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Faz hoje 34 anos que ao alvorecer da memorável data que encima estas linhas, foi esta cidade – então vila – assaltada, com surpresa de seus habitantes, por numeroso grupo de revolucionários comandados pelos famigerados Candinho Bahiano e os três irmãos Rodrigues–Manoel, José e Gordiano. Em um momento reuniu-se pequeno número de patriotas, homens destemidos e republicanos até a medula dos ossos e enfrentaram intemeratamente os assaltantes na defesa da praça exposta a todo ataque dos revoltosos. Comandava esses abnegados patriotas o Cel. João Fernandes e seu irmão, capitão Pedro Fernandes, este há já alguns anos desaparecido do cenário da vida terrestre. Os defensores da Vila apenas atingiam ao número de 25 homens, ao passo que os assaltantes eram em número superior a 200 revolucinários. Sobrevivem a esses abnegados patriotas, que não mediram sacrifícios na defesa de sua terra, o Cel. Fernandes, srs. Bernardino Campos, Antonio Theodoro, Jenuvêncio Santa Helena, Fidelis Vieira e outros cujos nomes escapam-nos da memória. Um mês antes do assalto inopinado à Vila de Araranguá, os revolucionários atacaram o Passo do Sertão, segundo distrito deste Município, que foi heroicamente defendido pela bravura de um grupo de guardas
cívicos sob o comando do saudoso alferes Damásio Machado. Nesse tiroteio, que durou algumas horas, o inimigo foi rechaçado, destacando-se um guarda civil que, expondo-se às balas dos escarniçados revolucionários, avançou para o campo aberto tiroteando os adversários sem lhes dar trégua. Aqui na Vila, o inimigo não conseguiu seu escopo, pois um fogo vivíssimo fê-lo recuar precipitadamente, sem desalojar um só republicano de suas trincheiras! Entre os destemidos defensores da Vila, felizmente não se registrou uma só morte; os assaltantes, porém, deixaram sem vida, no campo de batalha, cinco mortos e fugiram precipitadamente, levando vários feridos! Gordiano Rodrigues, um dos comandantes da força revolucionária, morreu valorosamente sobre uma trincheira que constituíra ao sul da Vila, ponto preferido para o ataque a esta localidade. Em frente ao [Campinas Hotel], onde existia um cemitério naquela época, jazem os corpos do capitão Gordiano e de cinco de seus soldados mais destemidos. Durante os ataques à Vila, as famílias e alguns homens tímidos abandonaram seus domicílios, os homens internando-se nas matas e as famílias em demanda da Lagoa da Serra, Cangicas e outros povoados onde
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Em 10 de setembro de 1920, o ‘A Verdade’, de Araranguá, em sua edição n0 14, relembrou o encontro das forças do Governo contra os revoltosos federalistas ocorrida em 1894, em nosso território. O jornal glamouriza os republicanos (governistas), seguindo suas tendências partidárias
Cavalaria em frente à antiga Igreja Matriz junto ao cemitério que ocupava o atual Jardim Municipal
se supunha ao abrigo dos assaltantes. O atual encarregado da estação telegráfica, que naquele tempo já exercia as funções deste cargo, desmontava todas as noites o aparelho telegráfico, comunicando-se durante o dia todo com o então governador Cel. Moreira Cesar, pondo-o ao corrente dos acontecimentos. Ao anoitecer, o denodado telegrafista corria as trincheiras animando seus companheiros de defesa com o valor de patriota abnegado e sem temor. Felizmente, chega à Vila um contingente de 50 praças do 10° Regimento de Cavalaria sob o comando dos distintos oficiais do exército, tenentes Nolasco e Teodomiro, e alferes Lecrácio, Evaristo e Rosa, que guarneceram todos os pontos expostos mais facilmente aos assaltos dos revolucionários.” (Saiba mais: Memória do Poder Legislativo de Araranguá, de Micheline Vargas de Matos Rocha, 2012, edição do autor, págs. 21 a 24)
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Araranguá localiza-se à latitude 28º56’05" Sul e à longitude 49º29’09" Oeste. O município fica a 13 metros acima do nível do mar. Segundo o IBGE, sua área é de 304 km²; em 2012, sua população foi estimada em 62.308 habitantes. Seu atual prefeito é Sandro Maciel, e seu vice-prefeito é Rodrigo Turatti.
