Jornaleco 383 01 nov 2011

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Léia Batista

O livro da Léia Batista Minha irmã Sana e a Léia são amigas desde criança, colegas de escola, e ainda passam bastante tempo juntas, o que é um fato raro, pois apesar das grandes amizades perdurarem entre as pessoas, muitas vezes a vida e as prioridades eleitas nos distanciam uns dos outros. Na noite de 11 de outubro, no “tablado cultural” do Centro Cultural, lá estava a Léia Batista lançando o Na Sala de Espera, seu livro de crônicas. E quem a assessorava? A Rossana Grechi, toda orgulhosa de presenciar o sucesso do sonho realizado da amiga. Com a publicação desse primeiro livro, Léia Batista, que há muito tempo vem publicando seus textos em jornais da cidade e sites da Internet, sacramenta-se como escritora. Seus primeiros escritos – poemas – foram publicados aqui no Jornaleco, há mais de 10 anos. Hoje Léia é reconhecida e admirada por todos nós. O prefácio ao livro, que tive a alegria de escrever, transcrevo-o abaixo, e reflete minha opinião sobre a escritora e sua obra. De alma feminina – em essência, não na abrangência total dos temas – e estilo intimista na maior parte, este livro de crônicas reunidas nos possibilita formar um panorama dos nossos dias e da sociedade e da cultura que nos cercam através da perspectiva de Léia Batista. A experiência de se ler seguidamente várias de suas crônicas é fascinante, quando somos envolvidos por uma onda de fatos caseiros e situações cotidianas, notícias gerais e apreciação de costumes, pessoas do meio e tipos humanos, com anotações da autora ora crítica, ora enternecida, ora perplexa, mas sempre sensível e coerente no que desvenda e sugere, revitalizando as relações humanas, as lembranças do tempo perdido, a fé e a esperança. Em Léia toda seriedade tem sua graça e toda graça tem seu porquê, tudo nos desperta e nos interpreta com sinceridade e perspi-cácia. As qualidades do seu texto – da clareza objetiva à amplitude romântica – nessas breves incursões com reflexão na vida de todos nós, faz de Léia Batista um dos valores absolutos da nossa literatura.

A quem elas pensam que enganam? Conheço muitas mulheres avulsas. Algumas nunca juntaram as escovas de dentes, nem dividiram o edredom com ninguém. Outras juntaram todas as tralhas que dois seres humanos precisam para viver juntos e, algum tempo depois, tiveram que separar. Em ambos os grupos de solitárias independentes percebo que rola um clima arqueológico. Onde todas, sem exceção, feito incansáveis arqueólogas, buscam encontrar, sob as ruínas dos encontros casuais e descartáveis, um sentimento raro, suspeitosamente extinto: o amor legítimo. Por mais que neguem, disfarcem, desconversem, jurem de pés juntos que não querem nada sério com ninguém, mulheres ímpares estão à procura de alguém que as torne par. Um ombro onde possam recostar a cabeça cansada de baladas ilusórias. Uma mão (ou duas) que ampare a sua. Um corpo que divida o mesmo espaço. Uma mente que lhe seja cúmplice. Um coração que reabasteça o seu. Com certeza alguém vai protestar em pensamento: “Os homens também!” Do que não discordo. Mas, por enquanto, vou falar somente das mulheres. A quem elas pensam que enganam? E por que tentam enganar? Quanto mais mulheres (independentemente da idade, do manequim, da altura, da profissão que as catalogue) fingirem uma superficialidade que não lhes pertence, mais o amor estará sendo soterrado. Ou seja, as intrépidas exploradoras, na ânsia de achar alguém valioso de sentimentos acabam, na maioria das vezes, trocando os pés pelas mãos, as mãos pelo corpo, o corpo pelo corpo... Como preferirem. É tudo muito urgente. Se não agarrar agora talvez ele fuja. Se ele fugir, outra agarra. Se ele agarrar eu não fujo.

