Jornaleco 374 15 jun 2011

FONE

Automóveis

A inducação? Tá cada veiz mió, sô!

Professores continuam sendo ameaçados por alunos que apenas passeiam pelos bancos escolares e depois não aceitam as notas que lhes são justamente atribuídas. Outros, só conseguem ministrar aulas pedindo o apoio policial para não serem agredidos. Brigas violentas entre alunos dentro e fora das instituições de ensino já fazem parte da grade curricular.

Escolas caindo aos pedaços, educadores, que mesmo com o caos e o menosprezo dos que comandam o Ensino no país, seguem cumprindo a sua missão, carregando o pesado madeiro, subindo ao calvário todos os dias do ano letivo, ensinando aos alunos seus direitos e obrigações, enfim, ensinado-os a serem livres, honestos, solidários e críticos.

Numa outra ponta desse sistema capenga está os desastres do Enem 2010 (Exame Nacional do Ensino Médio) que custou ao Governo Federal cerca de R$ 140 milhões pelos erros de impressão no cartão de respostas das provas aplicadas. E sabemos que essa conta vai ser paga por todos nós contribuintes, como sempre. Este contingente ministerial, que não justifica o seu salário polpudo, com certeza, faltou às aulas de matemática. Vários culpados, nenhum punido. E o corso segue.

Falando em matemática, Pitágoras e outros cientistas dos números se revolverem nos túmulos com mais essa façanha dos “experts”: cerca de 37 mil escolas receberam livros ensinando que 10 - 7 = 4 e que 16 - 8 = 6. O material custou ao MEC R$ 14 milhões com o projeto.

Essas e outras piadas de mau gosto jazem nas lápides no cemitério do ensino brasileiro. Acrescentem aí, nesse túmulo, o diálogo entre um senador e o ministro da Educação, quando enveredam por um estranho caminho durante audiência na Comissão de Educação do Senado. Sobre falar escrever “os livro, as mesa, dez real, as pessoa”, que é o querem que aceitemos a ferro e fogo, um senador questionou o ministro da Educação sobre o tema e disse que até o ditador soviético Josef Stalin (1878-1953) defendia a língua em sua forma mais culta durante o regime soviético. Em sua “brilhante” contestação, o ministro disse que há uma diferença entre o Hitler e o Stalin que precisa ser devidamente registrada: “Ambos fuzilavam seus inimigos, mas o Stálin lia os livros antes de fuzilá-los”. O que é que é isso, minha gente, Hitler, Stalin? Só faltou Jack Estripador e o Drácula.

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JORNALECO ARARANGUÁ, 15 DE JUNHO DE 2011 • ANO 18 • Nº 374

O museu do automóvel Relicar, do araranguaense Alveri Aguiar de Sá, é um dos maiores patrimônios de que dispomos, pelo valor histórico-cultural e projeção turística (veja cartaz).

Só em olhar para cada um daqueles automóveis antigos nos faz viajar pelas estradas do tempo. Saiba mais pelo site www.pie.com.br/relicar.php

Galeria Galeria

Os professores, a última fronteira do ensino, mais uma vez, estão em greve. Envergam mas não quebram. Cabeças pensantes que se fossem prestigiadas as crianças, os jovens não estariam aí, tateando no escuro, sem perspectivas, buscando ajuda na internet que na maioria das vezes lhes deseducam ainda mais. Educar, alertar, orientar, dignidade, não são prioridade desse governo e nem dos anteriores.

Ano Xiv - julho/AGOSTO de 1972 diretor WLADINIR LUZ redator ERNESTO GRECHI FILHO produção gráfica NEI Publicado nas oficinas da GRÁFICA ORION, de abril de 1960 a maio de 1975

Algo estranho acontece na orla do mar Pessoas vindas dos balneários de Arroio do Silva e Morro dos Conventos, ontem, contaram que na beira da praia o ar estava irrespirável, poluído por coisa estranha, que causava forte irritação nas vistas, provocando tosse. Rumamos para a beira-mar.

Em contato com o primeiro morador do Arroio do Silva, o mesmo nos informou que não era possível nem pescar. Estava com os olhos irritados e tossindo. O pescador, na sua humildade de entender as coisas, adiantou-nos, com ares de conhecedor do assunto, que tudo aquilo estava sendo causado pelas “bombas que a França está estourando no mar”. De qualquer forma, com bomba francesa ou não, começamos a sentir a garganta irritada e os olhos lacrimejar. Lá ficou o mistério.

CA 259 Gordo e Murcilhão, Pedro e Badejo (1973)

A BOA IMPRESSÃO É A QUE FICA

Av. XV de Novembro, 1807 - Centro

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Encerro essa crônica com um texto para uma peça de teatro que eu fiz, já foi encenada várias vezes. Como agora falar e escrever errado é certo, me permito deixar esse legado aos leitores. “Inducá, pra quê? É mio dexá tudo como tá, se não essas criançada vai querê sê político, ganhá cargo di confiança, enganá, etc. etc. Quem mandô sê professô e não político? É por isso que os professô são tudu um bando di inguinorante. As escola tão caindo aos pedaçu? É mentira, é calúnia! Elas tão caindo inteira!”

Fechar aspas.

