RICARDO GRECHI
O ser apaixonado, ao projetar toda sua libido no outro, fica vulnerável. O amor é quando a paixão recíproca se consolida e ambos então reinvestem libido em si mesmos e tornam-se fonte de auto-estima um do outro, o que é a mais bela receita da felicidade.
Declaração de amor comparado Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito, nem mesmo a boca da Angelina Jolie e o nariz do Juca Chaves, nem mesmo a melancia da Mulher Melancia, nem a bengala do Kid Bengala é maior que o meu amor nem mais bonito.
Declaração de amor incondicional Se às vezes és doce e outras amarga, se às vezes és encantadora e outras irritante, se às vezes tenho vontade de beijar e acariciar teu corpo inteiro e outras de te encher de porrada, e ainda assim continuo contigo, é que te amo incondicionalmente, ou já teria corrido.
Declaração de amor patológico Amo você doentiamente. E é incurável.
Declaração de amor e ódio Quase não suporto mais pensar tanto em você, precisar tanto de você, da sua voz, do seu toque, do seu cheiro. Por isso odeio você por amá-la tanto. Desgraçada!
Declaração de amor
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Se eu disser que nunca antes amei como amo você, não é verdade. Porque o amor não tem medida, e se eu já o tive dedicado a outras, também não o era para nenhuma delas. Você é a única pessoa no mundo que pode me magoar de verdade, porque só você pode me elevar à plena alegria de viver. Você é o meu amor e a minha vida. E se a vida é feita de tempos perdidos e despedidas, desde sempre eu a estive esperando, porque a vida também é construção do tempo e encontro. O que eu quero dizer é que amo você com todo o meu coração e a desejo como nunca antes desejei outra pessoa. E se a Química e a Psicologia explicam isso como imperativos biológicos e psíquicos, deixa estar; fiquemos com a Poesia, que só ela traduz o perfume da flor, a beleza do mundo e esse meu amor por você. z
Lony Rosa
A falta dos pais Quando se fala em Dia dos Pais, soa como se fosse uma data do milênio passado que se encontra nesses pergaminhos empoeirados nalguma biblioteca de algum castelo medieval. Falar dos pais, hoje, nesse mundo desvairado, sem tempo para amar o próximo, o ser humano se envolvendo e admirando cada vez mais o supérfluo, não tem nada de romântico. Ações de descaso vem matando os sentimentos mais nobres da família, pais e filhos se entregam aos modismos, modelitos de irresponsabilidade, liberdade desenfreada para fazer o que quiser, engrossando o rol dos sinistros. A responsabilidade de ser pai começa antes da concepção, não basta colocar um filho no mundo e sentirse orgulhoso como se recebesse um diploma de progenitor, mesmo porque qualquer animal irracional faz isso. Vi uma propaganda na TV que demonstra bem os laços familiares se desmanchando em prol dos novos deuses eletrônicos: um pai chega em casa e é saudado alegremente pela filhinha. No primeiro momento ele estranha a cena, mas depois entende que essa afeição é causada porque um celular, um smartphone ou sei lá quê, estava nas mãos da menina que se emocionava com o presente dado pelo papai. Não é o fim do mundo, meus amigos, é apenas o começo. Comenta-se muito sobre a alta taxa de suicídios que vêm preocupando e que só não é divulgada abertamente pra não causar mais desconforto entre a população. Muitas pessoas, ainda jovens, desconsoladas, classe média e alta, arriscam tudo, ultrapassando a velocidade da vida, com pressa de chegar a lugar nenhum, porque acham que já viveram tudo. Não perceberam que fecharam as portas das cirandas, do convívio amigo, do sorriso franco e fácil, cedo demais. Os pais lamentam que seus filhos estivessem naquela caminho errado e muitos confessam abismados que nem sabiam. Como não sabiam? Quando se entrega as chaves do carro a um menor de idade, quando dentro de casa deixam os filhos sorver um golinho de bebida alcoólica – dizem que “só um golinho não tem nada de mais” –, quando o diálogo passou a ser a briga por uma mesada maior e, finalmente, quando a condescendência passou de não saber mais onde dormem seus filhos e quem são suas companhias, começa aí, justamente aí, a perda moral. E quando os pais tentam modificar essa conduta, já é muito tarde. O Dia dos Pais tem de ser comemorado todos os dias como uma data para refletir, organizar sua família, pensar bem se colocar um filho ou mais um filho no mundo é viável. Se está estruturado moralmente para conduzir desde o berço até a fase adulta um ser em desenvolvimento que não sabe andar sozinho. Amor, carinho, compreensão e sabedoria poderão, sob orientação paterna, formar um homem, uma mulher que protagonizará a vida com dignidade, com vontade de viver a vida, sem alterar sua rota. Assim teremos jovens acima dos oitenta anos, ensinando aos que estão chegando a alegria de ser útil e ser feliz.
