo custo e pelo inigualável valor terapêutico. Em franco desenvolvimento por todo o país, o turismo de aventura hoje, é amparado por normas governamentais oficiais, que garantem a prática de atividades recreativas não competitivas. Segundo dados do Ministério do Turismo, seu conceito básico está em envolver desafios e riscos avaliados, a fim de proporcionar ao indivíduo, novas emoções e sensações diversas, apoiados em qualidade, segurança e sustentabilidade

O mercado paranaense No Paraná, já são várias as alternativas de turismo e lazer que contribuem para a geração de oportunidades de trabalho. Muitas propriedades rurais estão passando a oferecer esse tipo de atração de forma organizada, otimizando seus espaços naturais não só para a produção agropecuária, mas também para o desenvolvimento comercial

eco-ambiental. Entre outras inúmeras atividades realizadas dentro do turismo de aventura e ecoturismo, as que mais se destacam são: arvorismo, atividades equestres, exploração de cavernas, percursos fora de estrada, bungee jump, cachoeirismo, canionismo, caminhadas, escaladas, montanhismo, rapel, tirolesa, boia-cross, canoagem, mergulho, rafting, asa delta, trekking, balonismo, parapente, paraquedas, ultraleve, cicloturismo, veleiros, bem como uma simples e agradável observação da vida silvestre. Este contato com a natureza, nos dias de hoje, já pode ser visto quase como uma necessidade, uma vez que sua realização já é procurada, de forma corporativa, em grande escala, por diversas empresas, a fim de contribuir com a melhoria do comportamento e bem-estar de seus profissionais, combinando esporte, trabalho em equipe e conscientização ambiental. Do ponto de vista comercial, este seg-

Trilha Natural / Divulgação

“O Paraná é muito rico em espaços ambientais para as atividades de imersão na natureza”

de novos atrativos turísticos. Atendendo a padrões de sustentabilidade e preservação ecoambiental, o paranaense pode desfrutar destes pontos turísticos rurais acessando o site www. rotadocafe.tur.br onde é possível encontrar todo tipo de informação necessária para um bom roteiro turístico e orientações eco-culturais. (LT)

mento também tem se tornado a grande atração para muitos produtores rurais que, aos poucos, vão consorciando, em suas propriedades, a produção agropecuária com a atividade turística, oferecendo seus espaços ambientais a novos produtos de lazer, enquanto valor agregado. Investir na natureza - “O turismo, de um modo geral, no Brasil, é um grande potencial em acelerado ritmo de desenvolvimento, pela sua diversificação, em ramos os mais variados. O turismo de aventura é um deles, que nos últimos tempos tem gerado um invejável índice de empregos diretos e indiretos e renda para muita gente. São investimentos que, muitas vezes, requerem apenas o aproveitamento de recursos naturais existentes nas propriedades privadas, ou então, aqueles já amplamente disponíveis nos espaços públicos, como, por exemplo, a Mata Atlântica, serras e morros, rios, encostas, cachoeiras, cavernas etc.”, afirma Luciana Masson Scaramal, auditora e consultora em Turismo de Aventura do Programa 100 por Cento, do Ministério do Turismo e proprietária da Pousada Terra Dourada, em Jataizinho, norte do Paraná. Segundo Luciana, “o Paraná é muito rico em espaços ambientais para as atividades de imersão na natureza e, com base em programas oficiais bem estruturados, o turismo de aventura já é visto como uma ótima opção de lazer, enquanto um dos meios mais eficazes para se elevar a consciência em torno da preservação ambiental e da qualidade de vida das pessoas.” Na trilha do bem estar - Ex-atleta de ca-


Dia de Campo | Março, 2010 | Ano I - Edição 5 |

Trilha Natural / Divulgação

Trilha Natural / Divulgação

“Mesmo quem nunca fez um rapel, ou uma escalada, aos poucos vai se ambientando a ponto de superar seus medos e sentir-se mais seguro e confiante, atingindo um ponto de equilíbrio tal, capaz de vencer os mais incríveis obstáculos da natureza”, destaca Edeval Milan, vice-presidente do Clube de Aventura do Norte do Paraná

noagem, em Minas Gerais, desde 1933, André Renato da Silva vem se dedicando ao turismo de aventura. Especializado em esporte de segurança em atividades de aventura, busca e salvamento em cavernas, André é responsável pela segurança nos campeonatos promovidos pela Confederação Brasileira de Canoagem, realizados dentro da pista de salalom, no Canal da Piracema (represa de Itaipu) e na garganta das Cataratas do Macuco, na foz do rio Iguaçu. “Embora o turismo de aventura esteja em franco crescimento no Brasil, ainda assim percebemos uma certa carência de organização em muitas regiões do norte do Paraná, num raio de 300 quilômetros, onde ainda se observa a falta de roteiros mais bem definidos, estruturados, para atender os turistas e aventureiros”, destaca André Renato, adiantando que, a pedido do Sebrae, ele está fazendo um mapeamento para a prefeitura de Ribeirão Claro, das possíveis potencialidades de desenvolvimento de turismo de aventura na região. Sócio da empresa Trilha Natural (www. trilhanatural.com.br), André Renato mantém 11 profissionais trabalhando as modalidades de cursos de segurança, resgate e primeiros socorros. Em negociação com a prefeitura de Assai-PR, ele garante que até o segundo semestre deste ano, estará com uma base operacional fixa, nesta cidade, para as atividades de rafting, canoagem, tirolesa, e cicloturismo, “pois a região é dotada dos rios São Jerônimo e Tibagi, com corredeiras perfeitas para as atividades de aventura e treinamento experiencial ao ar livre”, completa, afirmando que até 2016, estará com pessoal capacitado para a se-