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“O enfrentamento ocorrido entre índios e colonos no Sul reserva episódios que evoluíram de combates e disputas menores para carnificinas que ceifaram a vida de talvez milhares de homens. A hecatombe indígena é um fato consumado...” (siga em A História de Araranguá, nova edição, 2005, nota da pág. 41 a 44)

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ARARANGUÁ v i s i t e : w w w. a r a r a n g u a . n e t

ENAPEL outorga diplomas de HÁ 38 ANOS Consagração Pública em Araranguá

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Lony Rosa

EM FRENTE A DIMASA

nesta edição

pág. 3

NECO PEREIRA (1973)

lonyrosa@hotmail.com

Taça Ótica Alcidino Em agosto teremos o início do campeonato de futebol de salão da cidade.

Foi campeão pela primeira vez o E.C. Murialdo, e possui a taça doada pela Ótica Alcidino.

Veremos agora quem será o vencedor desta belíssima taça, que pertencerá ao time três vezes campeão.

CA 258

No dia 10 de agosto de 1973, por volta das 21h00, na acolhedora sede do Araranguá Tênis Clube, a ENAPEL - Pesquisa e Publicidades Ltda. fez entrega aos legítimos vencedores da “Preferência e Simpatia Pública” da cidade de Araranguá. Eis alguns vencedores: [Nota do Jornaleco: Uma jogada publicitária que se repete com sucesso ano a ano é a venda de certificados de destaque empresarial com promessa de pesquisa pública. Os promotores, geralmente vindos de longe, sem grande ou nenhuma referência, aproximam-se de algumas empresas e profissionais liberais previamente escolhidos e informam que eles foram eleitos pelos consumidores e clientes como os mais lembrados e eficientes, e que haverá uma grande festa para a entrega de um diploma conferindo o título, com divulgação em vários órgãos de comunicação. Ou seja, a empresa ou profissional podem ganhar uma grande promoção em cima disso. Depois de expor a coisa, vem a “mordida”. Quem paga aparece e ganha diploma, quem não paga é omitido (nesse caso, para assegurar a “credibilidade”, eles não substituem as entidades “eleitas” desinteressadas no ato presente, mas, para o ano seguinte, procuram outras. É um golpe publicitário que, de certo modo, expõe as empresas e profissionais com grande alarde e todos faturam com isso, compreendendo-se que tudo não passa de uma pequena farsa para uma grande festa. A seguir, segue a lista dos “vencedores” de 1973, naquela que talvez foi a primeira incursão deste tipo de “golpe” aqui em Araranguá, levando-se em conta que alguns nomes relacionados eram mesmo os mais importantes em seus segmentos. E alguns não existem mais.] z Dimasa (veículos) z Dr. José Borges Dias (advogado) z Alfaiataria Vaioca z Auto Elétrica Caroço z Madeireira Catarinense z Jeremias e Corbetta (materiais para escritório) z Flávio Crippa (loja de rádios) z Casa Bandeirante (loja de roupas) z Dr. Altair Acorde (dentista) z Empresa Nacional de Engenharia z Bebidas Costa & Cia. z Distribuidor de Gás Bruno Kunhaski z Gomes, Garcia & Cia. (materiais de construção) z Pioneiro (contabilidade) z Café Bertoncini (torrefação e moagem) z Dr. Enio Rosa (engenheiro civil) z Adi Antonio Cândido (despachante) z Escola de Datilografia Remington z Padaria Becker z Urbano Grechi (fábrica de calçados) z Joalheria e Ótica Alcidino z Casa da Criança (roupa infantil) z Casa Nova (roupas masculinas) z Ferreira & Cia. (fogões) z Lindo Ramos (móveis) z Mercearia Paquetá [no Arroio do Silva] z Restaurante Becker z Tipografia Cruzeiro [o jornal Correio de Araranguá era propriedade da Gráfica Orion, que será “eleita” a melhor gráfica em 1996] z Auto Escola Criciúma z Empresa União de Transportes z Posto Sete z Serralheria Nossa Senhora do Carmo z Comercial Zanatta (implementos agrícolas) z Instituto de Beleza Ponto Chic z Posto de Molas Freitas (veículos) z Supermercado Giassi z Rádio Araranguá.

CA 259

novo episódio de A TURMA DA PRAÇA

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JORNALECO jPANFLETO CULTURAL

15/06/2011 • ANO 18 • Nº 374 ESTA EDIÇÃO: 8 PÁGINAS

Distribuição gratuita Periodicidade quinzenal Tiragem: 1.000 exemplares

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO E PROJETO GRÁFICO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi , Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSÃO GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado OFICINA José Nei da Rosa, Valdo, Welington, David, Toninho Abel

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)

UMA PUBLICAÇÃO

ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.000 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br

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Nesses anos todos – confesso –, perdi de vista o professor Edmundo, na marcha natural que a vida nos impõe, separando e distanciando as pessoas. Só vim a lembrar dele há pouco tempo, quando li um pequeno livro que trazia seus comentários (aliás, escrevi sobre isso aqui mesmo, nas páginas do Jornaleco).

Todavia, eu ainda não o encontrara pessoalmente.

