o sargento-mor da cavalaria Francisco de Souza Faria cruza a região, criando o “caminho dos Conventos”, que ligaria o sul ao centro do país. Os primeiros povoadores, possivelmente já no início do século 19, vieram de Laguna (a cuja jurisdição pertencia a vasta área que mais tarde constituiria o município), estabelecendose, a princípio, nas proximidades do morro dos Conventos. Surgem, assim, as primeiras cabanas à margem direita do Araranguá, onde hoje se localiza Hercílio Luz, e onde, em 1816, seria erguida a primeira capela.
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA Distrito criado com a denominação de Nossa Senhora Mãe dos Homens, pela lei provincial nº 272, de 04-05-1848, subordinado ao município de Laguna. z Pela lei provincial nº 532, de 19-03-1864, Nossa Senhora Mãe dos Homens passou a denominar-se Campinas (mudança de sede). Elevado à categoria de município (vila) com a denominação de Araranguá, pela lei provincial nº 901, de 03-04-1880, desmembrado do município de Laguna. Sede na vila de Campinas, o centro atual de Araranguá. O município foi, efetivamente instalado, em 28-02-1883, ato oficializado com a posse da Câmara de Vereadores. z Pelo decreto estadual ou por decreto do Governo Provisório nº 45, de 03-02-1891, é criado o distrito de Passo do Sertão e anexado ao município de Araranguá. Pela lei estadual nº 48, de 02-09-1892, é criado o distrito de Cresciuma e anexado ao município de Araranguá. Pela lei municipal nº 123, de 02-021912, é criado o distrito de Nova Veneza e anexado ao município de Araranguá. Pela lei municipal nº 141, de 02-01-1914, é criado o distrito de Sombrio desmembrado do distrito de Passo do Sertão e anexado ao município de Araranguá. Pela lei municipal nº 171, de 09-07-1917, é criado o distrito de Cangicas e anexado ao município de Araranguá. z Pela lei municipal nº 197, de 10-01-1923, o dis-trito de Cangicas passou a denominar-se Hercílio Luz. Pela lei municipal nº 225, de 12-11-1924, é extinto o distrito de Sombrio, sendo seu território anexado ao distrito de Passo do Sertão. z Pela lei municipal nº 237, de 01-01-1925, é criado o distrito de Meleiro e anexado ao município de Araranguá. Fone/Fax: 3524-5916
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z Pela lei estadual nº 1.516, de 04-111925, desmembram-se do município de Araranguá os distritos de Cresciuma e Nova Veneza para formar o novo município de Cresciuma. z Pela lei municipal nº 253, de 12-011926, é recriado o distrito de Sombrio e anexado ao município de Araranguá. z Pela lei estadual nº 1.709, de 11-101930, é criado o distrito de Volta Grande desmembrado do distrito de Sombrio e anexado ao município de Araranguá. Sob a mesma lei acima citado, é criado o distrito de Turvo desmembrado do distrito de Meleiro e anexado ao município de Araranguá. z Em divisão administrativa de 1933, o município é constituído de 7 distritos: Araranguá, Hercílio Luz, Meleiro, Passo do Sertão, Morro do Sombrio (ex-Sombrio), Turvo e Volta Grande. z Pelo decreto-lei estadual nº 238, de 01-12-1938, o distrito Hercílio Luz passou a denominar-se Morretes. z Pelo decreto-lei estadual nº 941, de 3112-1943, o distrito de Volta Grande passou a denominar-se Jacinto Machado, o distrito de Morretes a denominar-se Maracajá. Ainda sob o decreto-lei acima citado são criados os distritos de Timbé, desmembrado dos distritos de Turvo e Meleiro, e o