Jornaleco 363 01 jan 2011

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JORNALECO ARARANGUÁ, 1o DE JANEIRO DE 2011 • ANO 17 • Nº 363

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA E RURAL DE ARARANGUÁ 1970 Urbana 1 2 . 4 9 4 Rural 13.717

1980 25.308 8.377

1990 33.519 6.841

2000 45.052 9.654

26.211

33.685

40.360

54.706

Total

Área Territorial 412km 2 298km 2 Em 2010, a população é de 61.339 (Fonte: IBGE)

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE

ARARANGUÁ v i s i t e : w w w. a r a r a n g u a . n e t

1917, Araranguá. Nasce Antonio Duarte entrevista e texto: RICARDO GRECHI fotografia: ENIO FRASSETTO

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Novembro de 2010, um dia de semana. Fui ao encontro de Antonio Duarte no Araranguá Tourist Hotel. Convidei-o para irmos ao Jardim. Soprava um ventinho frio, mas um solzinho morno, que se mostrava por vezes detrás das nuvens, nos aquecia. Sentamo-nos num banco dentro do parquinho infantil. Crianças brincavam acompanhadas de pais e mães.

Ficamos lá das três até as seis horas da tarde, e eu viajei com Antonio Duarte, o aviador, no tempo e no espaço...

Vi ser plantadas as árvores da Praça para crescerem esplendorosas à nossa volta; surgir o novo coreto como se fora para sempre; edifícios ser erguidos para cair depois pela contracultura estabelecida; soar o sino da antiga igreja na paisagem urbana com casarões de grandes portas e janelas, quando no horizonte imperavam os morros da cidade.

Mulheres recatadas passavam em vestidos de verão e outras poucas atrevidas nos olhavam com curiosidade; homens de chapéu e paletó nos saudavam respeitosamente.

O Dr. Antônio de Barros Lemos, primeiro médico, nos sorriu seu sorriso radiante; o bom padre Antonio Luiz Dias surgiu e foi em frente; o farmacêutico Altícimo Tournier atendia toda gente; o advogado Ramiro Ulysséa palestrava a ouvidos atentos em cada esquina; o Dr. Scarpa, juiz de Direito, e Mário Rabelo, o cartorário, vinham caminhando e cumprimentaram o Antoninho, alegremente, tirando o chapéu.

Chegou o primeiro aparelho de rádio na cidade; uma mulher se matou em frente ao amante que a rejeitara; corria a notícia de que Getúlio assumira o poder. Adiante, uns meninos olhavam apaixonados um avião que cruzava o céu rumo ao sul. Era o Correio Aéreo, e um dos meninos, o próprio Antoninho sonhando em ser aviador...

1914. Em Araranguá O casal Joaquim Duarte da Silva, natural de Palhoça, e Adelaide Duarte, natural de Tubarão, chegaram em Araranguá por volta de 1914. Joaquim era pedreiro e empreiteiro e teve seis filhos com Adelaide.

Entre eles, Antonio Duarte, nascido em Araranguá, em 1917, e que viria a conhecer quase todos os vultos históricos de nossa cidade. Viu chegar, nos anos 1930, os primeiros médicos: os irmãos Antonio e Sabino, e um outro, Dr. Tadeu Danielevics, que Antoninho não lembra se era médico formado, mas que praticava a medicina. E havia a farmácia do Tuca Campos, que atendia a região. Antes deles, só haviam curandeiros que tratavam as pessoas com ervas, como flor de laranjeira para os nervos.

Fone/Fax: 3524-5916 Av. XV de Novembro, 1807 - Centro

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Igreja Matriz de Araranguá, erguida em 1902 e demolida em 1957, com a construção da atual.

Em sentido horário: as “Filhas de Maria” com o frei Tiago Coccolini (1941-1952); saída da imagem da Padroeira em uma festa dos anos 1940; festa nos anos 50, já com a Casa Paroquial ao lado; uma rara foto de 1909 de uma festa do Divino Espírito Santo, registrada por Bernardino de Senna Campos (as outras são de Salvador).

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O automóvel e o primeiro rádio Antoninho era ainda um garoto, quando apareceu o primeiro aparelho receptor de rádio na cidade. Ao lado da igreja havia um salão de bailes e domingueiras. No local fora instalado um rádio. “Era vermelho e parecia duas bacias sobrepostas que emitia umas espécies de uivos. Não dava para se ouvir muita coisa. Foi na época do Getúlio”, lembra Antoninho.