Isso só veio a acontecer há três meses (em fevereiro de 2011). O filho de um amigo meu, que é cartunista do Diário Catarinense, lançou, na data mencionada – em parceria com outro jornalista –, um livro versando sobre FUTEBOL*. Fui convidado para o lançamento pelo seu pai, José da Silva, que conheço desde os velhos tempos de Criciúma. No mesmo evento, tive o prazer de – FINALMENTE! – rever o professor Edmundo. Ele se aproximou de mim, pronunciou meu nome completo e – pasmem – revelou-me que lera o meu livro “Tragédia no Sul”. E, mais ainda, gostara muito!

Conversamos longamente, mesmo considerando a dificuldade de se manter uma conversa aproveitável em meio a risos, tilintar de copos, e, ao mesmo tempo, cumprimentando outros amigos, desviando dos encontrões, mastigando. É um exercício meio louco, que nos obriga a falar demasiado alto e a concordar com frases nem sempre inteligíveis... Enfim, conversamos, mesmo aos tropeços.

O melhor de nossa conversa – quero dizer: a parte mais substancial e mais aproveitável – só viria a se concretizar no último minuto do agitado papo. Sobre isso, porém, prefiro falar na próxima crônica, pois o assunto abordado merece explicações mais detalhadas. Mesmo porque o tema diz respeito a Araranguá, e quando falo sobre minha terra quero deixar as coisas muito claras, com todas as nuances que o caso exige. Portanto, até lá.

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PARÁBOLAS A corda sobre o abismo Os discípulos perguntaram certa vez: – Explique-nos, querido Rabi, como podemos servir a Deus.

Respondeu ele: – Como posso saber?... – então, passou a lhes contar esta história: “Um rei tinha dois amigos que foram declarados culpados de um crime e condenados à morte. Ora, embora o rei gostasse muito deles, não ousou libertá-los imediatamente por medo de dar mau exemplo ao povo. Por isso, este foi seu veredicto: – Uma corda deve ser esticada sobre um abismo profundo e cada um dos dois homens caminhará sobre ela, para a salvação e a liberdade ou, se cair, para a morte.

O primeiro atravessou com segurança.

O outro gritou para o primeiro, através do abismo: – Amigo, diga-me como conseguiu.

Respondeu o primeiro: – Como posso saber? Tudo que fiz foi isto: quando me via pendendo para um lado, inclinava-me para o outro lado.

(Anthony de Mello)

Qual a diferença entre um cachorro e um político atropelados?

R.: Antes do cachorro há marcas de freada...

Um advogado e sua sogra estão em um edifício em chamas. Você só tem tempo pra salvar um dos dois. O que você faz?

Você vai almoçar ou vai ao cinema?

Um baiano deitado na rede pergunta pro amigo: – Meu rei... tem aí remédio pra picada de cobra?

– Tem não, meu lindo. Por que, você foi picado?

– Não, mas tem uma cobra vindo na minha direção.

A mulher comenta com o marido: – Querido, hoje o relógio caiu da parede da sala e por pouco não bateu na cabeça da mamãe...

– Maldito relógio. Sempre atrasado...

Como é que se chama um traficante armado até os dentes?

R.: É melhor chamar de senhor...

* Almanaque do Futebol Catarinense, de Zé Dassilva e Emerson Gasperin.

CASA NOVA

A BANDA

Pluralidade que não se reduz à unidade é confusão; unidade que não depende de pluralidade é tirania.

uplemento

Fiz uma aposta com meus companheiros.

Apostei que apesar do gelo e da neve eu sobreviveria por toda uma noite em uma montanha próxima.

Levei comigo um livro e uma vela e passei a noite sentado, exposto a um frio que jamais havia experimentado.

Pela manhã, mais morto do que vivo, cobrei o pagamento da aposta.

Eles não queriam pagar e começaram a me interpelar: – Não teve nada, nada mesmo, para se aquecer?

– Nada – respondi cansado.

– Nem mesmo uma vela? – continuaram.

– Sim, levei uma vela.

– Então, perdeu a aposta – gritou um deles.

Achei melhor não discutir. Fui para casa descansar.

Alguns meses depois, convidei os mesmos companheiros para um banquete.

Na sala de estar, eles aguardavam que a refeição fosse servida. As horas se arrastavam e nada.

Meus companheiros começaram a resmungar pela demora. Então resolvi convidá-los para irem até a cozinha comigo.

Fomos todos juntos à cozinha. Mostreilhes uma enorme panela cheia de água e, bem embaixo dela, uma vela acesa. A água nem estava morna.

Comentei com indiferença: – Ainda não está pronto. Não sei por qual motivo, afinal, a vela está aí acesa desde ontem. (Assis Almeida e Alexandre Bortoletto)

Em janeiro de 1978 fui trabalhar em Brasília, onde permaneci até 1983; de lá fui removido para Curitiba, onde morei até 1987; nesse ano, regressei à minha querida Ilha de Santa Catarina, com o sentimento reconfortante de quem “volta ao ninho antigo”...

Marco Aurélio Massoterapeuta

S S

A aposta

Quando estudei na Faculdade de Direito da UFSC, na década de 1970, um dos meus professores era o Dr. Edmundo José de Bastos Júnior; ele lecionava Direito Penal, e suas aulas eram apreciadíssimas por quase todos os alunos. Lembro-me de seu bom-humor, das histórias hilariantes que ele usava para ilustrar as aulas: conseguia, assim – num inteligente método didático –, manter nosso interesse e nossa atenção por certos aspectos técnicos do Direito Criminal (nem sempre agradáveis).