distrito de Praia Grande, desmembrado do distrito de Passo do Sertão. z No quadro fixado para vigorar no perído de 1944-1948, o município é constituído de 9 distritos: Araranguá, Maracajá (ex-Morretes), Jacinto Machado (ex-Volta Grande), Meleiro, Passo do Sertão, Praia Grande, Sombrio, Timbé e Turvo. z Pela lei estadual nº 247, de 30-12-1948, desmembram-se do município de Araranguá os distritos de Turvo, Jacinto Machado, Meleiro, Praia Grande e Timbé para formar o novo município de Turvo. z Em divisão territorial datada de 01-071950, o município é constituído de 4 distritos: Araranguá, Passo do Ser tão, Maracajá e Sombrio. z Pela lei estadual nº 133, de 30-12-1953, desmembram-se do município de Araranguá os distritos de APOIO CULTURAL
A raranguá entra em cena em 1728, quando
Sombrio e Passo do Sertão para formar o novo município de Sombrio. z Em divisão territorial datada de 01-07-1955, o município é constituído de 2 distritos: Araranguá e Maracajá. z Pela lei municipal nº 2, de 18-11-1955, é criado o distrito de Hercílio Luz e anexado ao município de Araranguá. z Pela lei estadual nº 1.063, de 12-051967, desmembra-se do município de Araranguá o distrito de Maracajá, elevado à categoria de município. z Em divisão territorial datada de 01-01-1979, o município é constituído de 2 distritos: Araranguá e Hercílio Luz. z Pela lei municipal nº 1.128, de 20-09-1988, são criados os distritos de Balneário Arroio da Silvia e de Sanga da Toca, anexados ao município de Araranguá. z Em divisão territorial datada de 01-06-1995, o município de Araranguá é constituído de 4 distritos: Araranguá, Balneário Arroio da Silva, Hercílio Luz e Sanga da Toca. z Pela lei estadual nº 10.055, de 29-12-1995, desmembra-se de Araranguá o distrito de Balneário Arroio da Silva, elevado à categoria de município. z É criado o distrito de Balneário Morro dos Conventos e anexado ao município de Ararangua. z Em divisão territorial datada de 15-07-1999, o município é constituído de 4 distritos: Araranguá, Hercílio Luz, Balneário Morro dos Conventos e Sanga da Toca. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2003. Fontes: http://biblioteca.ibge.gov.br; “Sinopse Histórica de Araranguá” (Fundação Cultural de Araranguá - 2000); A História de Araranguá - nova edição (Paulo Hobold - 2005)
Ilhas, 1917. Festa de Na. Sra. dos Navegantes. Foto de B.S. Campos
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10/10/2013 • ANO 20 • Nº 429 ESTA EDIÇÃO: 4 PÁGINAS
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EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Welington, Valdo
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e dos distritos criados e municípios emancipados do grande Araranguá
Araranguá localiza-se à latitude 28º56’05" Sul e à longitude 49º29’09" Oeste. O município fica a 13 metros acima do nível do mar. Segundo o IBGE, sua área é de 303,303 km²; em 2013, sua população foi estimada em 64.405 habitantes. Seu atual prefeito é Sandro Maciel, e o vice-prefeito é Rodrigo Turatti. VISITE: WWW.ARARANGUA.NET
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ARARANGUÁ, 10 DE OUTUBRO DE 2013 • ANO 20 • Nº 429
Café Brasil: pastel, gasosa e história
O futuro Calçadão e o Café Brasil nas eleições de 1950
Uma cidade nasce e renasce várias vezes pelos homens em voga, pela face de suas ruas e casas, pelas coisas que se faz, pelo que vem e depois vai...
