Jornaleco 322 15 abr 2009

FONE

Automóveis VEÍCULO ASTRA ELEGANCE 2.0 ASTRA GL 1.8 ASTRA GL 4 PORTAS AUDI A.3 1.6 CORSA WIND 2P C3 GLX CELTA SPIRIT 4P CELTA SPIRIT 4P COROLA XLI CORSA HATCH CORSA HATCH 4P CORSA SEDAN 4P CORSA SUPER CORSA WAGON 1.0 16V ECO XLT 1.6 XLT ECO XLT 1.6 XLT PEUGEOT 206 PALIO EX 4P FIRE FIESTA CLASS 1.0 4P FIESTA CLASS 2P FIESTA HATCH 4P GOL CITY 4P 1.0 GOL CL 1.6 GOL GIII 8V 4P MILLE SX 4P MILLE SX 4P NISSAN XTERRA PALIO 2P FIRE PALIO FIRE 2P PALIO WEEKEND ADV PEGEOUT 307 FELINE PRISMA MAXX 1.4 TITAN 150 VECTRA CD 2.0 VECTRA GLS VECTRA GLS 2.2

ano 2005 2001 2000 2005 2000 2007 2007 2005 2001 2004 2005 2005 1997 1999 2004 2004 2004 2001 2004 2001 2003 2004 1991 2000 1998 1997 2006 2001 2003 2000 2005 2007 2006 1997 1999 2001

3524-5588

cor / combustível / inf. compl.

BEGE FLEX+GNV COMPLETO+AD+AB PRETO GNV COMPLETO CINZA GAS COMPLETO AZUL GAS COMPLETO PRATA GAS AQ/DT/LT PRETO GAS COMPLETO VERMELHO FLEX AC-KIT MAIS BRANCO GAS AQ/LT/DT/AL PRATA GNV COMPLETO + CAUT PRETA GNV AQ/LT/DT/AL/CD PRETO GAS AQ-LT-DT-AL-TE BRANCO GAS AQ/TE/AL/DT VERMELHO GAS AQ/LT/DT/AL BRANCA GAS LT/DT/TE/AL PRATA GNV COMPL.+B.COURO PRETA GAS COMPLETA PRETO GAS COMPLETO VERMELHO GAS VE/TE/AL/AQ PRATA GAS VAC/VE/TE/AL/DT PRETO GAS AC/AL CINZA GAS AQ/VE/LDT PRETO GAS AQ/AL/TE/LDT AZUL GAS BRANCO GAS DH/AL/TE/AQ AZUL GAS AC/VE/TE/AL/LDT VERMELHO GAS DT/AQ/LT PRATA GAS COMPLETA VERMELHO GAS AQ/DT/LT/AL BEGE GAS AQ/DT/AL GRAFITE GAS COMPLETA GAS GAS COMPLETO PRATA GAS COMPLETO VERMELHA GAS C/PARTIDA GRAFITE GAS COMPLETO VERDE GNV COMPL.+AR DIG PRATA GAS COMPLETO

APOIO CULTURAL

JORNALECO

EM FRENTE A DIMASA

ARARANGUÁ, 15 DE ABRIL DE 2009 • ANO 15 • Nº 322

“Chegamos à vila de Araranguá, ‘Campinas’, como é geralmente conhecida, a 2 de junho de 1894... Entrada tristonha (não obstante ser um dos locais mais bonitos de todo o Estado e de onde tenho passado)...

Compunha-se toda a vila de 28 casas...”

DO DIÁRIO DE BERNARDINO DE SENNA CAMPOS

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE

ARARANGUÁ v i s i t e : w w w. a r a r a n g u a . n e t

A RUA DA MINHA INFÂNCIA POR RICARDO GRECHI

SOBRE FOTOGRAFIA DE SALVADOR

FOTOS ACERVO FCA

Hotel dos Viajantes

Galeria Galeria

Fone/Fax: 3524-5916 3522-0379 Av. XV de Novembro, 1807 - Centro

A marca do seu parceiro de estrada POSTOS IRMÃO DA ESTRADA DISK FONE (0**48) 3524-0071

casadocarimbo@brturbo.com.br

Solicite-nos através de jornalecocultural@yahoo.com.br o recebimento das edições do Jornaleco (exatamente como está no papel) via e-mail

JORNALECO jPANFLETO CULTURAL

15/04/2009 • ANO 15 • Nº 322 ESTA EDIÇÃO: 8 PÁGINAS

Distribuição gratuita Periodicidade quinzenal Tiragem: 1.000 exemplares

A FOTOGRAFIA é da segunda metade dos anos 60, mas a avenida Getúlio Vargas continuaria com essa cara até 1974, quando eu vivia meus nove anos, meu melhor amigo era o Rico, e a televisão em cores chegava lá em casa.

O prédio maior, à esquerda, era o Cine Roxy, onde vivi a emoção de filmes inesquecíveis. O casarão ao lado, no meu tempo de maiores recordações, não era mais o cartório.

Minha casa era aquele prédio bem em frente ao cinema, e ali morei até os 18 anos. No térreo, tinha a Casa da Criança, do Altamiro Matos, e o armazém Empório Doméstico, do Luiz Wendhausen. Nos fundos do nosso prédio, a Gráfica Orion rodava seus serviços tipográficos (mas o “Correio de Araranguá” não circulou um tempo entre 1969 e 1971).