Só mais tarde vim a saber que o competente professor era, também, oficial da Polícia Militar de Santa Catarina, tendo se reformado, anos depois, no posto de coronel.

Considerando que, àquela época, eu guardava certo ressentimento contra a classe dos militares, foi bom eu não ter tomado conhecimento, durante o curso, dessa sua condição – refiro-me, aqui, à atividade castrense –, pois, se soubesse, provavelmente teria havido, de minha parte, um bloqueio psicológico, o que impossibilitaria nossa futura amizade.

JORNALECO 374 15/06/2011

Beth

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Revendo um querido professor

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cialmente próprio para o caráter e talento femininos, traços que a mulher vem desenvolvendo nos últimos 100 mil anos.

Foram elas que criaram a família e a comunidade. Sem elas, os homens ainda seriam nômades ou viveriam em gangues.

A mulher é que deveria tratar das coisas por aí, como a administração de hospitais e escolas, programas de erradicação da miséria, saneamento básico, melhoria de estradas e iluminação, preservação do meio ambiente, política salarial, geração de empregos, estabelecer leis etc.

Que é como cuidar da casa: lugar de mulher não é só a cozinha, mas a casa inteira. A casa inteira mesmo, que é a cidade, que é o país.

Aos homens caberia desenvolver suas especificidades naturais em âmbitos onde têm se sobressaído, pelo menos em número: artes, ciência, filosofia, tecnologia, agricultura, defesa militar e esportes, serviços pesados e de certas habilidades manuais. E ajudar o governo das mulheres no campo da economia e da segurança.

Existem duas forças, ou pólos: um masculino e outro feminino. Os homens são mais homens e as mulheres mais mulheres, mas todos temos esses dois princípios. Cada princípio desses contém características próprias que definem a maneira de ser das pessoas, como mulheres e como homens, e que estabelece suas diferenças – adoráveis diferenças, cheias de mistério e graça, que faz cada um, quando tem mais a dar de si, querer tanto ao outro. Meu Deus, como eu amo a mulher! como me encanta e fascina! como eu a desejo! ...ops, é melhor voltar ao ensaio proposto.

Quem zela pela família e o lar e detesta a guerra que leva seus filhos? A mãe. Quem sabe o que é melhor para a educação, para a saúde? A dona de casa. Quem sabe o que é melhor para a cidade e o seu povo? A mulher.

Os grandes homens da política e dos governos são seres privilegiados com o senso de intuição e instintos femininos somado à sabedoria própria. Isso não significa que sejam necessariamente afeminados. Aliás, o homem que percebe em si a fração de hormônio feminino que contém, saberá melhor como satisfazer uma mulher, em todos os sentidos.

A maioria dos homens só se envolveu em política atraído, como moscas à merda, pela possibilidade de ganhar dinheiro e conquistar prestígio e poder, e é por isso que ainda há tanta injustiça, crime e miséria.

A mulher ampliou seu espaço e poder na sociedade.

Agora é preciso que ela reconduza a alma humana à sua dignidade e proteja o homem do próprio homem.

Mas está com cada ser humano, na sua totalidade, contendo esse caráter e aquele, realizar a grande viagem de volta a si mesmo, à sua essência de vida, ao seu querer de amor, sem motivações puramente egoístas ou vaidosas. Sem isso, a política partidária e os governos serão sempre uma transição de gangues, com uma ou outra individualidade de valor acima da massa ordinária. z

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Ensaio sobre a intuição feminina

A felicidade não é uma estação na qual chegaremos, mas sim uma forma de viajar.

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SOLO DO EDITOR RICARDO GRECHI

BLAISE PASCAL

A casa dos mil espelhos Tempos atrás, em um distante e pequeno vilarejo, havia um lugar conhecido como a casa dos 1000 espelhos. Um pequeno e feliz cãozinho soube deste lugar e decidiu visitar. Lá chegando, saltitou feliz escada acima até a entrada da casa. Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e a cauda balançando tão rapidamente quanto podia. Para sua grande surpresa, deparou-se com outros 1000 pequenos e felizes cãezinhos, todos com suas caudas balançando tão rapidamente quanto a dele. Abriu um enorme sorriso, e foi correspondido com 1000 enormes sorrisos.

IMAG ENS NET

Quando saiu da casa, pensou, “Que lugar maravilhoso! Voltarei sempre, um montão de vezes”.

Neste mesmo vilarejo, um outro pequeno cãozinho, que não era tão feliz quanto o primeiro, decidiu visitar a casa. Escalou lentamente as escadas e olhou através da porta. Quando viu 1000 olhares hostis de cães que lhe olhavam fixamente, rosnou e mostrou os dentes e ficou horrorizado ao ver 1000 cães rosnando e mostrando os dentes para ele.

Quando saiu, ele pensou: “Que lugar horrível, nunca mais volto aqui”.

Todos os rostos no mundo são espelhos.

(Folclore japonês)

CN

CANOAS / RS

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Brasileiros se entopem de psicofármacos Venda de Rivotril tem alta de 36% em quatro anos no Brasil M 4 ANOS, o salto foi de 36%; tranquilizante é o segundo mais vendido entre drogas com receita e só perde para anticoncepcional. Para psiquiatras, há um abuso na indicação do tarja preta clonazepam, que causa dependência e danos na memória.

