Ano I - Edição 4 | Fevereiro, 2010 | Distribuição gratuita
jornal
Dia de Campo
®
O meio rural com informações produtivas
Pecuária e Meio Ambiente
Foto de Capa: Lucas Martins
A polêmica relação entre os estudos científicos sobre a emissão de gases efeito estufa (GEE) nos pastos brasileiros e as atuais práticas de produção da bovinocultura
Satélite GOES-12 produz número reduzido de imagens diárias
Pág. 3
Embora na média, preço do feijão desagrada produtores no PR
Pág. 5
Saiba mais sobre a aplicação de agroquímicos na lavoura de soja
Pág. 8e9
Pág. 12 e 13
SRP anuncia primeiras novidades da ExpoLondrina 2010
Pág. 11
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| Ano I - Edição 4 | Fevereiro, 2010 | Dia de Campo
Editorial
Chuvas de Verão Esta linda melodia, já interpretada por muitos cantores famosos, nos traz boas recordações de tempos em que vivíamos as belezas naturais bem conservadas, relacionadas com os amores da vida. Os tempos vão mudando e as letras de muitas músicas vão nos encaminhando para outras intrepretações pouco amorosas, deixando nossas belas recordações para o passado. Esta música, por exemplo, Chuvas de Verão, que sempre nos levou a imaginar coisas boas, hoje nos liga a fatos preocupantes, nos traz ressentimentos: enchentes nas cidades, erosões no campo, desmoronamento nas encostas dos morros, mortes, calamidades, crises. É triste este tipo de associação de idéias,
mas a verdade não pode ser escondida, com apenas uma aflição dentro do peito. Por que tudo isto? Porque nunca vivemos chuvas de verão tão violentas como estas de janeiro, nos últimos vinte anos. Para muitos meteorologistas, são meros fenômenos naturais, enquanto climatólogos e outros estudiosos acreditam na Ciência do desequilíbrio sócio-ambiental: urbanização, industrialização e a conseqüente poluição do ar, desmatamento, práticas agrícolas e pecuárias inadequadas, degradação dos solos, assoreamento dos rios. Conclusão: fome, miséria, morte. Meus amigos, chuvas de verão como estas últimas de janeiro, simplesmente, nunca mais...
Podemos ser amigos simplesmente, Coisas do amor, nunca mais. Amores do passado no presente... Repetem velhos temas tão banais Ressentimentos passam com o vento São coisas do momento, São chuvas de verão, Trazer uma aflição dentro do peito É dar vida a um defeito, que se extingue com a razão. Estranha no meu peito, Estranha na minha alma, Agora eu tenho calma, Não te desejo mais. Podemos ser amigos simplesmente, Amigos simplesmente, nada mais. (Composição: maestro Fernando Lobo)
Foto do Campo
Carta do Leitor
Mãe Terra Hoje por “acaso” chegou às minhas mãos o Jornal Dia de Campo. É proveitoso recebermos notícias sobre a terra, já que hoje a palavra “sustentabilidade” está em foco. Mas a sustentabilidade partirá sempre da Consciência Individual, que deve ser trabalhada, infatigavelmente, por voluntários engajados na problemática da terra, que afinal é o único planeta que temos. Interessante seria se o próprio jornal pudesse iniciar reuniões de esclarecimentos, que depois poderiam se estender às Associações de Bairro. A mulher, que afinal de contas, é ainda responsável pela organização de seu lar, não está engajada nesse movimento sustentável. Sou Astróloga, livre pensadora, pesquisadora e filósofa de cozinha, comunico-me por e-mail com vários ambientalistas, que possuem blogs na Internet. Seria de alta utilidade pública, se em seu jornal, houvesse um pequeno espaço, dedicado ao esclarecimento dos males que os agrotóxicos e demais correlatos [utilizados de maneira incorreta] produzem no corpo a médio e longo prazo. É um trabalho de formiguinha, que, a seu tempo, resultará em benefícios. Neyde Aldebaran (Londrina-PR). Neyde, é com muita satisfação que recebemos sua carta e, esperamos, continue a nos prestigiar com sua inestimável consideração, nos enviando suas ideias, muito importantes para a continuidade de nosso trabalho jornalístico!
Novidades Rurais Foi deixado aqui em nosso escritório um exemplar de Dezembro do Jornal Dia de Campo e uma matéria do caderno de Pecuária me chamou a atenção, que fala sobre o Avanço da Pecuária Orgânica no Brasil. Gostaria de receber este jornal sempre. Marcel Gonçalves, Coordenador do Depto. de captação de eventos do Londrina Convention & Visitors Bureau (Londrina-PR). Muito obrigado pela atenção, Marcel! É um prazer produzir matérias interessantes para leitores ávidos por novidades do meio rural. O Jornal Dia de Campo será enviado sempre para que o senhor e outros leitores do Londrina Convention & Visitors Bureau possam manifestar suas opiniões.
Foto enviada por Izabel Fernandes G. de Souza (Londrina - PR) Um belíssimo por do sol, realçado pela sombra das araucárias na Fazenda Rancho Pinhão, em Tamarana - PR. A leitora do Jornal Dia de Campo, Izabel de Souza, não hesitou: clicou e registrou o momento
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Frase
!
“Só no Brasil eu vejo o agronegócio, que é o setor de maior sucesso da economia, sendo acusado desta forma” Cesário Ramalho da Silva, presidente da SRB, em resposta à divulgação de que, no Brasil, a pecuária é responsável por quase metade da emissão de gases efeito estufa
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Envie suas dúvidas, opiniões e sugestões para o Dia de Campo. E importante: mande também o seu nome completo, profissão e cidade onde vive. O Dia de Campo agradece a atenção e garante que fará o máximo para atender o maior número possível de leitores. O Dia de Campo poderá editar ou publicar, apenas, trechos das mensagens. contato@diadecampoonline.com.br
O Jornal Dia de Campo é uma publicação mensal da DC Comunicação e Editora Jornalística Ltda. CNPJ: 10.937.352/0001-21
Em Campo
Nildo de Souza
Dia de Campo | Fevereiro, 2010 | Ano I - Edição 4 |
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De outubro a novembro do ano passado, 247,6 km2 foram desmatados na floresta amazônica, redução de 72,5% em relação ao mesmo período de 2008. (DC)
Tecnologia
Satélite geoestacionário produz número reduzido de imagens diárias GOES-12 deve receber reforço em maio, quando será lançado o GOES-14
Imagens: Divulgação
Dulce Mazer dulce@diadecampoonline.com.br
O Satélite meteorológico GOES-12, que substituiu o GOES-10 em dezembro do ano passado, continua monitorando o território brasileiro a partir do oceano, localizado sobre a Flórida, nos Estados Unidos, a 75W (oeste). Nessa posição, o geoestacionário não pode realizar as medições da superfície brasileira necessárias para enviar imagens a cada 15 minutos, tarefa que antes era realizada pelo satélite GOES-10. Isto porque o novo satélite está a caminho de seu posicionamento ideal, favorecendo momentaneamente a América do Norte. Reforço - Assim como o GOES-10, que foi deslocado em 2007 para cobrir preferencialmente a América do Sul, tendo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Caso intempéries aconteçam na América do Norte, as previsões brasileiras poderão levar até três horas para serem produzidas (INPE) como responsável pela geração e disseminação dos dados, o GOES-12 estará reposicionado a partir de maio de 2010 e terá como auxiliar o novo satélite GOES-14, ainda a ser lançado pelos Estados Unidos. Por ora, o monitoramento das ocorrências climáticas na América do Sul fica em segundo plano. De acordo com a meteorologista do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), Ana Ávila, trata-se de um período curto de transição. “Hoje, para fazer o imageamento da superfície de todo o globo terrestre o GOES-12 demora três horas”, enviando imagens da superfície brasileira a cada 30 minutos. Caso
Transição - Imagens produzidas pelo satélite GOES 12, localizado sobre a Flórida (EUA); até dezembro de 2010, o GOES-10 imageava a superfície brasileira a cada 15 minutos e permitia maior precisão nas previsões meteorológicas, fator de extrema importância para a agricultura intempéries aconteçam na América do Norte, as previsões brasileiras levarão mais tempo para serem produzidas: “o problema é quando tem eventos extremos nos Estados Unidos, as imagens globais serão enviadas a cada três horas apenas”, afirmou a pesquisadora. Até dezembro, o GOES-10 era capaz de imagear a superfície brasileira a cada quarto de hora. Esse procedimento permitia maior precisão nas previsões meteorológicas, fator de extrema importância para a agricultura. Ainda, segundo a meteorologista, o atraso não compromete a qualidade nas previsões a médio prazo. A pesquisadora afirma que ”meia hora é um tempo razoável para previsões mais corriqueiras. Uma nuvem de tempestade pode se formar em apenas 30 minutos”. Para o desenvolvimento das pesquisas, porém, o atraso pode significar uma perda essencial em conclusões a longo prazo. Fim do combustível - Controlado pela Administração Nacional do Oceano e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos, o satélite meteorológico GOES-10 foi utilizado pelo INPE para a previsão do tempo e desativado no dia 1º de dezembro, quando teve fim sua carga de combustível, impedindo sua correta posição orbital. O tempo de vida útil de um satélite desse tipo é de aproximadamente cinco anos e o combustível dos satélites não pode ser recarregado.