Um terreno vago, ao lado, era depósito de lenha da padaria do Zé Guidi. Depois da padaria, tinha a Casa do Alumínio, e seguia outras grandes casas comerciais: Casa Nova, Líder Calçados, Farmácia Minerva, Casas Pernambucanas.

O Bar Central que marcou minha infância era tocado pelo Xixo. O bar ficava no prédio do meu tio Carlito. Do lado de cá,

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi , Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSÃO Nei, Valdo, Welington NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE A. César Machado EDIÇÃO E PROJETO GRÁFICO

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)

UMA PUBLICAÇÃO

ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.000 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br

APOIO CULTURAL

A BOA IMPRESSÃO É A QUE FICA

ACERVO FCA

APOIO CULTURAL

Este casarão, sem a pompa e o frescor dos seus tempos áureos, parecia não representar nada, além de velharia, em seus últimos dias nos anos 1980 (como visto nesta foto).

Mas por muito tempo, desde a primeira década do século 20 (na segunda metade da década de 70, o hotel ainda funcionava), foi de grande importância no nosso cenário urbano. Em 13 de março de 1913, para fotografar o primeiro automóvel a chegar em Araranguá, vindo de Laguna (fotos acima), Bernardino de Senna Campos escolheu-o para cenário do histórico acontecimento. (RG)

numa casa antiga, tinha a caça e pesca do Norberto Kindermann e o Foto Pereira; do lado de lá, o sinuca do Valmor, mas minha única relação com o “Taco de Ouro” era ouvir em casa, do meu quarto, às noites, o barulho do choque das bolas de bilhar.

A partir de 1974, ocorreram as mudanças que determinariam uma espécie de divisão na minha infância e adolescência. O casarão do cartório deu lugar ao Bradesco, no terreno das lenhas da padaria surgiu a Caixa Econômica, chegaram os supermercados Panelão, ampliando a Casa da Criança (e tomando a fábrica de malas e um grande quintal, atrás da minha casa), e o Giassi, em frente ao Bar Central, que saía das mãos do Xixo nessa época, e chegava a boate Eve’Som no lugar do sinuca.

Algumas coisas ainda vigoraram por vários anos, como a quadra de futebol de salão e o Bar Campinas, no Fronteira Clube, o Cine Roxy, até final de 1994, e o Bar Central, demolido em 2006.

Muita gente poderá recordar uma Getúlio Vargas ainda mais antiga, mas é interessante perceber que aos 40 e poucos anos uma pessoa já vai ter visto tantas coisas, conhecido tanta gente e vivenciado tantas transformações.

Eu, que assisto cativo ao show da estupidez na tevê, e que escuto música à-toa como um gato engole, resignado, ração de marca barata.

Eu, que aceito como um viciado o ópio oferecido pelos animadores de palco que se proclamam pais e pastores prometendo salvar o homem, e pelos profetas do entretenimento e de seus mil patrocinadores que prometem salvar o homem, e pelos mestres do consumo e da tecnologia que também prometem o seu quinhão na salvação do homem.

Eu, que assisto ao show, nada vejo, que escuto submisso as cancionetas da indústria, não sei ouvir, e vou dizendo amém aos adestradores da minha mente, da minha alma e do meu coração.

Eu sou o mesmo homem alienado que a mil anos deseja comprar um lote no Paraíso, e se já não caio no golpe do bilhete premiado, que me levaria uma boa soma de dinheiro, caio noutro golpe, o grande golpe, que me toma a realização plena do que eu posso ser.

Talvez eu reencarne, talvez eu ressuscite, talvez eu ainda receba uma carta de amor, ou, antes, o mundo acabe e eu me isente de qualquer compreensão, e nada mereça, porque, nascido humano, aceitei viver como um boi.

Um boi-pavão, mas boi.

Beth Estética Feminina

A diferença do álcool (e também os psicofármacos) para as outras drogas psicoativas como a cocaína, a maconha, e o crack, é que, salvo umas poucas exceções, as pessoas podem se drogar livremente com bebidas alcoólicas.

Quantos pais desavisados já não ofereceram seus copos de cerveja ou vinho ao filho adolescente?

Como é que a criança vai dizer não ao pai? Se é o pai que lhe oferece, por que não deveria aceitar?

— Experimenta! — oferece a propaganda de cerveja cheia de gente bonita e famosa. Por que não?

— Experimenta! — diz um garoto ao outro, seu melhor amigo, estendendolhe um baseado. Por que não?

— Experimenta! — oferece o traficante, servindo as drogas da moda.

E todos eles dirão a mesma coisa: — Experimenta que é gostoso e vai deixar você ligado!

De fato, nenhum deles estará mentindo. A maioria das pessoas que toma droga as primeiras vezes sente prazer em seus estímulos.

Então, se as drogas dão prazer, como é que se poderá dizer não ao prazer das drogas? E por que “dizer não”, se tanta gente boa usa, se a droga está em todo lugar, da geladeira de casa ao mocó do traficante?

Na realidade, cada pessoa é que decidirá por si mesma usar ou não usar drogas. Não será pai ou traficante, melhor amigo ou inimigo que decidirá por nós.

O jovem que começa a usar drogas não vai querer ser como o bêbado da sarjeta, ou o drogadão que está perdendo tudo. Ele acredita que terá o controle no uso das drogas e que só as usará em ocasiões especiais. E, como diz na propaganda de cerveja, pretenderá usar moderadamente e com responsabilidade, o que a maioria das pessoas conseguem, não porque são melhores que os outros, mas apenas porque não nasceram predispostos à dependência química.

