Jornaleco 390 15 fev 2012

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Batizado de boneca

Esta foto é de 1932, com várias crianças de Araranguá, na maioria meninas, sendo que algumas se tornarão mães de diversos cidadãos, e avós e bisavós das gerações seguintes. Foram crianças que andavam por um Araranguá de poucas casas, quase nenhum automóvel rodando em ruas de chão batido, sem água encanada nem energia elétrica. As três meninas sentadas seguram suas bonecas no colo. Era a festa de “batizado” das bonecas, uma brincadeira das crianças de 80 anos atrás.

Galeria Galeria

A BOA IMPRESSÃO É A QUE FICA

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Na festa de casamento de Zizo Guidi e Jucy Westphal, em 2 de janeiro de 1972.

NO ALTO (ESQU. P/ DIR.): Neuza, Leila, Silvia, Vera, Beti, Fátima, Marielva, Carlos, Graça, Erasmo, (?) e Geraldo.

ABAIXO, DE PÉ: Osni, Ângela, Salete, Beto, (?), (?), Zé Guidi e Benta, Jucy e Zizo, Seir e Zenith, (?).

MAIS ABAIXO: Adriana, Luiz, Sérgio, César, Giovanni, Marilva, Cláudia, Zé Alberto e Jorge.

Fone/Fax: 3524-5916

Com a sua emancipação político-administrativa em 1880, o município de Araranguá abrangia um vastíssimo território no sul de Santa Catarina, desde o rio Urussanga até o rio Mampituba, fronteiriço com o Rio Grande do Sul, e a oeste, até a serra. A população, na época, andava ao redor de 10.700 habitantes. Siga em ‘A História de Araranguá/nova edição’, pág. 111

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE

ARARANGUÁ v i s i t e : w w w. a r a r a n g u a . n e t

ARARANGUÁ, 15 DE FEVEREIRO DE 2012 • ANO 18 • Nº 390

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Dez a nos no Jorna leco

Aimberê Araken Machado, escritor catarinense da gema araranguaense, fala de sua trajetória desde o Jornaleco

GIBRAN GRECHI

Pois é, parece que foi ontem. No final de janeiro de 2002, comecei a publicar meus modestos escritos nestas páginas. Foi na edição de número 149.

O “Jornaleco” já existia há oito anos, pois foi fundado, pelo Ricardo Grechi, em maio de 1994.

O fato de ter sido bem acolhido pelo Ricardo influenciou – e muito – a trajetória literária que, a partir daquela data, resolvi levar adiante. É assim mesmo que acontece, na vida: às vezes, necessitamos de uma espécie de “sopro mágico”, de um impulso, de uma palavra animadora e otimista. Foi exatamente isso que o Ricardo proporcionou-me, naquele momento crucial de minha vida. É verdade que já existia um texto antigo, escrito em 1982, que produzi em Brasília para participar de um concurso patrocinado pela “Cimentos Portland” (sob uma comissão examinadora composta por membros da Academia Brasileira de Letras). Mas, por culpa minha – e de mais ninguém –, o trabalho não foi classificado: li apressadamente o edital e fiz um ensaio, quando o que eles pediam era uma monografia. O tema era Euclides da Cunha. Muita ousadia minha – pensei.

Toda a tinta do mundo já foi gasta para escrever acerca do autor de “Os Sertões” e de sua obra. Porque haveria de ser eu – um insignificante escriba provinciano – o autor premiado? Pura pretensão...

Desanimado, guardei o calhamaço, devidamente datilografado e organizado num bloco em espiral. Mostrei-o a poucas pessoas. Uma destas foi a professora Zuê Rabello, que corrigiu alguns erros de linguagem. Enfiei-o de

novo numa gaveta, e confesso que cheguei a esquecê-lo durante vários anos.

Arroio do Silva, no verão de 2003. Coisas de escritor principiante...

Mas valeu a pena, pois lá estavam, naquela manhã ensolarada de F F F domingo, amigos queMeu amigo ridos como Adalberto Manif Zacharias, Gomes e Gilberto Salautor de uma imvador (este, infelizportante obra inmente, arrebatado de titulada A lexinós muito cedo). cologia d’Os SerHoje, Drama e getões, convidounialidade em Euclides me para prefada Cunha já figura nas ciá-la, o que aceibibliotecas das univertei. O livro foi sidades de Yale, Brown agraciado pela e Novo México, todas Academia Brasinos Estados Unidos (esleira de Letras, sas informações estão em 15 de agosto na Internet, para quem de 2002, com o quiser ver). prêmio “Antônio Depois, publiquei Ermírio de Momais quatro ensaios: Ricardo Grechi, editor do Jornaleco, e raes”. O autor reAtentados da Era VarAimberê Machado, que já tem cinco licebeu a honraria gas, em agosto de 2004 vros publicados, em frente à catedral meem sessão solene tropolitana de Florianópolis, em 2011 (cuja edição está esgoda ABL. O meu tada); O V da vitória, prefácio lá estava, na primeira pági- em maio de 2005; Érico Veríssimo na. O Nélson Rolim de Moura, dono (esboço biográfico), em fevereiro de da editora Insular, leu-o e gostou. Per- 2006; Tragédia no Sul (acerca da guntou-me, então, se eu tinha algum Revolução Federalista), em agosto de texto escrito sobre Euclides. Respon- 2008. Todos pela mesma editora, di que sim, ou seja, aquele calhamaço a Insular, do meu caro e fiel amigo já mencionado. Ele apenas disse: “Vou Nélson. publicá-lo”.

