5 minute read
Capacitação dos alunos da Escola Municipal Rural Tiradentes sobre a importância da sobrevivência do cerrado local
Coordenador: Anderson Vantuir Nobre Vieira Bolsista: Matheus Estrela Silva Voluntárias: Beatriz Mendes Corrêa e Tais Limas Silva Texto: Anderson Vantuir Nobre Vieira Campus: Salinas
Ipê amarelo.
Advertisement
Fonte: https:// br.pinterest.com/ pin/574983077417592459/
Objetivando trabalhar a preservação ambiental com alunos do Ensino Fundamental, o projeto “Capacitação dos alunos da Escola Municipal Rural Tiradentes sobre a importância da sobrevivência do cerrado local” permitiu levar o tema para a sala de aula, de forma lúdica e com atividades práticas. Foram realizadas oficinas e palestras, elaboração de cartilhas, pesquisas sobre o tema e apresentações, com o intuito de atingir as crianças positivamente e desenvolver nelas bons hábitos para preservar a natureza, especialmente, o cerrado. Os docentes e discentes avaliaram de forma positiva todo o projeto e concluíram que os objetivos propostos foram cumpridos em sua totalidade. As crianças foram conscientizadas e entenderam a importância de se preservar o cerrado.
Oprojeto foi desenvolvido na cidade de Taiobeiras, localizada no Norte de Minas Gerais no Brasil, local em que há uma forte predominância do cerrado cuja preservação é de extrema importância, pois há comunidades, como a de Lagoa Grande, no Alto Rio Pardo, que é rica em árvores frutíferas nativas, entre as quais se destaca o fruto do pequi (Caryocar brasiliensis), responsável pela maior fonte de renda de, pelo menos, 400 famílias no período de safra do fruto e está inserida no cerrado. A comunidade também é a grande responsável pela florística da região. Pela relevância do bioma na região, foi escolhida, para aplicação desse projeto de extensão do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) – Campus Salinas, a Escola Estadual Chaves Ribeiro. O público-alvo foram 110 alunos do 5° ano do Ensino Fundamental, com faixa etária variando de 10 a 12 anos.
Devido à pandemia da COVID-19, não foi possível trabalhar com alunos da escola existente na própria comunidade pretendida e que faz parte do título deste projeto, porque as aulas presenciais foram interrompidas na escola e não estavam ocorrendo nem remotamente. Por isso, foi escolhida a Escola Estadual Chaves Ribeiro, em Taiobeiras, porque, pelo que foi possível apurar, era a única que adotava o ensino remoto quando se iniciou o projeto, e demonstrou grande interesse em participar, além de fazer parte da região que também utiliza frutos do cerrado como fonte de renda. Foi necessário aplicar as atividades remotamente, levando em consideração o risco de contágio pela COVID-19.
Após o contato com a escola e o interesse da mesma pelo projeto, foi realizada uma reunião, para detalhamento da realização do projeto. A reunião e a postura dos discentes foram fundamentais para que a escola, naquele momento difícil e com nova
Cartilha sobre o dia da árvore.
forma de lecionar, aceitasse a proposta, já que a aula seria muito diferente, por ser virtual. Os professores tinham, como argumento, o fato de as aulas já ficarem com o conteúdo comprometido por serem remotas, dificultando o trabalho do professor, já que a maioria precisava aprender a manejar a tecnologia digital e que o aluno nem sempre é atuante como no curso presencial. Por isso, foi de grande importância adaptar a proposta para se adequar ao que a professora já iria trabalhar em sala. Dessa forma, a professora e a escola decidiram aceitar que o projeto fosse desenvolvido, por perceberem que seria não só uma conscientização, mas também uma forma diferente de ministrar a aula, já que os alunos teriam a prática ao estudarem o conteúdo e um contato com outras pessoas e instituição, o que era uma novidade para eles.
Foram realizadas oficinas e palestras para envolver os alunos e tornar a atividade mais interessante. Uma das principais atividades, que conquistou a atenção dos alunos foi a de cons-
Ipê amarelo.
Fonte: https:// br.pinterest.com/ pin/574983077417592459/
Cartilha com instruções de como plantar uma árvore.
Fonte: Disponível em: https://m.facebook.com/arvoresertecnologico/photos/a.5019918 69943424/1632212133588053/?type=3&source=48&__tn__=EHH-R
Sementes de Angico retiradas para enviar aos alunos. Sementes de Angico (foto com maior proximidade), enviadas aos alunos após os devidos cuidados.
truir uma cartilha com um tutorial, ensinando como plantar uma árvore. Uma cópia desta cartilha foi enviada a cada aluno, com 3 sementes da espécie Anadenanthera colubrina var cebil, popularmente conhecida como angico vermelho, para que eles realizassem o plantio. Tanto os alunos como a professora ficaram muito satisfeitos com a prática, que aconteceu em setembro, no Dia da Árvore. Originalmente, estava planejada uma trilha ecológica para este dia, mas como não podia haver proximidade e também, mesmo mantendo os protocolos de segurança, seria perigoso, porque se tratava de 110 crianças, decidiu-se não realizar essa atividade e deixá-la para outro momento menos delicado, e que não oferecesse risco à vida de todos os envolvidos.
Outras duas atividades também foram desenvolvidas nesse projeto. Uma ocorreu em agosto e consistiu em abordar o tema sustentabilidade e sua importância no dia a dia, além de destacar a importância da preservação do meio ambiente. Para essa, foi feito o levantamento de imagens e pesquisas sobre o tema, além da construção e apresentação de slides, para que a atividade se tornasse mais acessível e interessante para os alunos do 5º ano. Essa atividade foi bastante trabalhosa, mas foi de grande aprendizado, tanto para os alunos e coordenador do projeto como para os alunos que eram o público-alvo.
A outra oficina ocorreu em outubro. A oficina foi voltada ao cerrado, já que este é predominante no município e conteúdo principal do projeto. Essa oficina consistiu na gravação de uma vídeoaula, falando do bioma e sua importância para o município. Foi uma atividade mais lúdica, ao mostrar imagens de árvores que estão presentes no município, com ênfase para o pequizeiro (Caryocar brasiliense), que movimenta a economia da cidade. Foram feitas revisões bibliográficas e pesquisas que trouxeram muito conhecimento e que foram fundamentais para a realização da palestra. Todos os discentes desenvolvedores do projeto e o coordenador se empenharam bastante para a produção da atividade e o aprendizado foi desde conhecimentos técnicos para gravar a aula e produzir o conteúdo digital, até o conhecimento científico para apresentar aos alunos que compunham o público-alvo. Notou-se grande interesse dos alunos também pela ludicidade envolvida na oficina.
A avaliação feita foi qualitativa, por meio do feedback dos alunos e da professora, que relataram ter gostado muito do projeto, demonstrando muito interesse durante as aulas e ao fazer as atividades, levando os proponentes a concluírem que os objetivos propostos para o projeto foram cumpridos em sua totalidade e que houve uma conscientização das crianças, que entenderam a importância de se preservar o cerrado e a importância dele para todos, especialmente, para a região onde vivem.