Na opinião do Dr. George Vaillant, psiquiatra e psicanalista americano que coordenou a maior pesquisa sobre alcoolismo já feita no mundo, ALCOÓLICOS ANÔNIMOS é o que há de melhor para a recuperação do alcoolismo. Seu programa dos 12 Passos são princípios morais e espirituais para uma mudança de idéias e atitudes pessoais. Foi criado há 75 anos por alcoólicos e se organiza em pequenos grupos espalhados pelo mundo, realizando reuniões onde não se faz uso de medicamentos ou palestras que não sejam os depoimentos dos próprios membros. Sua grande mensagem diz que é possível um alcoólatra se livrar da obsessão pela bebida e passar a viver uma vida útil e feliz sem precisar beber. Para que um alcoólico se beneficie do programa de A.A. só é preciso querer, aliado a uma boa dose de humildade para render-se e aceitar ajuda, e boa vontade para praticar o programa que os Alcoólicos Anônimos sugerem, um dia de cada vez. z
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A BOA IMPRESSÃO É A QUE FICA
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O último trem... Barranca à vista!!! (4/FINAL) SALVADOR / FCA
E segue o trem. Algumas horas de viagem ficaram para trás e pelo estado físico dos passageiros dá para notar que nem todos teriam resistência para o dobro de tempo, caso o percurso fosse maior. Há, por exemplo, quem esteja quase “aos pedaços” de tanto sofrer com o cuidar dos filhos, estes que não param um minuto sossegados, insistindo em viajar na janela, com a cabeça para fora, ou aprontando um vaivém constante nos estreitos corredores, importunando outros viajantes. As roupas deles, então, estão simplesmente Embarque no trem, em Araranguá. Foto: anos 1940/50 imundas. A fuligem – que vem da locomotiva –, trazida pelo vento e que in- tranquilamente, sabendo que lá é o fim vade os vagões quando o comboio faz uma da linha e há todo o tempo do mundo curva mais longa, é apontada como a gran- para desembarcar. E assim, todos, ainda de vilã. Aí a vestimenta que era amarela no epílogo, vão se preparando para o ato vira ocre e a branca, cáqui. Todos deveri- final. Aos poucos o trem vai diminuindo a am usar roupas escuras, mas o causticante velocidade e, anunciando a chegada, o verão não deixa. Mesmo assim, como a maioria não via- maquinista apita forte pela última vez, ja com crianças tão espoletas, a viagem é para que ninguém mais se arrisque em descontraída e o que mais se nota no se efetuar passagem sobre a linha pois não aproximar as últimas estações é que ainda há como frear a longa composição repenhá disposição para o bom humor e até lar- tinamente. Em seguida, uma espécie de gos sorrisos. Começa aí o processo de “ar- descompressão da locomotiva acontece e rumar a casa”, ou seja, ajeitar e arrebanhar tudo vai parando lentamente, com boa as bagagens para o desembarque, aprumar parte do comboio dos vagões de passao corpo, ajustar a roupa no esqueleto e geiros encaixando-se perfeitamente na dar a última espiadela no visual externo, plataforma da estação. O trem, finalmente, cessa seus movijá que a paisagem continua fantástica. O Vale do Araranguá é exuberante por terra, mentos e começa a operação desembarque, o que acontece, como sempre, com mar e ar. É certo que ainda há mais de dez quilô- certa lentidão e pouca organização. É que metros de trilhos a serem percorridos, mas, nessa hora já não há compromisso da para quem já viajou mais de cinco horas empresa ferroviária com os passageiros e isto é insignificante e o melhor mesmo é cada um se vira como pode, carregando malas e bagagens rampa abaixo, nas cosestar tudo pronto na chegada. Agora, porém, já não há tempo para mais tas de ajudantes, em carrinhos de mão nada. Maracajá ficou para trás e a estação ou nas conhecidas carroças de frete. Auda Barranca é logo ali. Quase todos se tomóveis de aluguel praticamente inexismexem como formigas alvoroçadas, cada tem por ali. E, desse jeito, ninguém fica um querendo ganhar o corredor, este que para trás. Da estação da Barranca, o destino agora mal permite uma fila dupla de pedestres e, mais que isso, alcançar as duas portas que é a velha balsa que fica logo adiante, a menos de 100 metros dos trilhos e que ficam nas extremidades dos vagões. A propósito, nunca existiu uma porta vai cruzar o caudaloso e verde rio de emergência num daqueles vagões. É Araranguá, colocando todos no rumo do quase uma correria, mas há, também, quem centro da cidade, que também não fica tenha muita paciência e aguarde sentado, tão longe.