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Qualificação
Cursos possibilitam aperfeiçoamento de mão-de-obra no campo Qualificação profissional é importante para o desenvolvimento do setor agropecuário e para a manutenção do trabalhador na atividade rural Mariana Fabre mariana@diadecampoonline.com.br
A qualificação técnica é uma exigência cada vez maior para o trabalho no campo, mas nem sempre os agricultores têm acesso a cursos de aperfeiçoamento profissional. Desde 1991, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) se tornou uma das principais opções para atender a essa demanda. De acordo com o supervisor regional do Senar em Londrina, Arthur Piazza Bergamini, o Serviço conta com três áreas de cursos: a área de gestão de pessoas, a de promoção social e a área técnica. A regional de Londrina oferece atualmente um catálogo com cerca de 240 cursos. Bergamini explica que os cursos são promovidos de
“O mercado hoje está tão exigente e especializado que o trabalhador não pode pensar que não precisa se atualizar” acordo com a atividade principal de cada região. “Na região de Londrina, os cursos mais solicitados são os voltados para a cadeia da cana-de-açúcar. O segundo mais pedido é o de aplicação de agrotóxicos. Além desses, os cursos da cadeia de grãos também possuem bastante demanda”, relata. Os cursos da área técnica, voltados para a formação profissional rural, correspondem a 81% do total ministrado na região de Londrina. Segundo o supervisor regional do Senar, a participação masculina ainda predomina nesses cursos. No entanto, nos cursos de gestão de pessoas e promoção social, como os de artesanato e transformação caseira de alimentos, o predomínio é das mulheres. A produtora rural, Izildinha Ferreira da Silva, que possui uma propriedade em Londrina, onde cria gado de leite e de corte, já fez vários cursos do Senar, dentre eles o de panificação, o de administração rural e o de informatização de empresas rurais. Seu marido também já participou de muitos cursos,
como o de seleção de grãos, o de gerenciamento de bovinocultura e o de apicultura. “Nos cursos são ensinadas todas as técnicas necessárias, aprendemos na prática e na teoria. Todas as vezes que encontro vaga, eu faço os cursos disponíveis”, ressalta. Izildinha acredita que os cursos de gerenciamento de bovinos e de administração rural foram os mais importantes para as atividades que desenvolve. “Hoje em dia, todos os envolvidos no agronegócio têm que saber administrar sua propriedade rural. A base teórica, que só conquistamos com os cursos, é fundamental. Aprendemos sobre a importância de se pensar no consumo, para assim podermos gerenciar a produção e canalizá-la para o mercado”, explica. O supervisor regional do Senar reforça a importância dos treinamentos para a formação de mão-de-obra qualificada no campo. “O mercado hoje está tão exigente e especializado que o trabalhador não pode pensar que não precisa se atualizar. Técnicas de cultivo, que foram empregadas e deram resultado no passado, hoje não são suficientes. Hoje o produtor precisa entender como é o mercado da agropecuária, como se forma o preço de um produto e trabalhar, fundamentalmente, em cima dos custos que ele tem para produzir”. Bergamini lembra que o produtor também precisa entender de legislação ambiental, técnicas de cultivo de qualidade e de como transformar o produto dentro da propriedade para agregar valor. Segundo Izildinha Ferreira da Silva, os cursos do Senar são importantes, pois além de gratuitos, o que facilita o acesso dos trabalhadores, também é difícil encontrar cursos específicos da área rural em outras instituições. Em 2009, o Senar realizou 11 mil cursos em todo o Paraná, sendo que os 399 municípios foram atendidos. Na região de Londrina, 9.617 pessoas concluíram cursos do Senar.
Imagens: Senar / Divulgação
Os cursos mais procurados na região de Londrina são os voltados para a cadeia da cana-de-açúcar
Dia de Campo | Fevereiro, 2010 | Ano I - Edição 4 |
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Sérgio Sanderson
Agronegócio
Clima, biocombustíveis e demanda asiática devem fazer preço da soja subir novamente em 2010. (DC)
Mercado em baixa
Menos grão e mais água no feijão Embora não agrade aos produtores, o preço da leguminosa segue dentro da média; custo de produção elevado e dificuldades com as chuvas marcam o final da safra das águas no Paraná Flávio Augusto flavio@diadecampoonline.com.br
“O feijão está equivalendo, praticamente, a uma saca de soja. Isso é horrível”. O depoimento pouco otimista é do agricultor Hideo Komura e representa bem o sentimento de muitos outros produtores paranaenses de feijão. Diferentemente do cenário favorável vivenciado no início de 2009, a leguminosa, desta vez, começa o ano em baixa. Segundo informações da Secretaria da Agricultura e do
“O preço caiu e está na média histórica, mas o nosso custo se eleva a cada dia” Abastecimento do Paraná (SEAB), o preço mínino estabelecido para a saca de 60 kg é de R$80, mas o valor atualmente pago aos agricultores está consideravelmente abaixo disso: R$59,82 para o feijão preto e R$54,23 para o de cor, uma redução de
Clima instável atrapalha produção e qualidade do feijão no PR 2010: o ano é novo, mas as preocupações no campo continuam as mesmas. Devido às chuvas intensas que têm caído sobre o Paraná nos últimos dias, a expectativa de colheita para a safra das águas - a primeira entre as três que são plantadas no estado – sofreu uma baixa de 11%. Se a previsão inicial era produzir 523 mil toneladas de feijão, o total agora esperado é de aproximadamente 480 mil toneladas. No entanto, apesar do tempo instável e mesmo com uma redução de 13% da área cultivada, os feijoeiros paranaenses devem render 13% a mais do que na última safra. Na verdade, o que mais tem atormentado os produtores é a perda de qualidade da leguminosa por conta dos elevados índices de umidade. “Se chegar o momento da colheita e você não bater, não deixar secar, você acaba perdendo. Há o risco do feijão manchar e o preço diminuir ainda mais”, esclarece o presidente do Sindicato Rural de Ribeirão do Pinhal,
Pedro Crusiol
mais de 40% em ambos os casos, em relação a janeiro de 2009. Apesar da queda, o engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural da SEAB (Deral), Carlos Alberto Salvador, pondera e diz que, embora menor que o mínimo de garantia, o preço pago pela leguminosa segue dentro dos patamares históricos. “Nós tivemos um salto grande em 2008, o preço da saca subiu bastante [na época, a média anual ficou em torno de R$135 para o feijão de cor e R$119 para o feijão preto]. É um preço atípico, então é difícil comparar se está baixo ou se está alto”, acrescenta. O presidente do Sindicato Rural de Ribeirão do Pinhal – PR, Ciro Alcântara, por outro lado, alega: “o preço caiu e está na média histórica, mas o nosso custo se eleva a cada dia”. É o caso de Hideo Komura. O produtor conta que já colheu os 150 ha plantados com feijão em Tamarana, região metropolitana de Londrina-PR, e calcula ter gastado entre R$40 e R$45 por saca de 60 kg. Para o agricultor, com a atual situação do mercado, será difícil tirar da lavoura uma boa margem de lucro. “Nesse preço de R$50, vamos dizer que dá um certo impasse técnico: não vou dizer que se perde muito dinheiro, mas também não se ganha muito”, avalia.