Quando se sabe de tanta gente destruindo a vida nas drogas, de tantas famílias destruídas, quando se vê o crackeiro se humilhando e se corrompendo para arrumar dinheiro para o crack, quando se vê o alcoólatra virado num farrapo humano, ninguém vai querer ser ou ficar assim. Não é?

Pois então o caso está resolvido: é cuidar para não exagerar e só usar de vez em quando, que não fará mal.

FACIAL | CORPORAL | CAPILAR | BRONZEAMENTO ARTIFICIAL | PERFUMARIA | COSMÉTICOS

Tels. (48) 3522-0316 / 9995-0999 Av. Pe. Antônio Luiz Dias, 331 - Em frente ao Terminal

O história acabaria aqui, se essa fosse toda a verdade, mas é preciso ver a drogadição a curto prazo – seu efeito colorido – e a longo prazo – seu transtorno e desgraça.

O fato é que, quando se decide fazer uso de drogas, ninguém poderá garantir que não vai acabar usando de modo destrutivo. Estima-se que duas entre dez pessoas usuárias de drogas desenvolverão a dependência química. E o que se testemunha e observa é que a dependência não é determinada por fatores culturais, sociais, econômicos ou intelectuais. A doença pode atingir qualquer um, independente dos ambientes e das situações.

Clínica Veterinária

S S

A BANDA

uplemento

Mundinho pequeno Se pudéssemos reduzir a população do mundo a um vilarejo de 100 pessoas, mantendo todas as proporções atuais, o resultado seria o seguinte:

Se

as drogas podem causar prazer – todo usuário garante isso –, por outro lado, a dependência química é pesadelo de horror do qual muita gente jamais acorda, e que muitas vezes só termina com a morte. Antes, porém, o drogado vai morrer outras mortes: a morte de sua personalidade e dignidade, da relação de amor e amizade com as outras pessoas, de seus sonhos, de seus projetos.

Essa tragédia encerraria a resposta ao porquê do motivo de se dizer não às drogas? Sim, para as pessoas que atingiram a dependência crônica; mas aquelas que estão começando precisam entender e aceitar outras coisas, como a possibilidade orgânica e mental que há em cada um de nós para se desenvolver a dependência. Antes de usar drogas, ninguém sabe se poderá se tornar dependente ou não.

A grande sacada é ficar atento a si mesmo e às suas reações. Se você perceber que está dando muita importância a presença de drogas nos locais e reuniões que frequenta, que tem “planejado” muitas vezes beber, cheirar, fumar, você pode estar desenvolvendo a dependência química. O que passa a ocorrer em nível psicológico com uma pessoa assim é a falência da vontade própria em escolher usar ou não usar drogas (perda do controle). Para justificar a maneira de se drogar, o dependente passa a criar uma série de “conceitos”.

No íntimo, ele vive tentando enganar a si mesmo e convencer aos outros da “verdade” dos seus “motivos”, mas esses seus argumentos de defesa só valem mesmo como salvos-condutos para continuar se drogando.

A dependência química é uma doença progressiva e incurável. Uma vez desenvolvida, a pessoa nunca mais conseguirá usar drogas entorpecentes controladamente. Mas a recuperação, a partir da abstinência, é possível, principalmente nos grupos de mútua-ajuda como Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos.

Quanto ao crack, é outra história: é preciso dizer não sem muitas delongas. Não se sabe de outra droga que destrua tão rapidamente.

NOVA CASA NOVA TAPETES E DECORAÇÕES

PÇA. HERCÍLIO LUZ, 436 FONE 3524-1646

Marco Aurélio Massoterapeuta MASSAGENS TERAPÊUTICAS E RELAXANTES

FONE ○

○

○

3524-5626 ○

○

○

○

○

○

○

Calçadão, ao lado da Caixa

○

Rua Amaro José Pereira, 1177 - Centro Fones (48) 3524-3569 / 9118-1316 Araranguá - Santa Catarina

57 asiáticos 21 europeus 14 do hemisfério ocidental (Américas) 8 africanos 52 mulheres 48 homens 70 não-brancos (amarelos, vermelhos ou negros) 30 brancos 70 não-católicos 30 católicos 59% de toda a riqueza seria de 6 pessoas, e todas as 6 seriam dos Estados Unidos 41% da riqueza seria distribuída por 94 pessoas 80 morariam em casas abaixo do desejável 20 morariam em casas boas e ótimas 70 seriam analfabetos 30 alfabetizados 50 seriam desnutridos 50 nutridos 1 (sim, só um) teria nível superior 99 não teriam nível superior 1 teria um computador 99 não teriam computador Quando se considera o mundo de uma perspectiva tão comprimida, a necessidade de aceitação, compreensão e educação se torna absurdamente aparente, não?

(Stanford University)

Conhecimentos gerais QUAL A MAIOR PONTE DO MUNDO?

É a Second Lake Pontchartrain Causeway, que fica no estado da Louisiana, nos Estados Unidos. Ela foi construída sobre um lago em 1955 e tem 38,42 quilômetros. No Brasil, a Rio-Niterói mede 13,9 quilômetros.

A INGLATERRA PODE SER CHAMADA DE PAÍS DE GALES?

Não. Cada um é um país da Europa. Mas, juntos, eles formam um estado que inclui também a Irlanda do Norte e a Escócia. Esse estado recebe o nome de Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.

(Recreio, Abril)

2

APOIO CULTURAL

?

