Jornaleco 348 18 mai 2010

FONE

Automóveis VEÍCULO

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2004 2000 2005 2009 2007 2006 2006 2004 2001 2001 1996 1995 2004 2005 2009 2001 1997 2002 2002 2004 2006 2001 2001 2006 2005 1997 2002 2002 1996 1991 1997 2004

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JORNALECO

APOIO CULTURAL

ENIO FRASSETTO

A R A R A N G U Á R E T R ATA D A

POEMAS DE R.FRANCISCO SOBRE SÉRIE FOTOGRÁFICA DE ENIO FRASSETTO

EM FRENTE A DIMASA

16 anos

ARARANGUÁ, 18 DE MAIO DE 2010 • ANO 16 • Nº 348

Nesta edição, o Jornaleco completa 16 anos nas ruas de Araranguá. Ele é o mais antigo periódico em atividade, e o segundo de maior longevidade na nossa história (o jornal Tribuna do Vale circulou 18 anos em veículo próprio).

Monumento no calçadão ao soldado Iracy Luchina, morto na Segunda Guerra Mundial, com a seguinte inscrição: “Os santos e os heróis moram no céu...”

E

O HERÓI

Galeria do Futebol Futebol Araranguaense

Algumas matérias de 2009/2010

Eu quero o fogo Da carne viva Nem tanto a glória Que me traduza Eu quero a aurora Da minha casa Nem tanto o céu Que me enclausura À reverência De um momento Na pedra rasa De um monumento

UCCA - Equipe que disputou o campeonato de aspirantes de 1976. De pé: Nascimento (diretor), Nico Paulino (técnico), Almir, Salmi, Tita, Lajota, Hamilton, Belada e Alôncio Naspolini (presidente). Agach.: garoto Rudinei, Zé Pintor (massagista), Elânio, Luiz do Bailão, Vilson, Muçum, João Cunha, Pedro Paulo e Élton. Acervo e dados: Nascimento

A BOA IMPRESSÃO É A QUE FICA

Fone/Fax: 3524-5916 3522-0379 Av. XV de Novembro, 1807 - Centro

A marca do seu parceiro de estrada

APOIO CULTURAL

R.Francisco

POSTOS IRMÃO DA ESTRADA DISK FONE (0**48) 3524-0071

casadocarimbo@brturbo.com.br

Solicite-nos através de jornalecocultural@yahoo.com.br o recebimento das edições do Jornaleco (igual no papel + as fotos coloridas) via e-mail

JORNALECO jPANFLETO CULTURAL

18/05/2010 • ANO 16 • Nº 348 ESTA EDIÇÃO: 8 PÁGINAS

Distribuição gratuita Periodicidade quinzenal Tiragem: 1.000 exemplares

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi , Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende OFICINA Nei, Valdo, Welington, David, Toninho GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE A.César Machado EDIÇÃO E PROJETO GRÁFICO

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)

UMA PUBLICAÇÃO

ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170

88900.000 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br

325, 1o de junho de 2009 - A casa do Elvis 326, 15 de junho - Dona Caridad Larroyd 329, 1o de agosto - José Flor, o balseiro da Barranca 330, 15 de agosto - Lili, a bailarina 331, 1o de setembro - Cássio Garcia, o início; Ézio Rocha e o Araranguário; museu histórico de Araranguá aberto 333, 1o de outubro - Debutantes do UCCA 1969 335, 1o de novembro - Debutantes do Fronteira Clube 1971 336, 15 de novembro - A história de Antoninho Torres 338, 15 de dezembro - Pilotos famosos morrem em Araranguá 340, 15 de janeiro de 2010 - J.J.Nunes, o defensor da natureza

Araranguá localiza-se à latitude 28º56’05" Sul e à longitude 49º29’09" Oeste.

O município fica a 13 metros acima do nível do mar. Segundo o IBGE, sua área é de 304 km²; em 2009, sua população foi estimada em 59.537 habitantes. Seu atual prefeito é Mariano Mazzuco Neto, e o vice-prefeito é Sandro Maciel.

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE

ARARANGUÁ v i s i t e : w w w. a r a r a n g u a . n e t

Estética Feminina

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S S

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O amor se assemelha a uma borboleta. Vai para onde lhe agrada, e agrada onde vai.

R. Francisco

WILLA CATHER (1873-1947) , escritora americana

Deus caminhava pelo mundo que havia criado. E como só houvesse água, terra e vento, Deus achou por bem gerar coisas que florescessem por si, a se multiplicar na paisagem. E assim, deu à luz toda verdura.

O Grande Criador continuava caminhando por seu vasto mundo, quando percebeu que algo acontecia no seu íntimo. Era um sentimento triste. E a isso ele chamou Solidão.

Então, o Grande Solitário começou a falar à água, à terra, ao vento e à toda verdura. E de tanto falar-lhes, foi que a água, a terra, o vento e toda verdura, começaram mesmo a ouvir o que o Grande Palestrante lhes dizia.

Deus sentiu-se correspondido e viu que isso era bom. A isso chamou Alegria.

Assim foi que o Senhor do Universo fez surgir do amálgama da água, da terra, do vento e de toda verdura, a vida manifesta em seres animados.

