Jornaleco 406 15 out 2012

Vereadores eleitos de Araranguá CANDIDATO

VOTOS PARTIDO

VOLNEI RONIEL BIANCHIN DA SILVA LOURIVAL JOÃO (CABO LORO) DANIEL VIRIATO AFONSO JACINTO DASSOLER OZAIR DA SILVA (BANHA) ARILTON DE SOUZA COSTA RONALDO SOARES ALEXANDRE REZENDE PEREIRA AQUILES GHELLERE (KILA) GIANCARLO SOARES DE SOUZA LUIZ BRAZ PAULINO (LULÚ) LUIZ (DO BAILÃO) DJALMA MARCELINO JOÃO ABÍLIO PEREIRA EDUARDO MERÊNCIO (CHICO) ADAIR JORDÃO

1.759 1.702 1.247 1.238 1.195 1.155 1.148 1.140 1.130 1.010 935 907 878 742 695

PMDB PMDB PP PP PT PP PMDB PPS PSB PP PSD PPS PSD PT PT

JORNALECO

visite: www.ararangua.net

ARARANGUÁ, 15 DE OUTUBRO DE 2012 • ANO 19 • Nº 406

Sandro Maciel, prefeito de Araranguá a partir de 2013 DIVULGAÇÃO

Resultado das eleições 2012

APOIO CULTURAL

Galeria Galeria

Coreografia para a inauguração do Grupo Escolar Castro Alves, em 1945

(Para prefeito de Araranguá, ver matéria da capa)

Vereadores eleitos do Balneário Arroio do Silva

de 1945, foram realizadas várias apresentações, como declamação de poesias, coreografias e canto por parte dos alunos. Foi um dia frio em que os araranguaenses receberam o interventor Nereu Ramos e comitiva, saudados por Abel Esteves de Aguiar, prefeito municipal de Araranguá, pelo vigário da paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens, padre Thiago Coccolini, e por outras autoridades locais.

Para saber mais do aconteceu no histórico evento, leia as capas dos Jornaleco 399 (10 de julho) e 401 (10 de agosto de 2012), com matérias produzidas por César do Canto Machado.

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PARTIDO PT PSD PSD PSD PSDB PP PPS PDT PMDB

Lula e Dilma: apoio graúdo Sandro e Rodrigo: vantagem de 630 votos sobre o 20 colocado

Votação para prefeito EVANDRO SCAINI (PSD)/FERNANDO BORGES (PP) 4.541 VERA VÍTOR (PMDB)/HERALDO CAETANO (PSDB) 2.455 FELISBERTO CANOVA (PV)/JANAÍNA FLORES (PV) 153

FRONTIER LE GOL GV I30 KA L200 SPORT MEGANE GRAND TOUR MONTANA 1.8 CONQUEST MONTANA 1.8 CONQUEST PARATI 1.8 PEUGEOT CABRIOLET PEUGEOT ESCAPADE SAVEIRO 1.6 SAVEIRO TREND SENTRA 2.0 S UNO UNO FIRE 4P VECTRA GLS X-TERRA ZAFIRA CD ZAFIRA ELEGANCE

2009 2012 2010 2010 2010 2009 2005 2006 2002 1995 2010 2011 2013 2010 2001 2003 1997 2005 2003 2005

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Poucos de nós, quando garotos, estudando a história de Araranguá e contemplando a galeria de prefeitos em mais de cem anos de sucessões, sonhou um dia ser prefeito.

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Mas Sandro Maciel, 46 anos, araranguaense da gema e formado advogado, mais do que qualquer um de nós, provavelmente deve ter sonhado.

Já havia sido candidato em três outros pleitos. Mas só foi vencer como vice-prefeito de Mariano Mazzuco, em 2008.

Agora, em 2012, acabamos de vivenciar uma das eleições mais disputadas do nosso município, com três chapas fortes disputando voto a voto a prefeitura:

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Dilnei Almeida/Hilson Sasso (11.162 - 29,15%), do PP de Mariano; César Cesa/Anísio Prêmoli (12.935 - 33,78%), do PMDB; e Sandro Maciel, do PT/Rodrigo Turatti, do PDT (13.565 - 35,43%)

Sandro venceu. Ele que, desconsiderando-se as convenções partidárias, tornou-se o sucessor natural de Mariano, pela afinação que a dupla manteve na atual administração. Nunca havia acontecido de prefeito e vice trabalharem juntos de maneira tão harmoniosa e contínua. E era inevitável que isso contribuísse na vitória do “13” nas urnas em 7 de outubro.

