Jornaleco 320 15 mar 2009

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Solo do Leitor Prezados Senhores, Gostaria, primeiramente, de me apresentar: eu sou o João Paulo, um Araranguaense radicado em Florianópolis desde 1974, e minha família, quase todos, são residentes nesta terrinha que não esqueço jamais, e um dia me terá de volta.

Sei que todos neste jornal conhecem minha família, alguns de meus irmãos até colaboram, ou colaboraram, com este culto, útil, respeitoso, divertido e provinciano tablóide. Evely está publicando suas poesias, Alex já escreveu alguns artigos, e o Zezo e a Andréa sei que admiram o Jornaleco, e eu também, seja pela seriedade com que é produzido, pelo conteúdo cultural, pela espaço conquistado junto à comunidade, pela simpatia, e o que é mais importante – pelo amor que vocês dedicam ao trabalho de produção.

Confesso que não consigo voltar de minhas viagens a Araranguá sem “estudar” todas as edições do Jornaleco, publicadas desde minha ida anterior.

São momentos de entretenimento, nostalgia, satisfação, alegria e, por que não dizer, de intimidade com seu conteúdo. Virou rotina, e é uma das boas coisas que faço quando visito a terrinha.

Parabéns...! Vocês merecem todo o meu respeito. Preciso do “Jornaleco” para reviver os momento felizes que passei com minha família na minha infância, adolescência, juventude, lembrar de meus amigos, da Urussanguinha, das festas de Nossa Senhora Mãe dos Homens, do Colégio Normal e das lições de vida da minha ilustre Professora Dª Olga Hübbe e do Professor Ayres, do futebol no campo do Grêmio Fronteira, do Arroio, do centrinho da Getúlio, do Café Brasil, do Bar Samburá, do Bar do Xixo, do Cine Roxy, das namoradas, das serenatas, de quem amei em segredo, de quem amei sem segredo, de quem me amou... Ah, como isto faz bem às pessoas que tem sentimentos!

Muitíssimo obrigado a todos.

Desejo absoluto sucesso à Família Jornaleco, e que Deus vos abençoe e ilumine.

JORNALECO

APOIO CULTURAL

EM FRENTE A DIMASA

ARARANGUÁ, 15 DE MARÇO DE 2009 • ANO 15 • Nº 320

ARARANGUÁ

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE

ARARANGUÁ v i s i t e : w w w. a r a r a n g u a . n e t

1956

em mais de mil palavras

por Salvador

João Paulo Rocha

Galeria do Futebol Futebol Araranguaense

REAL MADRI ANTIGO RODOVIÁRIO, DA URUSSANGUINHA

De pé: Vilson (Pinto), Zé Cabrita, Édio Cassetão, Dão, Lenoir, Lourinho e Faustrico.

Agachados: Arno, Romeu, Galego, Enedir, Cláudio Colhada e Antônio Luis.

ARQUIVO ENEDIR

– 1971 –

Foi em 24 de abril de 1910 que se estabeleceu o 4 de maio como dia da festa da Padroeira de Araranguá, que é o dia da criação da Freguesia de Nossa Senhora Mãe dos Homens, ocorrida em 1848 — 32 anos antes da nossa emancipação política, que aconteceria em 3 de abril de 1880. Esta preciosa fotografia de José Genaro Salvador testemunha um momento singular e breve em nossa história: a transição da velha igreja matriz para a nova. Por um ano, elas conviveram. Mas, concluída a nova igreja, a velha – de 1901 – foi demolida. Seria uma obra de mais de cem anos. Hoje em dia, de centenário, só temos o Morro do Centenário. (RG)

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Solicite-nos através de jornalecocultural@yahoo.com.br o recebimento das edições do Jornaleco (exatamente como está no papel) via e-mail

JORNALECO jPANFLETO CULTURAL

15/03/2009 • ANO 15 • Nº 320 ESTA EDIÇÃO: 8 PÁGINAS

Distribuição gratuita Periodicidade quinzenal Tiragem: 1.000 exemplares

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H Ricardo Grechi CONTATOS E DISTRIBUIÇÃO Rossana Grechi, Gibran Grechi , Nilson Nunes Filho ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende COLABORA Aimberê, Léia, Lony IMPRESSÃO Nei, Valdo, Welington NA OFICINA DA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE A. César Machado

EDIÇÃO E PROJETO GRÁFICO

© Ricardo Francisco Gomes Grechi

Reg. nº 99866 - Prot. 4315/RJ, de 17/07/1995

UMA PUBLICAÇÃO

ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.000 Araranguá - SC - Brasil

jornalecocultural@yahoo.com.br

APOIO CULTURAL

A BOA IMPRESSÃO É A QUE FICA

APOIO CULTURAL

5 Fone/Fax: 3524-5916 3522-0379 Av. XV de Novembro, 1807 - Centro Araranguá SC

Da última vez, eu escrevi: “...minha paixão maior: a mulher – musa e rainha...”.

Significa que um homem pode amar todas as mulheres numa só – sua mulher amada, enquanto amada, é seu harém. E se for recíproca no amor, essa mulher valerá o mundo inteiro – você será seu homem, seu poeta, seu rei. O ideal de Adão e Eva (o paraíso, mesmo, é relativo: de uma ilha tropical à uma simples cama). A possibilidade disso acontecer – de viverem o amor perfeito duas pessoas naturalmente imperfeitas – é tão difícil, que muitas vezes descremos que esse amor exista. Mas há um tempo de procura e um tempo de encontro. E todo tempo do mundo para sonhar e acreditar, ou desistir.