Correções à edição anterior

A BOA IMPRESSÃO É A QUE FICA

Av. XV de Novembro, 1807 - Centro

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Segundo Rosaldo Ulysséa, na foto do aniversário do Nico Freitas não consta o Evilásio, mas ele, o Rosaldo; e o garoto não é o Rogério Berti, mas o Tonho, filho do Alírio Pereira. Na matéria sobre o Sarará, no final “Identidade...”, saiu Carvalho no lugar de Pereira. z

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Invariavelmente ele agarra e foge. O amor falsificado se espatifa e os cacos rasgam o coração. Então, ela jura que está tudo bem. Que para quem não esperava “ficar” mais do que duas semanas, acabou “ficando” um mês! Que valeu cada segundo da tórrida aventura. Afinal, a vida é feita de aventuras e ela é uma assumida aventureira por toda a vida. A quem ela pensa que engana? Talvez algumas pessoas acreditem. As amigas até apóiem este lado independente de ser. Os homens contribuam para fazer valer este decreto... Mas, e ela? Será que a própria mulher crê na sua historinha pra boi dormir? Será que ela realmente só quer dormir, depois de rolar? Eu acho que não. Pode ser um “achismo” antiquado, sonhador e romântico. E é! Mas até onde sei o coração de toda mulher que conheço também é. E ele busca ser amado de verdade! A atual confusão de comportamento está transformando o amor num estilo brega de sentir. Mulheres antenadas, modernas e descoladas sujeitam-se a curtir numa boa a moda reciclável: “Usou, descartou. Está refeita para uso!” E isto, na verdade, não passa de um embuste delas com elas mesmas. Até quando elas irão continuar se enganando? Temos que admitir que toda mulher é um poço de sensibilidade, sim. Uma sonhadora incorrigível. Uma amante à moda antiga, ainda que queira posar de ficante à moda atual. E, como já citei, as muitas que conheço não enganam a mim e, certamente, nem a elas mesmas. Não estão sozinhas por opção coisa nenhuma! Estão sim, por falta de opção, por falta de alguém que as ame e as respeite pra valer, por falta de um homem que.... Por falar neles, a quem eles pensam que enganam?

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JORNALECO ARARANGUÁ, 10 DE NOVEMBRO DE 2011 • ANO 18 • Nº 383

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HÁ ANOS

Ano Xi - OUT./NOV. de 1973 diretor WLADINIR LUZ redator ERNESTO GRECHI FILHO oficina NEI DA ROSA Publicado nas oficinas da GRÁFICA ORION, de abril de 1960 a maio de 1975

Acesso norte de Criciúma Com a presença do Governador Colombo Salles e altas autoridades, deverá ser inaugurada hoje o acesso norte de Criciúma, cuja pista asfaltada vem preencher uma grande necessidade do Sul. O acesso norte parte de Criciúma, passando por Içara e desenbocando na BR 101. CA 265, de 27/10/1973

TV Cultura Está sendo regularmente captada a sua imagem na cidade. Sua programação toda colorida, inclusive anúncios, dizem que poderia ser melhor recebida, faltando apenas a prefeitura instalar a casinha para os seus apetrechos, lá no morro da Cruz. [N.J.: A TV Cultura, canal 6, de Florianópolis retransmitia a programação da Rede Tupi] idem

TV Coligadas Entretanto, continua na liderança no que toca as novelas. Nesse sentido, a estação de Blumenau está na dianteira. Terminada a novela O Bem Amado, entrou outra: Os Ossos do Barão, que, pelo elenco, muito vai agradar. As novelas das 18h30 e das 20h15 também a Coligadas mantém a preferência. Quanto aos outros programas, a Cultura manda. idem

Loja Maçônica General Bento Gonçalves Nos domínios da história, a data e hoje diz sobre um acontecimento de alto significado, isto porque, precisamente há um ano, foi fundada em Araranguá a Loja Maçônica o saudoso guerreiro e estadista General Bento Gonçalves. Desde a data de sua fundação, o que aconteceu no dia 21 de outubro de 1972, tem e vem a Loja Maçônica General Bento Gonçalves desenvolvendo suas atividades com os legítimos princípios da milenar Ordem Maçônica. idem