Como Araranguá, desde Primo Menegalli, e agora com Mariano Mazzuco, vive sua era de ouro administrativa, contemplados pelos avanços tecnológicos, éticos e gerenciais do governo federal desde a implantação do Real por Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, em 1994, seguindo-se nos dias de hoje com a presidenta Dilma Rousseff nos passos do ex-presidente Lula, Sandro recebe uma prefeitura em ascensão para continuar trabalhando e realizar o que ainda precisa ser feito.

Sandro, a par das obras em andamento do atual governo municipal, tem ligação

EVERALDO SILVEIRA / ENFOQUE POPULAR

Na inauguração do Grupo Escolar Castro Alves, em 18 de junho

CANDIDATO VOTOS JOSÉ LUIZ OLIVEIRA (JUQUINHA DA SAÚDE) 549 MARISTANE SILVEIRA BARBOSA 422 DIONEI DE SOUZA TEIXEIRA (MORANGUINHO) 400 ENEDIR DA SILVA (NEGO) 392 SÉRGIO TAVARES POLICARPO 327 MARCIO MACAN 320 HAMILTON EDUARDO JACQUES 294 GIOVANI MOTTA MARTINS 281 PAULO MARTINS DOS SANTOS JR. (CHOCOLATE) 240

NET

SALVADOR / ACERVO FCA

Cena que se repetirá: Mariano saúda seu vice na ocasião da cerimônia de posse de Sandro como prefeito de Araranguá, em junho de 2010, pelos 13 dias em que Mariano participou de evento na China

direta com o governo federal e a história digna do grande cidadão e político que é.

Por isso, merece a confiança de todos nós.

Ao ler esta capa, imagino Sandro sorrindo e brincando: “Pô, por que o Ricardo não publicou isso antes?” Mas ele sabe que o Jornaleco não tomaria partido. E também nem seria preciso, né, Sandro?

O que se espera é que o ser humano e a natureza sejam sempre o centro das atenções e cuidados. Esta é a bandeira de Sandro Maciel.

(Ricardo Grechi)

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JORNALECO jPANFLETO CULTURAL

15/10/2012 • ANO 19 • Nº 406 ESTA EDIÇÃO: 8 PÁGINAS

Distribuição gratuita Periodicidade quinzenal Tiragem: 1.000 exemplares

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATO Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado FOTOLITO DIGITAL David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Welington, Valdo, Nei da Rosa

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)

UMA PUBLICAÇÃO

ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.000 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br

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S S

Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos.

Aimberê Araken Machado

Saudades de antigamente...

O que eu queria, mesmo, era voltar no tempo e rever a D. Elvira Sardá da Silva, minha professora no Grupo Escolar Castro Alves... com sua voz enérgica, régua em punho, mestra de verdade... ensinando Matemática e boas maneiras.

Queria, também, rever o rosto sereno da D. Nívea Cunha Bacha – sempre elegante e discreta –, mandando-me, com graça e suavidade, ler a poesia “O Caçador de Esmeraldas”, de Olavo Bilac...

Desejaria, mais uma vez, percorrer o vasto pátio do Castro Alves e deparar, de repente – como num conto de fadas –, com meninas uniformizadas cantando e dançando velhas canções de roda, daquelas que falavam de rainhas e reis da Idade Média... e de rosas e príncipes, galanterias e casamentos...

Sim, sim, seria muito bom se eu sonhasse (mesmo acordado) e, num momento encantado, visse surgir a figura zangada – mas tão querida!

– da Nonô, com sua sineta mágica, chamando para o recreio (quando comíamos pastéis e sonhos de ilusão, recheados com fantasia...).

Que bom seria eu virar adolescente, de novo, e escutar a voz pausada e agradável – com sotaque ilhéu – do professor Eudo Nerino Rebello, com seu traje azul, engravatado e sério, causando um medo danado de sermos reprovados...

Daria tudo para “ir ao gabinete” – nem que fosse para ser admoestado –, da diretora D. Isabel Hübbe,

Ano Xv - N 283 - 2 de novembro de 1974

diretor WLADINIR LUZ redator ERNESTO GRECHI FILHO oficina NEI DA ROSA Publicado na GRÁFICA ORION, de abril de 1960 a maio de 1975

Índios guaranis em Araranguá Ernesto Grechi Filho Trazendo no sangue o germe da liberdade, índios guaranis civilizados, oriundos do Mato Grosso, percorrem o País ganhando a vida vendendo remédios de ervas, com carroças puxadas a burros e, mais recentemente, com uma camioneta Chevrolet.

