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ARARANGUÁ, 15 DE JUNHO DE 2010 • ANO 17 • Nº 350
Araranguá localiza-se à latitude 28º56’05" Sul e à longitude 49º29’09" Oeste. O município fica a 13 metros acima do nível do mar. Segundo o IBGE, sua área é de 304 km²; em 2009, sua população foi estimada em 59.537 habitantes. Seu atual prefeito é Mariano Mazzuco Neto, e o vice-prefeito é Sandro Maciel.
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE
ARARANGUÁ v i s i t e : w w w. a r a r a n g u a . n e t
A orla marítima de Araranguá, há 190 anos Ao lado, numa foto da virada dos anos 1920/30, vamos pela av. Sete de Setembro (difícil localizar a esquina para a Getúlio), passando pela igreja, até o casarão no fim da rua (seria hoje em frente ao Besc), residência do coronel João Fernandes. Para localizar o ponto exato da Praça, notemos a casa paroquial (foto acima, à esq., no dia de sua inauguração, em 1952) à vizinhança da antiga igreja (1902-1957) e compararemos com a foto acima à dir., de uns três anos, da Praça com a igreja atual, construída atrás da igreja antiga.
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HÁ ANOS
Ano Xiii - junho de 1972 diretor WLADINIR LUZ redator ERNESTO GRECHI FILHO oficina NEI DA ROSA Publicado nas oficinas da GRÁFICA ORION, de abril de 1960 a maio de 1975
PM e o incêndio do Grande Hotel Toda cidade encarou com verdadeiro carinho o desempenho da brava rapaziada da 1a Cia. de Polícia Militar, quando do incêndio que devorou o prédio do Grande Hotel, na Praça Hercílio Luz. Os moços foram bravos. Isolando a área atingida, trabalharam heroicamente para defender o fogo que ameaçava todo quarteirão. E, sem vedetismo, conseguiram fazer com que as chamas se limitassem a devorar o antigo edifício. (CA 230, de 24/06/1972)
Dia do Gráfico Sábado, dia 24, é dia do Gráfico. Numa feliz lembrança do TLC, os gráficos ganharão uma missa moderna, abrilhantada pela juventude, com suas guitarras e violões. (CA 230, de 24/06/1972)
A BOA IMPRESSÃO É A QUE FICA
Av. XV de Novembro, 1807 - Centro
Prof. Antônio Nogueira Júnior, diretor de Assistência Social no Brasil, da Igreja Adventista, proferiu importante palestra, no Rotary Clube, sobre a Amazônia. O prof. Nogueira ilustrou sua apreciada palestra com farta projeção de filmes, como também exibindo artigos “industrializados” pelos indígenas da região. Acompanhava o prof. Nogueira o pastor Alberto Ribeiro de Souza, presidente da Igreja Adventista do Estado de Santa Catarina. A Igreja Adventista está construindo nesta cidade um bonito templo, situado à av. Padre Antônio Luiz Dias, em terreno que lhe foi doado pela prefeitura municipal. (CA 229, de 10/06/1972)
Expediente bancário ao público A agência do Banco do Brasil desta cidade atenderá a clientela, a partir do dia 15, no seguinte horário: pela manhã, das 9h30 às 11h00; à tarde, das 13h00 às 16h00. Este é o novo expediente externo, que virá beneficiar muito aos clientes do B.B. (CA 229, de 10/06/1972)
CORREIO NO ESPORTE por Enevaldo Souza - Em prélio realizado domingo p.p. no Estádio Evânio Leonardelli, em Urussanguinha, o conjunto infantil do Nacional FC conseguiu um excelente empate frente ao “onze” penharolense, em 1x1. O conjunto alvi-verde infantil formou com: Krieger, Alcir (Eloir), Eda, Valmir (Pachola) e Gava (Deri); Arilton, Neno (Adilton) e Gordinho (Beto); Ademir, Almir, (Coutinho) e Renato. O tento do EC Penharol foi marcado por intermédio de Almir, em excelente jogada. (CA 229, de 10/06/1972)
A marca do seu parceiro de estrada
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Palestra do prof. Nogueira no Rotary
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15/06/2010 • ANO 17 • Nº 350 ESTA EDIÇÃO: 4 PÁGINAS
Distribuição gratuita Periodicidade quinzenal Tiragem: 1.000 exemplares
H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi , Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende OFICINA Nei, Valdo, Welington, David, Toninho GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE A.César Machado EDIÇÃO E PROJETO GRÁFICO
© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)
UMA PUBLICAÇÃO
ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170
88900.000 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br
texto de
criado francês preparava-lhe, todas as noites, lugar para dormir, que tanto podia ser uma rede quanto uns trapos bem ajeitados e amarrados a quatro estacas... Enfim, era óbvio que, naquelas condições, não seria possível exigir melhor acomodação. Laruotte também recolhia e organizava as plantas colhidas por Saint-Hilaire, de tal maneira que, mais tarde, o cientista pudesse dar-lhes as respectivas denominações científicas.