A venda do ansiolítico clonazepam disparou nos últimos quatro anos no Brasil, fazendo do remédio o segundo mais comercializado – entre as vendas sob prescrição.

remédio e que se tornaram dependentes da droga.

Para o psiquiatra Mauro Aranha de Lima, conselheiro do Cremesp (Conselho Regional de Medicina), é “evidente” que existe indicação inapropriada do remédio, especialmente por parte de médicos generalistas, não familiarizados com a saúde mental.

“Em geral, começaram a tomá-lo por sugestão de amigos e vizinhos, em um momento de tristeza, após terminar um namoro, por exemplo. Não é doença. Depois, não conseguem parar de tomá-lo porque têm medo de não se adaptar. É mais uma dependência psíquica do que física”, acredita.

Muitos pacientes, segundo ele, já chegam ao consultório com queixas de ansiedade e pedindo o Rivotril. “As pessoas trabalham até tarde, chegam

Entre os usuários do Rivotril, existe um misto de glamorização e demonização em relação à droga.

Entre 2006 e 2010, o número de caixinhas vendidas saltou de 13,57 milhões para 18,45 milhões, um aumento de 36%. O Rivotril domina esse mercado, respondendo por 77% das vendas em unidades (14 milhões por ano).

Psiquiatras afirmam que há abuso na indicação desse psicofármaco, que causa dependência e pode provocar sonolência, dificuldade de concentração e falhas da memória.

Eles apontam algumas hipóteses para explicar o aumento no consumo: as pessoas querem cada vez mais soluções rápidas para aliviar a ansiedade, e o clonazepam é barato (R$ 10, em média).

Médicos de outras especialidades podem prescrever o ansiolítico e há falta de fiscalização das vigilâncias sanitárias no comércio da droga.

Procurada, a Anvisa (Agência Na-

DROGARIA

Marista DISK ENTREGA

em casa ansiosas e querem dormir logo. Não relaxam, não se preparam para o sono. Tomar Rivotril ficou mais fácil”, diz ele, também presidente do Conselho Estadual Sobre Drogas.

Lima explica que entre as medidas adotadas pelo Cremesp para conter o abuso no uso do remédio estão os cursos de educação continuada voltados a médicos generalistas.

Na sua opinião, a precariedade do atendimento de saúde mental no país também propicia o abuso do remédio.

INDICAÇÃO DE AMIGO O psiquiatra José Carlos Zeppellini conta que recebe muitos pacientes que não tinham indicação para usar o

Há 20 anos servindo a cidade inverno e verão

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Sem dúvida. A falta de controle na fiscalização e o baixo preço facilita o uso de qualquer droga. Por que no Brasil os opiáceos não são problema?

Porque o controle é rigoroso e o preço é alto.

Matriz: 3526-1339 - Filial: 3526-1112

E quais os problemas reais que esse remédio causa?

Eles são hoje a principal causa de queda em idosos nos EUA. Os profissionais têm medo de prescrever e ser processados depois. Também não há indicação médica para seu uso regular. A maioria dos usuários no Brasil são crônicos, dependentes, às vezes de baixa dose. A pessoa pode ficar dependente e não necessariamente fazer uma escalada da droga. Pode usar um comprimido de Rivotril por dez, 20, 30 anos e ficar só naquela dose.

Em quanto tempo a pessoa se torna dependente

A seguir, trechos da entrevista ao jornal Folha de São Paulo:

“O Seu Pão de Cada Dia”

AV. SETE DE SETEMBRO, 2155 - CENTRO - FONE 3524-2999

A dependência é tanta que, mesmo tomando o remédio só à noite, ela o carrega dentro da bolsa o tempo todo.

“Não vivo sem o meu Rivotril. Já é uma dependência mais emocional do que física.”

O fato de ser um remédio muito barato também ajuda?

O psiquiatra Ronaldo Laranjeira, professor na Unifesp e coordenador da Uniad (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas), alerta que três meses de uso do Rivotril já são suficientes para criar uma dependência da droga. Para ele, a falta de fiscalização no comércio do remédio, o baixo preço e um possível “conluio” da indústria com o mercado poderiam explicar o sucesso do remédio no Brasil, que não se repete em outros países. A Roche, fabricante do Rivotril, informa que o remédio faz sucesso porque é eficaz e barato. Também diz que, como a droga está há muito tempo no mercado, não há ações de marketing.

Santa Clara

RONALDO LARANJEIRA: Temos uma vigilância sanitária muito falha no Brasil. Duvido que essa quantidade de prescrição seja legítima. Nos países desenvolvidos, a tendência é de diminuição dos benzodiazepínicos. A prescrição médica é mais rigorosa e fiscalizada, o que não acontece por aqui. É curioso saber também por que o Rivotril se destaca entre todos os benzodiazepínicos, coisa que não acontece lá fora.

A gente pensa em algum conluio, em alguma colaboração da própria indústria com esse mercado ilegítimo ou cinza de venda do medicamento. Mas é só suspeita.

Páginas no Facebook, classificadas na categoria entretenimento, tratam o Rivotril como um “remedinho maravilhoso”. Outros grupos on-line, porém, discutem a dependência e os efeitos colaterais do remédio.