Nos lugares em que chegam, quando localidades grandes, procuram os grandes jornais, e, nas cidades de menor porte, chegam-se à sua imprensa, com intuito de deixar registrada a sua passagem. Exibem recortes de reportagens de todos os tipos. Gostam e fazem questão de serem fotografados e ficam alegres quando se veem estampados em clichês. São honestos. E a prova é a grande quantidade de atestados das delegacias de polícia dos lugares por onde passaram.

Da tribo, ou melhor, da turma que ora se encontra nesta cidade, o cacique se chama Carmim Alves da Silva.

Uma anciã, que se presume tenha mais de 125 anos de idade, é a “curadora”. Uma venerável velhinha, alegre, disposta, espírito jovem, não retratando em seu semblante as possíveis peripécias por que passou através de tantos anos. É lúcida e traz na alma os conhecimentos adquiridos por força de tão vasta experiência.

Os homens têm seus nomes como qualquer cidadão, mas não figuram como integrantes da grande comunidade civil, pois não possuem registros. São eles: Alcides Mota da Silva, Deoclides Alves da Silva, Waldir Mota da Silva, Jandir José da Silva e Jair Alves da Silva.

Donde se originou os sobrenomes Alves, Mota e Silva, continua uma incógnita. Dizem que eles foram nominados pelos caciques.

Um particular que chama a atenção é o tipo antropológico, pois, pertencendo à raça indígena guarani, possuem muitos deles olhos azuis, embora a pele ostente uma forte coloração morena-cuia. Seu semblante é delicado, constratando com aquele tipo bugre que costumamos ver nas estampas dos livros escolares, desde quando éramos crianças.

Assim são os índios guaranis do Mato Grosso, cuja raça, quando gentios, tinha seu habitat mais precisamente no Paraguai e Mato Grosso.

E agora civilizados, vão ganhando a vida como nômades, estacionando de cidade em cidade, de vila em vila, sobrevivendo humildemente, honestamente, até encontrar melhores dias, cumprindo seu destino, afinal.

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Testamento

“UMA PUTA DEPUTADA” (Gabriela Leite, prostituta entre os anos 70 e 90) “NÃO VOTE EM BRANCO, VOTE NO PRETO” (Paulo Perninha, candidato a deputado estadual) “UM A MAIS TANTO FAZ” (Na linha de Tiririca, o Palhaço Duda Show, para deputado federal)

“VOTE PELA DINHA” (Candidata de Descalvado-AL, chamada Dinha) “CHEGA DE MALAS, VOTE EM BOUÇAS” (Guilherme Bouças) “NÃO VOTE SENTADO, VOTE EM PÉ” (Canditado de Hidrolândia-GO, chamado Pé) “COM MINHA FÉ E AS FEZES DE VOCÊS, VOU GANHAR A ELEIÇÃO” (Candidato a prefeito de Aracati-CE) “VOTE EM DEFUNTO, PORQUE POLÍTICO BOM É POLÍTICO MORTO” (Candidato chamado Defunto, de Mogi das Cruzes-SP)

2

MILHO BOM

CENTRADO

Um fazendeiro ganhava todos os prêmios dos concursos de milhos.

Joaquim, jornalista, entrevistou-o e descobriu que ele compartilhava as suas sementes de milho com os vizinhos. Curioso perguntou: – Como compartilha as suas melhores sementes de milho com seus vizinhos se está a competir com eles?

– Por quê? Não sabes ? O vento apanha pólen do milho maduro e o leva através do vento de campo para campo. Se meu vizinhos cultivam milho inferior, a polinização degradará continuamente a qualidade de meu milho. Para continuar a cultivar milho bom tenho que ajudar meu vizinhos a cultivarem milho bom.

O colunista Sydney Harris acompanhava um amigo à banca de jornal. O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro. Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo de Sydney sorriu atenciosamente e desejou ao jornaleiro um bom final de semana. Quando os amigos desciam pela rua, o colunista perguntou: – Ele sempre te trata com tanta grosseria?

– Sim, infelizmente é sempre assim.

– E você é sempre tão atencioso e amável com ele?

– Sim, sou.

– Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você?

– Porque não quero que ele, ou qualquer outra pessoa, decida como eu devo agir.

Gosto muito de crianças: Não tive um filho de meu.

Um filho!... Não foi de jeito...