Certo dia, Deus deu forma a duas criaturas que mais se lhe assemelharam entre a variedade de seres de sua assembleia, que não só ouviriam-no mais atentamente, mas também compreenderiam os sentimentos dele. A essas criaturas, o Grande Sensível chamou Homem e Mulher, e por elas veio a ser chamado Pai. Agora que as pessoas povoam o mundo inteiro, Deus já não caminha mais como antes a falar à água, à terra, ao vento e à toda verdura. Hoje em dia, o Grande Pai visita seus filhos e filhas diretamente em seus corações.

Algumas pessoas o recebem com alegria, outras fecham-lhe o coração.

Em algumas, Deus encontra, muitas vezes, a solidão; em outras, quase sempre, a alegria. Mas em todos os corações Deus vislumbra o seu espírito.

A isso chamamos Amor.

BONS AMIGOS MACHADO DE ASSIS

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.

Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.

Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.

Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.

Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.

Porque amigo sofre e chora.

Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.

Porque amigo é a direção.

Amigo é a base quando falta o chão!

ddd

lua crescente

absinto

Ela tem olhos de lua crescente e eu acho isso bem mais sexy (perdoe-me Machado de Assis) que os olhos de ressaca de Capitu.

E tem cabelos longos assim, boca e nariz, assim e assim, e as mãos cheias de dedos flutuando no espaço à minha frente parecem animar uma corte de bailarinas.

Vejo a lua no céu e na terra eu vejo tua forma ao léu luz do meu desejo Estrelas dizem noite é noite e eu digo tu és o meu açoite e pão deste mendigo

Além da janela vai um homem arrastando um cavalo.

em teu beijo de absinto Tu... anjo de luz Eu... lobo na cruz

O cavalo empaca, o homem dá-lhe varadas.

O homem não o alcançaria, o cavalo atinge o nirvana. ○

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DOLLY PARTON, cantora e atriz americana

A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.

A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos...

Tudo bem!

O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum, é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.

Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.

Chico Xavier

Show do Milhão para Loiras 1 - Quanto tempo durou a Guerra dos

100 Anos?

A) 116 B) 120 C) 100 D) 150 2 - Em qual país é fabricado o chapéu Panamá?

A) no Brasil B) no Chile C) no Panamá D) no Equador 3 - Em que mês os russos celebram a Revolução de Outubro?

A) janeiro B) setembro C) outubro D) novembro 4 - Qual era o primeiro nome do rei George VI? A) Eder B) Albert C) George D) Manoel 5 - As Ilhas canárias, no oceano Atlântico, tem seu nome tirado de qual animal?

A) canário B) urubu C) cachorro D) rato 6 - Quanto tempo durou a Guerra dos 30 Anos?

A) 25 B) 30 C) 31 D) 29

ATENÇÃO! Se você se acha esperto(a) e riu das respostas da loira, confira as respostas corretas abaixo: 1 - A Guerra dos 100 Anos durou 116 anos. De 1337 a 1453.

2. Chapéu panamá é fabricado no Equador.

3. A Revolução de Outubro é comemorada em novembro.

4. O primeiro nome do Rei George VI era “Albert”. Em 1936 ele atendeu a um desejo da rainha Vitória, de que nenhum outro rei se chamaria Albert e mudou de nome.

5. As Ilhas Canárias tem seu nome tirado do cachorro. O nome latino é Insularia canaria, que em latim significa Ilha dos Cachorros .

6. Esta guerra sim, durou 30 anos. De 1618 a 1648. Esta foi só para você não tirar zero e não ficar sem graça. www.osvigaristas.com.br

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Marco Aurélio Massoterapeuta FONE

A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.

Mercedes, e foi logo perguntando: – Moço, pra que serve aquele estrelinha ali na ponta?

E o carioca, gozador: – Aquilo ali é uma mira! Quando eu quero atropelar uma pessoa, eu miro na estrelinha e pimba!

Ao perceber o olhar assustado do caipira, o carioca continuou: – Quer ver só? Tá vendo aquela mulher ali...

E acelerou o carro em direção da mulher, só que na hora H ele desviou...

Pimba!

– Ué?! Que barulho foi esse? – perguntou o motorista.

– Ora, se eu não abro a porta o senhor ia errar a mulher...

Deus dá a liberdade de amar O diabo quer corações submissos A criança imagina asas e voa Mas um anjo sem asas não pode voar O homem constrói asas e voa Mas a mulher não voa se não pode amar

Se desejas o arco-íris, deves suportar a chuva.

uplemento

O caipira subiu em um táxi no Rio de Janeiro, uma reluzente

asas

(A cena seguinte é minha:) O cavalo dispara, derruba o homem ao pó da estrada.

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Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho.

Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

algodão-doce do céu mais doce que eu sinto gosto doce de mel

nirvana

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Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.

Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.

Ter amigos é a melhor cumplicidade!

A BANDA

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Calçadão, ao lado da ex-Caixa

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APOIO CULTURAL

Beth

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A criação do Amor

A OFICINA DO JORNALECO Eu editoro, realizo a arte gráfica e mando pra Casa do Carimbo. Cesinha e Rosa autorizam a produção, David tira os fotolitos, Welington grava as chapas, Toninho Abel prepara o papel, Nei e Valdo imprimem. Sana angaria fundos, Gibran recolhe a grana, Guaraciara trata com a Prefeitura, e o Nilsinho Nunes é o grande responsável da distribuição pra que o Jornaleco chegue até você.

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JORNALEC0 348 18/05/2010

Em uma ensolarada manhã de sábado de abril de 1994 surgiu o Jornaleco. Quando me veio a idéia, eu não estava pensando em coisa nenhuma, nem vinha planejando nada.