F F F Só desse modo, mesmo, é que eu poderia publicar meu primeiro livro, Volto a dizer: essa onda de criativipois jamais teria ânimo de pedir isso a dade e de felizes idéias teve, como quem quer que fosse. Publiquei-o no impulso inicial, a palavra solidária e princípio de 2003, mas não quis fazer fraterna do Ricardo, que soube valoum lançamento formal em Florianó- rizar e estimular minha criação literápolis. Realizei apenas um lançamen- ria – no já longínquo janeiro de 2002. to-relâmpago no bar do Hugo, no Obrigado, amigo!

Solicite-nos através de jornalecocultural@yahoo.com.br o recebimento das edições do Jornaleco (igual no papel + as fotos coloridas) via e-mail

JORNALECO jPANFLETO CULTURAL

15/02/2012 • ANO 18 • Nº 390 ESTA EDIÇÃO: 8 PÁGINAS

Distribuição gratuita Periodicidade quinzenal Tiragem: 1.000 exemplares

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATO Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado FOTOLITO DIGITAL David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Welington, Nei da Rosa, Valdo

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)

UMA PUBLICAÇÃO

ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.000 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br

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Em 1955, aconteceu um fato curioso.

Estávamos, eu e a minha turminha de moleques, conversando no Jardim Alcebíades Seara, bem ali no canto onde se situava o velho Hotel dos Viajantes. Na noite silenciosa, de repente, ouvimos música de violão e alguém cantando algo que conhecíamos. Claro que fomos verificar o que acontecia. Era o seguinte: dois ou três jovens (um deles era loiro e vestia jaqueta de couro com gola de veludo) cantavam e se acompanhavam ao violão (ou guitarra, não me lembro bem desse detalhe). Aos poucos, fomos descobrindo do que se tratava. Bisbilhotando e arrancando, aos poucos, as informações (não se esqueçam que éramos apenas moleques impertinentes!), descobrimos que eram pilotos militares da Argentina, que estavam em fuga em virtude da primeira tentativa de derrubar o presidente Juan Perón, tentativa esta que fracassou (no mesmo ano, alguns meses mais tarde, houve novo golpe, e Perón foi deposto). O interessante desta história é que nunca esqueci a música que os aviadores cantavam: “Jimbalaia”, em inglês.

Alguns amigos queridos de Araranguá: Adilson Tournier, Dadinho Berti, Gilberto Ulysséa, Pedrinho Batista, Aguinaldo Leite (o Gancho), Luis Carlos Grisard (o Esculacho), Ronaldo Grechi, Zé Maciel (meu compadre), Sérgio Maciel (o Galo Cego), Valmor Pacheco, Flávio Crippa, Alírio Monteiro (o Quitandinha), Gilberto Salvador (o Giba) e tantos, tantos outros, uns mais velhos que eu. O Gilberto Ulysséa e o Ronaldo Grechi foram os meus primeiros interlocutores em conversas sobre Literatura. Creiam, não havia em Araranguá, àquela época, muita gente interessada em comentar leituras. Minha terra era rude, politiqueira (no pior sentido), e ninguém queria saber de escutar adolescentes chatos! Éramos isolados, e muitos colegas se afastavam de nós se o papo fosse muito “sério”. Eu e o Ronaldo tínhamos divergências ideológicas, e várias vezes quase brigamos. Mas a vontade de conversar sobre certos assuntos, naquele universo fechado, mantinha acesas nossas relações de amizade. Já com o Gilberto as conversas eram mais tranquilas, devido principalmente ao temperamento dele, sempre calmo e conciliador.

Sempre fui muito metido, conversador e prosa, conforme vocês já devem ter de-

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duzido. O Alírio Silva (o “Nenê”), meu saudoso parente, costumava me testar fazendo-me perguntas difíceis. Como geralmente eu respondia, ele comentava: “É, tu sabes das coisas...”.

Outra lembrança marcante foi a maneira como tomei conhecimento do suicídio do presidente Vargas, em 1954 (eu tinha quinze anos completos). Na manhã de 24 de agosto, eu saí caminhando pela avenida Getúlio Vargas (justamente o nome dele!), como costumava fazer quase todos os dias.