Mas trago dentro do peito Meu filho que não nasceu.

Criou-me, desde eu menino Para arquiteto meu pai.

Foi-se-me um dia a saúde...

Fiz-me arquiteto? Não pude!

Sou poeta menor, perdoai!

Não faço versos de guerra.

Não faço porque não sei.

Mas num torpedo-suicida Darei de bom grado a vida Na luta em que não lutei!

“Antologia Poética - Manuel Bandeira”, Editora Nova Fronteira, 2001, pág. 126

As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.

FERNANDO PESSOA

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7

O que não tenho e desejo É que melhor me enriquece.

Tive uns dinheiros — perdi-os...

Tive amores — esqueci-os.

Mas no maior desespero Rezei: ganhei essa prece.

Vi terras da minha terra.

Por outras terras andei.

Mas o que ficou marcado No meu olhar fatigado, Foram terras que inventei.

“PLANTE ESSA IDEIA, CEBOLINHA ASSEMBLEIA” (Cebolinha, a deputado estadual em prol da sustentabilidade)

JORNALECO 406 15/10/2012

NOVA

Marco Aurélio Massoterapeuta

MANUEL BANDEIRA

“VOTE COM PRAZER. 19...69” (Slogan de Cameron Brasil)

Uma manhã do ano letivo de 1956. Alunas do Castro Alves em aula de Educação Física no campo de esportes do Grupo. À esq., vê-se os fundos do Fronteira; no centro, o antigo Cine Roxy; à dir., o prédio Ghizzo

ALBERT EISNTEIN

POETA BRASILEIRO (1886-1968)

“PIOR DO QUE TÁ NÃO FICA” (Tiririca, candidato a deputado federal)

SALVADOR

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Os piores slogans de campanhas eleitorais

cujo nome era pronunciado com reverência por todos os alunos (sim, naqueles tempos respeitávamos os mestres e as mestras!).

Como eu gostaria de receber, mais uma vez, as lições brilhantes do professor Munir Bacha – sempre elegantemente trajado –, que chamava os rapazes de “seu Maneca”... mas sabia manter rigorosa disciplina, sim senhor!

Que recompensa seria, para mim, reviver a época de ouro do diretor Gilson Soares de Souza, que tão bem soube administrar o Castro Alves – sem perder o seu leve sorriso irônico...

Lá longe, bem acima, estaria a minha amada professora Leda Canani – sentada esplendidamente numa nuvem do céu, como uma deusa grega –, jogando pétalas de rosas vermelhas nos seus alunos, abençoando a mim (egoisticamente, em primeiro lugar... é claro!), a Maria Eunice de Barros Lemos, o Gilberto Ulysséa, o Abílio Otávio do Canto, a Nilza Salvador, a Ester Schwalb, a Verônica Ulysséa, o Aristides Ostetto, o Antônio Domingos Amorim, o Orlando Lapoli, o Alveri Sá, a Valquíria Emerim, a Mirna Nagel – todos meus colegas no Castro Alves...

Sim, é tudo um sonho, eu sei.

Mas que lindo seria, retroceder no tempo e no espaço... e rever o Araranguá daqueles anos risonhos... e tão FELIZES!

CASA NOVA

Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela.

uplemento

FRIEDRICH NIETZSCHE

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Parábolas

quiatras e neurologistas, dependendo dos sintomas.

Assim como se dá com qualquer droga psicotrópica, psicofármacos também podem causar dependência, coisa que as bulas informam, mas que a indústria farmacêutica e a propaganda procuram amenizar o impacto (basta ler o que parte dela divulga e comparar com o que presenciamos ou vivenciamos na vida real).

Essa é a premissa racional do uso de psicofármacos. Mas a É preciso compreender que não se tem como assegupromessa acabou por gerar um apelo tão forte nas pessoas, rar a não-dependência das pessoas depois de iniciado o que seu consumo e comércio fugiram ao controle, e a uso dessas substâncias, pois não se pode prever com história também seguiu outros desdobramentos... certeza a predisposição, ou a sua ausência, à síndrome da dependência antes de se haver ingerido a droga.