MÉDICA VETERINÁRIA

CN CANOAS / RS

ARARANGUÁ / SC

Como a imprensa brasileira noticiaria hoje a história de Chapeuzinho Vermelho JORNAL NACIONAL (Willian Bonner): “Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem...”.

(Fátima Bernardes): “.... mas a atuação de um caçador evitou uma tragédia”.

FANTÁSTICO (Glória Maria): “... que gracinha, gente. Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo? Bárbaro!”

BRASIL URGENTE (Datena): “... onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades?! A menina ia para a casa da avozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! Isso é uma piada!! Esses políticos são uns brincalhões!! E foi devorada viva... Um lobo, um lobo safado. Isso é um tapa na cara da sociedade brasileira. Põe na tela!! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não.”

VEJA PT envolvido no escândalo do Lobo CLÁUDIA Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho NOVA Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama MARIE-CLAIRE Na cama com o lobo e a vovó O ESTADO DE S.PAULO Lobo que devorou Chapéuzinho seria filiado ao PT ZERO HORA Avó de Chapeuzinho nasceu no RS AGORA Sangue e tragédia na casa da vovó CARAS (Ensaio fotográfico com Chapéuzinho na semana seguinte): Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: “Até ser devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa.”

PLAYBOY (Ensaio fotográfico no mês seguinte): Veja o que só o lobo viu ISTOÉ Gravações revelam que lobo foi assessor de influente político G MAGAZINE (Ensaio fotográfico com lenhador): Lenhador mostra o machado

GeraCred Empréstimo

7

CASA NENA

Chapeuzinho Vermelho é notícia

APOIO CULTURAL

O mentecapto

R ICARDO GRECHI

Adriane Tamiozzo

JORNALEC0 322 15/04/2009

Existe um mundo de textos circulando na Internet que chegam até nós todos os dias através do e-mail.

Muitos desses textos são vítimas de enxertos, modificações, cortes, troca de título, omissão ao autor ou atribuição a outra pessoa.

Alguns dos escritores mais veiculados são Martha Medeiros, Luis Fernando Verissimo, Artur da Távola, Carlos Drummond, a turma do Casseta & Planeta. Mas muitos de seus textos vem sem o crédito, o que acaba por ganhar um “autor anônimo” ou “desconhecido”.

Certas pessoas, quando “descobrem” esses textos, como que se apossam deles e pouco se importam com quem os escreveu, excluindo em suas cópias o nome do autor. Um site muito interessante onde os responsáveis fazem um minucioso trabalho, confrontando textos e buscando as fontes fidedignas, é www.recantodasletras.net/artigos .

CASA

Sobre os textos na Internet

Como é que eu vou dizer “não às drogas”

APOIO CULTURAL

SOLO DO EDITOR RICARDO GRECHI

(Internet)

EMPRÉSTIMO CONSIGNADO

Rua Caetano Lummertz, 609 - S/01 - Centro Esq. Castro Alves - Araranguá SC Fone: (48) 3522-3710 / 9995-3710

Matriz: 3526-1339 - Filial: 3526-1112

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

E a giganta bondosa Em silêncio se abandona, E da ramagem viçosa, Agora não é mais dona!

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

FONE 3524-3458

Ele olha com pavor, Uma a uma elas somem, E pelo maior predador, Esse malvado, o homem!

○ ○ ○

E tomba ao solo abatida!

Mesmo assim espalha a vida, E se torna permanente, Espalhando de presente Suas últimas sementes!

arquivo da alma

o melhor do Nego Boni TER

Quem tem um amigo, não precisa de muitas amizades. Quem tem um amor, não precisa de muitas paixões.

Acredite no ser humano...

Só não confie em todas as pessoas.

DO PÓDIO

Subir ao pódio todos podem. Ter uma razão para estar lá é que é diferente.

Jose Mario De Boni ADVOGADO OAB/SC 11616-B Tel. 8403.2725 deboniadvogados@gmail.com Praça Hercílio Luz, 600/37 - Rodoviária - Araranguá SC

JORNALEC0 322 15/04/2009

APOIO CULTURAL

TRAVESSIA SHOPPING - SALA 19 - CALÇADÃO

E é em clima de guerra, Causando medo que encerra O fim de quase uma era, A terrível motosserra!

SER HUMANO

Esta é a primeira estrofe do soneto à pág. 20 do Coletânea de Sonetos, que dá uma idéia das imagens e da poética de Plucênio.

Para contatar o autor, ligue 9123-1762, ou por e-mail: joaoalbertoplucenio@yahoo.com.br .

Serviços Digitais

E ele gorjeia sozinho, Lamentando pela amiga, Que há tempos, com carinho, Seus filhotinhos abriga!

○

○

“É linda a poesia na vidraça A gota que desliza mansamente Desliza mansamente e passa E parece que acena docemente”

○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Em 2008, João Alberto Plucênio publicou seu quarto livro de poemas. “Colatânea de Sonetos” segue a “Complexo Vital” (1997), “Eu Sou do Sul” (1999) e “Dos memoriais dos fogões” (2006). João Plucênio é natural de Torres, nascido em 1950, e está em Araranguá há 10 anos. É facilmente encontrado pelas ruas de nossa cidade, principalmente em toda a extensão da Getúlio Vargas. Quando o vemos caminhando, sabemos que vai ali um dos maiores poetas que já pisaram neste solo.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O barulho estridente, A tremedeira teimosa, Tornou frágil de repente Uma árvore frondosa!

○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○

Se o trem voltasse eu queria Voltar de trem, sim senhor!