Quando eu passei defronte à Drogaria Dino, o rádio do carro do Ayres Koerig, proprietário da farmácia, dava a notícia através do Repórter Esso, em edição extraordinária. Curioso, parei para escutar e ouvi a trágica notícia.

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A consciência é o melhor livro que nós possuímos e o que mais devemos consultar.

uplemento

PASCAL

PÉROLAS DO VESTIBULAR Vejam só o que os vestibulandos foram capazes de escrever na prova de redação, dado o tema: A TV FORMA, INFORMA OU DEFORMA? A seleção foi feita pelo professor José Roberto Mathas.

“A TV possui um grau elevadíssimo de informações que nos enriquece de uma maneira pobre, pois se tornamos uns viciados deste veículo de comunicação” “A TV no entanto é um consumo que devemos consumir para nossa formação, informação e deformação” “A TV se estiver ligada pode formar uma série de imagens, já desligada não...”

“A TV deforma não só os sofás por motivo da pessoa ficar bastante tempo intertida como também as vistas...”

“A televisão passa para as pessoas que a vida é um conto de fábulas e com isso fabrica muitas cabeças...”

“Sempre ou quase sempre a TV está mais perto de nosco... fazendo com que o telespectador solte o seu lado obscuro...”

“A TV deforma a coluna, os músculos e o organismo em geral” “A televisão é um meio de comunicação, audição e porque não dizer de colomoção” “A TV é o oxigênio que forma nossas idéias” “... por isso é que podemos dizer que esse meio de transporte é capaz de informar e deformar os homens...”

“A TV ezerce poder, levando informações diárias e porque não dizer horárias” “Nós estamos nos diluindo a cada dia e não se pode dizer que a TV não tem nada a ver com isso...”

“A televisão leva fatos a trilhares de pessoas...”

“A TV acomoda aos teles inspectadores...”

“A informação fornecida pela TV é pacífica de falhas...”

“A televisão pode ser definida como uma faca de trez gumes.

Ela tanto pode formar, como informar, como deformar...”

A morte costuma causar impressão forte, por isso nunca esqueci dois fatos ligados à “moura torta” (como dizia o Érico Veríssimo) em Araranguá.

O primeiro deles (não sei se cronologicamente é o primeiro, mas na memória é) foi o enterro de Domingos Monteiro, pai do meu amigo Quitandinha. Ele morreu de acidente na Estrada da Praia que, àquela época, era o caminho para Porto Alegre.

Mas a simbologia ficou marcada mesmo por dois detalhes: sua viúva, a Dona Cândida, ficou completamente desvairada, meio fora de si, desesperada por ter perdido o marido que contava 38 anos. E então ela batia palmas, gritando muito alto em sua imensa dor. E outro detalhe eram os acordes da “Marcha Fúnebre”, executada pela banda local, cujos sons jamais esquecerei. Eu assisti, muito espantado, a patética cena.

O segundo evento de morte foi a passagem, em direção ao Hospital Bom Pastor, do corpo de David Minatto que havia sido esfaqueado, na Boa Vista, pelo Júlio Gato (que era parente da minha mãe, e que foi, depois, defendido pelo meu pai no processo). Ele estava em cima de um caminhão, coberto por lençóis cuja brancura revelava várias manchas de sangue dos ferimentos recebidos pelo infeliz. E, causando um contraste surrealista – digno de um filme de Buñuel –, no alto-falante da rádio Araranguá tocava a bela música mexicana “Tipitin”, de Maria Grever, na voz de Pedro Vargas. Como eu poderia esquecer isso?!

Stop. Divaguei demais, a saudade me seduziu. Emaranhei-me um pouco no labirinto do passado.

Como dizem os mineiros, “voltemos à vaca fria”...

Marco Aurélio Massoterapeuta

A BANDA

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Na embalagem de um pão da Mark & Spencer: “O produto estará quente depois de aquecido” Na embalagem de um ferro de passar Rowenta: “Não passe roupa que estiver vestindo” Num remédio infantil para tosse da Boots: “Não dirija nem opere máquinas” Numa embalagem de Nytol (um sonífero): “Cuidado: pode causar sonolência” Numa tesoura coreana para crianças: “Cuidado: mantenha fora do alcance de crianças” Numa embalagem de luzes de Natal feita na China: “Somente para uso interno ou externo” Num processador de alimentos japonês: “Não deve ser usado em outro uso” Numa embalagem de amendoim da Sainsbury’s: “Cuidado: contém amendoim”

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Antônio Valter Hennemann Pacheco informa que aqueles antigos salva-vidas no Arroio do Silva fazem referência à maçonaria: a letra G, que lhes é sagrada, o M de Maçonaria, e um compasso.

