AGÊNCIA AL (Assembleia Legislativa)
O livro Euclides da Cunha: da glória literária à morte trágica, lançado na noite de ontem (15 de agosto), no hall da Assembleia Legislativa de Santa Catarina reuniu amigos e familiares do autor e jornalista Aimberê Araken Machado. A obra traz uma análise do Rio de Janeiro na época das transformações realizadas pelo prefeito Pereira Passos, entre 1903 e 1906, revelando aos leitores fatos biográficos interessantes de Euclides da Cunha. A respeito da morte trágica do escritor, o autor discute, com minúcias esclarecedoras e verídicas, o triste acontecimento de 15 de agosto de 1909, que ficou conhecido historicamente como a “Tragédia da Piedade”, por ter ocorrido no subúrbio da Piedade, no Rio de Janeiro. Em sua obra, Aimberê Machado aborda também o clássico Os Sertões, de Euclides da Cunha.
‘Euclides da Cunha: da glória literária à morte trágica’ www.insular.com.br
O livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, publicado em dezembro de 1902, causou sensação nos meios literários e despertou os brasileiros para a realidade trágica de nosso hinterland. Em sua obra máxima, analisou a natureza do sertão baia-
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Aimberê discursa no lançamento do livro, em Florianópolis. Joana, sua companheira (no centro), presencia o grande momento
AGÊNCIA AL
EM FRENTE A DIMASA
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mando. Desse modo, a desgraça insistiu em atingir o infeliz escritor até mesmo no túmulo... Em Euclides da Cunha, Aimberê Araken Machado analisa, em detalhes, a obra literária e a vida dramática de Euclides da Cunha, que já fora tema de seu primeiro livro. O escritor Aimberê Machado é autor dos livros Drama e Genialidade em Euclides da Cunha (2002), Atentados da Era Vargas (2004), O V da Vitória: II Guerra Mundial (2005), Erico Veríssimo: cruzando os caminhos do Tibicuera (2006) e Tragédia no Sul: federalistas e monarquistas contra Floriano Peixoto – 1893/1894 (2008), Sierra Maestra – A epopeia da Revolução Cubana sincronizada com a história brasileira recente, entremeadas pelas aventuras de Patuska, o marujo (2013), todos publicados pela Editora Insular. Aimberê Araken Machado nasceu em Araranguá, Santa Catarina, em 1939.
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15/09/2013 • ANO 20 • Nº 428 ESTA EDIÇÃO: 8 PÁGINAS
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H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATO Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Welington, Valdo
© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)
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Tatiani Magalhães
no, a psicologia do sertanejo e, sobretudo, verberou a injustiça histórica cometida pelo Exército brasileiro ao esmagar, a ferro e fogo, os jagunços da cidadela de Canudos liderados por Antônio Conselheiro. A respeito desse imenso erro da nascente República, disse ele, em sua obra: “Em vez de enviarem professores, mandaram soldados armados...”. Casou-se, aos 24 anos – ainda tenente do Exército –, com a filha de um famoso oficial republicano, o major Sólon Ribeiro. O futuro parecia-lhe promissor. A fatalidade, porém, haveria de arrebatar-lhe qualquer possibilidade de ser feliz na vida familiar: em outubro de 1905 – estando Euclides longe do Rio de Janeiro, em missão oficial no Acre –, sua esposa, D. Anna, tornou-se amante do cadete Dilermando de Assis. No dia 15 de agosto de 1909 – um domingo chuvoso no Rio de Janeiro –, Euclides partiu, armado, para o subúrbio da Piedade. Estava disposto a “matar ou morrer” para lavar sua honra. Na casa n° 214 da Estrada Real de Santa Cruz, encontravam-se Dilermando e Anna. O escritor tenta matar Dilermando, mas, ao invés disso, é morto pelas balas certeiras do cadete – que é um exímio atirador. Sete anos mais tarde, um dos filhos de Euclides tentou vingar o pai, mas também foi morto por Diler-
Araranguá localiza-se à latitude 28º56’05" Sul e à longitude 49º29’09" Oeste. O município fica a 13 metros acima do nível do mar. Segundo o IBGE, sua área é de 304 km²; em 2012, sua população foi estimada em 62.308 habitantes. Seu atual prefeito é Sandro Maciel, e o vice-prefeito é Rodrigo Turatti. VISITE: WWW.ARARANGUA.NET
ARARANGUÁ, 15 DE SETEMBRO DE 2013 • ANO 20 • Nº 428
ARARANGUÁ GOVERNO DO MUNICÍPIO
A primeira vez do Vitórvo por Cláudio Gomes CASOS E CAUSOS QUE O POVO CONTA Qual araranguaense, vivente dos anos l960, não bebeu uma gostosa laranjinha Juliana, da fábrica do seu Lucas Kindermann, ou não saboreou as balas Beija-Flor ou Estrela? No desjejum, um delicioso café Bertoncini ou Castro, que virou Gomes, acompanhado com pão d’água do Zé Guidi ou do Naor Batista, era uma delícia. Nos meses do inverno a tainha do corso, vendida nas calçadas do centro da cidade (esquinas da Gomes-Garcia ou da Casa Cometa) para ser assada na brasa ou frita na banha de porco, era uma fartura. Já os produtos de origem animal, carne suína e bovina, eram obtidos nos açougues do Pedro Silvino, do Aliatar, entre outros. Aves e ovos a grande maioria dos habitantes da cidade tinha em abundância. Nesses tempos, grande parte dos produtos alimentícios eram colhidos, produzidos e distribuídos em pequena escala e na própria região do Vale do Araranguá. Era comum, por exemplo, um agricultor procurar um açougue para vender uma junta de bois destinadas ao abate. Com o crescimento da economia, e em nome da saúde pública, todas as pequenas indústrias ou comércios varejistas de produtos alimentícios foram sendo extintos, ou pela concorrência ou por força de lei. Chegaram os supermercados com os produtos embalados a vácuo e a comodidade se instalou. Hoje é comum ouvir, até de agricultores, que “no mercado é mais cômodo e barato, então não planto”.