Chegou de repente, como um amor inesperado. Em 18 de Recusando proposta para atuar maio foi às ruas. como o novo 007 do cinema, Se olharmos bem Ricardo preferiu continuar em para ele, assim coAraranguá atuando como editor mo uma folha dobrada, ou duas, não parece grande coisa. Mas se empilharmos cada uma das 348 edições, ele nos enche os olhos de tanta coisa que já foi publicada aqui, de tantas surpresas boas que o leitor encontrou, fotografias, poesia, crônicas, notícias velhas, piadas, dicas de saúde, reflexões, curiosidades, histórias contadas...

Aquele modelito inicial, com duas dobras, inspirou um monte de outros panfletos, se não no conteúdo, na forma. Era simples e bonitinho, inovador. Mas cresceu e assumiu o modelo convencional de caderno. Assim é melhor para se ler e para se fazer.

Durante esses 16 anos, muita gente amiga nos deixou. Ernesto, Lola, Boni, Maria Leofrísio, Adelino, Osmar Soares, Daniel Posse.

A tia Nair e o Jorge Afonso se foram pouco antes. Eles não tiveram tempo de ler o Jornaleco, e às vezes eu penso nisso; teriam sido leitores carinhosos e atentos.

Muita coisa aconteceu, apareceu, mudou.

Só a impressão de que as coisas, essencialmente, nunca mudam, é que permanece, como uma noção que temos da eternidade.

Assim é o Jornaleco. Uma folha branca, ou duas, onde imagens e letrinhas fazem sua arte de momento para logo sair de cena e dar lugar à edição seguinte.

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CASA

16 anos do Jornaleco

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APOIO CULTURAL

SOLO DO EDITOR RICARDO GRECHI

CN CANOAS / RS

CASA NENA ARARANGUÁ / SC

araranguaense

MARTA GRECHI HUMANAMENTE MÃE!

ARLETE ZANERIPPE RENASCER

ARTUR CIPRIANI DA SILVA DA POSE

Perdoa meus erros!

Na ânsia de te dar o melhor Dei-te meu peito com leite e mel Na taça de cristal trincada Dei-te meu fel No medo das sombras da caverna escura Dei-te meu eu...

Imperfeito, Insatisfeito, Decepcionado, Inacabado!

Ora sagrado Ora profano!

Dou-te meu coração desterrado Minha mente insana Meu eu cheio de egos!

Quero cuspir meu veneno Quero beber teu remédio Sair da cama, tirar o pijama, [ sem fazer melodrama Tirar o ranço, assoar o nariz, lavar a cara Vestir de domingo, escovar os dentes E te oferecer meu eu sobrevivente Tem manchas, tem remendos Tem luto e ainda tem expurgo Contudo, o amor que te traduziu num ser Sem renúncia, te entrego inteiro!

O sol ficará apagado O sorriso com certeza O sonho? Enterrado Felicidade em tristeza Vítima fatídica De fatos vividos Assim convicta De um viver oprimido Lá do alto do infinito Mandastes sol alegria Por certo estava escrito Que me cativarias Então eu me permito Viver como gostaria!

Eu gosto da pose: Pernas cruzadas, ternos e flores.

Sinto fome de alguém; Desenhos, quadros, teorias e biografias.

O advento do inverno a mim inspira; O Pulso, porém, contra mim conspira.

O pulso do mundo, O mundo modificado, O pulso do aleijado.

Agora meu pulso passeia em corda bamba; A mesma corda que engasga, engalha, enforca, Balança; Vem e vai.

E o pulso Logo cai.

ESPAÇO Seria bom se nossos espaços tivessem portas. Só entraria quem nós queríamos e não haveria invasão.

Superar minhas fronteiras Dias, horas de solidão Transpor velhas barreiras Impostas ao coração Gargalhar indiferente Dos percalços do viver Fostes assim contagiante Esqueci o meu sofrer Ao ajeitar meus cabelos Gesto simples e distante Um carinho em apelo Ser esposo não amante Olhei você olhei a vida Somei dores e saudades De uma vida tão sofrida Ungiste amor à amizade!

ANGÚSTIA Angústia é a sensação que se passa no tempo de esperar por alguém que não ficou de vir mas que tu sabes que virá.

SEBASTIÃO SILVA PSEUDO??

FUNÇÃO A função da água é molhar, a função do vento é soprar, a função do sol é aquecer, a função do querer é amar.

Pseudo pai, Pseudo filho, pseudo avô, pseudo poema.

TE QUERER Há vários motivos que criaram para me proibir de te ter.

Só que ninguém pode me proibir de te querer.

DESPERTAR Melhor ficar adormecido.

Despertar! Pra quê?

Mesmo assim desejo a luz.

Jose Mario De Boni ADVOGADO OAB/SC 11616-B

deboniadvogados@gmail.com

Sana e a Sofia. De tarde, Sofia e eu assistimos o Avatar; a Beth e a Sana ficaram pouco na sessão. Quarto escurecido e, dado ao nível do espetáculo, tudo reguladinho na Sony 29 polegadas: contraste, brilho, cor, matiz, e som alto.

O FILME

Trama, diálogos, trabalho de atores, ficaram em segundíssimo plano. Tudo é uma colagem básica de dezenas de outros filmes de aventura e de muita ação que já vimos.

Nesse, mais do que em qualquer outro, os efeitos especiais é que contam. Um grande show de magia visual. Bem divertido, mas tão memorável quanto Matrix, que na época de seu lançamento, em 1999, nos atordoou, para em seguida ser esquecido, à medida em que o efeito novidade passava.