Também o Vicenzo Berti diz sobre o fato que o G é de “God”, os pilares formam o “compasso”, e o apoio de baixo, o “esquadro”. Só não sabemos ainda se foi obra (ou idéia) dos maçons. E o Pedro Ernesto Gomes Grechi conta que, segundo o Sizinho, as letras que se vê lá – M, A, G – são do seu nome, Moacir Antonio Gava, ao que o Gordo contesta, afirmando que são de Marco Aurélio Grechi. z

BERTOLD BRECHT

Símbolos (2)

S S

Não basta ter sido bom quando se deixa o mundo. É preciso deixar um mundo melhor.

3a crônica do Aimberê publicada no Jornaleco (no 151, 01-03-2002)

Absurdos encontrados em diversos produtos

Dos salva-vidas no Arroio

aimbeream@yahoo.com.br

JORNALECO 390 15/02/2012

Decorria o verão de 2002. Eu estava em casa, em Araranguá, neste mesmo quarto em que escrevo estas linhas agora. Tocou o telefone (o fixo, que só fui possuir um aparelho celular em 2004).

“Alô... Ricardo!” A pessoa do outro lado, com ótima dicção, identifica-se como Aimberê Machado. O que veio a seguir, o Aimberê já escreveu aqui há algum tempo. Ele ofereceu uns textos para o Jornaleco, que prontamente aceitei, dizendo que seria uma honra tê-lo como colaborador. Assim, o Aimberê ingressou no Jornaleco, completando, agora em fevereiro, 10 anos conosco, com cerca de 240 crônicas publicadas aqui.

A aproximação do Aimberê dera-se, inicialmente, através do Boni. Depois daquele telefonema, marcamos um encontro no Arroio do Silva. Num final de tarde ensolarada, Aimberê, Boni e eu nos sentamos à uma das mesas da área pública do edifício Sobre as Ondas, e conversamos até anoitecer.

O Boni morreria naquele mesmo ano, em agosto, e o Aimberê, de lá pra cá, já publicou cinco livros. Dez anos depois, posso afirmar que continua sendo uma honra ter o Aimberê em nossas páginas, e uma felicidade, pela grande admiração de nós leitores dos seus textos, ora nos ilustrando a cidade com suas memórias domésticas, ora nos conduzindo a breves incursões no mundo da história e da cultura universais.

Aimberê Araken Machado

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De um encontro há 10 anos

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SOLO DO EDITOR RICARDO GRECHI

Gibran Khalil Gibran POETA E ESCRITOR LIBANÊS (1883-1931)

Os Filhos Vossos filhos não são vossos filhos.

São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.

Vêm através de vós, mas não de vós.

E embora vivam convosco, não vos pertencem.

Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos, Porque eles têm seus próprios pensamentos.

Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas; Pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.

Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procurei fazê-los como vós, Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.

Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.

O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a Sua força para que Suas flechas se projetem, rápidas e para longe.

Que vosso encurvamento na mão do Arqueiro seja vossa alegria: Pois assim como Ele ama a flecha que voa, ama também o arco que permanece estável.

(O Profeta, ACIGI, 1981; tradução de Mansour Challita)

Se a gente grande soubesse o que consegue a voz mansa, como ela cai feito prece (e vira f lor) num coração de criança.

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ARTUR CIPRIANI DA SILVA

OTÁVIO MUNIR BACHA

ARLETE ZANERIPPE EXISTÊNCIA

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SONETO DA ESPERA

O céu debruçado sobre a terra Fico perdida em divagações...

Olho o quanto tudo encerra São minhas as interrogações

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Porque te verei apenas Quando pudermos – não há opção, Nenhum bem me fará chorar dessas penas E ainda me doeria o coração.

Sem dúvida na certeza Quem o criou também me fez Faço parte desta grandeza Gigante é a minha pequenez

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Afinal, se me adoras, Meu amor, não há perigo Demorar mais quantas horas E quanto tempo mais for preciso

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Porque eu te amo e fim, E quem ama cuida e espera; Se gostares de mim,

Nas estradas deste templo Acampa toda a eternidade Enquanto alma de criança No universo sou santidade!

NEGO BONI PARA VIVER MAIS

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Meu amor, não há porque apressar E se não gostares, tão bela fera, Aí também não há escolha: é chorar...

[E chorar.

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R. FRANCISCO

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FLOR DO CAMPO

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Para o bem do seu Amor não pense nele como um deus, não o imagine um ser perfeito.

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Queira-o simplesmente como uma flor do campo não imune às intempéries.

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TRÍADE

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O Poeta sente, o Filósofo pensa, o Santo intui.

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O Poeta sonha, o Filósofo ambiciona, o Santo possui.

Leia mais, escreva menos.

Escute mais, fale menos.

Alimente-se melhor, coma menos.