Por sua vez, as pessoas precisam se conscientizar de que o uso indiscriminado de psiO diazepam em 1960, e os cofármacos altera nossa psique antidepressivos a partir da dé(“jeito” de ser), comprometendo cada de 70, surgiram como fernosso amadurecimento emocional ramentas poderosas para o trae capacidade de lidar com situatamento de transtornos mentais ções de angústia ou tensão. como depressão, distúrbio de Existe o argumento de uma ansiedade generalizado, distúrcorrente de médicos alegando que bio do pânico. o apelo aos remédios psiquiátriEsses medicamentos, admicos é diferente do apelo às dronistrados por um bom médico gas recreativas. Que remédios são (do tipo que sabe o que faz e o para tratar, e quem procura drofaz com empenho humanitarisgas como maconha, crack, cocaíta), têm salvo muitas vidas, e na e álcool, o faz em busca de destruído muitas outras quando Diazepam, no iníco dos anos 60, prometendo a felicidade prazer e desprendimento. Mas, na da instalação da dependência, prática, depois de desenvolvida a no que concorre o risco de as pessoas passar a usar os dependência pelas ditas drogas recreativas, seu uso torremédios em simples episódios cotidianos de tristeza ou na-se tão “medicamentoso” quanto o uso de psicofármade estresse, e até mesmo para dores nas costas, com cos. Não haverá mais a distinção: será sempre a busca que se pode ocupar terapias não medicamentosas. Isso para evitar desconfortos existenciais e a própria síndrome graças à oferta e disposição fácil com que são prescritos de abstinência. Para o dependente químico, todas as subse a não rara imprecisão nos diagnósticos devido ao tâncias psicoativas, lícitas ou ilícitas, recreativas ou me“empurrômetro” e despreparo de muito médico (do tipo dicamentosas, acabam por ocupar a mesma classe. que fica jogando loteria com as pessoas, transformandoPara a utilização de psicofármacos no tratamento da as em ratos de laboratório). dependência química ao álcool, crack e outras drogas, Os benzodiazepínicos foram muito usados, nos anos colidem vários aspectos. A sintomática dos dependentes 70, para transtorno de ansiedade, como uma opção de químicos apresenta características da depressão, ansiedabaixo risco à dependência. Porém, no final da década já de, bipolaridade etc. Por isso, muitos médicos têm se se verificava seu potencial nocivo. confundido ao julgar que doença vem primeiro em um Embora a maioria de pacientes mal avaliados “sobrecaso de co-morbidade: a dependência em si ou outros viva” ao contato eventual com psicofármacos, para um transtornos emocionais e de personalidade. grande contingente o resultado tem sido desastroso.

Concluindo-se pela dependência química do paciente, Clínicos não-especializados em neurologia ou psiquinum primeiro momento os psicofármacos isolam-no de atria não deveriam se arrogar a receitar psicofármacos sua droga preferencial e contribuem para a recuperação (salvo em casos críticos da cardiologia e em doenças da lucidez; mas, num segundo estágio, os remédios pograves), mas são deles a maioria das prescrições lançadas dem torná-lo vítima de um ciclo. Os casos de maior sucesno mercado. Oficiosamente, eles poderiam enviar seus so com adictos têm sido o da retirada dos remédios, aliada pacientes “nervosos” para especialistas em saúde menao exercício de princípios morais e espirituais que lhes tal, colaborando com psicólogos e psicanalistas, ou psiforneçam um significado à vida sóbria. (Ricardo Grechi)

FLORES NO TÚMULO Um homem estava a colocar flores no túmulo de um parente, quando viu um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele vira-se para o chinês e pergunta: – Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o defunto virá comer o arroz?

E o chinês responde: – Sim, quando o seu vier cheirar as flores.

Respeitar as opções dos outros é uma das maiores virtudes do ser humano.

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AMIGOS ÁRABES Conta uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto certo dia discutiram. Um deles esbofeteou o outro que, ofendido e sem nada dizer, escreveu na areia “Hoje, meu melhor amigo me bateu no rosto”.

Mais tarde fizeram as pazes e seguiram viagem.

Ao chegar a um oásis resolveram tomar banho. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se, mas o amigo salvou-o. Quando recuperou escreveu numa pedra “Hoje, meu melhor amigo salvou-me a vida”. Intrigado, o amigo perguntou: – Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra?

Sorrindo, o outro amigo respondeu: – Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia, onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar. Porém, quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória do coração, onde vento nenhum do mundo poderá apagar!

PAZ PERFEITA Certa vez um rei teve de escolher, entre duas pinturas, qual mais representava a paz perfeita.

A primeira era de um lago muito tranquilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam algumas plácidas montanhas que o rodeavam, sobre elas encontrava-se um céu muito azul com nuvens brancas. Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a paz perfeita.