Lar espiritual Qualquer lugar onde você estiver e se sentir bem será sua casa.

Dirão as pessoas, dirá o vento: “Sinta-se em casa”, e você se sentirá.

Um dia, meu amigo Enio Frassetto me conduziu aos aparados da serra. Senti-me deslumbrado com o vi, acabava de descobrir um lar espiritual naquelas colinas amareladas, um lugar onde, como pobre homem da cidade que sou, não poderia ficar.

Ronaaaaaaldinho A atenção que a Rede Globo tem dispensado à volta do Ronaldinho às competições, agora jogando pelo Corinthians, beira o ridículo. Até me ocorreu uma anedota: “O pai chama o filho – menino matriculado em escolinha de futebol e tal –, para assistir o jogo na tevê com o Ronaldinho. Lá está o velho craque, com duas Copas do Mundo no currículo, e ainda garoto propaganda de cerveja, transportando seu corpanzil com grande esforço. Ele está muito gordo para um atleta. Parece um jogador veterano numa pelada de clube. O pai aponta o gordo Ronaldinho na telinha e diz ao menino: ‘Olha lá, meu filho, como é que você vai ficar se começar a tomar cerveja!’”.

Desculpem-me os fãs do atleta, mas ídolo que é, não deveria fazer propaganda de cerveja, que é bebida alcoólica, que é droga.

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Ok, vamos lá, mais uma vez. Hum, agora a vergonha toma conta do seu ser, será que se distraiu tanto assim e entrou na casa errada?? Não, depois de olhar demoradamente você reconhece alguns pertences, que aliás, achava já ter perdido há muito tempo. Que estranho, será que você bateu a cabeça e está com amnésia? E não se lembra de ter virado uma pessoa organizada? (eca!). Ou você ainda pode estar dormindo e tudo isto pode não passar de um sonho, mas pelo jeito que as coisas se encontram, ou no caso NÃO se encontram, estaria mais pra pesadelo.

Ok, passo número um: fechar os olhos e respirar fundo, com o pensamento positivo de que ao abri-los de novo tudo estará em seu devido lugar, ou seja, fora do seu devido lugar. É, não adiantou, seu quarto ainda parece três vezes mais vazio, limpo, organizado e habitável do que quando você o deixou horas atrás. Palma, palma, não “priêmos cânico”. Já diria o colorado mestre dos mestres. De repente a palavra sai como num jorro, enchendo cada centímetro da casa: MÃÃÃÃÃEEEEE!!!!!! E aparece a sua mãe, preocupada com a urgência em sua voz, achando que você levou um choque, cortou um dedo, quebrou o pé, ou algo parecido.

Depois de ver que todas as partes do seu corpo estão inteiras e intactas, ela pergunta: “O quê foi meu filho?” E você começa a explicar, resmungando que o seu quarto não é mais o seu quarto etc. Até ela começar a sorrir da sua cara de raiva e fazer aquela expressão de “ah, tá, era isso”. Ela pode ter entendido, mas você ainda não entendeu nada, e continua resmungando até ser interrompido por uma única palavra que sai da boca de sua mãe: EMPREGADA. Claro, agora tudo faz sentido, sua mãe já sabe que seu quarto é um território em que qualquer pessoa é proibida de entrar sem o seu consentimento. Mas pelo jeito a empregada ainda não sabe. Ah, mas vai ficar sabendo, e se insistir em (eca!) organizar suas coisas de novo... A coisa vai ficar séria. Antes de deitar pra dormir em seus lençóis limpinhos e cheirosos (essa parte das coisas cheirosas até que não é tão má assim...) e ainda procurando as coisas que foram “escondidas” e as colocando em seu devido (fora) do lugar, você começa a arquitetar um plano para a defesa de seu território. Uma chave na porta deve bastar.

Mais uma olhadela no quarto: um par de meias já recomeça a habitar sob a cama, suas roupas do dia estão em cima do sofazinho junto com os dvds, o mp3 e um pote de iogurte vazio. É, com um leve sorriso no rosto você apaga a luz do abajur do Hommer e vai dormir mais tranquilo, em 1/4 um pouco menos cheio de organização.

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Dos Alcoólicos Anônimos DOR E PROGRESSO Certa vez alguém disse que a dor é a pedra de toque do progresso espiritual. Nós, AAs, podemos concordar com isso, pois sabemos que as dores decorrentes do alcoolismo tiveram que vir antes da sobriedade, assim como o desequilíbrio emocional vem antes da serenidade. (Na Opinião do Bill, pág. 3) A VERDADEIRA AMBIÇÃO A verdadeira ambição não é aquilo que achávamos que era. Ela é o profundo desejo de viver de maneira útil e caminhar humildemente, sob a Graça de Deus. (idem, pág. 46) FORÇA DE VONTADE E ESCOLHA Nós, AAs, sabemos que é inútil tentar destruir a obsessão de beber só pela força de vontade. Entretanto, sabemos que é preciso uma grande vontade para adotar os Doze Passos de A.A. como um modo de vida que pode nos devolver a sanidade.