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ARARANGUÁ, 15 DE FEVEREIRO DE 2013 • ANO 19 • Nº 414
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27 de agosto de 1894 – Araranguá sitiada
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A família “Gomedo” por Cláudio Gomes CASOS E CAUSOS QUE O POVO CONTA
São inegáveis os benefícios que a informática trouxe para o relacionamento humano. Entretanto, é imperioso que saibamos utilizá-los com critérios. Estas palavras soam como óbvias, mas justificam a realidade em fazer bom uso deste meio de comunicação para o nosso bem estar e daqueles com quem nos relacionamos. Minha família soube muito bem aproveitar o que a Internet nos colocou à disposição, criando um grupo no gooble, que foi batizado de “GOMEDO”. Espalhado de Norte a Sul deste país, do Maranhão ao Rio Grande do Sul e passando por São Paulo, Brasília e Paraná, o GOMEDO nos proporciona o contato diário com quase todos os componentes da família. Neste moderno instrumento de comunicação, nos divertimos juntos, rimos juntos, ficamos apreensivos juntos e nos emocionamos juntos. Entre trocas de e-mails foi sugerido fazer-se uma confraternização da família. A sugestão foi prontamente aceita. A criatividade, acrescida da galhofa dos membros mais jovens, desenvolveu um título para o encontro familiar que ficou assim: Convenção Anual dos Gomes, Agregados [genros e noras], Descendentes e Afins [namorados e namoradas]; cuja sigla, formada pelas iniciais de cada palavra, por coincidência, ou propositadamente, ficou “C.A.G.A.D.A.”. O mês de janeiro foi escolhido para a realização do evento. Neste janeiro de 2013 foi realizado em Araranguá o segundo encontro, com um almoço de confraternização e o comparecimento de mais de oitenta membros da
família (IIª C.A.G.A.D.A.). A fim de motivar ainda mais a reunião dos Gomes, foi instituído um prêmio para o melhor caso “verídico” acontecido com qualquer membro da família GOMEDO. Para a surpresa geral, apareceu no mural, preparado para tal fim, o número significativo de trinta e quatro relatos (foto).
Ronald, um dos integrantes da C.A.G.A.D.A. FOTOS GOMEDO
O caso contado por Claudio Rovaris Gomes foi o escolhido como o melhor, por conseguinte, foi o ganhador do prêmio. Segundo ele conta, foi assim que aconteceu:
ORDEM DADA! MISSÃO CUMPRIDA... Claudio Rovaris Gomes
Por conta do casamento da Alice (prima) em Porto Alegre, fomos à capital gaúcha eu, o pai, a mãe e o Eduardo. Antes de sairmos o Fábio, meu irmão, que não pôde ir por algum motivo que não me lembro agora, passou um recado para o Cacaio (codinome do cunhado): “Cacaio, bebe por mim no casamento”. O Cacaio, por sua vez, tomou o recado como uma ordem. E esse tipo de ordem
ele cumpre a risca. Fomos ao casamento, o Cacaio com o seu tradicional terno marrom e com uma missão: beber por ele e pelo cunhado Fábio. Após a cerimônia religiosa, chegamos na recepção. O garçom passou por nossa mesa para anotar o pedido das bebidas e o Cacaio logo mandou: – Pra mim uma cerveja e dois copos. O pessoal da mesa olhou sem saber o que estava acontecendo e ele remendou: – Um copo é pra mim e o outro é pro Fábio. Passado algum tempo, ele continuava bebendo em dois copos. Em certo momento da festa, já tendo bebido o suficiente, ele abandonou um dos copos. Lá pelo final da festa, a mãe aproximouse dele, que já ia bastante acima do permitido, e mandou aquela pergunta: – Tu ainda estás bebendo?! – E ele, com toda a sua sagacidade, respondeu: – Eu já parei faz tempo. Quem tá bebendo é o Fábio, aquele pinguço! Resultado: a Patrícia, esposa, nos levou de volta à Cachoeirinha, mesmo sem saber direito o percurso, com o “Fábio e o Cacaio” no banco do carona, e eu no z banco de trás.
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15/02/2013 • ANO 19 • Nº 414 ESTA EDIÇÃO: 8 PÁGINAS
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H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATO Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado FOTOLITO DIGITAL David CORTE DE PAPEL Toninho IMPRESSÃO Welington, Valdo
© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)
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