Jornaleco 349 01 jun 2010

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Galeria do Futebol Futebol Araranguaense

ARARANGUÁ, 1o DE JUNHO DE 2010 • ANO 17 • Nº 349

Time do Colégio Murialdo, em 1971.

Para lembrar – Anotamos aqui a seleção eleita pelo Pinho para a Vila São José dos anos 70/80: Xanda (goleiro), Georginino (lateral direita), Danilo (zagueiro central), Miroca (quarto zagueiro), Berto ou Pordêncio (lateral esquerda), Zé Paraná (volante), Velho (ponta de lança), Pinho (meio armador), Celso (ponta direita), Carlinho (centroavante) e Zequinha (ponta esquerda). Técnico: Orlei. Um dos seus rivais mais célebres era o Mesquita, da Coloninha. RG

Fone/Fax: 3524-5916 Av. XV de Novembro, 1807 - Centro

Os grandes nomes da música popular brasileira estão disponíveis e podemos tê-los ao nosso alcance. É apenas uma questão de sabedoria, de investir no bom gosto da sociedade sul catarinense, assim vamos preenchendo esse vazio de décadas, esse jejum de coisa boa que faz bem à alma e ao espírito e, também, com esse rico acervo, poderemos mostrar aos jovens que estão aí, sem informação alguma, as raízes do cancioneiro popular, o cerne da música brasileira, a essência, o talento dos nossos músicos e instrumentistas brasileiros. Parabéns à direção dos jornais Sem Censura e Semana News e todos os funcionários pela maneira organizada, paciente e profissional de conduzir o espetáculo, provando a todos que se houver boa vontade, coragem e competência não teríamos que nos http://3.bp.blogspot.com arriscar nas estradas da vida em busca de lazer e cultura. Que essa antológica façanha sirva de incentivo àqueles que detém o poder para produzir situações agradáveis como essa, mas, não sabemos por quais motivos, não o fazem. O grupo 14 BIS, após o espetáculo comentou que o público foi muito envolvente e entendeu a razão pela qual uma banda, já com mais de trinta anos de estrada, ainda permanece viva e atuante. Afirmou ainda que com essa vibração toda da platéia, não dá pra dizer que antigamente era melhor, não. Era, é, e vai continuar ilustrando musicalmente os tempos que vierem. Nós, sul catarinenses, estamos de parabéns porque festejamos a alegria, o bom ritmo, melodia e letra e, a cultura, finalmente, depois de um longo e tenebroso inverno, começa a sair da UTI.

A marca do seu parceiro de estrada

APOIO CULTURAL

por LONY ROSA Finalmente, alguém com visão de mundo, coragem e apreço pela cultura, rasga o véu da mesmice do extremo sul do Estado e escancara um portal para que as pessoas de bom gosto – e são muitas – entrem e se alimentem dessa arte, a música oportuna, não a oportunista, como diria um amigo meu. Estou falando da noite memorável que pudemos atravessar, sábado p.p.,degustando um dos melhores grupos vocais e instrumentais de todos os tempos. O 14 BIS pousou nos nossos corações daquele jeito bom que nós sabemos receber, sentir e respeitar. Muitos foram às lágrimas quando os antigos temas começaram a pintar de cores as dependências do Caverá. Os aplausos, após cada performance, foram a homenagem justa e sincera que nós também sabemos oferecer aqueles que forjaram a verdadeira canção, bela, graciosa e inteligente. Araranguá está de cara nova, depois dessa grande festa. Pelas ruas, os comentários de formadores de opinião eram unânimes: esta seara deve continuar porque o campo é fértil e temos carência de cultura, de todas as artes. Não dá pra ficar mais uma década ouvindo essa grande alienação harmônica e literária que grassa na quase totalidade das antenas de rádios; não dá pra ficar falando de porcaria com roupagem de música que entope as latrinas do país, como se fôssemos todos ignorantes, bestas e lobotomizados.

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ARARANGUÁ v i s i t e : w w w. a r a r a n g u a . n e t