Ore mais, reze menos.

Realize mais, sonhe menos.

Não brigue muito, lute mais.

Não se apaixone muito, ame bem.

Não tenha pressa, vá e chegue.

Não espere, busque.

Não só veja, sinta.

Não só cheire, sinta o aroma.

Não tenha só o tato, sinta a forma.

Nao veja só a luz, sinta-lhe o calor.

Não viva só de promessa, mas se as fizeres, cumpra.

Não só creia em Deus, confie n’Ele. Não creia numa só vida, pois toda renovação é uma vida nova.

Se um dia creres no verdadeiro amor, não precisarás de mais nada.

Você com lacre

É muito comum se ouvir dizer que gosto não se discute...

Para o jovem, em primeiro plano, se encontra a escolha de sua profissão, que deverá corresponder aos seus anseios, com uma situação que o torne feliz.

Quando se exerce uma atividade, como um sonho realizado, tanto o hoje, assim como o amanhã, são portadores da alegria de viver. E é isso que importa.

Sentir-se bem, no trabalho escolhido.

As atividades são as mais diversas, entre elas, aquela que transmite ânimo, esperança para quem tem sua vida ameaçada.

Esta atenção, carinhosa e simpática, contribui, poderosamente, para a recuperação. A enfermagem, com uniforme branco, por si só, é recebida como o primeiro passo para a salvação.

E quem dá um primeiro passo, já está mais adiante, no rumo certo, em busca da felicidade contida em sua decisão.

Hoje é um daqueles dias que você acorda com a certeza de que a cegonha alienígena, responsável pela sua entrega, sofria do mal de Alzheimer e não só esqueceu completamente o endereço, como perdeu totalmente o senso de direção entregando-o no planeta errado. Assim você é um legítimo Venusiano (escolhi Vênus porque Marte já deve estar superpopulacionado, badalado, poluído e coisa e tal) vivendo na Terra.

Podemos designar hoje como o dia em que você se sente um peixe usando máscara de oxigênio para conseguir sobreviver fora d’água. Ou um patinho nascido diferente que vive a questionar se o cisne é mais bonito mesmo ou só aparenta porque faz parte da maioria.

Já se imaginou sendo vítima de bulling? A pessoinha achincalhada pela turma, que é ridicularizada até as últimas consequências. A que tem seu lanche roubado; que senta no catchup, no alfinete ou no chão porque puxam a cadeira; a que leva a culpa, leva tombo, leva porrada e todos os desaforos para casa. Este é um daqueles dias em que você se sente um ser completamente excluído do meio em que convive.

Sabe aquele dia em que você sonha que saiu na rua vestindo camisola, pijama, cueca ou totalmente nu; que as pessoas lhe olham e riem, xingam ou viram a cara, e você só quer encontrar um buraco no chão que tenha tampa (que em lugares de primeiro mundo existem e se chamam bueiros) para se esconder? Este é um desses, só que você não está sonhando.

E o pior (ou melhor, não sei) é que lá no fundo, no âmago da sua origem, na identificação do seu DNA, você sabe que o estranho é o ninho, e não você.

Claro que não é sempre assim, lógico que há dias em que você se sente parte da turma. Aquele dia no qual ri das piadas de mau gosto com tamanha convicção que chega escorrer lágrima dos olhos. Que lê porcarias, baixarias, tiranias, vira ou deleta a página e o assunto sem afetação alguma, e ainda pensa (como é mes-

19.10.2011

O Grupo de Alcoólicos Anônimos Novo Dia se mudou para a

TEMPO

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Poeta contemplo o mundo em que faz-se e desfaz-se voltar-me sempre a mesma face.

Filósofo sei o que sei.

Santo tenho fé.

Léia Batista

Saber esperar

As reuniões acontecem nas 2as e 5as feiras, às 20h e domingos, às 17h

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Veste seu olhar

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Poeta sou criança, logo existo, Filósofo sou homem e me envaideço, Santo sou pleno e permaneço.

Como passaram rápido todos estes anos na minha vida, e quão demorado está sendo este minuto que falta pra te encontrar.

rua Tomaz da Rosa Luz, 86 Cidade Alta - Próximo à Igreja Sagrada Família

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DROGARIA

Marista 5

DISK ENTREGA

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http://nasala-deespera.blogspot.com leia@contato.net

mo a frase?): “Perdoai-lhes senhor.... eles são novinhos, ainda aprendem.” Que o vizinho obriga você a ouvir (o dia inteiro e no mais alto volume) Paula Fernandes, Luan Santana, Gusttavo (com dois tês?) Lima, Michel Teló... e por aí vai! E você não só finge não ouvir, como tenta colocar em prática as teorias “gosto não se discute” e “depois da tempestade sempre vem a calmaria.”