A SESSÃO NA CASA DA MÃE

Mas lá na casa da mãe, tivemos outros efeitos especiais, só nossos. Comentaristas, pra começar, como num jogo de futebol. A Sara, que sentou-se um pouco, contava da experiência de ter visto o filme em 3-D, enquanto panoramas em tons surreais e multicoloridos nos enchiam os olhos.

Considerando o que ela dizia, Avatar não deixava dúvidas: era puríssimo cinema comercial.

Depois, surge a Paulinha com abraços e beijos. Depois ela volta irrompendo no quarto e já falando à Sofia: “Sofia, tu não gostou dessa blusa?...”. Dá licença, James Cameron, que essa cena eu não ia perder: Paula e Sofia, tão lindas que só podem ser avatares de princesas.

Veio a Sana, com um prato de pinhão; a Beth, pra me socorrer quando da paradinha pra Sofia ir ao banheiro: “Ô, Beth, o filme vai melhorar?...”. E a Beth, que já tinha-o visto com a Marta e o Jessé, me sossega: “Vai...”.

E os efeitos especiais não dão trégua: na tela os bonecões azuis (que saudade das criaturas de massa em stop-motion do Harryhausen e dos antigos desenhos da Disney!), no quarto o vai-e-vem da mulherada. Chega a Marta, mais beijos e abraços. A mãe e a Sana reclamam do som alto. Vou buscar mais pinhão. E, pra ficar melhor ainda, eu e a Sofia brigamos um pouco, como sempre. Se bem que as botadinhas no jogo do Flamengo, intimamente a Ratinha aprovava.

E dê-lhe Avatar. Visual magnífico, música de primeira, passarinhos gigantes, emoção pasteurizada, muito videogame e pouco cinema. Bem divertido, mas não se compara à saga de O Senhor dos Anéis, do Peter Jackson, e dá saudade de um James Cameron mais sensível, como fora no Titanic.

Até que o James foi esperto, mas poucos notarão que o avatar (reencarnação) principal é o da Sigourney Weaver.

Lá está a valente e determinada tenente Ripley, a maior heroína do cinema, reencarnada do Alien. Um tributo à diva e a um Cameron menos preocupado em ganhar o “Oscar de bilheteria” (ô, Sana, esse Oscar existe?).

Avatar vai ser esquecido. Mas o domingo na casa da mãe vai ficar pra sempre. No fim, acho que foi o filme certo, que a gente perde cena, perde falas, mas continua entendendo tudo, que não tem muito pra se entender também. Ou fui eu que não entendi a “mensagem” do filme? Sei lá. Mas foi bem divertido, isso é o que importa. E o efeito especial mesmo era estar na casa da mãe. z

Tel. 8403.2725 Pça. Hercílio Luz, 600/37 - Rodoviária - Araranguá

DA TRAGÉDIA Eu gosto da tragédia.

Gosto.

Gosto dos climas azuis-sombreados, Dos vazios, Da induzida queda ao chão e choro.

Gosto dos abraços, Das danças, olhares, Movimentos quaisquer, dos beijos, Gosto das imagens da última fantasia.

Borboletas azuis num feixe espiral Fluorescentes, vivíssimas!

Quero vê-la novamente, a menina alada O violino desesperado, desesperando, Louco.

Quero de novo a fome de ciência, De histórias, nuances e mistérios.

Fome da infindável retórica francesa, De perder-me Entre cadeiras onduladas de madeira, Tapetes, cortinas, asas!

Perder-me entre livros, Engoli-los, Ser soterrado pelo seu volume.

Tudo isso, vejo, é para esquecer, Confundir, e trocar de nome: O meu desejo De ser engolido e estraçalhado Pela tua volúpia Infinita, imensa, intensa, Tua boca a engolir meu mundo, Teu grito a deixar-me surdo.

Teu corpo a saciar o meu.

Meu corpo a penetrar no teu.

Nossas vidas se fundindo num instante E nosso grito, choro: Prazer retumbante.

PANIFICADORA APOIO CULTURAL

(“Alma em Arquivo” é um livro que o Boni deixou pronto, mas ainda não foi publicado.)

D ia das mães. Almocei na mãe, mais a Beth, a Sara, a

CONQUISTA Me fizestes até sorrir Displicente atrevido Eu sem me permitir Namorar o meu amigo

Santa Clara “O Seu Pão de Cada Dia”

AV. SETE DE SETEMBRO, 2155 - CENTRO - FONE 3524-

A casa da mãe e o ‘Avatar’ Ricardo Grechi

JORNALEC0 348 18/05/2010

NEGO BONI DO “ALMA EM ARQUIVO”

crônica

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aimbeream@yahoo.com.br

Aimberê Araken Machado

Holandeses em Pernambuco (1630-1654) Volto de uma viagem a Recife, devidamente bronzeado pelo sol nordestino. Lá, além das previsíveis visitas a locais turísticos, fui a dois lugares que me encantaram de modo diverso.

O primeiro local foi a Praça Barão do Rio Branco, considerada o PONTO ZERO da capital pernambucana. Ali existe uma estátua do nosso célebre Chanceler, emoldurada por uma sucessão impressionante de edifícios e ruas antigas. Essas ruas partem da Praça em forma de raios de um semicírculo, formando grande conjunto simétrico.