Eu cresci. A cidade, também. Avenidas foram pavimentadas e o rio Lagoa foi cada vez mais pressionado entre as tubulações da drenagem por Gibran Grechi pluvial. Mas ele (soldado da Polícia Militar Ambiental; formado não é um canal de Engenheiro Ambiental pela Unesc) d r e n a g e m construído pelo Próximo do autoposto da parte mais baixa homem. É um rio, da avenida Getúlio Vargas, ele nasce. Aflora um fundo de vale. suas águas desde a camada de solo encharcada Quando vem as pelas chuvas e que se expõe ao ar livre naque- chuvas, o nível da le ponto. Nasce ali o curso de água e tem iní- água sobe e ele cio seu vale. Por meio de tubos construídos ressurge de dentro pela engenharia humana, ele cruza a Getúlio dos tubos. Blooculto por de baixo da via asfaltada. Ninguém queia o trânsito na Soldado Gibran junto do trecho que cruza a Quinze o vê. Transpondo a avenida, ele torna-se visí- Sete e na Quinze, vel cruzando em seu leito um terreno baldio revelando todo o trajeto de seu leito. Na tas destas tragédias ocorrem princi(ao que me lembro, é um terreno baldio, mas Coronel João Fernandes, frequentemen- palmente quando áreas de preservaa cidade vem sempre crescendo e já não tenho te, chuvas intensas elevam seu nível aci- ção protegidas por lei são ocupadas. certeza do quanto essa área ainda é baldia). E a luta é a do desenvolvimento racima do da via e causam prejuízos. Ao fim do terreno, ele adentra em tubos onal, que tem o crescimento econômico como dependente do meio da rede de drenagem pluvial e, sem ser visambiente, contra a ganância irrato, passa sob o cruzamento das avenidas cional, que busca ganhos indiviCoronel João Fernandes e a Capitão Pedro duais e imediatos ainda que comFernandes e segue em direção à rua Douprometa os direitos fundamentais tor Virgulino de Queiroz, sendo lançado dos demais membros da coletivipara fora da rede quando esta termina. Suas dade. No caso do rio Lagoa é fááguas então percorrem algumas centenas cil visualizar a tal luta. De um de metros num grande terreno ao lado da lado, o desenvolvimento racional avenida Quinze de Novembro, quando, fibuscará o crescimento da cidade nalmente, juntam-se às águas que vêm desfora das margens dos rios, não deide o açude Belinzoni. Da confluência em xando que se perca a biodiversidiante, ele segue em direção à Quinze, pasdade mesmo que venha o crescisando sob esta, e em direção à avenida Sete mento. Por outro lado, a ganânde Setembro, sob à qual, ele também pascia irracional, mesmo que bem sa. Por fim, ele segue até a rua Rui Barbomascarada, visará ao uso econôGibran, ano 1, nos fundos do Edif. Cruzeiro do Sul sa, para lançar suas águas no rio Araranguá, mico de todo o espaço, destruinsendo ali a foz de seu vale. Na realidade, o rio Lagoa só quer seguir seu do os criadouros e abrigos naturais R I O L A G O A, O N O M E rumo. Mas ele precisa de espaço para poder ex- da fauna, destruindo as espécies da Descrevi brevemente aqui o trajeto de um travasar quando necessário. O caso é que quan- flora e submetendo a cidade a conspequeno riacho da cidade de Araranguá. A do vem as chuvas, ele extravasa de qualquer jei- tantes cheias, prejuízos e transtornos partir de agora terei que dar um nome a ele to, completamente indiferente às obras de enge- de trânsito. Um lado vencerá. Qual? (não está me agradando tratá-lo por “ele”). nharia. Será que as áreas do rio que ainda Rios ganham seus nomes das populações ou A lei determina que sejam preservados 30 estão desocupadas – como a situada dos exploradores que os frequentam. E os no- metros de cada lado do rio Lagoa. Muitas pesso- ao longo do trecho paralelo à Quinze mes são vários, até que um deles se torne ofi- as, especialmente os interessados em ocupar as – permanecerão assim, cobertas por cialmente reconhecido. margens de rios, consideram muito o espaço de espécies nativas de áreas inundáveis No caso ora discutido, eu nunca soube se terra perdido pelas proibições da lei. Mas a estas e revelando a sabedoria de uma cidaeste rio já teve algum nome “oficializado”. pessoas, deve-se lembrar das tragédias que os de que cresce sem prejudicar os loAqui vou chamá-lo “rio Lagoa”. Foi esta a agentes naturais trazem às ocupações situadas nas cais de refúgio e reprodução da fauna? denominação do rio que meu pai me passou áreas de preservação permanente. Ressacas do Ou a obsessão pelo capital fará a cihá mais de 20 anos (criação dele, em nossas mar destroem construções situadas na orla; inun- dade crescer mesmo sobre o leito do andanças ele sempre dava nome a tudo, até dações em margens de rios fazem pessoas terem rio, em total descumprimento da lei e que, sutilmente foi me permitindo que eu mes- que abandonar e perder suas casas; deslizamentos mesmo causando grandes prejuízos mo batizasse os caracteres geográficos. em encostas destroem casas e matam pessoas. Mui- aos próprios ocupantes de tais áreas?

O vale do “rio Lagoa”

14 BIS em Araranguá

A BOA IMPRESSÃO É A QUE FICA

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE

FOTOS RICARDO GRECHI (ABRIL DE 2010 E VERÃO DE 1987)

De pé: Sérgio Oliveira, Ângelo, Adilson, (?), Orlei, Paulinho e Zequinha. Agach: Taso, Gordinho, Negão, Hermes, Riva, Laurides, Tezo e Polaco. (Acervo do Lelo Farias)

APOIO CULTURAL

JORNALECO

CASA NOVA

Araranguá localiza-se à latitude 28º56’05" Sul e à longitude 49º29’09" Oeste. O município fica a 13 metros acima do nível do mar. Segundo o IBGE, sua área é de 304 km²; em 2009, sua população foi estimada em 59.537 habitantes. Seu atual prefeito é Mariano Mazzuco Neto, e o vice-prefeito é Sandro Maciel.

1º/06/2010 • ANO 17 • Nº 349 ESTA EDIÇÃO: 4 PÁGINAS

Distribuição gratuita Periodicidade quinzenal Tiragem: 1.000 exemplares

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi , Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende OFICINA Nei, Valdo, Welington, David, Toninho GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE A.César Machado EDIÇÃO E PROJETO GRÁFICO

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)

UMA PUBLICAÇÃO

ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.000 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br


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