Pra ver teus olhos menina Com aquela cor turmalina Que aquele rio te emprestou

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Felicidade triste, Dá vontade de chorar.

Uma mensagem simples, Mas me faz voltar a amar.

Coração dói bastante.

Quero ficar tranquilo, Deitar, dormir com ela, Olhar pela janela, Lembrar de um riso antigo E amá-la sem barreiras.

Amor não tem métrica.

Rima? Nem sempre vejo.

Faço o que o instinto diz Pra fazer, beijo-beijo. Ó! Volúpia assassina!

Seus olhos de rapina Me convenceram, assim, A fazer o que ordenas.

Por que tu não ris de mim?

Perdi a graça?

Perdi meu jeito?

Perdi meu rosto?

Te levo ao leito, E no encosto Do teu peito Eu vejo: Tudo é verdade, Tudo é beijo-beijo.

○

○ ○ ○ ○ ○ ○

Saí de lá pequenininho Fui procurar meu caminho Assim como um passarinho Nasce, cresce e quer voar Fui atrás do meu destino Mas guardo desde menino Lembranças desse lugar

○

○

○

○

ARTUR CIPRIANI BEIJO-BEIJO

O assustado passarinho Pousou no galho ao lado, Observando seu ninho, Ficou quietinho, calado!

4

Laboratório de Análises Clínicas REALIZA TODOS OS TIPOS DE EXAMES

5

Rua Caetano Lummertz, 456 Sala 06 / térreo - Centro Ed. Com. Executivo Araranguá FONE 3522-1322 FAX 3524-2543

TOURNIER Dr. Everton Hamilton Krás Tournier Graduado e especializado na Universidade Federal de Santa Catarina • Pós-graduado no Instituto Adolfo Lutz de São Paulo • Pós-graduado na Universidade do Sul Catarinense

E-mail: tournier@contato.net

Farmácia de Manipulação QUALIDADE COM BONS PREÇOS MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS E FITOTERÁPICOS

Av. Sete de Setembro, 1930 Centro - FONE 3524 2990

aimbeream@yahoo.com.br

Aimberê Araken Machado História sem retoques

Fazia um calor danado. A banda tocava em ritmo alucinante, anestesiando os corpos suados. Pessoas – muitas das quais eu nunca havia visto na vida – supriam a vazão de líquido ingerindo cerveja morna, devido ao adiantado da hora. Resolvi me afastar por alguns momentos da massa quente e dançante. O clube que acolhia a eletrizante noite fora construído às margens do rio que corta a cidade. Resolvi me afastar do clima escaldante que invadia o salão, para tomar o ar fresco vindo do rio, na varanda que circunda o tradicional clube.

Apoiei-me no parapeito de madeira e respirei fundo, tentando desvendar o leito de água corrente que fora encoberto pelas árvores que repousam em suas margens. Avistei alguns corpos perdidos na escuridão coreografando o movimento letárgico dos amantes. E resolvi me virar para não invadir a privacidade que ali se escancarava. Voltei-me para o espaço interno da ampla sacada e foi então que o avistei.

Sentado junto à parede de tijolos aparentes, atrás da pequena mesa.

Chamou-me imediatamente a atenção devido ao porte atlético. De onde estava, eu só conseguia ver o tórax (envolto numa baby look preta) e os braços, mas a amostra já sugeria o conteúdo. Tinha os cabelos escuros esculpidos em um corte bem aparado, ao estilo masculino, arrematado por costeletas grossas que desciam paralelas às orelhas. E até então não tinha olhado para mim.

Devo ter permanecido assim por alguns minutos, apreciando o “panorama”, sentindo-me disfarçada pela meia luz que ali havia. Seu olhar singrava muito além daquela sacada e me peguei tentando adivinhar por onde aquela mente viajava, o que aquele coração ansiava, e por que estava ali sozinho, longe das almas embriagadas que se esvaiam no salão... Então ele se mexeu.

Baixei os olhos tentando me esconder, como um gatuno flagrado na hora do furto. E mirei disfarçadamente as suas mãos. Os dedos moviam-se sobre a mesa, acompanhando o ritmo abafado que fugia pelas janelas. Executava um piano invisível com unhas estranhamente compridas. Afastei o olhar por impulso, porém, a curiosidade que me acompanha desde o dia em que nasci, me forçou a encará-lo. E, como constatei, ele encarava a mim.

Custei a definir a cor daquele olhar. Era diferente de tudo que já havia me mirado. Longe de ser um olhar frio, era um olhar penetrante que ele me lançava... E quente, tão quente que me dei conta que seus olhos eram vermelhos. Exatamente como o efeito causado pelo flash em algumas fotografias. Não sei definir a sensação que me possuiu, mas tive a certeza de que a minha imagem o divertiu, pois ele sorriu para mim.

Achava que todos os sobressaltos já haviam me acometido naquela busca de ar fresco, quando, aquilo que deveria ser um sorriso, descortinou-se para mim num close do Conde Drácula; o personagem, quase íntimo, dos apreciadores de películas de terror. A alvura do branco não amenizava a desproporção dos dentes pequenos sustentados por dois enormes e assombrosos caninos que, ameaçavam saborear o meu pescoço a qualquer momento. Sem tempo para um autógrafo, fugi descabeladamente para dentro do caldeirão que fervilhava, cantando: “Vou beijar-te agora, não me leve a mal, hoje é carnaval...”