Qualquer que seja a gravidade da obsessão pelo álcool, felizmente descobrimos que ainda podem ser feitas outras escolhas vitais.

Por exemplo, podemos admitir que somos impotentes pessoalmente perante o álcool; que a dependência de um “Poder Superior” é uma necessidade, mesmo que esta seja simplesmente a dependência de um grupo de A.A. Então podemos preferir tentar uma vida de honestidade e humildade, fazendo um serviço desinteressado para nossos companheiros e para “Deus como nós O concebemos”.

Conforme continuamos fazendo essas escolhas e assim indo em busca dessas altas aspirações, nossa sanidade volta e desaparece a compulsão para beber. (idem, pág. 88)

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APOIO CULTURAL

Mais um dia de verão começa em suas férias, e o rádio-relógio mostra que são 11:40. Certo, hora de levantar pra ver os Simpsons. Seus pés rapidamente encontram suas havaianas azuis, que ficaram respingadas de tinta branca desde que sua mãe as escolheu como calçado adequado para um dia de pintura na casa. E logo, você e suas havaianas “exclusivas” partem em direção ao banheiro para dar aquela cochilada básica no vaso e perder mais ou menos 12 minutos em frente ao espelho, escovando os dentes, mexendo em espinhas, analisando o cabelo etc.

Durante o almoço sua mãe lhe avisa que contratou uma empregada para dar um jeito na casa uma vez por semana. “Hum, legal” é o som que parece sair da sua boca enquanto você mastiga uma penca de batatas fritas.

Depois de alguns dias, você nem lembra mais deste diálogo durante o almoço, e se prepara para ir à casa de um amigo. Como sempre acontece quando você precisa decidir que roupas usar, o seu quarto fica uma zona.

Ok, não sejamos injustos. O seu quarto fica uma zona maior ainda. (Ah, agora sim). Os famosos pés de meia que você cultiva com tanto carinho sob a cama, se desesperam ao ver suas mãos se aproximando, pois sabem que depois de serem usados por mais esta vez, eles podem fazer parte da pequena probabilidade de irem para o cesto de roupas e depois serem lavados cruelmente por uma máquina. Lógico que isto raramente acontece, pois você toma muito cuidado com seus pertences.

Eles podem parecer aleatórios, mas estão exatamente onde você queria que estivessem. Qualquer associação com a palavra bagunça é total e extremamente equivocada. (De onde vieram essas palavras bonitas que você anda usando ultimamente?... enfim...).

Depois de deixar somente seus trajes de banho na gaveta e espalhar todas as outras peças do seu vestuário pelo quarto (e depois de provar uma por uma, é claro) você apaga a luz e antes de fechar a porta faz uma nota mental de que na volta seria bom dar uma leve organizada nas coisas do quarto. Só recolher as embalagens alimentícias vazias, já estaria de bom tamanho. Mas ao retornar da casa de seu amigo, você abre a porta do quarto, olha por um segundo e fecha de novo, certo de que entrou no quarto errado.

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CANOAS / RS

Mancadas históricas 1º COLOCADO: Quando o seu revólver calibre 38 falhou, durante uma tentativa de assalto, o assaltante James Elliot, de Long Beach, Califórnia, cometeu um pequeno erro. Virou a arma para ver se no cano tinha algo impedindo a arma de funcionar e experimentou apertar o gatilho de novo... Desta vez a arma funcionou.

2º COLOCADO: O chefe de um hotel na Suíça perdeu um dedo no moedor de carne e entrou com um pedido de ressarcimento na sua seguradora. Esta, desconfiando de uma possível negligência no uso do aparelho, enviou um inspetor que testou o moedor: ele fez exatamente a mesma operação e acabou perdendo um dedo também. O pedido de ressarcimento foi então aprovado.

3º COLOCADO: Um homem ficou retirando neve da rua com uma pá por mais de uma hora, durante uma tempestade de neve em Chicago, para poder estacionar o seu carro. Terminado o trabalho, foi buscar o carro e, ao voltar ao lugar que tinha preparado com tanto esforço, encontrou uma senhora que tinha acabado de estacionar, com a maior naturalidade, no espaço que ele liberara. Assim ele se explicou à polícia: “Como poderia deixar de dar dois tiros de fuzil na mulher?!”

4º COLOCADO: Depois de ter parado para tomar todas num bar clandestino, o motorista de um ônibus no Zimbabwe percebeu que os 20 doentes mentais que deveria levar para um asilo em Bulawayo, haviam fugido. Tentando esconder sua negligência, foi até uma parada de ônibus e ofereceu transporte de graça para as pessoas que estavam esperando no ponto. A seguir, foi até o asilo e entregou os passageiros, dizendo que eram muito perigosos e inventavam histórias incríveis para tentar fugir. O engano só foi descoberto vários dias depois.

5º COLOCADO: Um adolescente americano foi internado num hospital com graves ferimentos na cabeça, provocados pelo choque com um trem. Questionado sobre como tinha acontecido o acidente,

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CASA NENA ARARANGUÁ / SC

ele explicou para a polícia que estava simplesmente tentando descobrir quanto exatamente podia chegar perto do trem em movimento antes de ser atingido.