Ciro Alcântara. Um levantamento feito pela SEAB estima que, do feijão produzido na safra das águas, 10% são considerados ruins, 33% médios e somente 57% aparecem como bons. Para o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Alberto Salvador, o aproveitamento poderia ser melhor. “Mas está bom, né? Somando o bom com o médio dá 90%”, observa. Com a experiência de quem trabalha com feijão já há 15 anos, o agricultor Hideo Komura considera a atual colheita apenas razoável. A produtividade não foi das piores, diz ele, mas a qualidade da leguminosa foi comprometida pelo clima adverso. “Colhi uma média de 70 a 75 sacas por alqueire”, conta. “O feijão não é uma cultura para se arriscar muito, principalmente num ano atípico como este, em que chove muito. Daí a dificuldade de se colher um feijão de qualidade: qualidade comprometida, mercado comprometido”, completa o produtor. (FA)
Previsão - Até o final de janeiro, 65% da área plantada com feijão no Paraná já haviam sido colhidos; para a safra da seca, a segunda da temporada 2009/2010, as expectativas não são das melhores: o plantio já começou, mas a área de cultivo diminuiu em 22% e a produção esperada é 4% menor do que em 2008/2009
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Inovação
Exportação do Agronegócio Brasileiro em 2009* País de destino
Valor (US$)
Participação (%)
1.
China
8.915.880.865
13,77%
2.
Países Baixos
4.964.834.872
7,67%
3.
EUA
4.549.639.858
7,03%
4.
Rússia. FED. DA
2.785.477.552
4,30%
5.
Alemanha
2.775.714.252
4,29%
6.
Bélgica
2.273.529.702
3,51%
7.
Índia
1.792.863.209
2,77%
8.
Itália
1.792.491.916
2,77%
9.
Japão
1.783.924.132
2,75%
10.
França
1.770.136.455
2,73%
* Ranking por valor de Janeiro a Dezembro de 2009
Divulgação
Agrosat Brasil fornece dados on-line sobre o agronegócio internacional brasileiro
AgroStat: um clique no passado para prever expectativas de mercado Site do MAPA apresenta estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro Dulce Mazer dulce@diadecampoonline.com.br
O sistema Agrosat Brasil, organizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), é uma base de dados on-line que oferece informações detalhadas e atualizadas do comércio agropecuário internacional brasileiro. Produtores interessados em dados da exportação ou importação de pro-
Entre as informações estão as principais colocações (ranking) de países importadores e exportadores de produtos agropecuários dutos agropecuários podem encontrar no site do MAPA estatísticas de países, blocos econômicos, regiões, portos, setores e produtos comercializados. Os dados estão dispostos por valores em dólares, peso em quilogramas e os perí-
odos a serem consultados são divididos em mês e ano, com registros desde janeiro de 1997. De acordo com o coordenador-geral de Organização para Exportação da Secretaria de Relações Internacionais (SRI), Eliezer Lopes, o sistema tem sido bastante consultado por associações de produtores, de exportadores e pesquisadores. “Mas a base de dados pode ser acessada por qualquer pessoa cadastrada”, ressalta. O AgroStat já está em funcionamento no site do MAPA há alguns anos e recebe atualizações regulares. Para conseguir as informações, basta acessar o endereço eletrônico www.agricultura. gov.br e clicar na aba amarela escrita “Balança Comercial”. É preciso fazer o cadastro pessoal no sistema, informando o e-mail para receber a senha de acesso. Os produtos agropecuários têm como fonte de dados o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), administrado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Mural Agrícola Bolsa de Cereais e Mercadorias de Londrina - Cotações do dia 05/02/2010 Produto
Tipo/Praça Londrina
Preços Mínimo
Máximo
Mercado
Café - PR. Benefic. 60 Kg Safra 09/10
Tipo 6 Duro - B/C. Tipo 7 Riado - B/C. Tipo 7 S/D - B/C.
238,00 213,00 188,00
243,00 218,00 193,00
Calmo
Feijão Carioca - T.1 60 Kg.
Apucarana Ivaiporã Londrina
40,00 45,00 50,00
45,00 50,00 55,00
Calmo
Milho - 60 Kg
Cascavel Maringá Ponta Grossa
14,50 14,50 15,00
15,00 15,00 15,50
Calmo
Cascavel Maringá Ponta Grossa
35,00 35,00 36,00
35,50 35,50 36,50
Calmo
Cascavel Maringá
27,00 27,00
27,60 27,60
Calmo
Fechamento Anterior
Variação %
131,55 133,40 134,80
-1,79 -1,80 -1,78
Soja - 60 Kg
Trigo - 60 Kg PH - 80
Cotação - Café - NY - em centaos de US$/libra - peso Mês/Ano março - 10 maio - 10 julho - 10
Diferencial
Fechamento
Abertura
-2,35 -2,40 -2,40
129,20 131,00 132,40
131,45 133,20 135,75
Fonte - CMA OBS: Cafés que apresentarem gosto de terra, secador e aparência chuvada e barrenta, terão deságil compatível à incidência dos mesmos.