Por muito tempo me mantive em silêncio aquela noite. Por inconsistência de fatos não poderia afirmar se tinha testemunhado a fantasia mais original de todos os carnavais que brinquei na minha vida, ou se realmente havia paquerado, pecaminosamente, um conde das trevas.

Dou aos leitores a liberdade de assinarem a dedução que lhes for mais cabível para esta história. Mas afirmo que ela é tão verdadeira quanto o meu rio que troca de cores e que serviu de cenário na noite em que um vampiro sorriu para mim.

EVELY DA ROCHA PATRÍCIO A ÁRVORE

○

○

○

O trem se perdeu da linha Não há mais nem a estação Nem o engenho de farinha Só a imagem ribeirinha Na água verde-limão Que tem a cor dos teus olhos Menina E eu não esqueço mais não

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

O teu abraço É meu regaço Me entrelaço Nesse espaço Tão escasso Deste amasso Sem cansaço No teus braços No teu espaço Aqui eu traço Me queres...

Para sempre!

○

○

○

○

○

○

ARLETE ZANERIPPE COMPASSO

Aquela casinha branca Na barranca Lá do rio Araranguá Guarda um pouco Da minha infância De uma esperança De um dia poder voltar

leiabb@engeplus.com.br

A noite em que um vampiro sorriu para mim

Tel. 3524-0744 9995-9986

JOÃO ALBERTO PLUCÊNIO SAUDADE

p o é t i c a araranguaense

Léia Batista

Próximo ao Castro Alves

○

DISK ENTREGA

Av. XV de Novembro, 1585 - salas 3 e 4

APOIO CULTURAL

Marista Marista Marista

Balneário Arroio do Silva

APOIO CULTURAL

O gigante dos preços baixos

DROGARIA

O romancista francês François Forestier, que está lançando no Brasil seu livro “Marilyn e JFK” (editora Objetiva, 2009), confessa: “Para iluminar um pouco tanta escuridão, foi preciso uma sólida documentação, um editor paciente e um defeito crucial: uma má índole. Eu tenho.”

O livro, com duzentas páginas, é uma bomba atômica sobre a família Kennedy.

Começa assim: “A bala penetra no crânio de John Fitzgerald Kennedy, abrindo uma cratera de treze centímetros de diâmetro (...) O sangue brota como um gêiser, atingindo todos que se encontram na limusine presidencial. O corpo de JFK, amolecido, é lançado contra o encosto do banco traseiro e desaba sobre o ombro de Jackie Kennedy (...) Um pedaço de crânio com matéria cerebral voa para trás e cai sobre a tampa do porta-malas do automóvel” (página 11).

Haja nervos. Quem não tiver estômago forte, é bom não ler (ou, então, passar por cima de certos trechos).

A respeito de Cuba, disparou o escritor: “Havana é Las Vegas no mar. A Máfia havia estabelecido ali seu reino, com a bênção de Eisenhower, de Wall Street, de J. Edgar Hoover e do deus Dinheiro. As montanhas de dólares que circulam em Cuba vão diretamente para o bolso dos bandidos (...) Meyer Lanski, czar do banditismo, tem o cargo de conselheiro particular do ditador Batista; é mais ou menos como se Al Capone fosse nomeado ministro do comércio... (...) John Kennedy vem às vezes para um bordejo rápido pelo paraíso das Antilhas, cuidadosamente seguido pela polícia secreta de Batista. Mas JFK não se interessa absolutamente pela política local. Vem pelas mulheres” (página 95).

Esta parte interessou-me de maneira especial, porque – por incrível coincidência! – eu escrevi, em meu futuro livro “Sierra Maestra”, coisas semelhantes. A princípio, julguei-as ousadas demais, quando reli meu texto. Agora, no entanto, vejo que Forestier confirma, com notável riqueza de detalhes, tudo aquilo que escrevi. Aleluia! * * * Para quem aprecia histórias picantes, o livro de Forestier é um prato cheio. O universo hollywoodiano também é dissecado palmo a palmo, sem a mínima piedade. Quase não escapa ninguém. * * * Podem crer os meus leitores: Forestier, com seu jeito de espalhar detritos ao vento, presta um bom serviço à História. Sob a aparência de literatura “noir”, o livro “Marilyn e JFK” é, na verdade, um útil documento histórico, e extraordinariamente revelador. Tem mais: ao contrário do que o autor afirma, ele possui uma boa índole.

Recomendo, com ênfase!

ELETRODOMÉSTICOS, SOM E IMAGEM, INFORMÁTICA, BAZAR, FERRAGENS, FERRAMENTAS E MÁQUINAS, LINHA PRAIA - CAMPING - JARDINAGEM E COMPLETA LINHA AGRÍCOLA

Fone 3524-1065 BR 101 Cidade Alta/Araranguá

A.A. Alcoólicos Anônimos

Aves e animais silvestres

GRUPO NOVO DIA Reun. 2as e 5as f., 20h - dom., 17h Ao lado Hospital B.Pastor - Araranguá

Associação de Proteção de Aves e Animais Silvestres

GRUPO REENCONTRO

Centro de Reabilitação

Reuniões 4as e 6as feiras, às 19h30 Igreja NS Navegantes - Arroio do Silva

Fone (0**48) 3524-0280 Estr. Geral Volta do Silveira - Araranguá

Grupos Familiares AL-ANON

Grupo de Adoção Filhos do Coração EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

As pessoas assistem pela tevê os massacres no Iraque enquanto comem um sanduíche, depois trocam de canal e ficam de cenho franzido quando vêem um jovem cometer o suicídio depois de atirar aleatoriamente em alunos numa escola, em transeuntes e outros incautos que pensavam que a violência estava muito mais longe.