Mas não hoje. Hoje você é você com lacre. Inviolado. Este você, que habita o planeta Terra (por engano ou não), mais precisamente o país que se chama Brasil, e que se nega, terminantemente, a aceitar e aplaudir que uma música inteira que se resume em delícia, delícia/ Assim você me mata/ Ai, se eu te pego Ai, ai, se eu te pego... chegue a primeira posição em países da Europa, rendendo milhões (quantia que um extraterrestre como você nem consegue mensurar) ao intérprete da mesma; se recusando também a cantar, ouvir e achar bonitinha a versão em inglês.

Entender que um jogador de futebol, além de ditar uma moda horrorosa de cabelo, fature uma quantia ainda mais inimaginável (para você, venusiano) estando com a vida e de toda a família assegurada além da morte, sem ter tido que ralar para conseguir algum diploma ou ser aprovado em algum concurso importante.

Constatar que um bando de Babacas Bombados e Bombadas (salvo alguns venusianos largados no meio deles), que parecem personagens digitais vindos de outras galáxias (de Vênus, não!) tem chamado (pela 12ª vez) a atenção do país inteiro para suas babaquices, tornandose notícia de primeira mão (e grandeza) dos noticiários, revistas, internet e casas de família.

Hoje você acordou com o direito da legitimidade que lhe cabe e se nega, definitivamente, a fazer parte da facção criminosa (para os venusianos, praticar lavagem cerebral na população é considerado crime hediondo) aqui instalada e chamada Rede Globo.

Hoje é um daqueles dias em que você se olha no espelho e se vê inteiro por dentro, e assume-se deliberadamente diferente.

Hoje você não se importa em ser julgado, condenado e deportado, até deseja, ardentemente, que lhe mandem de volta para Vênus, de onde nunca deveria ter saído.

Há 20 anos servindo a cidade inverno e verão

Balneário Arroio do Silva

Matriz: 3526-1339 - Filial: 3526-1112

APOIO CULTURAL

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poética araranguaense

HÁ ANOS

Ano Xiv - No 272 - 6 de FEVEREIRO de 1974

diretor WLADINIR LUZ redator ERNESTO GRECHI FILHO oficina NEI DA ROSA Publicado na GRÁFICA ORION, de abril de 1960 a maio de 1975

O arvoredo de Araranguá Ernesto Grechi Filho Falar nas belezas naturais de Araranguá, no seu cognome de “Cidade das Avenidas” (...); falar das suas planícies, do seu rio que muda de coloração conforme as horas do dia; falar do seu crepúsculo, do seu amanhecer; dizer das maravilhas de suas praias, do encantamento das suas intermináveis plantações de arroz (...)

Hoje vamos falar do arvoredo de Araranguá.

Falar do maravilhoso cenário esverdeado que quase esconde a cidade por baixo das folhagens.

São os abacateiros gigantes, as laranjeiras, pinheiros, cinamomos, ameixeiras, bananeiras, ciprestes colossais, amendoeiras, santo Deus! é uma infinidade de espécies e vegetação incrível.

Tudo isso, o mais importante, no centro do perímetro urbano.

Podemos ser orgulhosamente chamados de cidade do mato. Milagrosamente, moradores num perímetro urbano que já contam com todas as vantagens que a técnica moderna oferece: água potável super excelente, comunicação, estradas, educação, energia elétrica, muito mais, muito mais, e que vivem no meio da mata! É por isso que, numa manhã dessas ensolaradas, do alto de um dos raros morros que circundam a cidade, os olhos se enchem de alegria, a alma de satisfação e o corpo de oxigênio, ao depararmos logo ali embaixo com a cidade progressista de Araranguá. Coberta de folhagens verdes. Cheia de vida.

Precisamos plantar ainda mais árvores. Não deixar mudar a mentalidade do araranguaense de não poder viver sem árvores. Que se construam edifícios modernos, muitas casas residenciais, mas para cada obra erguida, que se ergam dez, vinte, trinta abacateiros.

N.J.: Dos fundos da residência do Ernesto e sua família, no andar superior do prédio número 170, na av. Getúlio Vargas, podíamos avistar, de sul a oeste, essas árvores citadas no texto por nosso pai. Estavam em nosso quintal e em outros quintais: dos Arcari, dos Kindermann, dos Bacha, entre estes, e até da igreja. Mas, devido a expansão das construções no centro e a apatia na periferia em que quase não se planta mais árvores frondosas, o sonho do cronista não se realizou. O último abacateiro da nossa quadra foi cortado há pouco e agora é apenas um toco na terra, ainda lançando seus raminhos e folhas verdes ao sol, mas ali não será mais árvore. (RG)

mondomotos@valtrator.com.br

Av. Pres. João Goulart, 489 Cidade Alta - Araranguá

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PESQUISA: ROSSANA GRECHI

GRUPO ENERGIA Reuniões 2as f., 20h - Próx. Igreja Sagrada Família ○

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GANHA CORPO um novo tipo de família: a composta de homossexuais assumidos, que são pais por adoção, inseminação e até mesmo pelo método biológico tradicional