APOIO CULTURAL

SOLO DO EDITOR RICARDO GRECHI

“Nos dias 23, 24 e 25 de setembro de 1897, caiu sobre esta vila e todo município... ventania forte e chuva, causando uma enchente... Como dizem os antigos moradores, nunca houve igual... arrombando a barra junto ao Morro dos Conventos.” Siga em Memórias do Araranguá (dos diários de Bernardino de Senna Campos, compilado pelo padre João Leonir Dall’Alba)

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE

ARARANGUÁ v i s i t e : w w w. a r a r a n g u a . n e t

UCCA INFORMA n Dia 3 de novembro, o UCCA (União Clube Cidade Alta) comemorou seu

200 aniversário. O baile foi um sucesso total. Impacto, de Porto Alegre, animou a noitada e agradou muito. n UCCA consagrou-se campeão de futebol no dia 28 e outubro. Foi comemorado com grande festa, pleno carnaval nas avenidas, terminando altas horas da noite nos salões de festa do UCCA. Dia 15 deste, as festas continuarão com a entrega de troféus e faixas aos atletas e diretores, pelo Esporte Clube Comerciário [atual Criciúma], de Criciúma, após uma partida de futebol no campo do Grêmio Fronteira. n A “coqueluche” do momento é o time dente-de-leite do UCCA. A rapaziada está vibrando... n Para dia 17 de novembro, o Baile da Saudade. Recordar é viver e os coroas vão recordar ao som de Los Vignales. Ainda com Los Vignales, domingo, dia 18, grandioso baile da juventude. CA 266, de 10/11/1973

Igreja Adventista Foi inaugurada neta cidade o templo da Igreja Adventista, cuja recente construção contou com o apoio da comunidade e municípios vizinhos, tendo a maior parte provinda da Missão Catarinense, de Florianópolis. A chave de abertura foi entregue ao prefeito Lino Costa pelo pastor geral, Osvaldo de Azevedo, de São Paulo. Sálvio Amaro Pereira não podia esconder sua grande emoção quando da inauguração do templo que ele tanto ajudou a erguer. CA 267, de 24/11/1973

Desastre na BR 101 rouba a vida de conhecido araranguaense Vítima de lamentável acidente ocorrido na BR 101, faleceu nesta cidade o sr. Manoel Silvano, conhecido por Manoel Angélica. Procurando atravessar a pista asfaltada da BR 101, em Mato Alto, a vítima foi colhida violentamente por umVolkswagem de com placas de Criciúma, tendo morte instantânea. idem

Jardim Alcebíades Seara terá pavimentação O prefeito Lino Costa, dando uma demonstração de que hoje em dia impera somente a técnica, contratou um urbanista de Blumenau para o projeto de pavimentação do Jardim Alcebíades Seara, na Praça Hercílio Luz. O projeto já está concluído e se encontra na Prefeitura. idem

Telefone para o Arroio do Silva É um velho anseio dos veranistas e mesmo dos moradores do Arroio do Silva a instalação de um telefone público. A solução tem desafiado diversas administrações. Consequentemente, propõe a vereadoraMaria Zita Machado, da bancada do MDB, seja encaminhado expediente ao Prefeito Municipal tratando da solução do importante assunto. idem

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JORNALECO jPANFLETO CULTURAL

10/11/2011 • ANO 18 • Nº 383 ESTA EDIÇÃO: 4 PÁGINAS

Distribuição gratuita Periodicidade quinzenal Tiragem: 1.000 exemplares

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H

UMA PUBLICAÇÃO

EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado FOTOLITO DIGITAL David IMPRESSÃO Welington, Nei da Rosa, Valdo

ORION EDITORA

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)

Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.000 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br

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casadocarimbo@brturbo.com.br

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