Jornaleco 339 01 jan 2010

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15 DE ABRIL DE 1963. José Lilia (avô dos irmãos Matos: Altamiro, Alamiro, Estevo, Volézio, Vavá, Luzardo) foi o profissional encarregado da carpintaria na construção do prédio do Colégio Estadual de Araranguá. Salvador fotografou; José Lilia aparece lá no fim, abaixo da Igreja Matriz.

SALVADOR / ACERVO LUZARDO MATOS

ARARANGUÁ, 1o DE JANEIRO DE 2010 • ANO 16 • Nº 339

Correria Um alerta tem se dado sobre uma epidemia existente. De todas as síndromes possíveis do século, a falta de tempo tem sido o mal de toda gente. Um exacerbado acúmulo de tarefas por fazer, de sonhos a executar, de sonhos a sonhar... Simplesmente porque não se tem mais tempo para gastar. Alguém um dia sugeriu: “Organize o seu tempo”. Assim tentei fazer, e uma das primeiras providências foi abandonar o relógio. Como se o velho amigo de pulso me impusesse, no compasso das horas, os poucos minutos que ainda sobravam para cada coisa. Não olhar os ponteiros infalíveis poderia amenizar a paranóia da correria controlada. Opção errada.

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Do acordar ao dormir, mesmo que um cuco neurótico não grite a cada hora que o tempo está passando, o dia já não é suficiente para fazer tudo o que se precisa. Quem dirá o que se deseja. Então se corre – como o coelho da história da Alice – em qualquer país. Por todo planeta uma mensagem universal é facilmente assimilada: Estou com pressa! As 24 horas do dia já não passam, voam. Se uma hora continua tendo 60 minutos e 1 minuto continua sendo composto de 60 segundos, por que o dia parece que está sendo sequestrado? Procuro quem deva estar por trás de tudo isto e imagino um mago inconsequente empurrando o globo terrestre para que ele gire como carrossel desgovernado. Sinto-me nauseada! A globalização colocou o mundo em total conectividade. O que acontece na China, no Alasca ou na África, chega a nós em tempo real. Isso

Fone/Fax: 3524-5916 Av. XV de Novembro, 1807 - Centro

quer dizer que estamos interligados. O que acontece; o que muda; o que precisa ser mudado... Já não é assunto de comunidade. As informações se atropelam, as inovações pedem reciclagem. Já não dá mais para viver num mundinho, é preciso acompanhar o mundão. O slogan diz: “Perde quem fica para trás”. Então, precisamos correr! Está explicado: o vilão não é o tempo, o tempo é que foi violado. O finado Sócrates nem sequer imaginou que séculos diante do seu o homem não teria tempo para viver, nem sequer filosofar. Pensamentos ficam amputados; idéias são abortadas; planos esquecidos; desejos esmaecidos. A vida sem sentido é disputada na maratona do dia e ele só tem 24 horas. Corre Jesus, Ave Maria! O filho que espere. O cachorro que se vire. Os amigos, outra hora. A poesia, mais tarde. Apaga a luz, amanhã é “outra-feira”, quem dera fosse domingo.

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1º/1/2010 • ANO 16 • Nº 339 ESTA EDIÇÃO: 4 PÁGINAS

Distribuição gratuita Periodicidade quinzenal Tiragem: 1.000 exemplares

Araranguá localiza-se à latitude 28º56’05" Sul e à longitude 49º29’09" Oeste. O município fica a 13 metros acima do nível do mar. Possui área de 298,42 km². A população estimada em 2004 era de 60.076 habitantes. Seu atual prefeito é Mariano Mazzuco. (dados: www.ararangua.net)

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ARARANGUÁ v i s i t e : w w w. a r a r a n g u a . n e t

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H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi , Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSÃO Nei, Valdo, Welington NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE A. César Machado EDIÇÃO E PROJETO GRÁFICO

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)

UMA PUBLICAÇÃO

ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.000 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br

Se há uma coisa que apaixona os araranguaenses e muita gente de fora são nossas praias. Morro dos Conventos, a praia paradisíaca, e Balneário Arroio do Silva, a praia popular e movimentada, se completam. TEXTO: RICARDO GRECHI FOTOS: SALVADOR

FOTOS ACERVO FCA

Não falta nada para se passar as férias ou curtir um final de semana. Se o nordestão, às vezes, sopra implacável, também há dias de completa calmaria, com pores-dosol magníficos. Desde Barra Velha e Ilhas, guarnecendo sua cultura açoriana, passando por Morro dos Conventos, com seu horizonte visual esplendoroso e Arroio do Silva, da plataforma sobre o mar, com suas numerosas festas e eventos, para além da simpática Praia da Caçamba, são quase 40 quilômetros de orla marítima do mar mais bonito que há. Ali na região de Ilhas começou a nossa história, lá pelos anos 1800 e pouco, com os primeiros homens brancos a fincar raízes por aqui. Mais tarde, araranguaenses se fixaram no Arroio do Silva, pelo início dos anos 1900, formando uma vila de pescadores. A partir da década de 30, chegaram os primeiros veranistas. Naquele tempo, levava umas quatro horas para se chegar à praia, vindo de Araranguá. Fotos dos anos 1950: Arroio do Silva (banhistas à beiramar), Morro dos Conventos (banhistas e o Erechim em construção) e Arroio (crianças em frente a antigo hotel).


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