gurança nas modalidades de aventura, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Clube de aventura - Tudo é ação e muita adrenalina. Outra opção para treinamento, competição ou passeio é o Clube de Aventura do Norte do Paraná, que há sete anos, tem proporcionado a prática de emocionantes modalidades de aventura a grupos de pessoas. De acordo com Edeval Milan, vice-presidente do Clube, toda a diretoria é formada por atletas profissionais altamente capacitados, prontos para atender, com segurança, a todos que se interessam por arvorismo, trekking, escaladas, rapel, corrida de aventura entre outras modalidades. “Mesmo quem nunca fez um rapel, ou uma escalada, aos poucos vai se ambientando a ponto de superar seus medos e sentir-se mais seguro e confiante, atingindo um ponto de equilíbrio tal, capaz de vencer os mais incríveis obstáculos da natureza”, destaca Milan, atestando que tudo é feito sob a orientação de profissionais que dominam as mais precisas técnicas de segurança. Todos os associados do Clube de Aventura participam de cursos de primeiros socorros, leitura de mapas e bússolas, técnicas de como andar de bicicleta com segurança, assim como fazer um rapel ou uma simples caminhada. O objetivo de tudo isto, segundo Milan, é garantir a qualidade de vida das pessoas, para que tudo seja realizado sem estresse e com prazer. Quem quiser fazer parte do Clube de Aventura, é só acessar o site www.clubedeaventura.com.br.

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| Ano I - Edição 5 | Março, 2010 | Dia de Campo

Roteiro Agenda

Pratos que aquecem a alma e alegram o coração Redação DC jornal@diadecampoonline.com.br

Inspirada nos momentos da vida em família, a cozinha da Terra Dourada não tem muitas pretensões, apenas elaborar pratos artesanais de sabor ímpar, que lembram a comida da vovó, da mãe, da tia querida... enfim, os momentos de partilha e amor!

Costuma-se chamar a cozinha de “coração” da Terra Dourada, onde a equipe coloca todo o carinho e dedicação a serviço dos alimentos O resgate da cozinha artesanal se reflete nos pratos a base de insumos orgânicos, na mínima utilização de conservantes, no apreço pelo que se cultiva e elabora ali mesmo, como o milho, as abóboras, as amoras e as jabuticabas,

além do tomate seco, dos mais variados pães, dos sorvetes, do molho de tomate e tantas outrasdelícias. Costuma-se chamar a cozinha de “o coração” da Terra Dourada, onde a equipe coloca todo o carinho e dedicação a serviço dos alimentos, da plena satisfação de quem nos visita. Sabores no fogão a lenha - Localizado na área mais alta da Estância, com vista panorâmica para o Rio Tibagi, o restaurante Terra Dourada proporciona além do visual admirável, uma brisa surpreendente. Os pratos quentes são servidos no fogão a lenha para “temperar” ainda mais o sabor dos pratos artesanais. Detalhes como a decoração, a iluminação e as plantas tornam o ambiente especial para quem busca simplicidade e delicadeza. Delicie-se! Serviço - Luciana Masson Scaramal, Chef da Pousada Terra Dourada. Rod. BR 369, Km 128. Jataizinho-PR. (43) 3259-1498.

Confira os principais eventos agropecuários programados para o mês de março FEINCO 2010 – 7ª Feira Internacional de Caprinos e Ovinos 9 a 13 de março São Paulo-SP (11) 5067-6767 www.feinco.com.br

AgroGestão 2010 - Congresso Nacional de Gestão do Agronegócio 16 a 17 de março Chapecó-SC (47) 3481-8888 www.agrogestao2010.com.br/pt/ congresso

Cavalgada ExpoLondrina 50 anos 14 de março Londrina-PR (43) 3378-2000 www.srp.com.br

Aplicação de Agrotóxicos Tratorizado de Barras com NR31 18 a 20 de março Londrina-PR (43) 3374-0300 www.srl.com.br

Expodireto Cotrijal 2010 15 a 19 de março Não Me Toque-RS (54) 3332-3636 www.expodireto.cotrijal.com.br

Programa Empreendedor Rural Início em 23 de março Londrina-PR (43) 3374-0300 www.srl.com.br

Mostra Fotográfica 50 anos de ExpoLondrina 15 de março a 11 de Abril Londrina-PR (43) 3378-2000 www.srp.com.br

7º Seminário Internacional em Logística Agroindustrial 29 de março Piracicaba-SP (19) 3429-4580 cdt@fealq.org.br


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