Dia de Campo | Fevereiro, 2010 | Ano I - Edição 4 | Institutos, agricultores, cooperativas e universidades mobilizam-se para conter a ferrugem laranja, doença que vem afetando os canaviais de SP. (DC)
APS Press
Agricultura
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Reflexos do mercado
Área plantada com milho reduz 27,7% no Paraná Custo de produção elevado e preços baixos praticados no mercado fazem com que o grão perca espaço para a soja Mariana Fabre
Comparativo: Milho 1ª Safra PR
mariana@diadecampoonline.com.br
Safra
Com o excesso de milho no mercado e, consequentemente, com preços praticados abaixo do esperado pelos produtores, a área plantada com o grão na primeira safra 2009/2010 deve reduzir 10,7% em todo o país. Mas, segundo o quarto levantamento do Acompanhamento da Safra de Grãos 2009/2010, divulgado pela Conab, no Paraná a redução pode ser ainda maior, 27,7%. No entanto, essa redução de área não representa diminuição na produção. Isso se deve ao clima favorável e ao fato de a lavoura de milho estar bastante tecnificada, o que faz com que a produtividade continue alta (3.906 kg/hectare) e a produção fique dentro da normalidade. No Paraná, espera-se uma produção apenas 2% menor do que no ano passado. De acordo com Margorete Demarchi, engenheira agrônoma do Departamento
Área produzida (mil ha) Média de Produtividade (kg/ha) Produção (mil t)
2008/2009
2009/2010
Variação
1.268,9
917,4
- 27,7%
5.140
7.052
37,2%
6.522,1
6.469,5
- 0,8%
de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, em Londrina a área plantada com o grão sofreu uma redução de 28,3%, passando de 30,2 mil hectares na safra 2008/2009 para 21,7 mil hectares em 2009/2010. “Mas em algumas regiões do estado a redução foi ainda maior, como em Cascavel, onde a área diminuiu 43%, e em Cornélio Procópio, que reduziu em 44% a área cultivada”, afirma. Segundo Demarchi, graças à alta produtividade, espera-se que em Londrina haja uma recuperação em relação à safra anterior, que sofreu com as adversidades climáticas. A produção de milho na safra 2008/2009 foi de 144 mil toneladas no município, mas este ano é esperada uma produção de 156 mil toneladas. Na região de Londrina o milho é comercializado em média a R$ 15, valor ainda baixo para cobrir o custo da cultura. “A estimativa é de que o preço continue baixo, mas a vantagem desta safra é que o produtor vai produzir mais do que no ano passado”, explica Demarchi.
Pedro Crusiol
“Na região de Sertanópolis não se acha milho verão, ninguém plantou. Se tiver, não chega a 5%”
Apesar da redução da área plantada, estima-se que a produção de milho diminua apenas 2% no PR, o que deve manter os estoques cheios e os preços baixos Na maioria dos casos, a área que antes era ocupada pelo milho, passou a ser coberta com soja, cultura que apresenta crescimento de 6,1% no espaço a ser cultivado em todo o país. O menor custo por hectare, a maior liquidez no mercado e a maior resistência à estiagem, são fatores que fizeram os produtores trocar o milho pela oleaginosa. O produtor Ricardo Albert Bolsoni possui uma propriedade de cerca de 80 alqueires no distrito rural da Warta, em Londrina. Ele conta que em 2008 plantou milho no verão apenas em 10 alqueires de sua propriedade, deixando o restante com
soja. Mas, depois disso, preferiu não arriscar e só tem plantado a oleaginosa. Em relação ao plantio do milho safrinha, Ricardo diz ainda não ter decidido o que fazer este ano, pois o custo está caro e o preço do milho está muito ruim. “Acho que vou plantar milho, mas não em toda a área. Depende do que vai acontecer com o mercado nos próximos dias, porque se o preço dos insumos não baixar, fica difícil”, explica. O milho verão é uma cultura de alto investimento, com custo de quase 180 sacas por alqueire. Já o custo para a safrinha fica em torno de 120 sacas por alqueire, no valor do milho a R$ 15. “Você arrisca esse
custo e, se o clima correr bem, colhe 200 sacas. Mas se gear você entra numa dívida para ficar dois anos pagando. O problema é investir muito alto em uma planta que é de risco”, ressalta. Segundo Ricardo, a redução da área plantada com milho na região de Londrina deve ser ainda maior do que aponta a estimativa da Conab. “Na região de Sertanópolis não se acha milho verão, ninguém plantou. Se tiver, não chega a 5%. Em uma propriedade na região de Londrina, onde no ano passado havia 500 alqueires de milho verão, neste ano não foi plantado um pé”, relata.
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Reportagem Especial: Acerte o alvo
Aplicação de agroquímicos: aproveitamento em cada gota Aplicação de defensivos agrícolas na lavoura da soja requer orientação e cuidados Dulce Mazer
Saiba mais sobre a deriva
dulce@diadecampoonline.com.br
O que é? Deriva é o desvio da trajetória das gotas produzidas na pulverização de agrotóxicos nas lavouras para fora do alvo que se pretende atingir. Os agrotóxicos podem ser levados pelo vento para outras lavouras, cursos d’água ou qualquer vegetação próxima do local de onde foi feita a pulverização
De todos os processos realizados pelos agricultores, a aplicação de agroquímicos nas lavouras – herbicidas, fungicidas e inseticidas – é um dos que exigem maior atenção e cuidado. Isto porque, se mal utilizados, os produtos podem interferir decisivamente na saúde do aplicador, na saúde do ambiente e na qualidade do produto final. Usados em várias fases da produção, os agroquímicos podem ser aplicados por dispersão terrestre ou aérea. Indispensável à produtividade da lavoura, o processo de pulverização requer atenção aos equipamentos e usos, para melhorar o aproveitamento dos insumos e reduzir a deriva.
Fatores que interferem na deriva: Equipamento de pulverização (em boas condições de trabalho); técnicas de aplicação utilizadas (tamanho das gotas e pressão de pulverização); cuidados na operação e habilidade do operador; clima (temperatura, direção e velocidade dos ventos)
O pesquisador da Embrapa Soja, Fernando Adegas, é especialista em engenharia de irrigação. Para ele, a pulverização de agroquímicos ainda vem sendo feita de forma incorreta. “A aplicação parece uma coisa simples, mas depende de uma série de fatores, desde as questões climáticas à capacitação do homem e toda a parte instrumental”, afirma Adegas. O uso desses produtos somente é orientado quando os níveis de pragas, plantas daninhas ou doenças atingem níveis que comprometem a produtividade da lavoura. “É importante que cada produtor monitore sua lavoura”, lembra o pesquisador. A hora da aspersão - Por se tratar de uma solução líquida de água e produto, é preciso cuidado para que a aplicação não se perca do alvo, ou se disperse por evaporação, o que caracteriza deriva. Altas temperaturas, ventos e baixa umidade do ar são fatores climáticos que aceleram a evaporação e a incorreta dispersão dos produtos por áreas vizinhas. É fundamental que o produtor planeje a aplicação, observando a área foliar, que é a área alvo a ser coberta, condições ambientais, como temperatura, umidade relativa do ar, ventos e defina com um profissional o volume necessário para cobertura da área e o padrão de gotas dispersas pelo equipamento para se reduzir as perdas na deriva e
Mário Vendramini / Divulgação
Pontas adequadas garantem a qualidade na dispersão do produto nas folhas e no solo, já que determinam o formato das gotas
Cuidados com a deriva Todos os anos, nos períodos de safra, são inúmeros os casos de reclamações e denúncias de prejuízos causados pela deriva das pulverizações de agrotóxicos. Apesar dos esforços de agricultores e profissionais, o problema continua ano após ano. Um projeto idealizado pelo Núcleo Regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná de Londrina - PR está tentando reduzir a deriva nas lavouras do estado. “O Projeto Acerte o Alvo surgiu como tentativa de diminuir o alto índice de deriva constatado no município, que era campeão no problema”, explica Edson Consalter, coordenador do projeto. Desde 2003, o Projeto Acerte o Alvo reúne profissionais, empresas do agronegócio e instituições de agricultura e meio ambiente do Paraná, que desenvolvem atividades educativas voltadas para conscientização e reciclagem de técnicos e
produtores rurais de todo o estado. Segundo Consalter, o problema da deriva é resultado de uma soma de fatores, entre eles a falta de consciência e cuidado dos produtores com os agrotóxicos e o despreparo de muitos aplicadores que manuseiam os equipamentos de pulverização. “Todos têm muito cuidado com plantadeiras e colheitadeiras, mas os equipamentos de pulverização ficam esquecidos, sem a manutenção e os cuidados adequados”, diz. O coordenador do projeto ressalta ainda que com educação e preparo é possível reduzir o problema da aplicação inadequada destes produtos. “Muitas pessoas não têm consciência da extensão da contaminação e das perdas que a deriva pode causar. Depois da implantação do projeto, o número de reclamações de problemas causados pela deriva caiu mais de 70% na região de Londrina”, ressalta. (Pedro Crusiol)
na volatilização do produto. Adegas orienta sobre as condições ideais de aplicação: “são indicadas temperaturas abaixo de 30° C, umidade relativa do ar acima de 55 a 60% e ventos de 5 a 8km/h”. O pesquisador também destaca a importância da manutenção do pulverizador, incluindo, pontas, ou bicos. Pontas adequadas evitam a deriva, pois determinam o formato das gotas e garantem a qualidade na dispersão do produto nas folhas e no solo. O período para aplicação e os produtos indicados podem variar por região e finalidade. De acordo com Adegas, no ciclo da lavoura da soja, por exemplo, consideram-se três estágios. “No início se faz o controle de plantas daninhas; nós aplicamos herbicidas, a partir da metade do ciclo da lavoura; começamos com as pragas e insetos e, mais ao final, são as doenças“. O pesquisador ressalta que muitos desses períodos podem se antecipar ou retardar e o acompanhamento do engenheiro agrônomo é essencial.