As crianças e a homossexualidade Alguns conselhos de especialistas sobre como o assunto deve ser tratado com os pequenos

Aos pais gays e mães lésbicas Como revelar sua orientação sexual aos filhos n Quanto mais cedo a criança souber da orientação sexual dos pais, melhor. Por volta dos seis anos, ela já tem condições de entender e assimilar a homossexualidade do pai ou da mãe. n Não faça da homossexualidade um assunto proibido. Se a criança demonstra necessidade de dividi-lo com um amigo, não impeça. Mas lembre-lhe que não há motivo para espalhar a notícia. n Filhos de homossexuais devem conviver o máximo possível com uma figura do sexo oposto ao dos pais. Para os pequenos que vivem com gays, é importante ter uma referência feminina. Para os que moram com lésbicas, uma masculina.

Aos pais heterossexuais O que fazer quando o amigo do seu filho tem pai ou mãe homossexual n Se o pai ou mãe vive com o(a) companheiro(a), só fale sobre o assunto quando seu filho perguntar a respeito. n Não há por que não deixar seu filho frequentar a casa do amigo. A convivência de crianças com homossexuais é uma forma de aprender a lidar com as diferenças. Uma criança tolerante tende a ser um adulto tolerante. n Explique que há todo tipo de família no mundo. Mostre que algumas crianças têm apenas a mãe ou somente o pai. E outras, como o colega dele, têm dois pais ou duas mães. O importante é que eles se amem – é isso que faz uma família feliz.

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Fone (0**48) 3524-0280 Estr. Geral Volta do Silveira - Araranguá

POLÍCIA MILITAR: 190 POLÍCIA RODOVIÁRIA: 191 SAMU: 192 BOMBEIROS: 193

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FAZENDA SÃO JORGE

Pai é pai e nada mais

“Conheci meu filho em um orfanato do Rio, em meados de abril de 1997. Já na primeira visita, aquele menino franzino, de apenas 1 ano e seis meses, me chamou a atenção. Foi amor à primeira vista. Lembro-me de tê-lo tomado nos braços e dizer: ‘Eu vou mudar a sua vida e você vai mudar a minha’. Quando o conheci, sua certidão registrava apenas o nome da mãe. Pai desconhecido. Hoje, ele é filho de Angelo Barbosa Pereira e mãe desconhecida. Faz quatro anos que ele chegou e posso garantir que minha qualidade de vida melhorou. Não acho relevante o fato de eu ter orientação homossexual. Não vejo diferença entre mim e outros pais. Um pai não é homossexual, nem heterossexual, nem médico, nem bicheiro, nem nada. Pai é pai e nada mais. Minha sexualidade nada tem a ver com a dele. Se um dia ele perguntar com todas as letras, responderei com todas as letras. Não há bondade na adoção. É ato de amor ou não é nada. Se falo sobre isso abertamente, é para incentivar outras pessoas a fazer o mesmo.”

Angelo B. Pereira, professor e tradutor de inglês e alemão

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“O Seu Pão de Cada Dia”

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Informações: Juizado da Infância e da Juventude -Tel. 3522-0204 - Ramal 45 ○

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por Alexandre Rocha ○

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RARANGUÁ já havia experimentado os mais diversos meios de transporte, desde a sua emancipação.

Antes, para se chegar a outras cidades, o primeiro passo era em direção ao lombo do cavalo. Abrindo-se os primeiros caminhos, foram surgindo as carretas de bois, cuja potência era medida pelo número de animais cangados, e até pelo ensurdecedor barulho que surgia da roda.

Mas o mais eficaz meio de locomoção, que funcionou até o princípio dos anos de 1920, foi aquele que muitas vezes levou João Fernandes, o coronel superintendente, para suas viagens à Capital: o vapor, que trafegava mansamente enfrentando a correnteza do rio Araranguá.

Ao regressar, trazia enorme e variada carga a ser distribuída aos comerciantes, que logo entregavam aos seus fregueses, a aguardarem semanas até receberem as suas encomendas. As tão sonhadas cartas, e outras correspondências, muitas vezes também vinham em malotes amontoados nos bagageiros dos iates, que por muito tempo conheceram o caminho do nosso rio, indo e vindo, enquanto permitisse a barra, que determinava a continuidade, o início, a interrupção ou o fim das viagens.

Quem desejasse programar uma viagem até Laguna, tinha que prever a possibilidade de retardar o regresso, se conseguisse, antes, sair. Muitos via-

O rosto também precisa de exercício Você sabia que a musculatura da face pode ser exercitada? Para suavizar os efeitos do sol, do envelhecimento e das centenas de caretas que fazemos no dia a dia, alguns exercícios simples podem adiar (ou cancelar) a cirurgia plástica.