6º COLOCADO: Um homem entrou num mercado na Louisiana, colocou uma nota de 20 dólares no balcão e pediu para trocar. Quando o balconista abriu a gaveta, o homem mostrou uma arma e mandou que lhe entregasse todo o dinheiro da gaveta. Depois fugiu, mas na pressa esqueceu a nota de 20 no balcão. O total que havia na gaveta e que o homem levou era 15 dólares.

7º COLOCADO: Um homem no Arkansas estava tão afobado para tomar uma cerveja, que resolveu jogar um tijolo contra a vitrine de uma loja para roubar algumas garrafas e fugir. Apanhou um tijolo e o jogou com todas suas forças contra a vitrine. O tijolo bateu e voltou, acertando exatamente a testa dele, que ficou desmaiado no chão até a polícia chegar. A vitrine era de plexiglass inquebrável e a cena foi filmada pela câmera de segurança da loja.

8º COLOCADO: Na crônica local do jornal da cidade de Ypsilanti, Michigan, apareceu a notícia do assaltante que entrou no “Burger King” da cidade às 5 da manhã, apontou uma arma para o caixa e ordenou que lhe entregasse o dinheiro. O atendente explicou que devido a uma trava eletrônica, não poderia abrir o caixa sem um pedido. O homem então pediu cebolas fritas e o atendente retrucou que, pelo sistema, não poderia servir cebolas no café da manhã. O assaltante, frustrado, foi embora.

9º COLOCADO: Um homem tentou roubar gasolina de um trailer estacionado numa rua em Seattle, e a polícia encontrou-o no lugar, dobrado, no chão, vomitando sem parar. No relatório da polícia foi explicado que o homem, em vez de colocar a mangueira no tanque e chupar para puxar a gasolina, colocou a mangueira no tanque da privada química do trailer e chupou com força. O proprietário do trailer se recusou a fazer o B.O., declarando que nunca tinha se divertido tanto na vida. (Colab. Jose Mario De Boni)

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Amor perfeito

Adriane Tamiozzo

POR CAROLINE GRECHI

JORNALEC0 320 15/03/2009

Quem fala muito que ama, não ama, pois toda propaganda oculta outros interesses, e o amor não é interesseiro. Quem fala muito de sua fé em Deus, não a vivencia de verdade, pois a fé é uma força silenciosa que as palavras tendem a enfraquecer.

Cheio de organização (??)

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Força silenciosa

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SOLO DO EDITOR RICARDO GRECHI

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Rua Caetano Lummertz, 609 - S/01 - Centro Esq. Castro Alves - Araranguá SC Fone: (48) 3522-3710 / 9995-3710

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Se ele quisesse, até que poderia Descer do madeiro, milagrosamente E, por fim, livrar-se da imensa dor;

Leva contigo O meu gesto meio tosco Apesar do pressuposto Eu até te dou razão Te foi cruel Esta estadia aqui na terra Mas eu sei que tu não levas Mágoas no teu coração Os teus poemas Tenho-os num livro de bolso Leio-os sempre quando posso E outros deles sei de cor Sei que os poetas São como os melhores vinhos E ao compor lá pro Velhinho Tu serás ainda melhor

Luziani Crepaldi CRP 12/06892 luzianicrepaldi@hotmail.com 8824-9499

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Mas não eram pregos o que lhe prendia, Rasgando-lhe a carne dolorosamente E sim seu grande e incompreendido amor!

DIÁLOGO ENTRE BUSH PAI E BUSH FILHO por Rosinei (Entre 1980 e 1988, Iraque e Irã entraram em guerra) George Bush Pai: Filho, nosso presidente, o Ronald Reagan, que me desculpe.

Apesar de ser do nosso partido, ele é incompetente porque não conseguiu conter a guerra Irã-Iraque que já dura oito anos. Estou decidido a me eleger presidente pra acabar com a farra deles. Interviremos no Iraque e daremos um basta nisso!

George Bush Filho: Mas nosso país apoiou o Iraque nessa guerra...

Bush Pai: Mas agora chega, Saddan tá se achando! Ele passou do limite.

Bush Filho: Como será resolvida esta questão, pai?

Bush Pai: Me aguarde, filho?

(Em 90, o Iraque invade o Kuweit, iniciando a Guerra do Golfo. Bush entra na guerra) Bush Filho: Pai, o senhor vai intervir, mesmo?

Bush Pai: Vou, filho, porque agora o Saddan passou de todos os limites!

(E os EUA interferem, dando um fim à Guerra do Golfo) Bush Filho: Pai, o senhor é demais! Conseguiu conter a invasão do Iraque...

Bush Pai: Filho, meu próximo plano é derrubar Saddan.

Bush Filho: Mas pai, seu mandado acaba em menos de dois anos!

Bush Pai: Vou concorrer a reeleição...

Bush Filho: Mas pai, se o senhor não se reeleger, os Democratas, então eleitos, poderão se perpetuar no poder. Daqui 10 anos, o senhor já estará velho para voltar...

Bush Pai: Não, meu filho, dificilmente os Democratas conseguirão tal façanha.

Bush Filho: Mas o Roosevelt ficou 12 anos no poder; se não morresse, seriam 16.

Bush Pai: Não importa, porque se eu não me reeleger, já terão sido 16 anos ininterruptos que nós republicanos nos mantemos no poder.