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Divulgação
Sete Maneiras de eliminar a Deriva
1 Dulce Mazer
Selecione um bico que produza gotas maiores: use gotas que sejam grandes o suficiente para reduzir a deriva, mas num tamanho que forneça uma cobertura adequada
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Utilize menores pressões: altas pressões geram muito mais gotas pequenas. Na maioria dos casos, não é necessário mais do que 40-45 PSI (pressão de trabalho)
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Pulverize com menores alturas de barras: a velocidade do vento aumenta com a altura. Se a barra estiver um pouco mais baixa, a deriva será reduzida
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Pulverize com baixa velocidade de ventos: evite pulverizar com ventos acima de 12 Km/h
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Cuidado com as culturas vizinhas: nunca pulverizar com o vento a favor da cultura vizinha
6 Altas temperaturas, ventos e baixa umidade do ar são fatores climáticos que aceleram a evaporação e a incorreta dispersão dos produtos por áreas vizinhas
Não pulverize quando o ar estiver muito calmo: com o ar parado, sem vento, a névoa pulverizada pode se mover lentamente para longas distâncias
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Não pulverizar no período mais quente do dia: com altas temperaturas e baixa umidade do ar as gotas podem evaporar e secar antes de atingir o alvo
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Debate
Setor ruralista discute o PNDH 3 Programa Nacional de Direitos Humanos tem gerado sérias polêmicas no meio rural Pedro Crusiol
Lino Tucunduva lino@diadecampoonline.com.br
A convite da Sociedade Rural do Paraná, cerca de 50 representantes paranaenses do setor produtivo reuniramse, às 19h do último dia 28, no recinto “Milton Alcover”, para debater o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3) e seus Impactos na Agropecuária. O PNDH 3 faz parte do Decreto nº 7.037, aprovado em 21 de dezembro de 2009. Entre outros temas ligados ao Plano, a discussão se deu em torno de alguns artigos e eixos orientadores do documento, relacionados à implantação da reforma agrária; ações variadas da agricultura familiar; inclusão do direito ambiental nos relatórios dos direitos humanos; atualização dos índices do grau de utilização e eficiência da terra; e mediação dos conflitos fundiários; a questão do código florestal; agricultura sustentável e suas restrições ao setor. Foram abordados também itens referentes à sociedade civil, bem como a igreja, liberdade de expressão nos meios de comunicação e a questão militar. Para alguns representantes presentes, o debate político em torno do PNDH 3 está longe de se esgotar, uma vez que muitos dos temas ligados ao setor agropecuário carecem de novas análises pela classe produtora, para o devido respaldo da bancada ruralista
“O Plano contém muitos aspectos positivos, sem dúvida, mas, no que se refere à agropecuária, corremos o risco de ficarmos isolados...” no Congresso. Invasão de propriedades e audiência entre os invasores e proprietários, antes da decisão judicial, foram alguns dos mais expressivos pontos levantados no debate da SRP. “O Plano contém muitos aspectos positivos em quase todos os outros setores, sem dúvida, mas, no que se refere à agropecuária, corremos o risco de ficarmos isolados, já que os pontos destacados, além de polêmicos, são uma questão política dentro de um processo que exige um comportamento político da classe, consequentemente um debate e uma crítica”, afirmou Alexandre Kireeff, presidente da Sociedade Rural do Paraná. Kireeff enfatizou, ainda, que ninguém é contra os direitos humanos, e que se trata de um debate entre produtores e representantes rurais, dentro
Unanimidade - Os produtores decidiram redigir um manifesto, apontando os pontos controversos do Programa Nacional de Direitos Humanos para o setor agropecuário; o texto deverá ser encaminhado ao Congresso Nacional de um procedimento pacífico de respaldo ao Legislativo, mais propriamente à bancada ruralista, para que seus resultados possam, oficialmente, ser encaminhados enquanto posicionamento da classe rural como um todo. Como decisão unânime do debate, os produtores resolveram redigir um manifesto, ou Carta da Região de Londrina, apontando os pontos controversos do Plano para o setor agropecuário, que deverá ser encaminhado ao Congresso Nacional. Também, após uma análise jurídica detalhada do PNDH 3, desencadear um processo de mobilização para um trabalho setorial junto a outros grupos do campo e da cidade, que se sentem direta ou indiretamente ameaçados pelas novas orientações do Plano. Outras formas de mobilização para esclarecimentos à população em geral deverão ser realizadas pelas sociedades rurais e sindicatos patronais do Brasil, a partir de novas reuniões organizativas. Grupo de Debate - Estiveram presentes no debate, produtores das regiões Norte e Noroeste do Paraná, representantes das sociedades rurais de Cornélio Procópio, Apucarana, Sindicatos Rurais de Astorga, Arapongas, Rolândia, Londrina, Alvorada do Sul, Cornélio Procópio, a FAEP, a ANPBC - Associação Nacional de Produtores de Bovinos de Corte e a Associação Paranaense de Suinocultores, além do representante da bancada ruralista, o deputado Abelardo Lupion (DEM - PR).