A marca do seu parceiro de estrada POSTOS IRMÃO DA ESTRADA DISK FONE (0**48) 3524-0071
1970 Urbana 1 2 . 4 9 4 Rural 13.717
1980 25.308 8.377
1990 33.519 6.841
2000 45.052 9.654
Total
33.685
40.360
54.706
26.211
Área territorial 412km 2 298km 2 Em 2010, a população é de 61.339 (Fonte: IBGE)
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE
ARARANGUÁ v i s i t e : w w w. a r a r a n g u a . n e t
ARARANGUÁ, 15 DE MARÇO DE 2011 • ANO 17 • Nº 368
Biblioteca Luís Delfino não mudou de nome A criação da biblioteca RG 8/3/2011
QUANDO UM ALCOOLISTA PÁRA de beber, ele acredita que o seu problema se resolverá só pelo fato de abster-se do álcool. Mas, na grande maioria dos casos, isso é um engano que apenas entretém o alcoólico nos intervalos entre as recaídas. O alcoolista não se dá conta do seu desamparo, tentando livrar-se sozinho da compulsão para beber e dos sentimentos recorrentes da mente alcoólica. Não percebe que precisa passar por uma profunda transformação pessoal. Sozinho, ele continuará o mesmo de quando bebia, com comportamentos e reações de bêbabo, cheio de autopiedade, ressentimentos e orgulho, que tem destruído mais vidas e relações humanas que o próprio álcool — ao alcoólatra, beber já é só um sintoma do alcoolismo; o transtorno mesmo, em si, está na sua psique de bêbado, que passa a ser predominante em sua personalidade, independentemente de estar bebendo ou não, o que explica as recaídas o mais das vezes. Para colocar-se num processo efetivo de libertação do álcool, é preciso recuperar-se do alcoolismo como um transtorno psíquico, pois que alcoolismo não é só a perda do controle para beber — uma vez estabelecida a dependência, a personalidade fica afetada por distorções emocionais e imaturação.
JORNALECO
César do Canto Machado
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Uma pessoa que eventualmente beba um pouco não sofre alteração de personalidade, influi mais é em seu estado de humor. Um alcoólatra, quando começa a beber, deflagra uma psique própria, desenvolvida ao longo do tempo de uso intenso de bebidas alcoólicas, por isso o alcoólatra age diferente das pessoas que bebem socialmente, sendo mais propenso a megalomania e atos de gentileza ou mesquinharia incomuns, como autodefesa e justificativa ao seu modo de beber.
EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA E RURAL DE ARARANGUÁ
ACERVO JORNALECO
A psique do alcoolista
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SOLO DO EDITOR RICARDO GRECHI
Era coreto e biblioteca até 1979; então destruíram o coreto, mas permanece a biblioteca
Fabiana Daniel, a bibliotecária de nossa biblioteca pública ali no centro do Jardim Alcebíades Seara, esclareceu-nos, através de e-mail, que a biblioteca ainda se chama “Biblioteca Pública Municipal Luís Delfino”, e não Ada Silva, a antiga bibliotecária (Orivalde Pereira aventou a possibilidade de haver uma bibliotecária anterior à Ada, mas Alexandre Rocha confirma-a como a primeira; Munir Bacha conta que Ada era extremamente organizada). Fabiana informa que houve uma tentativa de mudança no nome, mas que a alteração não ocorreu. O que é uma boa notícia, em respeito às pessoas que, em certo tempo da nossa história, escolheram homenagear o poeta catarinense Luís Delfino. E em que não se prove qualquer desmerecimento, seu nome deverá permanecer. Em sua Pequena Bibliografia Crítica da Literatura Brasileira (4a edição, 1967, Edições de Ouro) Otto Maria Carpeaux escreveu: ○
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“Luís Delfino dos Santos nasceu em Desterro (hoje Florianópolis), Santa Catarina, em 25 de setembro de 1834, e morreu no Rio de Janeiro, em 31 de janeiro de 1910. Luís Delfino é, a muitos respeitos, um poeta singular. Sobrevivendo a todos os românticos de sua geração, percorreu depois do romantismo as fases parnasiana e simbolista, nunca renegando, porém, a exuberância condoreira de sua inspiração. As dificuldades que esse feitio do poeta criou aos críticos aumentaram pelo fato de que publicou em vida só poesias dispersas; todos os seus volumes de versos são de edição póstuma. Daí se explicam as grandes diferenças entre os juízos sobre o poeta: verdadeiro endeusamento, ao lado de graves restrições e até menosprezo.” Em sua Apresentação da Poesia Brasileira, Manuel Bandeira traz dois sonetos de Luís Delfino, que reproduzimos abaixo: (RG) ○
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In Her Book
A Primeira Lágrima
Ela andou por aqui; andou. Primeiro Porque há traços de suas mãos; segundo, Porque ninguém, como ela, tem no mundo Este esquisito, este suave cheiro.