De automóveis, lembra do Ford 17 de Severiano Melo, diretor do Grupo Escolar David do Amaral, onde Antoninho estudou e ficava ao lado sul da hoje Casa da Cultura. Depois foi transferido para onde hoje é o Colégio Estadual, e foi ser onde hoje é o Castro Alves. E o nome do poeta catarinense David do Amaral desapareceu... q pág.2

Solicite-nos através de jornalecocultural@yahoo.com.br o recebimento das edições do Jornaleco (igual no papel + as fotos coloridas) via e-mail

JORNALECO jPANFLETO CULTURAL

1o/01/2011 • ANO 17 • Nº 363 ESTA EDIÇÃO: 8 PÁGINAS

Distribuição gratuita Periodicidade quinzenal Tiragem: 1.000 exemplares

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO E PROJETO GRÁFICO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi , Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende OFICINA Nei, Valdo, Welington, David, Toninho GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE A.César Machado © Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)

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1938. Regimento acampa em Araranguá Em 1938, o Regimento de Cavalaria Andrade Neves, do Rio de Janeiro, acampou em Araranguá devido a ameaça de uma revolta armada vinda do Rio Grande do Sul, liderada por Flores da Cunha, para depor o presidente Getúlio Vargas.

Um dos oficiais namorou uma professora e não cumpriu a promessa de casar com ela. Ela se matou na sua frente, na pensão de dona Mariquinha Rabelo, onde morava, usando o revólver do oficial. “Naquela época, uma mulher deflorada se recolhia à casa e vivia como uma freira, porque não encontrava mais homem para casar”, diz o Antoninho.

Quando o Regimento pôde voltar ao Rio, Antoninho foi junto para realizar seu sonho de ser aviador. Desde menino ele admirava o avião monomotor do correio aéreo da FAB, que chamavam de “vermelhinho”, cruzar o céu de Araranguá para o Rio Grande do Sul. Antoninho não chegou a ser piloto, mas como sargentomecânico pôde pilotar muitas vezes.

FERNANDO PESSOA

UM LADRÃO com uma arma entra em um banco e exige o dinheiro do caixa. Uma vez com o dinheiro na mão ele se volta para um cliente e pergunta: – Você me viu roubar este banco?

– Sim, eu vi.

O ladrão atira nele, matandoo instantaneamente. Depois se volta para um casal parado a seu lado e pergunta ao homem: – Você me viu roubar este banco?

– Não, mas minha mulher viu.

HAVIA NUMA cidadezinha um sujeito que era Palmeirense de verdade. Diziam que, no mundo inteiro, não havia ninguém mais palmeirense do que ele.

O homem envelheceu e ficou muito doente. Tava nas últimas.

Somente mais alguns dias de vida. Mandou chamar o filho mais velho e falou: – Filho, vá até o Parque São Jorge pra mim. Tire uma carteirinha de sócio do Corinthians para o seu velho pai e compre uma camisa do Timão.

O rapaz não entendeu nada, mas foi. Voltou para casa com a carteirinha e a camisa.

Quando o velho viu, deu aquele sorriso! Tirou a camisa do Palmeiras, vestiu imediatamente a do Corinthians e agarrou a carteirinha junto ao peito.

O filho, achando que o pai estava delirando, não resistiu: – Mas pai... O senhor toda a vida foi Palmeirense... Não conheci outro Palmeirense como o senhor. Por que agora, no fim da vida, mudou de time?

E o pai: – É que eu quero que morra mais um CORINTIANO!

O viajante Aos 93 anos de idade, Antonio Duarte ainda viaja sozinho. Foi à Paris há pouco, onde acometeu-lhe um surto de amnésia e teve que voltar. Veio a Araranguá agora em novembro, quando falamos com ele. As pessoas aconselhamno a não andar mais por aí sozinho. Mas Antoninho não abre mão de viajar, porque mantém o espírito aventureiro e sonhador que o fez sair de Araranguá, ainda quase menino, para ganhar os céus do Brasil e do mundo. z

Araranguá pelo final dos anos 1940. A larga rua que vem atingir o morro Centenário é a Engenheiro Mesquita.

A igreja matriz antiga, o prédio da “cadeia”, o campo do Grêmio.

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JORNALECO 363 1O/01/2011

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PIADAS

Antoninho e Zizinha: casamento feliz Antoninho foi feliz com uma araranguaense. Ele sempre vinha a Araranguá visitar a família, os amigos, e a namorada, Zizinha Teixeira, com quem casou e teve seis filhas.