Já a segunda pintura também tinha montanhas, mas eram escabrosas e não tinham uma só planta, o céu era escuro, tenebroso e dele saíam faíscas de raios e trovões. Tudo isto não era pacífico. Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás de uma cascata havia um pequeno galho saindo de uma fenda na rocha. Neste galho encontrava-se um ninho. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho calmamente sentado no seu ninho. Paz Perfeita.

O rei escolheu essa segunda pintura e explicou: ”Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas ou sem dor. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos calmos e tranquilos no nosso coração. Este é o verdadeiro significado da paz.”

JORNALECO 406 15/10/2012

Veste seu olhar

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Pílulas da (in)felicidade

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Léia Batista

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DROGARIA

Marista 5

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Quem dá mais?

Sou da época em que tabu era mais do que um perfume barato. Convivi com este monstro invisível que, ao que tudo indica e pelo que tenho observado, encontra-se soterrado.

Confesso, contudo, que ainda não me acostumei totalmente com esta era libertária. Outro dia vi uma garota totalmente nua na novela das sete... oito... sei lá... era no início da noite, e me peguei espantada: “Não seria cena pra sessão coruja, enquanto as crianças dormem?” É que o monstro deixou marcas profundas, principalmente nos seres que nasceram com a inscrição: “frágil delicado - mimoso - sutil - bibelô”.

Nós mulheres, é claro.

O malvado sussurrou nos ouvidos da humanidade, por exemplo, que o hímen era um invólucro sagrado que resguardava a integridade moral, espiritual, corporal (e o escambáu!) da mulher. É claro que a notícia acabou chegando aos meus ouvidos também. E, numa época em que não havia aula de educação sexual, eu não fazia a menor ideia do que seria este tal hímen!

Devo ter perguntado. Alguém (que não lembro quem) me disse que era uma membrana fininha, igual à pele do ovo, que a mulher possuía (no lugar tal), que era o atestado de virgindade e, automaticamente, de sua integridade.

Se fechar meus olhos agora, consigo rever a imagem que criei do lacre da mulher direita. Praticamente uma madrepérola. É que o tabu tinha destes sadismos de enfeitar o terrorismo com frufrus para parecer menos atemorizador. Embora eu nunca tenha acreditado que uma coisinha tão ínfima e oculta fosse responsável pela manutenção ou destruição do caráter de uma mulher.

Muito bem, queridas e queridos, esta historinha de hímen já era, já foi, já DEU! Atualmente, das teorias sexuais, fazse uma leitura dinâmica. Pula-se a parte da virgindade e vai-se direto para os métodos anticoncepcionais. Aprende-se tudo rapidinho, que é para chegar logo na parte mais interessante, os métodos

Há 20 anos servindo a cidade inverno e verão

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Os medicamentos (psiquiátricos) funcionam como um corrimão de escada, onde você segura para ter equilíbrio suficiente para subir uma escada muito alta. Depois que adquirir o ritmo de subida, poderá deixar o corrimão e ir sozinho. O corrimão apenas dá sustentação, mas quem sobe a escada é a pessoa. (PsiqWeb)

http://nasala-deespera.blogspot.com leia@contato.net

(e posições) eróticos. É ou não é?

Por que resolvi escrever sobre a virgindade, então? Porque fiquei sabendo que uma menina daqui do meu estado, de Santa Catarina, pôs sua virgindade a leilão pela internet, e fiquei pasma!

Não pela atitude da garota. O atestado de virgindade é dela, ela que o rasgue do jeito que quiser e bem entender; estou pouco me importando se a sua pele de ovo for bicada por este ou por aquele pinto; também não estou nem aí se a madrepérola virou um negócio, como ela mesma admitiu. Tá certo, o negócio é dela! E, pra resumir, eu não sou mãe desta guria.

Mas também não sou ingênua, burra, otária, para não ter sacado que ela deu o primeiro passo. O mesmo (e certeiro) passo que deu a “bullyinada” da faculdade, a ingênua Geisy Arruda, para galgar os degraus que levam à Playboy, à Fazenda, ao Big Brother, e faturar muita grana!

O que me deixou pasma, atônita, abismada, boquiaberta de verdade, foi saber que existem homens que ainda cobiçam um hímen intacto!

Que dão lances altíssimos pelo (prazer?) de deflorar uma virgem! Aqui, agora, neste tempo em que o sexo é mais banal do que banana na feira!