Em São Paulo, na semana que passou, mais de cem pessoas degladiaram-se em praça pública. Antes haviam marcado o “grande encontro” pela Internet. Foram dispostos a tudo. Se a polícia, alertada, não tivesse chegado antes da turba no local do embate, a tragédia estava feita.

Assim mesmo alguns ossos ficaram expostos para provar que a violência está na moda e a tendência é se perpetuar. Anjos sem asas, jogados de apartamentos; autoridades, políticos, empresários e policiais pegos em flagrante rifando a virgindade de crianças aliciadas; empreiteiras jogando o nosso dinheiro limpo no colo de gente suja que faz da sua sigla um depósito de esmolas polpudas já é prato do dia, arroz com feijão. E o que falar dos castelos cheio de fantasmas já conhecidos que são pegos mas não são punidos; mansões que não foram declaradas por “esquecimento”, carros importados, apartamentos do governo emprestados a terceiros e mais uma manada de bois gordos que já nem podem andar direito de tanto que comem e bebem por nossa conta?

○

“No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda naõ chegou ao fim.” FERNANDO SABINO (1923-2004), ESCRITOR MINEIRO

TUDO COMEÇOU quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de “experimenta, depois, quando você quiser, é só parar...” e eu fui na dele.

Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de “raiz”, “natural”, “da terra”, que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do “Chitãozinho e Xororó” e em seguida um do “Leandro e Leonardo”. Achei legal, coisa bem brasileira; mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais frequente, comecei a chamar todo mundo de “Amigo” e acabei comprando pela primeira vez.

Lembro que cheguei na loja e pedi: “Me dá um CD do Zezé Di Camargo e Luciano.”

Era o princípio de tudo! Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... “Banda Eva”, “Cheiro de Amor”, “Netinho” etc. Com o tempo, meu amigo foi oferecendo coisas piores: “É o Tchan”, “Companhia do Pagode”, “Asa de Águia” e muito mais. Após o uso contínuo eu já não queria mais saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer a bunda como eu nunca havia mexido antes, então, meu “amigo” me deu o que eu queria, um CD do “Harmonia do Samba”.

Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, minha razão de existir. Eu pensava por ela, respirava por ela, vivia por ela!

Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais...

Comecei a frequentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que

DVD’s • PASSAMOS VHS P/ DVD REVISTAS • CONVENIÊNCIAS

R. Caetano Lummertz Centro Tel. 3524-1206 “A VIDA ATRAVÉS DO VÍDEO”

Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram a única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: doses cavalares de Rock, MPB, Progressivo e Blues. Mas o meu médico falou que é possível que tenham que recorrer ao Jazz e até mesmo a Mozart e Bach.

Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam sua visão para as coisas boas e lhe oferecem drogas.

Se você não reagir, vai acabar drogado: alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável e distante; vai perder as referências e definhar mentalmente.

Em vez de encher a cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte: 4 Não ligue a TV no domingo à tarde; 4 Não escute nada que venha de Goiânia ou do Interior de São Paulo; 4 Não entre em carros com adesivos “Fui...”; 4 Se lhe oferecerem um CD, procure saber se o suspeito foi ao programa da Hebe ou se foi no Faustão ou no Gugu; 4 Mulheres gritando histericamente é outro indício; 4 Não compre nenhum CD que tenha mais de seis pessoas na capa; 4 Não vá a shows em que os suspeitos façam gestos ensaiados; 4 Não compre nenhum CD que a capa tenha nuvens ao fundo; 4 Não compre qualquer CD que tenha vendido mais de 1 milhão de cópias no Brasil; 4 Não escute nada onde o autor não consiga uma concordância verbal mínima.

A vida é bela! Eu sei que você consegue!

Diga não às drogas!

Pois é... quanto mais a gente procura, mais a gente se convence de que ainda se sabe muito pouco sobre as coisas do nosso Araranguá; e olha que já tem coisa às pamparras! (muitas delas graças ao espetacular Jornaleco, é claro).

E agora, como se fosse pouco, nos aparece esta, que fala exatamente do consagrado prefeito Ruy Stockler, tido pela imensa maioria de meus conterrâneos como um dos melhores, senão o melhor administrador que a cidade já teve. Inovador para o seu tempo, fez tudo o que pôde para melhorar a qualidade de vida de nossa gente e também trouxe muita diversão. Foi ele, por exemplo, quem fundou a AABVA – Associação Atlética Barriga Verde de Araranguá, cópia fiel da organizadíssima AABV de Florianópolis.

Com a AABVA, Stockler plantou a semente da prática do futebol organizado no extremo sul de Santa Catarina. Depois vieram o Grêmio Araranguaense, o Fronteira Clube e, em tempos mais recentes, o AEC – o Araranguá Esporte Clube.

Detalhe importante sobre esta nota: mentira ou verdade, o certo é que “deu no jornal” A Notícia, de Joinville, em 28 de junho, na coluna do jornalista já falecido Aldírio Simões, este que, sabe-se, era um exímio contador de histórias e que adorava fuçar novidades. Homem danado esse Aldírio! Onde ele descobriu esta, confesso que também não sei, e muito menos quero perguntá-lo. É que ele já está noutros andares, tal qual o “seu” Ruy, e lá, pelo menos por enquanto, eu não quero ir...