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Agricultural Technology
Pecuária
Em 2010, as empresas agropecuárias devem aderir à Nota Fiscal Eletrônica, que irá facilitar as consultas e criar um sistema mais eficaz contra a sonegação. (DC)
Sanidade
Vacinação contra febre aftosa atinge 98% do rebanho paranaense Segunda etapa da campanha de vacinação alcança a meta estabelecida; Paraná busca agora o reconhecimento de área livre de febre aftosa sem vacinação Pedro Crusiol pedro@diadecampoonline.com.br
Depois de enfrentar problemas na área de sanidade animal, o Paraná está concentrando seus esforços na eliminação da febre aftosa no estado. Números divulgados pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) mostram que a segunda fase da campa-
Santa Catarina é o único estado brasileiro reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação nha paranaense de vacinação contra a febre aftosa, realizada de 1º a 30 de novembro de 2009, atingiu bons resultados. Foram vacinados 98% do rebanho – cerca de 9 milhões e 400 mil cabeças de gado, de um total de 9,6 milhões. Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, o resul-
tado atende à expectativa inicial da Seab e indica que o Paraná está cumprindo a meta de reforçar a sanidade animal e vegetal. “Este resultado mostra que estamos preparados para requerer ao Ministério da Agricultura e à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) um novo status da sanidade, que é o reconhecimento de área livre de febre aftosa sem vacinação”, afirmou o secretário. Atualmente, Santa Catarina é o único estado brasileiro com este reconhecimento. Segundo Bianchini, o Paraná poderá atingir o novo status no médio prazo. “Antes disso virão novas recomendações sanitárias que teremos que cumprir, mas os resultados obtidos nas últimas campanhas de vacinação dão a tranquilidade para perseguir esta meta”, destacou. As suspeitas de focos de febre aftosa, ocorridos em outubro de 2005, resultaram em uma série de embargos à entrada da carne brasileira em tradicionais países compradores. Somente em maio de 2008, o Paraná recuperou perante a Organização Mundial para Saúde Animal (OIE) o status de área livre de febre aftosa.
Pecuaristas atentos e mercado garantido Apesar de a vacinação contra a febre aftosa não atingir 100% das propriedades do Paraná, os índices alcançados nas últimas etapas da campanha mostram que os pecuaristas estão atentos para garantir a sanidade do rebanho. “Manter o estado livre da febre aftosa é uma questão de sobrevivência dos pecuaristas. Estes resultados demonstram que está havendo atenção e cuidado no manejo dos animais. Isto é importante, inclusive quando se trata da intenção do Paraná em ser um estado livre da febre aftosa sem vacinação”, destaca José Antônio Fontes, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Bovinos de Corte. As exportações brasileiras de carne bovina apresentaram uma explosão de crescimento no período de 2002 a 2008. A partir de 2004, o Brasil passou a ocupar o primeiro lugar no ranking
mundial dos países exportadores. Entre os estados, o Paraná ocupa apenas a 8ª posição no ranking, com 5,7% do rebanho nacional. No entanto, com uma pecuária cada vez mais tecnificada, rebanhos de alto valor genético, pastagens de qualidade e atenção ao manejo e à sanidade, o estado poderá disputar mercados que exigem produtos de melhor qualidade. “Como estado livre da febre aftosa sem vacinação, o Paraná terá condições melhores para disputar mercados mais exigentes, já que pode oferecer produtos de alta qualidade e com alto valor agregado”, diz Fontes. Ele lembra, também, que a qualidade do rebanho e da carne produzida é importante para o consumidor brasileiro, já que cerca de 80% do volume de abate da carne bovina ainda é destinado ao mercado interno. (PC)
Pedro Crusiol
Atualmente o rebanho paranaense é de 9,6 milhões de cabeças de gado. Entre os estados, o Paraná ocupa a 8ª posição no ranking, com 5,7% do rebanho nacional
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Reportagem de Capa: Meio Ambiente
Polêmica marca o embate entre pecuária e meio ambiente Documento divulgado pela Sociedade Rural Brasileira contesta estudo que coloca a pecuária como grande emissora de gases do efeito estufa Felipe Teixeira felipe@diadecampoonline.com.br
“A Pecuária não é vilã do meio ambiente”. Assim foi nomeado o documento redigido pela Sociedade Rural Brasileira (SRB) em resposta à divulgação de que, no Brasil, a atividade é responsável por quase metade da emissão de gases efeito estufa (GEE). Segundo Cesário Ramalho da Silva, presidente da SRB, há uma certa obscuridade na apuração dos dados, uma vez que ainda não existe consenso científico na metodologia utilizada para mensurar os impactos causados pela pecuária. “Não é preciso ser pesquisador para saber que se trata de um exagero. Só no Brasil eu vejo o agronegócio, que é o setor de maior sucesso da economia, sendo acusado desta forma”.
A discussão gira em torno de o país figurar no ranking dos grandes emissores mundiais de gás metano, no caso da Pecuária, proveniente das flatulências produzidas pelos animais. Então, há uma tendência em relacionar a dimensão do rebanho comercial de bovinos brasileiros, o maior do mundo, com a alimentação no pasto, baseada em plantas forrageiras tropicais. A partir desta linha de raciocínio, concluise que o Brasil, como signatário do Protocolo de Kyoto, em breve atingirá o limite na emissão de metano. De acordo com o estudo “Pecuária de Corte Brasileira: impactos ambientais e emissões de gases efeito estufa (GEE)”, desenvolvido pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade Estadual de São Paulo (CEPEA-ESALQ / USP), os índices são alarmantes. Se excluirmos as emissões de GEE geradas pelas queimadas e desmatamentos, a pecuária (de corte e leiteira) é a maior fonte emissora, com mais de 260 mil Gg de CO2eq. Ou seja, responde por 42% do total de emissões no Brasil. Cesário Ramalho critica a repercussão dos números e atribui à disseminação da polêmica a inversão de fatores, quando se fala em poluição. “Em outros países, o debate em torno dos GEE está focado no modelo energético adotado. Ou seja, na queima de combustíveis fósseis. Será que a pecuária foi o centro das atenções na Conferência de Copenhagen, quando
Pedro Crusiol
Em outros países, o debate em torno da emissão de gases está focado no modelo energético adotado
se discutiu o efeito estufa?”. Outro aspecto importante é o cálculo para medir o impacto do metano produzido pela bovinocultura. Ao estabelecer uma comparação entre os efeitos do gás carbônico e do metano, determinados teóricos multiplicam a unidade molecular do gás por quatro e, em outras abordagens científicas, a molécula de metano é multiplicada por 20. “A divergência de informações contidas nas pesquisas confunde o pecuarista e desestimula a implementação de políticas ao combate dos males causadores do efeito estufa”, argumentou Ramalho. A incongruência entre os resultados científicos e as declarações bombásticas de representantes do setor não têm sido a única tônica do debate. Felizmente, a busca por soluções viáveis, a fim de mitigar o impacto causado pela pecuária no meio ambiente, também é realidade. A parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) produziu o estudo intitulado “Aquecimento Global
- O metano contribui com pouco mais de 15% na composição dos gases efeito estufa (GEE) e sua presença na atmosfera cresce quase 1% ao ano - O gás carbônico contribui com 55% na composição dos GEE e apresenta uma taxa de crescimento de 4% ao ano - Por outro lado, o metano retém mais calor, cerca de 20 a 25 vezes mais que o gás carbônico - 6% é a taxa normal na perda de energia ingerida com a emissão de GEE - Perdas entre 8% e 18% se devem à má qualidade da alimentação animal e gado com pequena capacidade de produção
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Lucas Martins / Arquivo DC
Índices - A discussão gira em torno de o país figurar no ranking dos grandes emissores mundiais de gás metano; segundo o estudo “Pecuária de Corte Brasileira: impactos ambientais e emissões de gases efeito estufa”, se excluirmos as emissões de GEE geradas pelas queimadas e desmatamentos, a pecuária é a maior fonte emissora, respondendo por 42% do total de emissões no Brasil
-Fixação biológica de nitrogênio: com a utilização da bactéria fixadora, o óxido nitroso, um dos gases responsáveis pelo aquecimento, não retira o nitrogênio da atmosfera -Manejo do solo: boas pastagens e um manejo cuidadoso tornam positivo o balanço entre a emissão e a retirada de CO2 da atmosfera -Rotação de pastagem com lavoura: encurta o período de uso por ciclo de três a cinco anos das lavouras intensivas
Pedro Crusiol
e a Nova Geografia da Produção Agrícola no Brasil”. De autoria dos pesquisadores Eduardo Assad (Embrapa) e Hilton Silveira Pinto (Unicamp), o trabalho faz um raio-x de como as mudanças climáticas radicais vão alterar o modo de produção agropecuária em todo o Brasil. “O resultado nos mostrou que há um profundo desarranjo no sistema produtivo brasileiro. Foi possível visualizar que, nos próximos 10 anos, teremos a redução de áreas favoráveis e muitos prejuízos”, afirma Assad. O parceiro de pesquisa, Hilton Silveira Pinto, diagnostica algumas mudanças drásticas. “Com certeza o Nordeste será a área mais prejudicada pelo aquecimento. Porém, algumas regiões de estados como a Bahia, que hoje tem abundância, serão assoladas pela seca. Nem os sistemas de irrigação conseguirão solucionar os problemas”. Mas, ainda há tempo de reverter a situação. Hilton destaca algumas ações que podem contribuir para tornar o modo de produção mais comprometido com o meio ambiente. “No caso da pecuária, uma solução simples é a integração entre a atividade e a lavoura. Outra saída seria a manutenção de pastagens de boa qualidade para o animal, pois uma má alimentação só contribui para o aumento das emissões. A recuperação do pasto é fundamental. Hoje, temos uma área degradada de quase 100 milhões de hectares”.