Antoninho hoje mora no Rio de Janeiro, próximo de duas filhas. Já foi aos EUA (quando na Aeronáutica fez curso em Chicago, e tem uma filha que mora em Orlando), à Europa, e a muitos países da América Latina. Paris é sua cidade favorita lá fora (nos anos 60, textos de viagem seus a Paris foram publicados no Correio de Araranguá). Lísia Maria “Piá”, sua “filha e amiga”, dizia-me dela o Antoninho com os olhos azuis retendo lágrimas, faleceu há seis anos, e está sepultada em Araranguá, junto da Zizinha, ida em 2002.

A IRA DE DEUS (O DO ANTIGO TESTAMENTO) No Levítico, Deus passa a Moisés uma série de preceitos de como se deverá proceder nos rituais de louvação a Ele próprio, Deus. Moisés instruiu os sacerdotes, e daí foram séculos de um tal de matar carneiro e codorna, queimar gordura, aspergir sangue. Depois, em Isaías (cap.

1), Deus anuncia que já está de saco cheio do cheiro de incenso e do fedor da carne de bicho queimado, da “iniquidade com reuniões solenes”, e diz: “Ainda que multiplicais suas orações eu não ouço”. Há pouco, Deus, num rasgo de ira, que não lhe ocorria desde o tempo do Êxodo, diz a Pedro que não suporta mais ouvir uma certa cantoria.

— Será que esse povo não conhece mais Bach, Händel, Mozart, o Pe. Zezinho, as gregorianas, a música gospel negra americana, o cantar sóbrio de louvação? Mande esses CDs todos para o inferno!

São Pedro segue, literalmente, a ordem do Senhor e envia todas as oferendas em CDs “pop-religiosos” para o Diabo.

— Que sacanagem é essa, São Pedro? — reclama o Diabo.

— Foi Deus que mandou. Você pode muito bem aproveitar o fogo que tem aí e incinerar tudo, ou usar pra castigar os seus internos...

Bom, talvez eu tenha exagerado um pouco na anedota, mas ouvir o padre Fábio de Melo, que é um ótimo pregador e palestrante, fazendo dupla com o “sertanejo” Daniel é dantesco.

S S

A BANDA

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NAVIO estava afundando e o comandante começou a berrar: – Abandonar o navio! Mulheres e crianças primeiro!

Um senhor, que tinha mulher e seis filhos dentro do navio, aproximou-se e disse, com lágrimas nos olhos: – Eu estou muito emocionado, comandante. O senhor é muito humanitário!

– Humanitário uma ova! Depois que os tubarões estiverem de barriga cheia, eles não vão querer saber da gente, meu senhor!

O MÉDICO chega para o paciente: – Eu tenho duas notícias para lhe dar, uma boa e outra ruim...

– Qual é a ruim?

– Vamos ter que lhe amputar as duas pernas.

– Ai, meu Deus!

Qual é a boa?

– Tem um enfermeiro do turno da noite interessado em comprar os seus sapatos!

O fim da arte inferior é agradar, o fim da arte média é elevar, o fim da arte superior é libertar.

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A BOA MÚSICA DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ Quando estava no Arroio do Silva, muitas vezes recebi em minha casa as Testemunhas de Jeová. Sempre ouvi sua pregação com respeito e acatei o convite para visitá-los em uma de suas reuniões.

Sou um estudioso da religião, e considero melhor conhecer as coisas diretamente do que por se ouvir dizer. Então, meses atrás, assisti algumas reuniões das Testemunhas de Jeová em Araranguá. Fui muito bem recebido e pude aprender um pouco sobre sua forma de ser.

As Testemunhas de Jeová foram uma das comunidades que enfrentaram a perseguição de Hitler, que matou milhares deles, e sua posição antimilitar e apolítica é ousada e instigante. Mas minha maneira de ler a Bíblia difere de lá e eu participei de apenas seis ou sete reuniões. O suficiente para guardar a lembrança de seus belos cantos, com letras e melodias muito bonitas e verdadeiramente inspiradas, diferente do que se vê em algumas correntes “neo-evangelizadoras” que recorrem a chamarizes da indústria, infectados da virulência rítmica de pagodes, sertanejos e romantismo comerciais, na onda de pregadores superstars e mulheres sensuais cantando coisas vazias e nauseabundas, o que traduz-se também num tremendo desserviço à cultura do país.

Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

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capa q

SOLO DO EDITOR RICARDO GRECHI

Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

CLARICE LISPECTOR

Se eu morrer antes de você CHICO XAVIER

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor: chore o quanto quiser, mas não brigue comigo.

Se não quiser chorar, não chore.

Se não conseguir chorar, não se preocupe.

Se tiver vontade de rir, ria.

Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão.

Se me elogiarem demais, corrija o exagero.

Se me criticarem demais, defenda-me.

Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam.

Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo...