Então, amigos, vamos à tal história:

“

O filho à semelhança do pai.

Coronel Hugo, um dos pioneiros da caça submarina na região de Florianópolis, herdou quase tudo do velho Ruy, também coronel da Polícia Militar. Hugo, entretanto, desenvolveu múltiplas atividades, homem impetuoso que gostava de aventuras, de iniciativas arrojadas, que encontrava no fundo do mar, perseguindo meros e garoupas, a tranquilidade que nem sempre existia em terra firme.

Respeitador e seguidor da doutrina do velho Ruy, ainda muito jovem, quando revelou o seu sentimento boêmio, coronel Hugo passou a admirar a adega que o pai administrava com uma ponta de orgulho, uma coleção de bebidas finas que enchiam os olhos dos companheiros de caserna.

Hugo há muito aguardava a oportunidade para fazer uma pergunta ao pai e esperou por

um bom momento de descontração: — Papai, quando o senhor morrer, o que faço com a sua adega? — indagou, imaginando que herdaria a vasta coleção de bebidas; mas o pai tinha ponto de vista firmado, e foi incisivo: — Sirva-as durante o meu velório, sem esquecer de uma boa seresta. Só assim não me arrependerei de ter morrido.

Seria melhor que ele assumisse a propriedade da adega, mas nunca hesitou em cumprir as determinações do pai. Se era este o último pedido do velho coronel, porque não cumpri-lo.

Assim foi dito, assim será.

O falecimento de Ruy Stockler de Souza reuniu seus muitos amigos, civis e militares. Um funeral concorrido e nem poderia ser de outra forma, era um homem popular, conhecido em toda a cidade.

E tão logo iniciou o velório, coronel Hugo tratou de cumprir a vontade do pai. A sala mortuária virou um botequim, os amigos de verdade sorvendo os bons vinhos e uísques do velho Ruy. Um velório animado, como gostaria o falecido. O filho caprichava no atendimento e cada amigo que chegava era recebido com uma boa dose. Hugo lamentou para si mesmo ter esquecido de contratar um garçom, para tornar o serviço mais esmerado. Mas sentia que estava faltando alguma coisa para complementar aquele ato de despedida do velho Ruy, sem lembrar do que se tratava, estava sendo traído pela memória.

Não tardou para que os acordes de um chorinho, executado num velório ao lado, invadisse a sala mortuária onde estava sendo velado seu pai. Foi o suficiente para ele aguçar a mente: “Meu Deus, como fui esquecer! Meu pai pediu para servir as suas bebidas acompanhada de uma boa música em seu velório”. Foi ao encontro do dono do conjunto e o chamou para uma conversa em particular: — Vocês não tem uma bebida aí?

O músico acenou um não, balançando a cabeça, como se estivesse desconsolado.

— Pois olha, no velório do meu pai tem bebida de monte, mas não tem música. Quem sabe a gente faz uma troca?

Com o seu conhecido poder de convencimento, não tardou para que o grupo seresteiro trocasse de endereço e se alojasse no velório do velho Ruy. Coronel Hugo sorria feliz, estava atendendo o desejo do pai. E não fosse o padre encomendar o corpo no horário determinado, o velório certamente não teria hora para acabar. Bem ao gosto do velho Ruy.”

(*) Não, este texto não é do Luis Fernando Verissimo.

PANIFICADORA

Santa Clara “O Seu Pão de Cada Dia”

AV. SETE DE SETEMBRO, 2155 - CENTRO - FONE 3524-

JORNALEC0 322 15/04/2009

VITOR TRUCO*

começou a minha decadência. Fui ao show de encontro dos grupos “Karametade” e “Só pra Contrariar”, e até comprei a Caras que tinha o “Rodriguinho” na capa.

Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de loiro, minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro, meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo. Não deu outra: entrei para um grupo de Pagode. Enquanto vários outros viciados cantavam uma “música” que não dizia nada, eu e mais 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorríamos e fazíamos sinais combinados.

Lembro-me de um dia quando entrei nas lojas Americanas e pedi a coletânea “As Melhores do Molejão”.

Foi terrível! Eu já não pensava mais! Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas “miseráveis” e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada. Mas a fase negra ainda estava por vir.

Cheguei ao fundo do poço, no limiar da condição humana, quando comecei a escutar “Popozudas”, “Bondes”, “Tigrões”, “Motinhas” e “Tapinhas”. Comecei a ter delírios, a dizer coisas sem sentido. Quando saía à noite para as festas pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas; uns, nobres, queriam me mostrar o “caminho das pedras”, outros, extremistas, preferiam o “caminho dos templos”. Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: a “droga limpa”.

APOIO CULTURAL

Diga não às drogas!

O curioso e alegre velório de Ruy Stockler

6

Leonardo Murialdo avlis@contato.net

TELA CONTRA INSETOS Rua Amaro José Pereira, 1225 (48)

3

3524-0274 9995-5160

CACILDA BECKER avlis@contato.net APOIO CULTURAL

○

A violência como opção

Informações: Juizado da Infância e da Juventude -Tel. 3522-0204 - Ramal 45

GRUPO ENERGIA ○

Lony Rosa César do Canto Machado

FAZENDA SÃO JORGE

Reuniões 2as f., 20h - Ao lado do H. Bom Pastor

cesardocanto@linhalivre.net

lonyrosa@hotmail.com

DENÚNCIAS: 9985-7474

móveis rústicos (48)

3524-0274 9617-0541

Rua Amaro José Pereira, 1225 Araranguá - SC