(Em 92, o democrata Bill Clinton é eleito, e reeleito em 96. Em 2000, nova eleição...)

Bush Filho: Pai, o senhor já está velho, mas eu vou concorrer à Casa Branca e vou realizar aquele seu velho sonho.

Bush Pai: Que velho sonho?

Bush Filho: De derrubar o Saddan. O senhor lembra?

Bush Pai: Ah, claro que lembro! Mas vá com calma: Saddan é um osso duro...

(Em 2003, no terceiro ano de mandato de Bush Filho, os EUA interferem no Iraque e inicia-se uma nova ofensiva contra Saddan. Em 2004, último ano de Bush...)

Bush Pai: Você não cumpriu o que tinha prometido, filho.

Bush Filho: Mas invadimos o Iraque, o senhor não viu?

Bush Pai: Mas não era preciso. O combinado era derrubar o Saddan e você apenas interferiu, e o seu mandato já está no fim...

Bush Filho: Pai, prometo uma coisa pro senhor. Se eu for reeleito, o Saddan já era.

Bush Pai: Oquei, filho. Boa sorte!

(Em 2004, Bush é reeleito. Em 2006, Saddan é encontrado e depois enforcado) Bush Filho: Pronto pai, cumpri o que prometi...

Bush Pai: Filho! Eu disse que era pra tirar o Saddan do poder e não enforcá-lo!

Bush Filho: Ah, pai! Já fiz o serviço completo. Pelo menos, esse problema está definitivamente resolvido.

Bush Pai: Tudo bem. E o Bin Laden?

Bush Filho: Ah, pai! Aí o senhor já tá querendo demais, não acha?

Bush Pai: (...risos).

JORNALEC0 320 15/03/2009

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Quero que cantes Como canta a siriema E que aceites este poema Como minha gratidão De estar contigo E de ouvir palavras lindas Só achei tão cedo ainda Pra ir morar no outro rincão

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Para que o povo, rebanho perdido, Encontrasse a paz, o caminho, a luz...

E, finalmente livres e arrependidos, Salvar-se-iam em Cristo Jesus.

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Adeus, poeta Alma buena de campeiro Lá no céu há um povoeiro De cantor tradicional Mostre a eles tua rima Que tua alma se ilumina Sem candeeiro ou castiçal

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Em sua transfiguração, ó grande Mestre, Por nós sofreste o insólito transpasse...

Meu Deus! Era como se ele quisesse Para que a humanidade se santificasse.

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Aimberê Araken Machado O que é o romantismo?

Minha amiga liga na primeira hora da manhã e, com voz ofegante de quem acabara de exercer uma faxina completa, me revela: “Vou ao médico hoje à tarde, acho que estou entrando na menopausa... Precoce é claro! Estou me esvaindo em suor!”

“Estás sentindo o mesmo calor que eu?” A vizinha me interpela na rua abanando o leque com gravuras japonesas. Caminhamos até o supermercado falando sobre nossa quentura mútua, com o sol cozinhando-nos. Duas Marias em banho de suor.

Ao meio-dia a porta se escancara deixando entrar uma rajada, que eu adoraria ser de vento. É o meu filho que invade a cozinha na volta da escola com o calor rasgando-lhe o uniforme para consumir a carne. “Tô fritando! Vou direto para o banho!”

Algumas horas mais tarde um lampejo invade o meu pensamento. Um acontecido tornara diferente a rotina daquele dia. Vasculhando as linhas dos acontecimentos do meu diário, percebo que Yugi (o meu cão chinês) não está inserido em nenhum acontecimento. O que é de estranhar, pois, se todos possuem uma sombra, digo que tenho duas, a outra é ele, que não me perde de vista.

Chamei-o várias vezes antes dele se apresentar a mim arrastando seus 7/5 quilos sobre as patas trôpegas e sujas de uma substância escura. Reconheço ser da areia que fica abaixo da grama, a qual ele cavoucou transformando um buraco numa casa fresca e úmida.

“Não se preocupe.” Tranqüilizou o veterinário. “Os animais sofrem com o calor tanto quanto os humanos.” E a minha amiga angustiada, achando que estava entrando na menopausa...

De noite mergulho na água gelada da banheira e, diante do acontecimento inédito (nunca antes havia ignorado a torneira de água quente), remeto-me ao passado tentando lembrar a última onda de calor intenso. Não sei se por lapso de memória ou pela inexistência do fato, não encontro registros da incidência de temperaturas tão elevadas nos verões passados, pelo menos não ininterruptamente, como vem acontecendo.

Neste mesmo dia, li o manifesto acalorado de um escritor à beira de uma evaporação instantânea. “Não estamos sós!” Foi o que pensei. O resto do país também deve estar sentido os efeitos. Estufa? CO2? Aquecimento Global? Camada de Ozônio? Respondi ao escritor Mineiro tranquilizando-o, uma vez que aqui no Sul estamos submergidos na mesma “Panela de Pressão”, e regozijando-me por constatar que os homens sofrem com o calor tanto quanto as mulheres. E a minha amiga pensando em menopausa...

Mergulhei a cabeça na água gelada da banheira e prendi a respiração: “Será que a humanidade caminha para um futuro tórrido e árido conforme anteviram os cineastas dos filmes de ficção?” Emergi instantaneamente afogando o mau pensamento. Yugi late lá fora.