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10/09/2011 • ANO 18 • Nº 379 ESTA EDIÇÃO: 4 PÁGINAS
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H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H
UMA PUBLICAÇÃO
EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado FOTOLITO DIGITAL David IMPRESSÃO Welington, Nei da Rosa, Valdo
ORION EDITORA
© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)
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“A chegada da ferrovia em Araranguá foi marcada por etapas: primeiramente chegou até Maracajá, por volta de 1924 (...) A partir de 1927, a sede do município pôde contar com transporte de passageiros (...)” (siga em A História de Araranguá nova edição, 2005, nota à pág. 172)
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE
ARARANGUÁ v i s i t e : w w w. a r a r a n g u a . n e t
ARARANGUÁ, 10 DE SETEMBRO DE 2011 • ANO 18 • Nº 379
1899 - Araranguá aos 19 anos Verde para que te quero POR CÉSAR DO CANTO MACHADO
Chamo a atenção dos amigos leitores do nosso sempre bom JORNALECO para o interessante texto publicado no República, um dos mais importantes jornais da Capital à época em que ainda era Desterro, quando um curioso visitante anônimo e missivistaredator fez um breve relato de como viu o nosso Araranguá, em 20 de abril de 1899, às portas dos 20 anos de emancipação e à entrada do Século XX. Demonstrando ser um conhecedor da lida do campo e de ter boas informações do lugar, o narrador curioso e bem informado detalha com precisão o chão araranguaense:
“
ESTE MUNICÍPIO é um dos mais vastos e também um dos mais ricos pela variedade de seus terrenos. De todos os do litoral ele é o único que possui campos de criação. Estes campos que se estendem desde o lugar denominado Lombas de Urussanga, que é o limite com o município de Jaguaruna, até o rio Mambituba, tem um comprimento de 14 léguas, sendo de duas léguas o de maior largura. É interrompido de vez em quando por algumas restingas e lagoas, banhados e cômoros. Próximo às dunas o campo não se presta para a criação, mas, à medida em que se afasta, o terreno vai se tornando mais sólido e as pastagens melhores, sendo nas margens das lagoas esplendias para os gados cavalar e bovino, não só pela qualidade do cajueiro Gerivá, que é uma excelente forragem. As demais terras do município, várzeas próprias para todas as culturas, acham-se ainda cobertas de lindas matas virgens que possuem variedades enormes de madeiras de lei e árvores frutíferas. Sendo um dos municípios maiores do território tem uma população diminuta e muito espalhada.”
Crítico, realista e atento às dificuldades que enfrentava a população do Vale em seu APOIO CULTURAL
Declarações de amor
tempo, o mensageiro do República não deixou de falar do velho e conhecido fantasma dos bancos de areia na barra, deságüe do rio Araranguá que vai dar no Morro dos Conventos e que no correr dos anos de sua utilização pelos navegadores causou vários acidentes, muitos com perdas humanas e prejuízos irreparáveis:
“O Araranguá é quase todo uma grande várzea por onde corre o rio que dá o nome ao município, rio que, apesar de ser o mais profundo do Estado, não possui barra que preste. Talvez seja ao fato de não ter correnteza, desaguando no meio de uma praia cheia de areias movediças. Muito exposta aos temporais de leste, será difícil conseguir-se uma barra franca para esse rio.” E, na sequência, o atento apontador mostrou a compensação do lugar indicando por onde poderia ser escoada a farta e variada produção do município, sem maior dificuldade:
“Mas, se a barra não dá saída, creio que o Araranguá, nem por isso, deixará de progredir; pois existe uma estrada de rodagem até a colônia Criciúma, por onde poderão subir os produtos de sua lavoura.” De volta à topografia e valorização do solo, minudente o redator dá destaque aos abundantes aquíferos e à variedade de produtos cultivados por todo lastro de chão araranguaense:
“Muitas lagoas existem neste município, a maior é a do Sombrio, que tem nove léguas de circunferência. A do Caverá, da Serra, dos Estevão e a de Urussanga são de pouca importância. A maior parte das terras do Araranguá acha-se coberta de matas virgens; além disso trata-se de um canal que, passando pelas diversas lagoas, liga a Laguna ao Araranguá. O vale desse rio é considerado como o mais fértil de todos os vales do Estado, e com razão. Ali eu vi belas roças de cana, milho e feijão, como nem no Tu-
barão existem. Atualmente todos plantam a alfafa, que dá de um modo prodigioso.” Impressionado com o que vê, o mesmo narrador da Capital ressalta, então, bichos e aves que dão vida e cor ao belo cenário que presencia:
“A fauna é mais rica que em outros lugares, pois existem animais que todo o resto do Estado possui, e mais o cervo, que só ali existe. Além do cervo há uma variedade de tucanos de bico encarnado; sendo no campo tantas as perdizes, que pegam em arapucas como se faz para pegar sabiás e pombas. As lagoas estão sempre com as suas margens cheias de palmípedes e pernaltas. Entre as mais belas existem os cisnes de pescoço preto e as elegantes cegonhas, como também o cor-de-rosa colhereiro e mais o vermelho guará. Pela manhã aquelas lagoas oferecem uma vista encantadora e animada, centenas de aves voam em todas as direções, refletindo sua passagem nas águas espelhadas. Às vezes aparece entre as tímidas aves uma cabeça chata e arruivada. Estas, ao verem-na, fogem aterradas. É a ariranha – ou a grande lontra das lagoas – que ali veio, entre as pobrezinhas, fazer mais uma vítima para seu sustento.” Baixando o pano, o anônimo escrevedor ilhéu revela a inversão de valores, no que se fale de lazer e recreação da época em relação aos nossos dias, onde o que muito se fazia livremente, sem repreensão e sentimento de culpa, hoje é proibido e conscienciosamente inadmissível:
“Que belo que é o município do Araranguá para os que, como o autor destas linhas, só tem por último divertimento digno a caça, a mais sã e útil de todas as paixões.
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