E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase: ”Foi meu amigo, acreditou em mim e sempre me quis por perto!”

Aí, então, derrame uma lágrima.

Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal, outros amigos farão isso no meu lugar.

Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito.

Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.

Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu: ser seu amigo já é um pedaço dele...

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Lony Rosa

lonyrosa@hotmail.com

Léia Batista

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Aimberê Araken Machado César do Canto Machado

Gigolôs de anjos

A moda do amor

Gatos e cachorros

Meu Arroio de sempre IX

De um pps que rola na internet: “O jornal Folha de São Paulo publicou o depoimento de um jovem pai, que, aflito, dizia: ‘A minha filha pediu um laptop da Xuxa. Ela só tem três aninhos e fala direitinho ‘laptop’.’

“O pai afirma que já percorreu duas lojas à procura do laptop da Xuxa, mas que estavam com o estoque esgotado. Prossegue dizendo que irá se dirigir, apesar da chuva forte, ao shopping, pois a felicidade de sua filha depende do laptop. Nada mais irá satisfazê-la, e não se contentará com um laptop de brinquedo similar – quer, unicamente, o laptop da Xuxa.

“Apenas três anos de idade, e a marca do desejo já foi inscrita em sua subjetividade. Enquanto as crianças assistem a desenhos e programas infantis, a educação para o consumo vai se instalando de forma poderosa no seu subconsciente.

“Como muitos pais passam longas jornadas fora de casa, e desconhecem o que os filhos vêem na televisão, vamos fazer uma descrição do comercial do brinquedo em questão. O comercial inicia-se com a Xuxa e duas meninas sentadas ao redor de uma mesa com cadernos e lápis de colorir. Xuxa diz que vai mostrar para as duas meninas algo muito legal e divertido. Nesta hora, entram em cena os efeitos especiais, e uma esteira colorida leva as três até o Céu [que sacrilégio!], e no Céu está o tal laptop. A esteira converte-se num gigantesco tobogã, pelo qual elas descem escorregando felizes. E no fim do comercial, Xuxa apresenta os vários modelos e cores para se colecionar. Trinta segundos se mostram suficientes para convencer a criança pequenina de que a felicidade reside no adquirir o produto anunciado.”

A esteira que conduz ao Céu (Deus que se cuide), o incontido sorriso da Xuxa e das crianças figurantes, que mal cabem em si, funcionam como uma lavagem cerebral numa criança, que, não sabe se defender. Será que um promotor público, paladino defensor da sociedade, ousado, não denuncia um crime dessa monta?

A Xuxa não tem culpa. Nunca teve. Sempre dedicou a sua exbonita plástica e pouca inteligência a difundir a compra das quinquilharias que ela produziu por mais de duas décadas à classe média e baixa, seus alvos prediletos. Pulseiras, relógios, brincos, bonecas, sapatos, botinhas, chinelos, (parece um Paraguai da telinha), enfim, qualquer coisa vendável às crianças. Aproveitar da imaturidade natural de uma criança pequena para convertê-la num consumidor precoce, é crime.

“Gerações e gerações de crianças desenvolveram a criatividade e o gosto pela arte por meio de cadernos e lápis de cores. E um comercial de 30 segundos consegue fazer com que a criança enxergue tal atividade como coisa do passado e passe a almejar o objeto anunciado. ‘Lápis e cadernos de colorir, que coisa mais sem graça... Diversão de verdade é o meu laptop’.

“A publicidade infantil se torna mais cruel, desumana e desalmada quando recordamos que as crianças das famílias mais carentes encontram-se igualmente expostas à sua invasiva, massiva, desregulamentada e abusiva veiculação. Nos países desenvolvidos, onde a Infância e a Educação são priorizadas, cuidadas e protegidas, existem leis regulamentando e restringindo a publicidade infantil. Nos Estados Unidos, artistas são proibidos de usar a sua imagem para vender produtos infantis.”

Aqui, por enquanto, vale tudo. E que Deus nos defenda!

Dentre as várias coisas que se perpetuam por uma, duas ou quantas existências você acredite haver, o amor é uma destas que está sempre em voga.

A título de esclarecimento, estar em voga é o mesmo que estar na moda. E olha que manter-se na moda, por gerações e gerações passadas e antepassadas, não é uma tarefa das mais fáceis!

Mas o amor, este senhor que motiva tantas atitudes, que move tantas forças, que se faz tão inexplicável quanto forte, continua aí, atualíssimo!

Falar de amor deveria ser, então, algo banal em nosso dia a dia. Como uma lição decorada, da qual não só jamais esquecemos como reproduzimos na íntegra sem vacilar.