E que, antagônica e ridiculamente, a internet, a mídia, a imprensa, os meios que mais contribuem para extinção de todo e qualquer tipo de tabu remanescente, resolvam desenterrar o sentido arcaico da castidade feminina para faturar sobre ele.

Nada mais burlesco, antiquado, retrógrado e machista poderia inspirar o meu dia e uma crônica.

E eu que, às vezes, me acho jurássica...

Ah! Mas eu já estava me esquecendo de mencionar a parte mais tocante, emocionante, comovente desta história toda. Enquanto o negócio não é fechado (ou aberto), a virgenzinha passa os seus dias em sua alcova virtual, dando entrevistas e lendo livros de filosofia. Não é meigo?!

Jose Mario De Boni ADVOGADO OAB/SC 11616-B

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EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI

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O triste fim de um papagaio politiqueiro

Grupo de Amor Exigente

página da saúde

GRUPO NOVO DIA

As eleições de 1960 tiveram por principal motivo eleger o Presidente da República e também os Prefeitos Municipais.

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“A beleza das coisas existe no espírito de quem as contempla.” DAVID HUME

Chicletes ficam no estômago por até sete anos?

Certamente sua mãe já lhe disse: não engole o chiclete pois ele vai ficar no seu estômago por muito tempo.

Bem, ela está um pouco certa. O chiclete vai ficar no seu estômago sim, mas, por no máximo, alguns dias, jamais anos a fio. Geralmente, a goma é feita de três componentes essenciais: aromatizantes, adoçantes e amaciantes, e o nosso corpo consegue destruir todos eles. Uma vez engolido, o chiclete segue o mesmo caminho de qualquer alimento: depois de ser considerada inútil pelo nosso sistema digestivo, a goma é expelida naturalmente nas fezes.

Comer manga com leite faz mal?

Essa combinação é muito encontrada e apreciada em molhos, batidas e doces. Sabia que esta história começou na época da escravidão? Foi assim: naquela época o leite era um alimento caríssimo, praticamente uma iguaria. Como os senhores de engenho não queriam que os escravos consumissem o leite e muito menos comessem as mangas da propriedade, inventaram este mito que é passado de gerações em gerações até hoje. Não se preocupe! Manga com leite não causa indigestão e nem faz mal.

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Concorreram à Presidência da República três candidatos: o Marechal Teixeira Lott pelo antigo PSD (Partido Social Democrático), apoiado pelo antigo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), e cujo símbolo era uma espada; Jânio Quadros pela UDN, cujo símbolo era uma vassoura; e Adhemar de Barros, tendo por símbolo um trevo.

Os símbolos eram a promessa de realizações e atividades dos candidatos quando se encontrassem no poder. Assim a vassoura de Jânio Quadros prometia varrer toda a sujeira

Passar Coca-Cola na pele para se bronzear. É um mito superperigoso. Tanto a Coca-Cola quanto o óleo de cozinha, podem causar queimaduras horríveis à sua pele. De acordo com a dermatologista Carolina Feijó, essas substâncias são prejudiciais à pele pois não contém nenhum fator de proteção solar e não são apropriadas para o uso dermatológico.

“Essas substâncias ainda podem facilitar as queimaduras. Sem contar que tantas outras substâncias, como o figo, por exemplo, ainda podem dar uma reação catastrófica em contato com o sol. provocando uma reação química tal que pode até mesmo ser letal. Já tivemos vítimas em decorrência dessas experiências”, explica.

poética araranguaense ARLETE ZANERIPPE CICATRIZES

Marcas que ficou Nas esferas de dias Em tudo que passou Nas sagas da vida Em galhos podados Redobram os ramos Num coração fadado Crescem desenganos Sou lágrimas do olhar Cachoeira que canta Música a orquestrar No oceano que dança

(saude.hagah.com.br)

TOURNIER Dr. Everton Hamilton Krás Tournier Graduado e especializado na Universidade Federal de Santa Catarina • Pós-graduado no Instituto Adolfo Lutz de São Paulo • Pós-graduado na Universidade do Sul Catarinense

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Urina alivia dor de queimadura por água viva? É um mito muito comum. Urinar sobre queimaduras não é recomendado, apesar de a crendice afirmar que sim, uma vez que o xixi contém ureia e a acidez da urina ajuda a eliminar os cistos, porém poucas pessoas têm o teor de acidez necessário para aliviar a dor. Especialistas indicam que lavar com água salgada (do mar mesmo!) ou colocar vinagre sobre o local seja o mais indicado. E em caso de muita dor ou desconforto, é sempre bom procurar um médico.