Boas práticas agrícolas que auxiliam na redução das emissões
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Opinião João Eduardo Fabre / Arquivo DC
Balanço da Avicultura Brasileira 2008/2009
- Em 2009, a produção brasileira de frango de corte foi de 10,962 milhões de toneladas, uma redução de apenas 0,03% em relação a 2008 (10,966 milhões) - Em 2009, o Brasil repetiu o volume exportado no ano anterior (cerca de 3,6 milhões de toneladas) e manteve a liderança mundial nesse quesito; a receita, entretanto, caiu 16,3% (pasou a US$ 5,8 bilhões), influenciada pela valorização do real em relação ao dólar - O consumo brasileiro de carne de frango se mantém bastante elevado e cresce na média de 2% a 3% ao ano. Atualmente, o consumo per capita é de 39 quilos anuais - O cenário da avicultura brasileira em 2010 dependerá do comportamento do mercado externo, para onde são direcionados cerca de 30% da produção
Avicultura brasileira: 2009 e 2010 Por Valter Bampi * vbampi@bigfrango.com.br
Com crise financeira internacional, 2009 não foi tão ruim para o setor avícola brasileiro, tendo 2008 uma produção de frango de corte na ordem de 10,966 milhões de toneladas, em relação a 2009, que fechou estabilizado em 10,962 milhões. Uma redução de apenas 0,03%. Quanto à exportação, o Brasil lidera o ranking mundial, repetindo, também, no ano passado o volume exportado em 2008, que foi de, aproximadamente, 3,6 milhões de toneladas. As principais dificuldades enfrentadas pelo setor em 2009 foram relacionadas à obtenção de crédito, tanto para a exportação quanto ao mercado interno. Houve dificuldades para capital de giro das empresas, concentrando-se na rede bancária, que não disponibilizou o dinheiro que foi ofertado pelo governo, fazendo um número muito grande de exigências com relação a garantias, dificultando, assim, a captação des-
ses recursos. Na exportação, em 2009, o faturamento apresentou queda em razão do dólar, e a valorização do real afetou muito o setor, porque o Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, exportando para mais de 150 países. No ano passado, a crise internacional provocou, também, queda no preço do frango no mercado externo, quando os países ficaram com menos dinheiro para financiar ou para pagar as suas importações. O consumo brasileiro de carne de frango se mantém, entretanto, em níveis bastante elevados há alguns anos, crescendo à média de 2% a 3% ao ano, um aumento quase vegetativo. Atualmente, o consumo per capita é de 39 quilos anuais, consumo já considerado alto. Em alguns países do Oriente Médio esse consumo chega a 60 ou 62 quilos, mas é preciso levar em conta que os países árabes não consomem carne suína e que o preço da carne bovina no mercado internacional é bastante alto. O brasileiro consome cerca de 40 quilos de carne bovina por ano e 13 quilos de carne suína. Embora a renda familiar tenha aumentado no Brasil nos últimos anos, isso acaba se refletindo no aumento do
consumo de outros produtos industrializados e processados, não sendo mais direcionado para o consumo da carne de frango. O cenário da avicultura brasileira em 2010 dependerá do comportamento do mercado externo, onde são direcionados cerca de 30% da produção, dependendo, também, de como serão as exportações brasileiras de carne bovina, mesmo porque acaba refletindo
O consumo brasileiro de carne de frango se mantém em níveis bastante elevados há alguns anos, crescendo à média de 2% a 3% ao ano na produção de carne de frango. A expectativa, porém, é de crescimento da economia, pois é um ano de eleição, no qual circulará mais dinheiro, com isto, aumentando o consumo de carne no mercado interno. A avicultura nacional é responsável por mais de 5 milhões de empregos diretos e indiretos, destacando duas características do setor - a mão de obra é
especializada, com a grande maioria de empregos gerados em cidades do interior, especialmente na parte de abate, no qual não existe outro tipo de indústria, e está baseada em pequenas propriedades. Entraves são muitos e terão que ser solucionados em 2010. O setor deve trabalhar junto ao governo na desoneração da carne de frango, no que se refere ao PIS/Cofins, cuja carga é de 9,75%. Outro entrave é a questão cambial, o dólar a R$ 1,70 ou R$ 1,80 tira a competitividade do país na exportação. Empresas que são mais focadas na exportação estão trabalhando no vermelho e se essa questão não for resolvida tudo ficará inviável. A receita com as exportações brasileiras de frango caiu 16,3% em 2009, para US$ 5,8 bilhões. No período, o país embarcou cerca de 3,63 milhões de toneladas, volume ligeiramente menor (-0,3%) do que o apurado em 2008, desempenho prejudicado pela crise econômica mundial, pela redução de preços e de encomendas de clientes importantes como Rússia, Japão e Venezuela. * Médico Veterinário e Diretor Agropecuário do Grupo Big Frango
Dia de Campo | Fevereiro, 2010 | Ano I - Edição 4 | Realizado em Cascavel - PR, de 8 a 12 de fevereiro, o Show Rural Coopavel está entre as mais importantes feiras agrícolas do país. (DC)
Divulgação
Vida Rural
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Exposição Agropecuária
SRP anuncia as primeiras novidades da ExpoLondrina 2010 Pedro Crusiol
A 50ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina será realizada entre os dias 1º e 11 de abril Felipe Teixeira felipe@diadecampoonline.com.br
De 1º a 11 de abril, a Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina promete oferecer entretenimento personalizado às exigências do público. Organizado pela Sociedade Rural do Paraná (SRP), o evento chega a 50ª edição com um perfil diferenciado dos anos anteriores. “Fizemos uma pesquisa detalhada a fim de selecionarmos um quadro de shows que atendesse as expectativas e reaproximasse o público universitário”, contou o presidente da SRP, Alexandre Kireeff. Acessibilidade, conforto e segurança
Acessibilidade, conforto e segurança foram citadas como características da Expo 2010 também foram citadas como características da Expo 2010. “Pela primeira vez, a arena onde o público permanece durante os espetáculos será revestida com piso. A ideia é proporcionar mais conforto e higiene especialmente às mulheres, que são exigentes e representam uma parcela importante de nossos visitantes”, reforçou Kireeff. Outra novidade é a “Noite Universitária”.