Discursar sobre o amor deveria ser comparado ao cantar das canções que aprendemos inteiras, palavra por palavra, frase por frase, do começo ao fim.

Porém falar do amor não é tão simples assim.

Uma vez que com o passar do tempo, este sentimento foi tomando formas diferentes que atribuíram pluralidade à sua essência.

E de tanto ser o que não era o amor já não é o que um dia foi...

Se sairmos um pouco do discurso poético, talvez tudo fique mais claro.

Imagine a paixão fatal de Romeu por Julieta e de Julieta por seu Romeu; o amor “dual” e proibido do Doutor Jivago; o sentimento descomunal do Corcunda de Notre Dame por sua Esmeralda... Ou, tente simplesmente, incutir o amor declamado e afogueado de Camões aos dias de hoje.

Simplesmente não combina!

Ou seja, para manter-se na moda, o amor precisou ser reciclado, repaginado, reeditado... De outra forma, cairia em desuso. Assim sendo o amor mudou, e muito!

Podemos dizer que ele adotou uma dieta light: Tudo pode com moderação.

Aderiu à prática descartável: Usou, gastou, substitua.

Assumiu o estilo casual: Versátil, despojado, informal.

Adaptou-se a geração techno: Mais rápido, mais prático, mais superficial.

Enfim, o amor que desfila nas ruas assumiu uma postura adequada aos moldes da tendência capitalista e fisiculturista do mercado sentimental.

Ainda assim é amor? É.

Porém, não do jeito que os poetas versariam. Nem da forma que os românticos, e românticas, remanescentes de um passado próximo, sonhariam... Nem eu.

Um novo estilo de amor está na moda.

Mas assumo que sou cafona!

Em nossa infância – tanto no rincão perdido da Boa Vista quanto na “cidade” (como chamávamos Araranguá) –, sempre circularam, lampeiros, alguns bichos.

O Agilmar era fã de cabritos: tinha uma parelha deles. O mais bravo dos dois, um bode catinguento e mal-humorado, deu muito trabalho para ser domado; os animais, lado a lado, puxavam um carrinho de madeira que servia para transportar sacos de mantimentos (por exemplo: o milho era levado para a atafona do Sílvio Casagrande, e, lá, transformado em farinha). Certa feita, o nosso pai resolveu, temerariamente, embarcar no carrinho, já que a distância entre nossa casa e a atafona era de uns dois quilômetros. O “velho” Telésforo sentou-se sobre um saco de farinha, segurando-se nos fueiros. Mas ele jamais poderia prever a reação do bode rebelde, que saiu em desabalada carreira pela estrada afora; resultado: papai “sobrou”, estatelando-se na poeira. Tivemos que conter-nos, a muito custo, para não rir da prosaica cena: se o fizéssemos, o “velho” ficaria ainda mais furioso...

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Meu filho, Marcus, gosta de cachorros – tem ONZE! – e de gatos (três). De algum modo, ele herdou traços genéticos que o fazem gostar tanto de cães e bichanos. Ou, talvez, tenha chegado – mesmo inconscientemente – à conclusão de que eles, os bichos, são mais confiáveis do que certos seres humanos...

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“A VIDA ATRAVÉS DO VÍDEO”

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Tivemos um gato, chamado “Chanico”, de pelo amarelo com listras brancas; ele ficava, borralheiro e preguiçoso, dormindo horas a fio sobre nosso fogão de lenha. Agora, faço uma confissão um tanto constrangedora: o bichinho tinha verdadeira ojeriza por mim, pois costumava morderlhe a orelha. Sempre que era pronunciado meu nome, saía correndo do seu cantinho junto à parede (estou me referindo, aqui, à nossa velha casa de estilo açoriano, no canto sudoeste da Praça Hercílio Luz). Nos dias de hoje, eu seria processado pela Liga Protetora dos Animais...

JORNALECO 363 1O/01/2011

Marista

Há 20 anos servindo a cidade inverno e verão

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DROGARIA

Tivemos quatro cães que ficaram famosos na memória familiar (nem todos da mesma época, é bem verdade). Um deles era o Togo, que morreu atropelado (meus irmãos mais velhos contavam que o papai quis dar um tiro no motorista que matou nosso cachorro). O segundo cão era o Billy, que aparece em algumas fotos antigas da família: branquinho, peludo, muito estimado pelo nosso irmão mais velho, o Aderbal (e que morreu afogado, junto com ele, no Rio Araranguá). O terceiro chamava-se Totó, de épocas mais recentes, logo seguido do Mig, sendo que ambos foram contemporâneos; esses dois adoráveis “dogs” conviveram conosco – ou melhor, comigo, o Aderbal (segundo) e a Icléa –, em nossa casa da rua Regimento Barriga Verde. Viviam a brincar, a correr um atrás do outro, e mesmo as mordidas recíprocas não eram para valer: apenas gestos carinhosos de companheiros...