Meu filho invade o banheiro com o telefone na mão. A voz da minha amiga pula feliz do telefone para escorregar no meu ouvido: “O médico disse que as mulheres sofrem com o calor tanto quanto os homens e os animais”. E conclui aliviada. “E eu achando que estava na menopausa!”

ALCIONE PEREIRA PARA REFLETIR

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Lá pertinho das estrelas Bem de frente, ao percebê-las Vais ter mais inspiração E que faça nos teus versos Oração pra que no universo Haja mais compreensão

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Só queria ter Um pedacinho de chão Do tamanho do meu coração.

Se puder medir, Você vai notar, vai sentir, Que aqui vão caber Hectares de amor, Um roseiral em flor, No meu pedaço de chão!

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Só queria uma oportunidade De mexer na terra Com satisfação, Matar a vontade, Senti-la na palma da mão!

E encher as narinas Desse cheiro bom!

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Eu só queria ter Um pedaço de terra Pra chamar de meu.

Pra plantar uma flor, Que eu pudesse notar, Adubar e regar, Ver o quanto cresceu.

E me admirar.

Com sua beleza me extasiar!

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EVELY DA ROCHA PATRÍCIO PLANTAR

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Não tem preço esta alma nobre É que o céu, talvez tão pobre De poeta e de cantor Só mudou tua estadia Vais fazer tua poesia Para Deus, nosso Senhor

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Assim largado, desprovido Sem início mas com fim...

Sem entregas absorvido Em tudo menos em mim!

Encerro minha jornada Plurarizada por momentos Boba, cega enamorada Eras tão e meu tormento.

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Vem iniciar sem nada Em final de apegos Vens sem chegadas Para meu aconchego

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ARLETE ZANERIPPE DESPERTAR

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Poema dedicado ao amigo Nego Boni

Morre um poeta Ó, meu Deus, mas quem diria Eu não posso acreditar Que o poeta, um certo dia Se cansou de versejar

Uma crônica sobre o efeito estufa e a menopausa

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Eis, aí acima, uma pergunta que poderia resultar numa interessante tese acadêmica. Por que digo isso? Porque, apesar de todas as tragédias da vida, uma coisa permanece viva e sempre rejuvenescida em nossas imaginações: um CASO DE AMOR. Gabriel García Márquez disse, certa vez, que “aquele que pensa que o romance está morto, quem está morto é ele”. O autor de “Lembranças de minhas putas tristes” foi, sempre, um defensor do romantismo. Ele também falou que o bolero – não a famosa peça musical de Maurice Ravel, e sim esse ritmo dolente e sensual que nasceu na região do Golfo, ali onde o México quase encosta em Cuba –, é a mais romântica música do mundo. Acerca dessa afirmação, alimento minhas dúvidas, apesar da admiração que tenho por García Márquez. Creio que o romantismo é universal, e tanto pode estar escondido numa ária do “Rigoletto” quanto numa agitada rumba cubana.

O samba brasileiro também é muito sugestivo (refirome, é claro, ao seu apelo afrodisíaco, com o bambolear de cadeiras e bundas lembrando cópulas). * * * A vida do compositor norte-americano Cole Porter foi retratada em um filme intitulado “De-lovely” – que passa, de vez em quando, nos canais fechados. Ele era, essencialmente, um romântico. Para provar que esse sentimento é bem mais amplo do que se pensa, salientemos que Porter era bissexual (embora amasse profundamente sua mulher, e até tenha se inspirado nela, em várias de suas composições). Já veem vocês que estamos diante de uma manifestação bastante complexa da alma humana, quando falamos de romantismo. * * * Há uma música espanhola, um “pasodoble” cantado por José María Madrid (esse cantor fazia parte da Orquestra Cassino de Sevilha) – que diz o seguinte: “La española quando besa/ Eis que besa de verdad/ A ninguna le interesa/ Besar por frivolidad”.

Vejam os leitores: a letra acima sugere a passionalidade da mulher espanhola, a sua alma ardente... e presumivelmente sincera. É claro que essa mesma autenticidade seria disputada por todas as mulheres do mundo, sem exceção... A espanhola é apenas um exemplo, pois do mesmo modo cantariam, apaixonadas, as russas, as japonesas, as marroquinas, as finlandesas... e até as hotentotes da Austrália! * * * O romantismo é, pois, um sentimento que vai existir sempre. Creio que até mesmo Darwin seria capaz de festejar essa teimosa perenidade, pois, se não fosse assim, como ele poderia ter escrito “A Origem das Espécies”?!

Até a próxima. Saudações eróticas.

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GRUPO REENCONTRO

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Fone (0**48) 3524-0280 Estr. Geral Volta do Silveira - Araranguá

Grupos Familiares AL-ANON

Grupo de Adoção Filhos do Coração Informações: Juizado da Infância e da Juventude -Tel. 3522-0204 - Ramal 45

GRUPO ENERGIA EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI

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Lony Rosa

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“A vida é como uma cebola, você descasca uma camada por vez e às vezes chora.” CARL SANDBURG (1878-1967), POETA E ESCRITOR AMERICANO

n Deve-se conhecer um pouco de sua história. As pessoas costumam gostar das músicas de compositores cuja história lhes pareça interessante. n É interessante conhecer os grandes intérpretes, aqueles que melhor valorizam as idéias dos compositores. n É importante identificar que tipo de música mais se adapta a cada situação de vida: Quem ouve a Marcha Nupcial em casa? Quem ouve ópera em churrasco? O que ouvir no carro, em um engarrafamento, para relaxar?