Pois foi justamente aí, junto à Praça Barão do Rio Branco – que fica à beira do mar, na zona portuária de Recife –, que, numa noite de lua cheia, no mês de janeiro de 1958, o navio-tanque “Raza”, da Marinha de Guerra do Brasil, atracou. Dentro dele, os marinheiros estavam eufóricos, pois Recife tinha fama de ter o maior bordel do Nordeste. Um certo grumete de 18 anos, cujo nome-de-guerra era Araken, foi dos primeiros a pisar no cais (estava de folga naquela noite). O atrevido mocinho encaminhou-se para o centro, embrenhando-se entre os edifícios e as saias das morenas nordestinas. E lá ficou aquela noite e o dia seguinte, completamente embriagado de amor! Divinas loucuras...

No dia 29 de abril, visitei o Instituto Ricardo Brennand, situado no bairro de Várzea. Impossível descrevê-lo em palavras. Trata-se de um grande complexo artístico-cultural realizado por um abastado cidadão, cujo homônimo é o tio homenageado na denominação do Instituto. A área onde se situa essa instituição era uma antiga fazenda chamada São João, de propriedade da família Brennand (a qual, segundo me disseram, é originária da Inglaterra). Ricardo Brennand construiu, ali, um impressionante castelo de estilo medieval, em cujos jardins existe uma réplica da estátua de “O Pensador”, de Rodin, além de várias construções inspiradas, visivelmente, na arte e arquitetura francesas (há, por exemplo, um coreto dentro dum lago, em óbvia imitação do original existente na floresta do “Bois de Boulogne”, em Paris).

Historicamente falando, o foco principal do Instituto Brennand é a gloriosa época de João Maurício de Nassau-Siegen (1604-1679), o nobre alemão que governou Pernambuco durante sete anos (de 1637 a 1644), como governador e preposto da grande empresa holandesa denominada Companhia das Índias Ocidentais. Nassau, efetivamente, era um homem que possuía extraordinária cultura, e trouxe para o Brasil alguns sábios daquela época (dentre os quais Georg Marggraf e Pisa, que escreveram a primeira obra científica sobre a natureza brasileira).

Revelou-se, também, um administrador dinâmico e enérgico (sem excluir as qualidades de chefe militar). Incrementou a produção açucareira de Pernambuco. Além disso, Nassau foi tolerante com todas as religiões; durante sua gestão, surgiu em Recife a primeira sinagoga das Américas.

Artisticamente, a mais notável preciosidade do Instituto Brennand é a coleção de quadros do pintor holandês FRANS POST (que é a maior do mundo – cerca de quinze telas. Basta dizer que, no Museu do Louvre, só existem QUATRO telas do pintor flamengo).

Tudo o que o Instituto Brennand exibe, e, mais importante, o que SUGERE ESCANCARADAMENTE, é a velha tese de que, se os holandeses tivessem vencido os portugueses e se houvessem se instalado definitivamente no Brasil, seríamos um país bem melhor do que este em que vivemos hoje.

Será que essa tese é verdadeira? Este é um assunto que talvez abordemos em próximas crônicas, no JORNALECO.

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“A VIDA ATRAVÉS DO VÍDEO”

APOIO CULTURAL

poética

Aves e animais silvestres

GRUPO NOVO DIA Reun. 2as e 5as f., 20h - dom., 17h Ao lado Hospital B.Pastor -Araranguá

Associação de Proteção de Aves e Animais Silvestres

GRUPO REENCONTRO

Centro de Reabilitação

Fone (0**48) 3524-0280 Estr. Geral Volta do Silveira - Araranguá

Grupo de Adoção Filhos do Coração

Grupos Familiares AL-ANON

Informações: Juizado da Infância e da Juventude -Tel. 3522-0204 - Ramal 45

EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI

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Os falsos amigos da sua dieta Todo mundo tem um conselho pronto para quem quer emagrecer: coma muita fruta, prefira produtos diet, exercite-se ao máximo, deixe de almoçar ou jantar.

Mas, cuidado. Certos erros alimentares podem sabotar sua luta para perder peso e manter-se saudável.

ALIMENTOS LIGHT E DIET - Como eles enganam você: nem todo produto light é menos calórico.

Esses alimentos apresentam pelo menos 25% de redução de um ingrediente em comparação ao produto original, como carboidratos, gorduras, proteínas ou sódio.

Porém, isso não implica uma redução de calorias. Se a diminuição for de sódio, por exemplo, o valor calórico continua intacto.

Produtos diet também podem ser bem calóricos.

Indicados para quem segue dietas restritivas (como diabéticos, hipertensos ou alérgicos à lactose), neles foi eliminado pelo menos um componente da fórmula original. O chocolate diet, apesar de sem açúcar, pode ter mais gordura e, portanto, mais calorias do que o chocolate normal.

Como você não se deixa enganar: leia atentamente o rótulo do produto para saber qual é o nutriente que saiu da fórmula e se ele é realmente menos calórico. E não se esqueça de que, sozinhos, esses produtos não emagrecem. Você pode incluí-los na dieta, mas não tornálos base do cardápio. Só uma alimentação equilibrada proporciona perda de peso.

Na hora da compra, a especialista recomenda que se dê preferência aos produtos normais e se opte pela versão light apenas dos alimentos mais calóricos, como maionese. Produtos light ou diet também podem ter adoçantes artificiais, como ciclamato, sacarina e aspartame, que, ingeridos em excesso, são perigosos para a saúde, pois prejudicam a absorção de nutrientes como ferro e potássio.