PANIFICADORA

“Não consigo dormir se eu não tomar 2 mg de Rivotril. Já entro em pânico só de pensar em ficar sem ele”, diz Mariana.

Mariana passa por consulta com o psiquiatra uma vez por ano. Mas, a cada mês, o médico renova para ela as receitas dos remédios. Pelo Rivotril, ela paga R$ 8 a caixa com 30 comprimidos.

Você tem alguma suspeita?

DEPENDÊNCIA OCORRE APÓS TRÊS MESES, SEGUNDO PSIQUIATRA

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O levantamento foi feito pelo IMS Health, instituto que audita a indústria farmacêutica, a pedido da Folha de São Paulo. O tranquilizante só perde hoje para o anticoncepcional Microvlar (em média, 20 milhões de unidades por ano).

A que o sr. atribui esse aumento do uso de Rivotril?

Em geral, após três meses.

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A ação do tranquilizante IMAGENS NET

E o que fazer se quiser parar?

Tem que ir diminuindo aos poucos a dose, por um período de seis semanas. Se parar de uma vez, tem risco de convulsões, de mal-estar. Mas, se a pessoa tem outros transtornos, precisa de avaliação.

“Não vivo sem o meu Rivotril”, diz vendedora Há cinco anos, a vendedora Mariana Vasconcelos do Prado, 26, não sabe o que é uma noite de sono sem o tranquilizante Rivotril. “Sei que estou dependente dele, mas não consigo largar porque me sinto muito bem”, diz ela.

Tudo começou com uma síndrome do pânico, quando ela se mudou de Atibaia (SP) para São Paulo, capital.

“Tinha medo de morrer. Não dormia.”

O diagnóstico foi feito pelo psiquiatra da tia, de Pouso Alegre (MG). À época, ela recebeu a prescrição do Rivotril e do antidepressivo venlafaxina.

“Comecei com a dose de 125 mg [de venlafaxina] e hoje tomo 37,5 mg todos os dias. O psiquiatra já sugeriu que diminuíssemos a dose do Rivotril, mas não adianta”, conta.

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“A VIDA ATRAVÉS DO VÍDEO”

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cional de Vigilância Sanitária) não se manifestou sobre o assunto.

JORNALECO 374 15/06/2011

Da Folha de São Paulo, com consultoria do psiquiatra Ronaldo Laranjeira

FOLHA:

ANSIEDADE Estimula a ação de um ácido (conhecido como gaba) no cérebro, que inibe a ativação de áreas relacionadas ao medo e à ansiedade SONO Reforça os estágios do sono REM, que correspondem aos períodos de sonhos, mas reduz os estágios não REM. Essas fases são justamente as que restauram as atividades nos neurônios INDICAÇÕES Tratamento de vários transtornos mentais, como síndrome do pânico, distúrbio bipolar, depressão (usado como coadjuvante de antidepressivos).

O remédio não é recomendado para aliviar tensões do cotidiano.

EFEITOS COLATERAIS Sonolência, movimentos anormais dos olhos, movimentos involuntários dos membros, fraqueza muscular, fala mal articulada, tremor, vertigem, perda de equilíbrio, dificuldades no processo de aprendizagem e de memorização.

DEPENDÊNCIA O tempo varia de pessoa para pessoa. Pode acontecer em um mês ou em um ano. Pacientes que tomam clonazepam não podem consumir álcool.

(Folha de São Paulo, 17/01/2011)

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10 dicas para manter a saúde no inverno Previna-se de doenças e condições comuns nas estações frias O ínicio do inverno brasileiro acontece por volta do dia 21 de junho. Porém, o frio já começou a aparecer em muitas cidades.

Essa época do ano favorece o aparecimento de diversas complicações. Problemas respiratórios e alérgicos, bem como doenças de pele, são alguns dos exemplos.

Também é nesta época que se ganha alguns quilos, resultado da ingestão de alimentos com maior valor calórico e também pela redução das atividades físicas.

Para manter a saúde mesmo durante o frio siga essas dez dicas: 1. Fique atento às variações de temperatura. Em casa, no trabalho e em outros locais fechados, costuma-se sentir calor.

Porém, ao sair destes ambientes, a brusca queda de temperatura pode facilitar a ocorrência de doenças, principalmente as respiratórias. Agasalhe-se antes de sair.

2. Mantenha a higiene doméstica, evitando o acúmulo de poeira, que desencadeia diversos problemas alérgicos.

Apesar do frio, mantenha a casa arejada durante o dia.

3. Evite banhos com água muito quente, que provocam ressecamento da pele.

4. Use soro fisiológico para olhos e narinas, em caso de irritação.

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(Secretaria de Saúde de São Paulo)

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5. Evite exposição prolongada a ambientes com ar condicionado (quente ou frio).

6. Durma em local arejado e umedecido.

Podem ser utilizados umidificadores de ar, toalhas molhadas ou reservatórios com água nos quartos.

7. As pessoas com alergia devem ficar atentas a cobertores que soltam pelos. Substituílos por mantas de tecido sintético ou algodão pode auxiliar na prevenção de rinites e outros quadros alérgicos.