O Mig, mais ágil, fazia as curvas em grande velocidade, e o Totó, disparado atrás dele, acabava esbarrando nas cercas, nas paredes e nos móveis (levantava-se, humilhado, como se entendesse nossos risos e olhares de gozação!).

Manhã de sol.

Em sua casa fincada palafitamente no meio dos “cômbros”, no reduto dos timbeenses (núcleo de casas de moradores do Timbé), do lado direito de quem chega de Araranguá – do outro lado do arroio –, um homem se preparava para mais um dia de trabalho, num lugar inusitado: na beira da praia. Isso mesmo! Na belíssima orla que todos os dias ficava “apinhada” de gente só se divertindo, menos ele, é claro.

E quem era a figura? O Fontanella, o fotógrafo da Praia. Um sujeito magro, alto e com notadas características da origem, a Itália. À tiracolo, com o “tirante” cruzando o peito em diagonal, levava uma sacola e, no pescoço, dependurada, ia uma máquina fotográfica, sempre “engatilhada” para mais um clic.

Dentro da sacola carregava inúmeros minimonóculos, onde afixava os “eslaides” das fotos que batera no dia anterior. Junto, uma cadernetinha e um lápis para anotar os nomes daqueles que encomendavam seu trabalho ali mesmo, à beira-mar, ainda que o astuto fotógrafo conhecesse quase todos os veranistas.

Fazia, também, fotos convencionais em preto e branco.

Por baixo, é certo dizer que o Fontanella, que estava por lá em todos os veraneios, per-

corria, no mínimo, uns cinco quilômetros por dia, indo e voltando, sempre serpenteando a primeira onda que calmamente beijava a areia, num trajeto que não tinha mais que 300 metros. Simpático, atencioso e competente no ofício, Fontanella tinha a recíproca de crianças, jovens e adultos; tanto que, daquela geração, é difícil o araranguaense que não tenha em casa, pelo menos, uma foto produzida por ele. Naquele tempo, mesmo na beira da praia, ainda se “fazia pose”, para que a foto ficasse mais interessante (Máquina digital? Nem em sonho!). E para que os “retratos” fossem entregues pontualmente, ele dispunha de um laboratório instalado na própria casa, onde trabalhava à partir do cair da tarde.

Mas que não fique esquecido da memória do pessoal da Praia o magnífico Salvador, o primeiro retratista do Arroio e do Araranguá que não abria mão de estar por lá todo verão. E não são poucas as famílias que possuem fotos produzidas por ele até o final dos anos 50. Só que tinha uma coisa: da metade dos anos 60 em diante ele queria mais mesmo era curtir a sua praia favorita, oferecendo o melhor que podia à sua extensa prole. O trabalho, por inteiro, ficava, então, para o centro da cidade.

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Publicado nas oficinas da GRÁFICA ORION, de abril de 1960 a maio de 1975

Ano Xiii - no 243 - 23 de dezembro de 1972

diretor WLADINIR LUZ redator ERNESTO GRECHI FILHO produção gráfica JOSÉ NEI DA ROSA

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O Colégio Comercial Nossa Senhora Mãe dos Homens formou, no corrente ano, uma turma de trinta contabilistas, que passarão a atuar na importante profissão que escolheram.

As solenidades de formatura estão marcadas para amanhã, domingo, constando de missa, que será rezada na Capela Nossa Senhora Mãe dos Homens, às 18 horas. Às 21 horas, entrega dos diplomas no Araranguá Tênis Clube.

São os seguintes os formandos: Anselmo Pizzolo — Antonio Isaac da Silva — Brasiliano M. Pereira — Antonio Amauri Ferreira — Claudi de Oliveira Claudino — João Paulo Rocha — Eládio de Lucca — Irê Emídio Gutierrez — João Cardoso — Inês Casagrande — Enilton Erides de Oliveira — Leonir Maria Perraro — Vilson Nazário — José Carlos Linhares — José Firmino Leitão Neto — Maria de Lourdes Leitão Aguiar — Nair Teixeira Pereira — Maria José de Matos — Maria Helena Kindermann Leitão — Maria das Graças Machado — Névio Luiz Damianni — Luiz Alberto Silveira Finger — Maurina Marcolina da Silva — Miguel Alborghetti — Sualda Inês Monteiro — Sheila Maria Batista — Sérgio Cargnin — Orlando Margoti Piazza — Narcírio Florêncio Costa.

e B ou os dois juntos. Hoje em dia, as mais comuns são aquelas que usam apenas o UVA. “Elas são menos cancerígenas do que as de UVB apenas, mas também levam aos tumores com o tempo”.