Quando a primeira lágrima caindo, Pisou a face da mulher primeira, O rosto dela assim ficou tão lindo E Adão beijou-a de uma tal maneira,
Livro, de beijos mil teu rosto inundo, Porque dormiste sob o travesseiro Em que ela dorme o seu dormir, ligeiro Como um sono de estrela em céu profundo.
Que anjos e Tronos pelo espaço infindo, Qual rompe a catadupa prisioneira, As seis asas de azul e d’ouro abrindo, Fugiram numa esplêndida carreira.
Trouxeste dela o olor de uma caçoula, A luz que canta, a mansidão da rola E esse estranho mexer de etéreos ninhos...
Alguns, pousando à próxima montanha, Queriam ver de perto os condenados. Da dor fazendo uma alegria estranha.
Ruflos de asas, amoras dos silvedos, Frescuras d’água, sombras e arvoredos, Dando seca aos rosais pelos caminhos...
E ante o rumor dos ósculos dobrados, Todos queriam punição tamanha, Ansiosos, mudos, trêmulos, pasmados...
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O primeiro livro tombo foi assinado pelo então prefeito Tenente Rui Stockler de Souza, ainda no início de 1941. O livro Mundo em que vivemos, de H. Van Leon, inaugurou a coleção. Entre os primeiros, estava o Minha Luta, de Adolf Hitler. Assim foi se constituindo o acervo da Biblioteca Pública Municipal Luís Delfino, que em menos de três anos chegou a quase 2.500 livros. Mas o sonho dos apaixonados pela leitura somente ganharia endereço definitivo no dia 28 de outubro de 1943. O Jardim Alcebíades Seara recebia a comunidade, autoridades e estudantes para a solene inauguração da biblioteca. Leia a ata do evento: Ata das solenidades com as quais se instalou a Biblioteca Pública Municipal “Luís Delfino” no coreto construído no centro do jardim: Aos vinte e oito dias do mês de outubro de 1943, presentes as autoridades civil e eclesiásticas do município, os escoteiros da Associação Atlética Barriga Verde, de Araranguá, e grande número de populares, fez-se a entrega da Biblioteca “Luís Delfino” ao povo de Araranguá. A solenidade constou do seguinte: hasteamento da bandeira ao som do Hino Nacional. Em seguida, o sr. Herculano Furtado Júnior, secretário municipal, em nome do sr. 1o tenente Rui Stockler de Souza, fez a entrega oficial da biblioteca ao povo, concitando a gente desta terra na luta pela cultura e pelo saber. Respondendo, a sra. Donatila Borba disse do agradecimento e da satisfação que iam na alma dos araranguaenses em face da bela realidade que era a feliz iniciativa do sr. prefeito Rui Stockler de Souza. Após isso feito, os presentes foram convidados a passar ao recinto da biblioteca propriamente dito, onde lhes foi oferecido um cálice de “vermouth”. E nada mais havendo que consignar, dou por encerrada a presente ata no fim da qual assino. HERCULANO FURTADO JÚNIOR SECRETÁRIO MUNICIPAL
(Alexandre Rocha - J.101, nov./1999)
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15/03/2011 • ANO 17 • Nº 368 ESTA EDIÇÃO: 4 PÁGINAS
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H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H
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