FRUTAS - Como elas enganam você: incluir muitas frutas na dieta ajuda você a não engordar, certo? Errado. A frutose, o açúcar das frutas, encontrado também em refrescos, geléias, chocolates em barra e em pó (o cacau contém frutose), é um carboidrato que pesa na balança.

Uma pesquisa recente da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, e do Instituto Alemão de Nutrição mostrou que esse carboidrato simples, apesar de rapidamente metabolizado pelo organismo, pode favorecer o acúmulo de gordura. No experimento, três grupos de cobaias tomaram água, água com frutose e refrescos com frutose. Não deu outra: os bichos que ingeriram líquidos com o açúcar ganharam mais gordura do que aqueles que saciaram a sede só com água.

Outra boa razão para evitar o exagero: A frutose também dificulta o controle do diabetes e aumenta o nível de triglicérides.

Como você não se deixa enganar: o ideal é limitar o consumo diário de frutas a três ou quatro por dia, no máximo. E ainda assim dar preferência às variedades menos doces.

PULAR REFEIÇÕES - Como isso engana você: deixar de lado uma refeição (almoço ou jantar, por exemplo) parece um jeito fácil de comer menos. Mas, na verdade, a matemática da boa forma funciona ao contrário: menos refeições geram mais peso na balança.

Se você fica muito tempo sem comer, seu organismo

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tem medo de passar fome e, para se prevenir, começa a estocar gordura.

Quem salta refeições durante o dia também costuma ficar com um apetite incontrolável ao passar das horas, e o resultado é o “prato de pedreiro”. Na próxima refeição, acaba-se comendo mais.

Como você não se deixa enganar: faça várias refeições pequenas ao longo do dia: café-da-manhã, lanche matinal, almoço, lanche da tarde, jantar e uma ceia leve.

E não tenha pressa à mesa: quando você come muito rápido, nem se dá conta do que está mandando para dentro e tende a exagerar. O cérebro não tem tempo de processar a mensagem de que o número necessário de calorias para matar a fome já foi atingido.

CAFÉ - Como ele engana você: estudos recentes defendem que a ação estimulante da cafeína acelera o metabolismo e contribui para a queima de calorias. Isso é fato: o consumo habitual de seis xícaras de café pode aumentar o gasto energético em aproximadamente 100 calorias por dia. A substância também produz no corpo um efeito térmico, aumentando o consumo de energia para metabolizar os alimentos.

Até aí, tudo bem. O problema é que diversos outros estudos demonstraram que os resultados dessa tática são pouco evidentes em pessoas obesas. Além disso, tudo indica que a cafeína aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e osteoporose.

Embora sejam necessários maiores estudos para confirmar essa relação, isso limita a indicação indiscriminada do café para a perda de peso.

Como você não se deixa enganar: não adianta recorrer ao cafezinho várias vezes por dia para diminuir sua ânsia por guloseimas. Além de não eliminar a vontade de comer doces e massas, tomar muito café provoca ansiedade. Sabe qual o efeito dominó? Quanto mais ansioso você está, mais sente vontade de comer e mais engorda.

EXERCITAR-SE ALÉM DA CONTA - Como isso engana você: não compensa passar longas horas na academia (a não ser que seu interesse principal seja paquerar) achando que quanto mais malha, mais emagrece. A perda de peso está relacionada a uma equação entre comida e exercício físico, ou seja, o consumo e o gasto de calorias. Traduzindo: não adianta se exercitar durante horas e mandar bala na comida depois. Se seu gasto de energia é muito grande, você sente mais fome e exagera no prato.

Como você não se deixa enganar: seu balanço calórico deve ser negativo, ou seja, você tem de gastar mais calorias (não apenas se exercitando, mas também nas atividades normais do dia-a-dia) do que ingere. Em vez de ficar duas horas na academia, exercite-se três ou quatro vezes por semana, durante 30 minutos a uma hora. Os exercícios de alta intensidade também não são seus melhores aliados para perder peso, porque podem queimar as calorias erradas. Eles eliminam mais calorias provenientes da ingestão de carboidratos (75%) do que de gorduras (25%), enquanto os exercícios de baixa intensidade queimam mais calorias de gorduras (75%) do que de carboidratos (25%).

PROTEÍNAS - Como elas enganam você: quer mais massa muscular? Coma bastante proteína. Seu objetivo é perder peso? Vá de proteína também. É nesse mantra que se baseiam dietas famosas, como a do Dr. Atkins.

Entretanto, mesmo se você cortar os carboidratos (encontrados em massas, pães, frutas, arroz e batata) e priorizar as proteínas (da carne e dos laticínios, por exemplo), como sugerem essas dietas, arrisca-se a engordar.

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Cada pessoa tem um nível de absorção de proteína. Quando ultrapassado esse limite, o que vem a mais é transformado em gordura.

Além disso, o funcionamento do organismo pode ser prejudicado quando se diminui a ingestão de carboidratos, porque é deles que o corpo retira energia. Ainda não se convenceu? A nutricionista explica que, nas dietas que cortam carboidratos, o metabolismo pode entrar no estágio de cetose, situação bioquímica anormal em que o corpo, sem carboidratos para usar como fonte energética, utiliza os depósitos de gordura como combustível. Em consequência, substâncias tóxicas são liberadas para as células, podendo provocar enjôos, náuseas e dor de cabeça.