8 - Os bloqueadores e os filtros solares devem ser usados mesmo em dias nublados e chuvosos?

Sim, pois os raios ultravioleta — aqueles que provocam o envelhecimento precoce e o câncer de pele — não têm nenhuma dificuldade para passar pelas nuvens. E mais: num dia nublado a radiação infravermelha, que dá a sensação de calor, não chega até nós. “A gente perde a noção de termômetro e não percebe que está se queimando”, diz Ediléia Bagatin.

Portanto, nunca deixe de se proteger.

9 - Quantas vezes por semana eu posso usar essas camas de bronzeamento artificial? É preciso aplicar filtro solar? “É melhor que a pessoa esteja sem nenhum produto sobre a pele no momento do bronzeamento artificial, a não ser em áreas muito sensíveis, como os mamilos”, opina Shirlei Borelli. A frequência de exposição varia de pessoa para pessoa. Mas a prática é desaconselhada pela imensa maioria dos especialistas. “Em princípio, ninguém deveria submeter-se ao bronzeamento artificial”, aconselha Maurício Alchorne, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Se, por acaso, a pessoa for um artista ou um modelo e tiver realmente a necessidade de mudar o tom da pele por causa do trabalho, tudo bem, desde que o uso dessas câmaras não se torne um hábito.” Aí, sim, mora o perigo.

10 - O bronzeamento artificial deixa a pele envelhecida?

Sim. E muito. Uma das características das ondas ultravioleta A — as mais frequentes nas câmaras de bronzeamento — é que atingem as camadas mais internas da pele. Assim, há menos chance de causar vermelhidão e queimaduras do que a luz solar natural. “Em compensação, como essa radiação penetra mais profundamente, acaba provocando um envelhecimento muito mais acelerado”, revela Zilda Najjar. O risco de câncer também pode ser maior.

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— Sua bolinha, senhorita!

A senhorita em cena é Neda Gomes, e o cavalheiro, Ernesto Grechi Filho, que, alcançando a bolinha de pingue-pongue que veio em sua direção, aproveita para dirigir, pela primeira vez, a palavra àquela que seria sua amada e companheira por toda a sua vida.

Assim começa uma história, do encontro de duas pessoas, Neda e Ernesto, que seriam meus pais e de meus seis irmãos: Pedro, Beth, Marco, Lola, Marta e Rossana.

Geralmente, quando nos perguntam de quem somos filhos, falamos primeiro o nome do pai, que os pais têm a fama e deles temos o sobrenome.

Por exemplo, meu pai é fulano de tal, trabalhador, fez isso e aquilo, vendeu, recebeu, comprou, pagou, construiu, é conhecido, admirado e respeitado por quem merece respeito. E minha mãe?

A importância dela tem menos pompa, é mais poética e existencial, salta menos aos olhos e vai mais ao coração. Porque são as mulheres que capacitam a humanidade a prosperar, e nossos pais não seriam o que são e não teriam grandeza nenhuma sem elas ao lado para amar. Já dizia Orson Welles: “Para agradar as mulheres é que os homens saíram das cavernas e construíram casas”.

A foto que segue, registra o momento em que Neda, acompanhada do Ernesto, recebe das mãos de Neusa Aguiar e Bernadete Cerimbeli, o título de destaque social entre as dez mulheres mais elegantes de 1977. Mas o que vale destacar é que meus pais sempre foram parceiros em tudo. z

gosto dos trabalhos, a exposição da Escola Profissional Kirana Lacerda, que tem na direção a professora Maria Furtado Rick. A turma de formandas deste ano teve como paraninfa a sra. Alzira Rabello Elias, que lhes ofereceu um “coch” em grande estilo. n Contamos com um novo elemento na ZYT-3, Rádio Araranguá, Celso Ramos, que sabemos dará novo impulso à emissora. n Registramos com satisfação a conclusão de curso na Faculdade de Bagé de nosso prezado amigo Nilson Matos Pereira. Na UFSC, de Regina Dutra. Na Universidade de Pelotas, de Enio Nagel. [Demétrius]

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Sim, é verdade. Para alguns indivíduos um simples banho de sol é capaz de provocar erupções dolorosas na pele. “No entanto, esse problema não é comum”, garante a dermatologista Ediléia Bagatin. No caso, pode-se dizer que existe mesmo uma alergia ao sol. Só que essa reação alérgica nunca aparece do nada. “Ela é mais frequente quando a pessoa já tem alguma doença de pele ou está tomando algum remédio.” As drogas mais perigosas, nesse aspecto, são os antibióticos e as pílulas anticoncepcionais. “Eles aumentam a sensibilidade aos raios solares”, esclarece a dermatologista Shirlei Borelli, de São Paulo.