A ginástica facial parte de um princípio muito simples: é possível fortalecer os músculos da face, do pescoço e do colo da mesma maneira que fazemos com os do corpo.

Afinal, do mesmo jeito que acontece com nosso corpo, aplicar cremes diariamente e fazer tratamentos estéticos nem sempre é suficiente para manter a forma. É aí que entra ginástica facial. Veja algumas vantagens: 4 Primeiro, é barata. Basta um tempinho e um espelho.

4 Aumenta a circulação sanguínea.

4 Oxigena as fibras musculares.

4 Suaviza as linhas de expressão (rugas).

4 Com a devida orientação, pode corrigir pequenas imperfeições. Segundo os especialistas, cerca de 15 minutos diários são suficientes para manter a saúde da pele. Mas, para alterar o seu aspecto, é preciso dedicar mais tempo: cerca de meia hora por dia.

CONHEÇA ALGUNS EXERCÍCIOS FACIAIS A ginástica facial é recomendada para pessoas com mais de 20 anos de idade que desejam prevenir ou atenuar o envelhecimento. Também é muito aconselhada para pessoas que emagreceram muito e ficaram com o rosto flácido, ou que tomam muito sol e estão enrugadas.

Em todos os casos, o ideal é que os exercícios sejam feitos com a orientação de um especialista, pois os movimentos errados podem piorar a situação. Mas, se o seu caso é apenas de prevenção, pegue um espelho, passe um hidratante no rosto e treine alguns exercícios bem simples.

4 Para a testa: eleve as sobrancelhas o mais alto possível durante alguns segundos e volte ao normal devagar.

Repita 10 vezes.

4 Para as pálpebras: aperte os olhos com força por cerca de cinco segundos e abra os olhos devagar. Repita 10 vezes.

4 Para a bochecha: sorria o mais largamente possível com a boca fechada. Repita 10 vezes.

4 Para as maçãs do rosto: diga “o” e “xix” 30 vezes seguidas.

4 Para os lábios: faça boca de patinho por alguns segundos e relaxe. Repita 10 vezes.

4 Para a “papada”: com a boca fechada, passe a língua pelo céu da boca. Repita 10 vezes.

(VEJA, 11/07/01)

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jantes tiveram suas viagens interrompidas e não raras vezes tinham que pernoitar na pensão de Canjicas.

Porfírio Lopes de Aguiar, grande industrial, exportador de farinha e outros produtos, dispunha de uma estrutura de carga e descarga, entulhando os barcos com mercadorias que corriam sérios riscos de sofrerem estragos, tudo por falta de travessia da barra.

Os produtos que, além da farinha,

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chuvas, ventos, sentindo diversas vezes o perigo por perto, entre relâmpagos, balanços e misteriosas noites em pleno mar. Uma viagem daquelas não poderia ser feita com pressa.

Quem atualmente viaja de ônibus até nossa capital, saindo de Araranguá, amarga as entradas até Criciúma e às outras cidades, para cumprir o itinerário dos municípios que fazem parte do roteiro. Isto significa muito pouco, se imaginarmos os longos dias de navegação para se alcançar Laguna e Florianópolis, durante as viagens dos vapores. No percurso, muitas vezes parava-se para dormir em terra, onde almoçava-se, fazia-se compras e, dependendo das condições do tempo, aguardava-se dias, até prosseguir a viagem.

Os barcos, vapores e iates eram bas-

A cópia original desta fotografia de Bernardino de Senna Campos traz a seguinte inscrição manuscrita pelo autor: “1º vapor que vi”. É o vapor Meta, navegando no rio Araranguá, em 1905

eram levados para outros centros, eram principalmente o feijão, açúcar e milho, além dos derivados e beneficiados, como aguardente, banha e até madeira. Muitas histórias foram contadas pelos que presenciaram as saídas e chegadas dos barcos. Principalmente do telegrafista Bernardino de Senna Campos surgem as melhores ilustrações e descrições do que poderia ser uma viagem até Florianópolis, enfrentando

Dr. Elton Grechi de Oliveira APOIO CULTURAL

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Navegando no rio Araranguá

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JORNALECO 390 15/02/2012

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tante conhecidos dos habitantes de Araranguá, que ainda não usavam regularmente o trem e muito menos os automóveis. Pelos barcos é que se ia e que se vinha. Assim, até o principiar dos anos 20, nosso rio viu passar por entre suas águas, até atravessar a barra, o Meta, o Max e o Jovita. Outros, ainda, como Rocambole, Berlink I, Santa Rosa, Oscar, usavam a famosa hidrovia que já foi um dia o rio Araranguá. z

Dra. Liana Grechi de Oliveira

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