Aimberê Araken Machado aimbeream@yahoo.com.br
Nos primeiros dias
do mês de junho de 1820, o cientista francês Auguste de Saint-Hilaire percorreu, vagarosamente, embarcado em uma carroça puxada por seis juntas de bois, o trecho de praia entre a foz do rio Araranguá, no Morro dos Conventos, e os limites com a província de São Pedro do Rio Grande, em Torres. Na sua paciente tarefa de colher espécimes vegetais – pois SaintHilaire era botânico –, ele fez minuciosas observações acerca do nosso litoral. Mas, além de cumprir sua inestimável missão científica, reclamou da enervante monotonia da paisagem: o mar, ao lado esquerdo, bramindo sempre no mesmo tom; a areia e a vegetação rasteira do lado direito, estendendo-se até onde a vista alcançava, e só interrompida, ao longe, pela silhueta azulada da Serra Geral (que SaintHilaire chamou, equivocadamente, de Serra do Mar). Dias e noites intermináveis, a escutar o barulho ritmado das rodas da carroça, triturando a areia da praia; os eixos gemiam, lamentosos, como se estivessem, também, reclamando daquela longa e cansativa viagem... Ainda por cima, os rudes homens da expedição fumavam, cuspiam, soltavam palavrões, peidavam escandalosamente. Às vezes, cochichavam entre eles e, logo após, soltavam risadas estrepitosas. Quando queriam fazer suas necessidades fisiológicas, corriam, ligei-
EM NOITES estreladas e quietas,
Saint-Hilaire (1799-1853)
ros, para o recôndito da macega, e se aliviavam. Geralmente, voltavam do mato ainda amarrando as calças, mal-cheirosos, e nem ao menos tinham o cuidado de lavar as mãos no mar, ali tão perto... Eram uns porcos, aqueles serviçais brasileiros! Havia dois homens, na comitiva de Saint-Hilaire, que lhe causavam grandes dissabores: o primeiro era Fermiano, um negro forte e bastante arrogante, o qual chegou, certa vez, a provocar um incidente disparando a arma de fogo; o outro era um índio que reclamava o tempo todo, chegando até mesmo a questionar algumas ordens do cientista francês! DOS AUXILIARES de Saint-Hilaire, o
mais confiável era Laruotte, uma espécie de fiel escudeiro do cientista; o
quando todos dormiam, SaintHilaire ficava a meditar sobre a sua própria vida, e, principalmente, o que o fizera sair de sua amada França para meter-se em um país tropical e selvagem como o Brasil. Já haviam passado quatro anos! Ele partira da França em 1816. Era natural de Orleães – a mesma terra onde havia acontecido a mais célebre vitória de Joana D’Arc sobre os ingleses, em 1429 –, e pertencia a uma família de origem nobre. O que o empurrara para uma decisão tão arriscada, saindo do conforto que sua classe lhe permitia para embrenhar-se numa terra de mestiços, de clima insalubre e de tantas incertezas, riscos e cansaços? Muito difícil, responder a essa questão. Na próxima edição do Jornaleco, procuraremos explicar quais os motivos que trouxeram Saint-Hilaire ao Brasil. z