5 - Os bronzeadores à base de urucum são os melhores?

“Não, isso é um absurdo”, alerta Ediléia Bagatin.

“Em primeiro lugar, o termo bronzeador não deveria nem existir. Isso porque não há nenhum produto capaz de estimular o bronzeado.” Em outras palavras, só a radiação solar consegue estimular a melanina, o pigmento que escurece a pele. O que existe na formulação dos cosméticos são outros pigmentos que se depositam no corpo e enganam os olhos, conferindo o tom alaranjado. E muita atenção: o urucum é totalmente contra-indicado. “Ele provoca queimaduras, pois seus componentes aumentam a ação dos raios ultravioleta”, diz Ediléia.

6 - O que devo fazer para evitar o ressecamento e tratar as queimaduras?

O calor do sol acaba ressecando a pele. “Para impedir que isso ocorra, use sempre um filtro solar com creme hidratante”, recomenda Zilda Najjar. É preciso repor a água perdida. Por isso, também tome um banho rápido, de preferência frio ou morno, depois da exposição. Já o tratamento das queimaduras vai depender da gravidade delas. “Se forem só bolhas pequenas e superficiais, que se rompem durante o banho, evite o sol por uma semana e use um creme hidratante”, ensina Zilda. “Mas, se elas forem grandes e profundas, não deixe de procurar um médico.”

7 - O bronzeamento artificial leva ao câncer de pele?

“Se ele for realizado com freqüência, pode levar, sim, ao câncer de pele”, afirma Shirlei Borelli. As câmaras de bronzeamento artificial emitem separadamente os raios ultravioleta A

JORNALECO 363 1O/01/2011

1 - Além de satisfazer a vaidade, qual a importância do bronzeamento para o corpo?

O bronzeado intenso só vale para agradar a vaidade, não é sinal de saúde. “Ele indica que a pele foi agredida”, ensina a dermatologista Ediléia Bagatin, da Universidade Federal de São Paulo. Já aquele leve ar corado de quem tomou um pouco de sol é diferente: “Isso, sim, é fundamental”, diz a especialista. O sol leva o organismo a absorver a vitamina D — substância que nos ajuda a aproveitar o cálcio da comida. Esse mineral, sempre é bom lembrar, é indispensável para a formação e a manutenção dos ossos. Em resumo, uma pitada de sol é capaz de prevenir a osteoporose, doença em que o esqueleto fica enfraquecido. No entanto, meia hora de exposição aos raios solares por dia já é o suficiente para você obter os benefícios. “Faça isso sempre antes das 10 e depois das 15 horas”, recomenda Ediléia.

2 - Alguns alimentos podem acelerar o bronzeamento?

Quem se esbalda com cenoura, beterraba, mamão ou caqui dá a impressão de que se bronzeia mais depressa. Essas comidas não estimulam o pigmento da pele, a melanina, como no verdadeiro bronzeado. Na verdade, elas são ricas em outro pigmento, o caroteno, que se deposita na pele. “Essa substância lhe dá um tom amarelado”, conta Ediléia Bagatin.

3 - Os autobronzeadores oferecem algum risco à pele?

Não, a menos que o indivíduo tenha alergia aos seus componentes. “O único problema é que esses cosméticos são à base de corante e eles podem deixar algumas manchas”, alerta a dermatologista Zilda Najjar, da Universidade de São Paulo. “Nesse caso, a pessoa ficaria com faixas de ‘cores’ diferentes.” Os pigmentos presentes na fórmula dos autobronzeadores impregnam a pele e, assim, podem “bronzear” sem sol. Se a sua escolha recair sobre eles, lembre-se de passá-los só uma vez por dia e no corpo inteiro de maneira uniforme, para evitar aquele efeito zebra.

4 - É verdade que existem pessoas alérgicas ao sol?

Formandos do Colégio Comercial

v 10 perguntas sobre bronzeamento

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Conquistar um corpo dourado é o desejo de quase todo mundo no auge do verão.

Mas expor-se aos raios solares pode custar um preço muito alto, que vai de queimaduras e descamação até o câncer de pele

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Dra. Liana Grechi de Oliveira CRO 11.148 Fone | Fax: 48 3524-6097 Rua Caetano Lummer tz, 91 Ed. Osvaldo Cruz | Sala 103