Algumas notas n Normalmente usa-se música erudita e música clássica como sinônimos.

Uma conceituação alternativa sugere que a música clássica é o segmento da música erudita sem solos vocais significativos. n Em uma orquestra, os instrumentos são chamados de “naipes” – violinos, violoncelos etc. E o violinista que fica do lado esquerdo do maestro é conhecido como “spalla”. n As estruturas de composição mais famosas são: SONATA: piano, piano e outro instrumento.

CONCERTO: orquestra e um instrumento solo.

SINFONIA: orquestra, com mais ou menos instrumentos, e coro. n A voz humana é o instrumento mais complexo que existe.

Outras notas n O clã Bach foi um dos mais prolíficos da história da música: mais de quatro gerações. O ‘Bach’ mais famoso, o

Uma breve cronologia n Bach, nascido no final do séc. XVII, é tido como o pai da música clássica como hoje conhecemos. É um dos grandes expoentes do Barroco, juntamente com Vivaldi, Handel. A segunda metade do sec. XVIII compreende a época Clássica, cujos grandes expoentes são Haydn e Mozart. n Beethoven, cujas composições fizeram do piano o instrumento mais importante, é o principal nome da fase romântica.

Foi um revolucionário, a forma personalista de suas composições influencia todos os músicos até hoje. n Entre contemporâneos de Beethoven e seus sucessores, românticos e pós-românticos, pode-se citar Chopin, Schubert, Brahms, Liszt, como os mais famosos. n A música romântica e a música nacionalista dos sécs. XIX e XX encontra também grandes expoentes na região do

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leste europeu, onde pode-se citar Tchaikovsky, Mahler e Rachmaninoff.

Para todos os momentos n Música clássica costuma ser associada à relaxamento, talvez por isso as músicas clássicas mais ouvidas sejam as do período romântico – Beethoven, Chopin, Schubert. n Em momentos de festa, em que a alegria deve imperar, é normal ouvirmos músicas barrocas, do período clássico ou até mesmo trechos de óperas, com bastante uso de percussão – tambores, metais. n Momentos em que o importante é ficar agitado mesmo, nada como algumas peças heróicas (Beethoven, Brahms, Mahler, muitas óperas do séc.

XIX), ou então compositores muito virtuosos, como Liszt e Rachmaninoff.

A ópera n Ópera, ou é comédia, com um ensinamento moral no final, ou é tragédia, onde tudo começa bem e no final a mulher morre de forma heróica (o homem às vezes morre também).

Rarríssimas vezes uma ópera dramática tem final feliz. n Os dois aspectos mais fascinantes da ópera são os diálogos entre os instrumentos e os cantores, e a busca pelo domínio perfeito da voz, junto com a atuação, sempre no limite das possibilidades físicas, o que gera medo e fascínio tanto em quem canta como em quem ouve. n Muitas das peças orquestrais mais famosas são partes de óperas, aberturas ou interlúdios. Dica para começar no mundo da ópera: comédias de Mozart (Flauta Mágica e Don Giovanni), Verdi (La Traviata e Rigolleto), Puccini (La Boheme), Bizet (Carmen) e Donizetti (O Elixir do Amor). De preferência em DVD, pois a imagem dá mais sentido ao que está sendo cantado. (DIVULG. NET)

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César do Canto Machado Cataúcho, eu? De jeito nenhum!

Literalmente estas palavras querem dizer que as leis são feitas e em seguida alguém bola uma forma de burlar. É que nestas últimas semanas fomos agraciados com a notícia de que um parlamentar, sujeito que segundo o decoro da nossa Carta Magna teria a obrigação de ter uma conduta ética exemplar, não declarou um castelo de vinte e cinco milhões de dólares. Perguntado sobre o assunto se saiu com uma explicação de contos de fadas, dessas para entreter criancinhas. Foi um auê, como sempre acontece nestes casos tão ordinários na nossa pátria. Mas aí vem a contra-partida, a estratégia, os advogados sagazes, enfim os recursos vários que facilitam a proliferação dessa demanda. Estão pedindo a expulsão do elemento suspeito de driblar o fisco e surrupiar essa soma de tamanha envergadura que daria para construir milhares de habitações populares.

Por enquanto as conversas estão sendo tratadas com bastante prudência. Afinal, construir um castelo de vinte e cinco milhões na cara da nação que luta pra não ter que se ajoelhar frente a crise financeira que assola o planeta, economizando, enxugando a máquina, demonstra que o acusado tem tradição de usufruir do bem alheio.

Outro “deslize” pra encher os olhos e a cabeça de minhocas do povo brasileiro é o diretor do Senado da Nação que foi apanhado pelo fisco com uma mansão no valor de cinco milhões de reais não declarada. E o deslumbrante desse acinte é que a mansão do nobre senhor está em Brasília. Quer dizer que as barbaridades são feitas à luz do dia e na Capital Federal pra ninguém botar defeito.