8. As alergias também podem ser reduzidas lavando e secando ao sol, antes de usar, mantas, cobertores e blusas de lã, guardadas por muito tempo em armários.

Pacientes com antecedentes como bronquite e rinite costumam ter crises nesta época. É importante procurar um médico e seguir suas recomendações.

9. Atenção ao sol. Mesmo com o frio é importante manter o cuidado com o sol, utilizando protetores, especialmente quando o céu estiver “limpo”.

10. Tome muito cuidado com o acesso de crianças pequenas à cozinha. Evite que brinquem neste ambiente, atraídas pelo calor. Líquidos e panelas quentes causam graves acidentes. Em caso de queimadura a orientação é buscar atendimento médico imediatamente.

Por fim é importante tomar cuidado na escolha de alimentos, pois nesta estação é comum a procura por massas e doces. Para evitar o excesso de calorias lembre-se de caldos e sopas ricos em legumes e verduras que trazem calor, fibras e vitaminas para o organismo.

Manter o ritmo de atividades físicas também é importante.

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EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI ○

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por Marco Aurélio “Gordo” Grechi ○

ÀS 10 HORAS de uma noite do inverno de 1971, meu pai mandou que eu fosse dormir. Obedeci e fui para o quarto. Antes de deitar, fui à janela e olhei em direção aos fundos do terreno do tio Carlito (atrás do prédio do antigo Bar Central, no hoje calçadão). Dava para ver parte do Sinuca do Valmor e ouvir o barulho das bolas se chocando nas mesas. De lá avistei a minha turma jogando sinuca. Esperei um pouco, até que meu pai se recolhesse para dormir, e saí quietinho pela porta da cozinha. Passando pelos fundos, cruzei o atalho entre nosso pátio e o do tio Carlito, para chegar no grande casarão do “Taco de Ouro”.

Lá estava o Camila, que cuidava àquela noite, Marquinho Rocha, Pedrão (meu irmão, três anos mais velho) Mala, Luizão, Marquinho Dias, Murcilhão, Jorge Afonso e outros.

Tinha um cartaz que dizia “proibido para menores de 18 anos”, mas como o dono era nosso amigo, estava liberado.

Já passava pouco da meia-noite, quando encostou a viatura da PM, descendo uns dez policiais, cercando o salão.

E já foram perguntando a filiação e a idade. Uns tinham 18 e outros 16 anos, que por alegarem não estar jogando, escaparam.

Mas eu e o Jorge Afonso não tivemos a mesma sorte, pois menores de 16 anos só podiam ficar na rua até a meia-noite.

Então fomos levados para a viatura. Era uma picape com a carroceria coberta com lona, recém adquirida, e os homens estavam loucos para “batizar”.

Fomos colocados na parte de trás da viatura, com mais dez policiais fazendo a segurança. Parecia que levavam dois integrantes da máfia. Dali nos levaram para a residência do juiz. Chegando lá, acordaram a fera, que, aparecendo na porta, perguntou o que tinha acontecido. Sabendo do fato, aproximou-se mais, perguntando primeiro para mim de quem eu era filho. Respondi que meu pai era Ernesto Grechi Filho.

Depois, dirigindo-se ao Jorge Afonso, falou com voz alterada: – De novo tu aqui, rapaz!

Olhando de volta para mim, disse: – Esse rapaz não é companhia pra ti! –

Chás: ótima opção, mas sem exageros Uma simples xícara de chá proporciona manutenção da saúde contra as agressões de diversas doenças, tonificam o organismo, auxiliam na digestão, protegem o fígado e o sistema endócrino.

A maneira mais usual de preparação de chá é a infusão, onde se usa flores e talos das plantas. É um procedimento que conserva a maioria das propriedades químicas da planta. Outro método no preparo do chá é a decocção onde são utilizadas as partes duras das plantas, como as cascas, raízes e sementes.

Mesmo sendo muito utilizado tanto no inverno como no verão, o uso de chás não deve passar de 1 litro por dia e não se deve abusar de determinadas ervas, pois poderá causar efeitos maléficos. Os chás são importantes, quando tomados de acordo com a necessidade de cada indivíduo e é fundamental ressaltar que não se deve fazer proveito das ervas sem o perfeito conhecimento de seus efeitos colaterais e da correta dosagem.

CHÁS E SUAS FUNÇÕES NO ORGANISMO Chá verde é interessante quando tomado morno após as principais refeições (almoço e jantar). Estudos mostram que sua utilização ajuda a emagrecer, pois acelera o metabolismo. Um coadjuvante quando se está fazendo tratamentos de gordura localizada e celulite. Mas não se deve tomar chá verde após as refeições em casos de anemia. Nesses casos, consumir nos intervalos das refeições.

Chá de hortelã, menta, camomila, orégano ou carqueja devem ser tomados próximo às refeições, pois ajudam a quem tem problemas estomacais ou difícil digestão. Um auxílio importante quando se exige tratamentos para diminuir a indesejável “barriguinha”.

Chás calmantes só devem ser utilizados na hora de dormir. E sabemos que boas horas de sono são importantes para a beleza da pele. Tomar sob orientação.