“A cidade acabou!” Assim as pessoas se expressavam ao fechamento do Café Brasil, em 1965, no prédio da antigamente famosa “esquina do Café Brasil”. O Café Brasil, como um bar, dado esse nome, nasceu onde hoje está o prédio dos Correios. Os irmãos Ari Máximo e Bernardino Silva foram seus fundadores. Nos anos 1940, com a construção do prédio na esquina sul das avenidas Getúlio Vargas e Sete de Setembro, o Café foi transferido para lá, onde marcou época. O segundo dono foi o Zé de Bem. Depois, assumiu o Lucas Kindermann, até que, em 1953, passou às mãos dos irmãos Doílio e Dionísio Frigo, com participação de Antonio Cândido, sogro do Dionísio. Os Frigo formaram a Dionísio Frigo & Cia., e ficaram com o Café até seu fechamento, 12 anos após, quando o proprietário do prédio, Santi Vacari, pediu a sala. O movimento no Café era enorme. Ao lado, ficava a empresa de ônibus Santo Anjo da Guarda, e, do outro lado da rua, a parada da linha intermunicipal. Durante a semana, era grande o fluxo de gente vinda dos outros municípios da região. Todos acabavam por desembarcar no Café Brasil para comer pastel, pão com sardinha ou salsicha, tomar sorvete e, naturalmente, beber café. Vendia-se muito enlatado e chocolates da Nestlé, de quem o Café Brasil era vendedor exclusivo na cidade. APOIO CULTURAL
Roteiro histórico das fundações de Araranguá
O Café iniciava suas atividades às 4 horas da manhã, quando Doílio, mais o funcionário Boaventura, acendiam o fogão a pó de serra. Enquanto se esperava a água ferver para fazer café, os dois ficavam jogando sinuca numa das mesas que havia no salão. Nesse meio tempo, chegava o fiscal da Fazenda, com um bule vazio na mão. Enquanto o café não saía, ele entrava na brincadeira. Às 5 horas, as portas eram abertas. Apareciam, então, o Ivo Cordeiro e o Galego Fernandes, os “repórteres da manhã”, como Doílio se referia, trazendo as notícias que haviam acabado de ouvir no rádio.
A manhã iniciava na cidade. O movimento tornava-se intenso no bar, que ficava aberto até por volta das 11 da noite, pouco depois de terminar a sessão de cinema do Cine Roxy. No Café Brasil se vendia cerveja, gasosa e laranjinha produzidas na fábrica do Lucas Kindermann, ou pelo Antonio Silva, e também muito cigarro (sem filtro) e charutos. Um dos compradores de charutos era o Padre Paulo Hobold. Ele sempre aparecia de manhã e depois do meio-dia para tomar um cafezinho. Também se ia lá para ler os jornais: o Correio do Povo e o Diário de Notícias, que chegavam pelo ônibus da Santo Anjo. Falava-se muito de política. Mais os partidários do PSD, que o reduto da UDN era no Bar Central, outro ícone em matéria de bar-café e “senadinho” do centro da cidade, posição que ocupa hoje a lanchonete Plaza, no Calçadão.
Nos fins de semana e dias de festa na Igreja Matriz, o pessoal parava no Café Brasil para beber limãozinho e ficar vendo as moças passar. O movimento em dias de festa e em outras ocasiões especiais, como desfile de 7 de setembro, era tão grande, que formava fila para se comprar sorvete. Nessas ocasiões, o bar funcionava vinte e quatro horas e o número de atendentes chegava a doze pessoas. Era o Café Brasil no auge, de nome afamado em toda a região.
Da vez que o Jânio Quadros discursou do meio-fio à frente do Café Brasil, seu salão foi pequeno. Haja gasosa, cerveja, café, cigarro, sorvete, pastel e bolo para tanta gente. Dava trabalho, dava dinheiro. Por aqueles tempos, era costume os bares fechar na sexta-feira santa. Numa dessas sextas, o Café Brasil não havia aberto. O Padre Santo Sprícigo, antecessor do Padre Paulo na Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens, foi falar com os Frigo: “É melhor abrir o bar, Frigo, as pessoas têm sede”. O deputado Lecian Slowinski era um dos frequentadores ilustres do Café. Como todo bar daquela época, o Brasil tinha os seus bêbados folclóricos. Os mais famosos foram o Max Leite, conhecido por seus discursos, e o Sílvio Berendt. E haviam os engraxates à volta do Café, que ganhavam pão recheado com picolé de coco. Hoje há a alegria de saudar a vida de quem fez do Café Brasil um palco inesquecível da história de Araranguá. z Texto de Ricardo Grechi para as lembranças de Doílio Frigo
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