Vitórvo era um agricultor daquele tempo em que comercializava os seus produtos diretamente com os armazéns, com os açougues e até com os próprios consumidores. Vitórvo Anacleto morava em Rio Novo, interior do município de Sombrio. Era um pacato cidadão. Agricultor, com suas obrigações sempre em dia, filho exemplar, etc. Trabalhava em companhia do pai e colhiam uma boa produção. Tinham vários APOIO CULTURAL
Obra literária resgata fatos biográficos de Euclides da Cunha
animais, incluindo uma bela junta de bois, que utilizavam como tração, ora no arado ora no carro de bois. Depois de alguns anos, houve a necessidade de trocar a junta de bois, que estava envelhecida. Como era o costume, o pai do Vitórvo vendeu os bois para um açougue de AraInauguração do matadouro na Urussanguinha, nos anos 1960 ranguá. José Rui de Oliveira, um grande amigo nha. Num sabia o qui era, mas mandei vim. sombriense, contou a desventura do Veio uma champanha da marca Cidra. Nóis Vitórvo, na entrega dos bois ao matadouro bebemu tudo, era bem doçinha. Veio outra, e mais outra. Eu quis vim imbora quando da Cidade das Avenidas. Rui, como é conhecido em Sombrio, nos já tava na quinta champanha Cidra, mas ela contou que o Vitórvo viajou a pé, desde não deixô. Aí, quando eu disse outra veiz Rio Novo, atravessou a região conhecida que ia embora, ela apreparô uma armadicomo “o campo” beirando a praia e a lagoa lha. Foi lá na vitrola e colou um disco LP do Caverá, para chegar em Araranguá já à do Trio Parada Dura, que cantava assim: noitinha. Trazia, sempre puxando, a junta “Não vai embora, fica aqui comigo...” Aí de bois pela retaguarda. eu só tive que ficá, né! “Pois é, eu só sei que fiquei aquela noite Como o negócio já havia sido realizado antecipadamente, não houve qualquer difi- toda e no dia seguinte. Fiquei dois dia. culdade na entrega da encomenda e o res- Cada veiz que eu dizia que queria ir embora, pectivo recebimento da quantia acertada. ela ia lá na vitrola e colocava o mesmo disco, A brevidade nas negociações propiciou mui- com aquela mesma música: ‘Não vai embora, tas horas de folga ao visitante da cidade. fica aqui comigo...’, e eu ficava. Era só Sem ter o que fazer, já que Vitórvo só champanha Cidra, no almoço e na janta. retornaria para Sombrio no dia seguinte, o Tinha também cumida boa, até perão em “amigo” açougueiro, frequentador de casas prato de pereco*. Eu pagava tudo. “Pra terminá, meu amigo, eu só sei dide meretrício, convenceu o desavisado zê que tive minha primeira experiência agricultor a lhe fazer companhia. Tomou o cuidado em anunciar às mu- sexual. Quando fui falá, pela úrtima veiz, lheres, suas conhecidas, que o homem era pra minha namorada, que eu queria ir solteirão, portanto inexperiente nas coisas embora porque já tava sem dinheiro, ela do amor. foi até na vitrola e pegou aquele mesmo Rui afirma que o que aconteceu depois, disco, já meu conhecido. Eu pensei que ela foi o próprio Vitórvo quem lhe contou, no ia colocá mais uma veiz aquela nossa seu linguajar sertanejo: música do Trio Parada Dura, pra que eu — Pois olha, eu nunca vi gurias mais não fosse embora. Foi aí que eu caí em mim amiga e mais dedicada. Assim que chegue- e percebi o tamanho da mancada. Tu sabe mo, elas já vinhero falar comigo. Travemo qual foi a música que ela colocô pra tocá? cunversa pur um bom tempo, até que uma ‘VOA, POMBINHA BRANCA, VOA...’.” delas começô a me fazê uns carinho. Bem, aí ela me pediu pra eu pagá uma champa- (*) Pirão em prato de pirex. MUSCULAÇÃO z PILATES STUDIO z X JUMP z POWER SET z ABS z BOXE FEMININO E MASCULINO z MUAY THAI MISTO z PERSONAL TRAINER z NUTRICIONISTA z FISIOTERAPEUTA z PSICÓLOGA
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