A parceria realizada entre estudantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a organizadora do evento pretende promover uma integração entre o público das tradicionais festas universitárias com a exposição. Serão 20 comissões de formaturas, que vão dos cursos de Administração à Zootecnia, com participação comercial e nas vendas de ingressos do dia 06 de abril. “Antes, havia apenas a montagem de barracas para os cursos de veterinária e agronomia, além do faturamento das mesmas ser terceirizado. Agora, sentimos a necessidade de oferecer uma participação mais efetiva dos estudantes”, comparou Kireeff. Negócios - Em 2009, a movimentação global atingiu a marca de R$ 186 milhões e o Parque Ney Braga recebeu um total de 457 mil visitantes em 11 dias. Para a atual edição ainda não foram divulgados números, pois, de acordo com Kireeff “tudo depende das linhas de crédito a serem confirmadas. Somente em meados de março é que divulgaremos dados relacionados à movimentação comercial”. A organização já adiantou que o agronegócio contará com atividades tradicionais como os leilões, julgamentos e comercialização de animais, além de representantes das maiores empresas do ramo em seus respectivos estandes. Mais informações serão anunciadas somente no dia 04 de fevereiro, dia em que será realizado o lançamento da ExpoLondrina 2010 no Pavilhão Octávio Cesário Pereira Junior.
ExpoLondrina 2010
O presidente da Sociedade Rural do Paraná, Alexandre Kireeff, divulga informações gerais sobre a exposição
- 01/04: Victor & Leo – 22h - 02/04: Feriado Sexta-Feira Santa
- Entre 1º e 11 de abril, no Parque Governador Ney Braga (Av.Tiradentes, 6275)
(sem programação de show)
- Ingressos para shows: a partir do dia 1º de fevereiro
- 04/04: Luan Santana – 19h
- Valores: R$40 inteira e R$20 meia (05/04); R$30 inteira e R$15 meia (demais dias)
- 05/04: Jorge & Matheus – 22h
- Pontos de venda: Administração Central da Sociedade Rural do Paraná (Av.Tiradentes, 6275) de segunda à sexta-feira em horário comercial / sábados: das 8 às 12 horas; Farmácias Vale Verde em Apucarana, Arapongas, Cambé, Londrina e Rolândia
- 03/04: Hugo Pena & Gabriel – 22h
- 06/04: Inimigos da HP e Jean e Júlio (Noite Universitária) – 22h - 07/04: Maria Cecília & Rodolfo – 22h
- Ingressos somente para o Parque: de 1º a 11 de abril. Os valores para esta modalidade de ingresso serão divulgados em data próxima à exposição
- 08/04 João Bosco & Vinícius – 22h
-Crianças até 6 anos e idosos a partir de 65 anos têm acesso gratuito ao Parque, mas não ao recinto de shows
- 10/04 Rodeio P.B.R. – 20h
-Para o benefício de meia entrada, os demais devem apresentar carteira oficial de estudante com foto e documento e adquirir o ingresso com um dia de antecedência
- 09/04 Rodeio P.B.R. – 20h - 11/04 Rodeio P.B.R. – 19h
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Cultura
Um circo na fazenda Peça circense apresentada em Londrina mostra, de forma divertida, um pouco do cotidiano de uma propriedade rural Lucas Martins / Arquivo DC
Pedro Crusiol pedro@diadecampoonline.com.br
Quem pensa que o tempo do circo já acabou e o picadeiro não possui mais o mesmo encantamento de antes, está muito enganado. Apesar de não fazer o mesmo sucesso de tempos atrás, o circo mostra que ainda pode conquistar o público e divertir adultos e crianças.
O Circo Rural é inspirado nas trupes de artistas que percorriam o interior do Brasil no começo do século passado No norte do Paraná, o Centro Londrinense de Arte Circense (CLAC), apresenta, desde o ano passado, o espetáculo Circo Rural. A montagem, que combina elementos do teatro com técnicas circenses, resgata o cotidiano típico de uma fazenda. Apresentado num palco montado sobre uma Rural Willys de 1969, a peça é inspirada nas trupes de artistas que percorriam fazendas e pequenas cidades do interior
Depois de diversas apresentações em Londrina, o Circo Rural se prepara para percorrer outras cidades do norte do Paraná do Brasil, no começo do século 20. Palhaços de perna de pau, malabaristas, acrobatas e uma vaca excêntrica, que só dá leite quando quer, são algumas das atrações que fazem o público se divertir.
Embrapa e Meridional divulgam calendário de dias de campo pedro@diadecampoonline.com.br
Com as lavouras de soja já estabelecidas, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa dão início à programação de dias de campo nas principais regiões produtoras. Serão rea-
palmente nas festas rurais dos distritos de Londrina. Para este ano, estamos programando apresentações em outras cidades do norte do Paraná”, conta Adriano Huhn, integrante do CLAC.
Agenda
Eventos
Pedro Crusiol
O Circo Rural, que já foi apresentado em escolas, festivais de teatro, shoppings e nos distritos rurais de Londrina, parte agora para outras cidades da região. “Já fizemos diversas apresentações, princi-
lizados mais de 70 eventos entre janeiro e abril deste ano nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Além das tecnologias de manejo, os dias de campo apresentarão, nas vitrines de tecnologias e unidades demonstrativas, o desempenho de cultivares e as diferentes épocas de plantio. A programação completa está disponível no site da Embrapa Soja (www.cnpso.embrapa.br).
Confira os principais eventos agropecuários programados para o mês de fevereiro ShowTec 2010 2 a 4 de fevereiro Maracaju - MS www.fundacaoms.org.br
Show Rural Coopavel 8 a 12 de fevereiro Cascavel - PR www.showrural.com.br
Reunião da Câmara Técnica Regional da Avicultura 2 de fevereiro Sindicato Rural Patronal – Londrina - PR www.srl.com.br
Festa Nacional da Uva 2010 18 de fevereiro a 7 de março Caxias do Sul - RS www.festanacionaldauva.com.br
Lançamento oficial da Expo 2010 4 de fevereiro Parque de Exposições Ney Braga - Londrina-PR www.srp.com.br
20ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz 25 a 27 de fevereiro Camaquã - RS www.colheitadoarroz.com.br
Dia de Campo de Verão da Cocamar 4 e 5 de fevereiro Unidade de Difusão de Tecnologia – Cocamar – Maringá - PR www.cocamar.com.br
45ª EMAPA - Exposição Municipal e Agropecuária de Avaré 27 de fevereiro a 14 de março Avar - SP www.avare.com.br/emapa.aspx