Como você não se deixa enganar: capriche na ingestão de proteínas apenas se você pratica esporte ou quer ganhar massa magra na musculação. Quem treina precisa de suplementação alimentar, pois as proteínas ajudam a reestruturar os músculos que são exigidos durante o exercício. Preste atenção também no que você coloca no prato: as dietas que cortam carboidratos e liberam proteínas geralmente não estabelecem limites para o consumo de alimentos que têm alto teor de gordura ou colesterol - como picanha, bacon, ovos e queijos gordos -, que podem aumentar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, entre outros prejuízos à saúde.

BEBIDAS LIGHT E DIET - Como elas enganam você: refrigerantes e sucos com o mesmo 0% de caloria podem fazer você comer mais. Essa surpreendente descoberta saiu no International Journal of Obesity (EUA). Os pesquisadores partiram daquilo que já se sabia sobre o metabolismo: alimentos doces produzem sensação de saciedade porque o cérebro associa a ingestão de alto teor de açúcar com a absorção de elevadas quantidades de calorias. Bebidas light causam uma espécie de curto-circuito nesse processo de informação. Como são doces mas não têm calorias, confundem o organismo. Resultado: a sensação de saciedade dura pouco e a fome logo volta.

Como você não se deixa enganar: os refrigerantes com zero de açúcar podem ser grandes aliados da sua dieta se consumidos com moderação. Em algumas marcas, o sabor adocicado é obtido pela adição de substâncias artificiais, como aspartame e ciclamato de sódio. Esse último teve sua venda proibida nos anos 70, quando havia a suspeita de que poderia estar associado a alguns tipos de câncer. Por falta de conclusões científicas, essa substância foi liberada recentemente em mais de 50 países, inclusive no Brasil. Mas, segundo ela, é melhor não vacilar e seguir ao pé da letra as recomendações de consumo que estão no rótulo do refrigerante. Uma pessoa de 70 quilos não pode ingerir mais que 2 litros por dia desse tipo de refrigerante.

ALIMENTOS INTEGRAIS - Como eles enganam você: se você comia duas fatias de pão de fôrma branco e agora devora três porque optou pela versão integral, equivocou-se. É verdade que há inúmeros benefícios em preferir pães, massas e biscoitos integrais. Ricos em fibras, eles melhoram a função intestinal, ajudam a diminuir as taxas de açúcar no sangue e a controlar o colesterol. Entretanto, eles podem ser altamente calóricos.

Como você não se deixa enganar: Não aumente o consumo de determinado alimento só porque ele é integral.

Mas não depreze os pães e massas feitos de farinha integral, pois as fibras atrapalham a digestão dos carboidratos e fazem o açúcar cair mais lentamente na circulação, aumentando a sensação de saciedade. Com os alimentos refinados, é o contrário: ocorrem picos de açúcar no sangue, deixando você faminto pouco tempo depois de comer. Quando você come um prato de massa refinada, por exemplo, depois de meia hora já sente fome. menshealth.abril.com.br

O e-mail

aderbalaquarela@hotmail.com

ARTUR CIPRIANI DA SILVA

JONATHA FERNANDES MACHADO

Desde que o mundo é mundo sempre existiram as correspondências, as cartas, os telegramas, a nova mania mundial é o e-mail. O e-mail, também chamado de correio eletrônico, é a caixa de correspondências que você tem no quarto, e somente você pode abri-lo, com uma senha.

A modernização anda tomando conta do mundo todo. O que antes era objeto de distração para poucas pessoas, tornou-se hoje em um poderoso instrumento de trabalho. Um magnífico meio de comunicação, uma agenda que não rasga as páginas, um diário, um álbum de fotos que não pesa nada fisicamente, muitas outras infinitas utilidades que hoje tem um computador. O que outrora era artigo de luxo, hoje virou pré-requisito para conseguirmos empregos, e executar tarefas que antes eram tão embaraçosas.

Mas o ponto cruz da questão é sobre os estabelecimentos que aprenderam a ganhar dinheiro sobre essa utilidade, as famosas lan houses, que antes em nossa cidade das avenidas não se imaginava... Penso que se pudéssemos entrar naquela máquina do tempo, igual aquela do filme, e falar com nossos antepassados, explicando que daqui à algum tempo a nossa Araranguá teria um número x de Lan Houses, provavelmente ele chamaria você de louco e perguntaria que espécie de coisa seria isso. A internet, em muitos momentos é uma faca de dois gumes, serve para executar tarefas de emprego, como também para acabar com a vida e o dinheiro de muitas pessoas, portanto... Olho nela!

JORNALEC0 348 18/05/2010

GRUPO ENERGIA Reuniões 2as f., 20h - Ao lado do H. Bom Pastor

“Sim”

Ainda me lembro de uma colega de sala chamada Marina. Durante muitas manhãs minha paciência foi atiçada ao limite, por causa de um simples gesto que ela parecia gostar de executar.

Marina gesticulava “sim”, o tempo todo. Esse “sim” com a cabeça, curtos movimentos para cima e para baixo. Bastava um professor olhar para ela e lá ia a Marina, a bajuladora, gesticular pela milésima primeira vez, “sim”.

Meu lugar era na fila ao lado, um pouco atrás da excelentíssima colega. Ela ficava no meu campo de visão, portanto. Esse fato, somado com a minha ânsia de perceber tudo ao meu redor, me impedia completamente de prestar atenção na aula sem notar a concordância obsessiva de Marina. Só a timidez não me deixava explodir completamente na sala de aula. Mesmo assim, com um pouco de observação, dava para ver pequenas faíscas saltando de meus olhos.