Chá de gengibre aumenta a atividade celular e imunológica, bom para perder peso. É também antibacteriano e fungicida. O chá deve ser feito com apenas 3cm da raiz em 1 litro de água, ferver por 10 minutos, abafar mais 10 minutos e estará pronto para tomar. (vidaequilibrio.com.br)

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JORNALECO 374 15/06/2011

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mas ele não sabia que eu era do mesmo naipe. À essa altura, pensávamos estar liberados. Mas o juiz ordena aos policiais: – Levem eles pra casa e avisem aos pais para comparecer amanhã, às 10 horas, no fórum.

Ao entrar novamente no camburão, fui pensando em como iria contar ao meu pai, pois ele tinha me mandado dormir e eu desobedecera. Mesmo cercado por dez policiais, fui pensando num jeito de escapar da situação. Viraram a esquina do Café Brasil, e, mais na frente, pararam na casa do Jorge Afonso, que era no prédio da Farmácia Minerva. Então eu me saí com essa: – Enquanto ele chama o pai dele, pra ganhar tempo, eu desço aqui, pois moro ali na frente... – e deu certo.

Desci, fui caminhando, acelerando o passo aos poucos, e passei da minha casa para enganar a polícia, entrando na casa do tio Carlito. Daí comecei a correr para tomar o atalho e chegar em minha casa pelos fundos. Mas um infeliz golpe me esperava. À tarde do dia anterior, eu havia usado a vara do varal da tia Lice para apanhar goiabas, e não a recolocara de volta, pois não haviam roupas estendidas. Na correria e no escuro da noite, dei com a cara no arame farpado, que havia ficado à altura do meu rosto. Tive um sério ferimento na parte superior da boca, mesmo assim continuei a fuga, pulando o muro que fazia a extrema dos terrenos. O sangue corria pelo queixo, pingando sobre minha roupa. Subi a escada da área dos fundos de minha casa, forcei a porta e puxei o pino para abri-la. Finalmente, estava em casa.

Fui ao banheiro e me olhei no espelho.

Notei que o corte tinha sido grande. Lavei, coloquei papel para estancar o sangue, e fui até uma das janelas que davam para a avenida. Vi passar na frente do cinema o carro da polícia. Indo até o quarto, o Pedro acordou assustado, pois eu gemia muito. Perguntou o que tinha acontecido. Em seguida acendeu a luz para ver o corte, e ficou mais assustado ainda. Disse que era melhor chamar o pai.

Eu disse: – Não faz isso, se não o pai me mata!

Mesmo assim meu irmão foi e chamou o

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velho, que saiu “patinando” da cama.

Chegando ao quarto, furioso perguntou: – Tu não tinha ido dormir, seu moleque?

Agora aparece com o beiço cortado! Onde é que tu foi?

Eu, com voz baixa e engasgada, comecei a inventar: – Fui buscar a sabiá que ficou na rua... – Ele nem deixou concluir, me deu um lenço e me mandou para a cama.

Minutos depois, voltou, vestido para sair, e mandou que me arrumasse para irmos ao Antoninho da farmácia. Aí foi que eu vi que a mentira tem perna curta.

No caminho, fui pensando: “E agora, o que eu faço.” Antes de ele descobrir a verdade, resolvi contar tudo.

Batendo na campainha, imediatamente desceu o Antoninho, com o cabelo arrepiado e muito nervoso. Deu boa noite e perguntou: – Que foi, Ernesto? Tais nervoso...

– Eu tô, mas tu também tais... Que foi que aconteceu?

– Esse moleque do Jorge me acordou com dez polícias na minha porta. Fui obrigado a juntar na cinta...

– Então eles estavam juntos... Só que este levou a pior, apareceu desse jeito.

E assim fui levado para o interior da farmácia para fazer o curativo. Foi colocado dois grampos, tipo fucinheira, sem anestesia.

De volta para casa, meu pai me falou: – E tu não vai faltar a aula de manhã!

No dia seguinte, acordei com a boca inchada. Tomei um banho, coloquei o uniforme, peguei o material, fiz que fui para a aula, mas fui para a casa do meu amigo Badejo. Ao meio-dia, voltei para minha casa, como se tivesse chegado da aula.

Foi uma aventura amarga: para nossos pais, o desapontamento para com os filhos desobedientes; para nós, as consequências em desobedecê-los: o Jorge levou uma grande surra, e eu, um grave ferimento no rosto. Também se deduz um certo despreparo dos pais em conversar com os filhos, muito próprio da época, quando agiam duramente, não sabendo educar de outra forma.

Em tempo: apesar do clima tenso, o Antoninho fez o curativo com muita destreza, o que não me deixou nenhuma marca. z

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Reuniões 4as e 6as feiras, às 19h30 Igreja NS Navegantes - Arroio do Silva

Reuniões 2as f., 20h - Ao lado do H. Bom Pastor ○

Antigamente era a lei da pancada para educar os filhos. Lá estavam padres, professores e pais coniventes em que chineladas e tapas endireitavam as crianças. Hoje em dia, muitos pais, resignados, ainda querem justificar a violência das gerações passadas. O problema permanece. Continuam se formando bons homens e homens de mentira. Mas cada vez mais amplia-se a abertura para o diálogo amoroso e franco entre pais e filhos.

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Dra. Liana Grechi de Oliveira CRO 11.148 Fone | Fax: 48 3524-6097 Rua Caetano Lummer tz, 91 Ed. Osvaldo Cruz | Sala 103