Beber água gelada em jejum emagrece?

Isso é um mito. E dos grandes! A água é maravilhosa para qualquer ser humano, queira ele emagrecer ou não. Ela hidrata o corpo, melhora o funcionamento do intestino e melhora a pele. Mas daí a dizer que bebendo água gelada pela manhã, você vai perder peso, já é demais. A endocrinologista Betina Feijó Pereira explica que para perder peso precisamos muito mais do que um copo de água.

“O que nos faz perder peso é a quantidade de calorias ingeridas e a prática de atividades físicas para que ocorra o emagrecimento. Isso é um mito”, afirma.

JORNALECO 406 15/10/2012

Saiba quais são as crendices mais bizarras da sabedoria popular

Comer e entrar na piscina? Você vai ter que esperar.

Aposto que você já ouviu sua mãe ou sua avó dizer que comer e entrar na piscina ou no mar dava congestão.

Acontece que durante a digestão, a circulação sanguínea do aparelho digestivo é mais intensa, e se entrarmos na piscina ou no mar, esse mesmo sangue, que deveria cumprir tal função, vai para o tecido epitelial para manter o corpo aquecido. Tomar longos banhos quentes também não faz muito bem, pois dilata os vasos sanguíneos e desvia o sangue do estômago para outras partes do corpo. Todo e qualquer esforço físico após as refeições prejudicam o aparelho digestivo, isso vale para correr, nadar e até mesmo fazer sexo!

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Mito ou verdade?

existente no país (acabou varrido depois de sete meses).

Nessas eleições, aqui na nossa terrinha, aconteceu um causo com um papagaio teimoso, que acabou tendo um triste fim.

Eram candidatos a prefeito de Araranguá o senhor José Rocha, apoiado pela coligação PSD e PTB, e Norberto Gomes, apoiado pela UDN. Como todas as eleições, aquela também foi bastante ferrenha.

Havia muito fanatismo, jogos com apostas de altos valores eram feitos.

Mas, e ainda bem, aqui havia só os torcedores. Eram eleitores ferrenhos e só faziam torcidas pelos seus candidatos, sem se comprometerem.

Um destes torcedores fanáticos era o seu Paulino da Barranca.

O seu Paulino tinha um papagaio (naquele tempo ninguém se opunha) e, como eleitor ferrenho do candidato Norberto Gomes, passou todo período pré-eleitoral a ensinar, sem sucesso, o loro a dizer “NORBERTO”.

Acontece que era costume lotarem as carrocerias dos caminhões com eleitores para assistirem aos comícios e, durante o trajeto, esse pessoal passava o tempo todo gritando, repetidamente, o nome do seu candidato.

Convenhamos: todo pessoal gritando “Zé Rocha”, soa bem mais forte do que “Norberto”.

Esses caminhões, lotados de gente gritando, passavam várias vezes em frente da casa do seu Paulino. Foi assim que o papagaio aprendeu com facilidade a repetir o nome “ZÉ ROCHA”.

Não tinha quem fizesse o papagaio dizer “Norberto”. Ele só gritava, imitando o povo dos caminhões, “Zé Rocha”.

O seu Paulino ameaçava:

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Zé Rocha!

Zé Rocha!

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– Vou te deixar sem água e sem comida se tu não dizer Norberto!

Mas o papagaio respondia, gritando: “ZÉ ROCHA”.

Noutra feita: – Vou te matar se tu não dizer “Norberto”!

E o papagaio gritava: “ZÉ ROCHA”.

E assim foi durante todo o período eleitoral.

Seu Paulino insistia: – Diga... “Norberto”.

O papagaio gritava: – Zé Rocha!

Chegaram as eleições e José Rocha foi eleito.

O seu Paulino, para não ouvir mais o loro gritar “Zé Rocha” junto com o povo que comemorava, prendeu-o em um galpão escuro por três dias.

Acalmados os ânimos, o udenista, ainda chateado com a derrota, foi verificar como estava o seu papagaio.

Logo que os primeiros raios de luz iluminaram o galpão, o loro bateu asas e não parou de gritar: “Zé Rocha... Zé Rocha... Zé Rocha...”.

O povo conta que o seu Paulino apanhou um facão que estava à mão e nunca mais o papagaio gritou Zé Rocha ou qualquer outra palavra.

Dra. Liana Grechi de Oliveira

CRO/SC 11.148

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Graduados pela Universidade Tuiuti do Paraná - Curitiba/PR n

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