Porém a justiça tarda, mas não falha e, um dia, até eu tive minha vingança.

Durante certa manhã o diretor irrompe porta adentro, interrompendo subitamente a aula para executar seu discurso diário, em brados retumbantes. Lançava seu olhar ditatorial sobre os olhos dos alunos enquanto falava. Pra variar, logo ali à minha frente estava Marina, com seu movimento cromático e rotineiro.

A donzela fazia “sim, sim”, mesmo quando não sabia o que estava sendo falado, e essa foi sua ruína.

Naquele dia, o velho queixava-se de um ultraje que um grupo de alunos tinha feito à sua pessoa, alegando que estavam sendo prejudicados por causa da sua crueldade. A repressão foi impiedosa: todos os militantes foram expulsos. O diretor queria fazer uma demonstração de poder. Perguntou se alguém concordava com “aqueles loucos”, estava insatisfeito ou o via como um tolo. Marina, que estava muito longe nos seus pensamentos, respondeu às perguntas com várias versões de um sorridente “sim”.

O diretor explodiu. Inspirou uma notável quantidade de ar antes de começar a falar, digo, berrar. Enquanto ele resmungava qualquer coisa, um sorriso atravessava meu rosto de fora a fora, e eu quase babava de satisfação.

Marina foi expulsa da sala e do colégio logo em seguida, e só foi compreender o que havia acontecido muitas horas depois, aos prantos.

Assim estava feita a minha vingança. Marina foi transferida para um internato de uma cidade vizinha. Vez ou outra ainda passo por ela na rua, e faço um finíssimo “sim”.

FAZENDA SÃO JORGE

Reuniões 4as e 6as feiras, às 19h30 Igreja NS Navegantes - Arroio do Silva

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crônicas

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Aderbal Machado Fantasmagóricas

A imaginação infantil forja crendices e medos sem limites.

Mamãe e tia Carolina viviam arrolando estórias de “parenças” (fantasmas), e as contavam nas noites, ao lado do fogo ou enquanto se preparavam para dormir. Eu vivia atormentado com aquilo, pois dormia no mesmo quarto, nos idos de meus seis ou sete anos e o sono demorava séculos para conciliar, ante o pavor dos fantasmas visualizados na escuridão. E eu os via a todo instante. Pesadelos me acossavam e eu acordava um trapo, no entanto feliz pelo amanhecer e pela claridade.

Lembro de contações sobre o finados. O pavor de ouvir a mesma narrativa, todos os anos, de procissões de mortos à meia-noite, portando velas que se transformavam em tíbias ao serem tocados pelos vivos.

O castigo dos mortos pelas promessas e dívidas descumpridas, rezas ofertadas e não rezadas, missas prometidas e esquecidas, velas que não foram acesas. Nas procissões, dizia mamãe, os mortos anunciavam, com vozes guturais e soturnas: “Cadê aquela vela que você nos prometeu, cadê aquela vela que você nos prometeu, cadê aquela vela que você nos prometeu”, num compasso de música fúnebre e ritmada.

Como resultado desse medo, até hoje, aos 65 anos, jamais prometi nada aos mortos. Os homenageio no momento certo e lhes ofereço o que é possível na ocasião. Orações, velas, flores, sentimentos. E só.

Claro que mamãe não tinha esse sadismo, muito pelo contrário. Mas a moda da época era contar estórias assim. Os mais velhos sabem disso. As crendices tinham uma presença muito viva na vida de todos.

Há outras: nosso tio Zeca, irmão de mamãe, contava passagens vividas pessoalmente por ele.

Uma ocasião (o Aimberê e o Aryovaldo, meus manos, conhecem bem a história e melhor que eu), o tio Zeca teria sonhado com um sortilégio, caracterizado por uma “panela de ouro” enterrada à beira de um capão (pequena mata), na Boa Vista (Meleiro).

Teria de ser desenterrada por ele e por mais ninguém, à meia-noite. Terrivelmente medroso, tio Zeca convidou Nego Ticó Nagara, metido a místico e corajoso, conhecedor dos mistérios das almas penadas. Ticó ouviu a história e disse: “Zeca, você tem um ‘prevelégio’. Ele é só seu”.

E foram, meia-noite, com uma pá, desenterrar o “prevelégio”. Na hora de cavocar, viram que o local era um enorme formigueiro e as formigas se alvoroçaram. Nego Ticó Nagara dizia: “Não pára, Zeca, isto é coisa do diabo, pra te desencorajar.” Ao invés de estimular, Ticó atulhou a cabeça do tio Zeca de mais medo. De repente, para piorar, caiu um forte pé de vento, sacudindo a mata próxima. De dentro da mata saiu um terneiro preto com uma enorme estrela branca na testa e mugiu.

Não deu outra: tio Zeca jogou a pá pra cima e disparou na direção de casa. Ticó Nagara, mais velho, ficou pra trás, gritando: “Espeeeeeeera, Zeca!!”

Espera, nada! Contou o Aryovaldo que a família estava na sala da casa, esperando-o para saber das notícias do tesouro, quando tio Zeca entrou voando e se atirou de peito, se estatelando, esbaforido, no chão de largas e ásperas tábuas.

DROGARIA

Marista DISK ENTREGA

Há 20 anos servindo a cidade inverno e verão

Balneário Arroio do Silva

Matriz: 3526-1339 - Filial: 3526-1112