Uma outra – essa chega a ser engraçada –, um elemento foi pego bêbado, trafegando ao estilo etílico (em S), derrubou os cones do posto policial, foi parado e autuado em frente as câmaras de tevê que estavam no local. O repórter fez-lhe algumas perguntas sobre o crime, o flagrante e os perigos que ele estava causando a si próprio e a terceiros, dirigindo naquele estado. A sua resposta foi típica de quem conhece as leis brasileiras e suas várias portas de escape.

Disse o infrator, mais ou menos assim. “Eu sei que eu estou errado. Mas quem não está? E quer saber? Não vai dar em nada porque o dinheiro resolve tudo”. Pois não é que o bêbado pagou uma fiança de trezentos reais e saiu livre, leve e solto? Eu até comecei rir diante desse absurdo.

O diretor de uma ONG, Transparência, se não me engano, disse que a corrupção, os corruptores e corrompidos já sabem que com um naipe de bons advogados os crimes são cometidos e, através de vários recursos legais, os processos vão se arrastando e se arrastando indefinidamente. Por vários e vários anos. Culpa dos advogados? Não! Culpa de quem legisla e, principalmente, culpa nossa que mesmo constatando esse absurdo legal nada fazemos, ficamos mendigando justiça enquanto os abastados nos chupam o sangue da nação todos os dias.

Por isso, essas e outras barbaridades já nem impressionam mais.

Virou lugar comum. Os crimes seguem seu corso enquanto nos abastamos com a mediocridade do BBB e a banalidade das novelas.

Conversando recentemente com um araranguaense dos “velhos e bons tempos”, anotei e passo para você o que ele me disse: “Que me desculpem os vizinhos, até porque nada tenho contra eles, nada, também, contra quem é daqui e é apaixonado por eles. Muito pelo contrário, acho que tudo é Brasil e, – só para atiçar – de mais a mais, vizinho não se escolhe, né? Mas a verdade é que eu sou daquele tempo em que disputávamos até jogo de ‘palitinho’ com os gaúchos, lá no Arroio do Silva, quando aquele lugar ainda era só a praia de Araranguá. Mesmo assim, bons tempos!

“Acredite, você aí que não é daquele tempo, não se passava um dia sem ter um quiproquó com eles. E o pior é que a briga era em todas as categorias: infantil, júnior e adulto.

Era só um olhar atravessado para o outro que a confusão estava feita. E como estava.

“Nós, mesmo ainda crianças, vivíamos nos atropelando de minuto a minuto na beira da praia, no meio da rua e em qualquer lugar onde houvesse aglomeração. Dos jovens, então, era uma ‘pauleira’ atrás da outra. A confusão deles começava pela manhã na ‘pelada’ de praia, continuava à tarde na porta do clube do ‘Mar Velho’ e só terminava no concorridíssimo baile do Scaini, quando, não poucas vezes, o pau quebrava pra valer. Aí o mais complicador dos ingredientes se chamava mulher e, desde sempre, sabe-se, que quando mulher entra na parada, é ‘rolo’ na certa – ou estou enganado? Logo, era encrenca pra render, no mínimo, uma semana.

“Já dos ‘coroas’ a bronca entre gaúchos e catarinenses ficava mais no fala-fala que na ação; mesmo assim rendia uma embicadas feias.

“E tudo tem explicação: na verdade era puro ciúme nosso (barrigas-verdes), pois naquela época os gaúchos, a cada verão, tomavam quase que por completo a praia do Arroio, ficando confortavelmente instalados, vivendo ali como se fossem os donos do pedaço. Coisa de 60% x 40%, o que me parecia muito mais pelo ‘barulho’ que faziam.

“Houve um tempo, até, que – por conta das mil e uma confusões – foi preciso uma ação mais séria na Praia onde, em comum acordo, ficou proibido de se realizar qualquer tipo de competição que remetesse a um embate entre Gaúchos x Catarinas, sendo obrigatório que se misturasse os atletas de ambos os estados e em qualquer modalidade.”

E, completando, falou: “O mais engraçado é que o tal ‘acordo’ funcionou, e muito bem.

“Felizmente, por conta disso, aos poucos as brigas foram diminuindo e as amizades aumentando. Logo, o inevitável aconteceu: as famílias foram se ajuntando, surgindo daí vários namoros e não poucos casamentos, situações que muito contribuíram para o fim da desconfortável e desinteligente rixa. Ainda bem!!!”

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JORNALEC0 320 15/03/2009

Para apreciar música clássica (ou erudita)...

Johann Sebastian Bach (1685-1750), que inspiraria ao nosso Villa-Lobos a compor as “bachianas”, é um dos mais admirados compositores. n Handel compôs mais de 80 sinfonias, sendo um dos músicos com maior produção em todos os tempos. Seu mais famoso pupilo, Mozart, mesmo tendo morrido com menos de 40 anos, produziu muitas das melodias mais famosas até hoje, e muitas óperas. n Beethoven começou a ficar surdo com 27 anos de idade, e ainda compôs por mais 29 anos! Alías, suas peças mais famosas foram compostas depois dos 27 anos (2ª e 3ª maturidades). n Sempre foi comum dedicar composições a patronos, a figuras políticas importantes, às esposas, amantes, ou paixões platônicas. n Na ópera, a cena italiana talvez seja a mais importante do séc. XIX, com compositores geniais como Rossini, Verdi, Donizetti e Puccini.

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