Jornaleco 432 15 nov 2013

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Dançarina espanhola, parteira, uma das figuras mais fascinantes que já viveram em Araranguá VALDEMAR HAHN JUNIOR

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mosas de Araranguá. Como homenagem, a cidade deu o seu nome à uma rua, rua D. Caridad, no bairro Inco, onde estava localizada a Metalúrgica São José. D. Caridad era muito benquista, todo mundo a tinha por comadre. Contam que tirava o que tinha do corpo para dar para os outros, até mais para os outros do que para os próprios da casa. Andava “tirando a sorte” pelo interior e voltava com o cavalo cheio de galinhas e perus. Esteve em São Paulo, com a Cia. de Teatro, trabalhou também em fornos de carvão, mas acidentou-se e ficou manca. Voltou para o sul, onde, em Laguna, conheceu Manoel Joaquim Larroyed. Ela era tipo cigana, cantava muito bem, tinha uma voz muito linda. À noite dava recitais para as amigas, cantava e dançava com as castanholas. Também foi construtora, fazia casas. Fez cerca de vinte casas,

D. Caridad fotografada em julho de 1948, sentada por onde havia uma pracinha e agora é um posto de gasolina. Ao fundo, à dir., o antigo casarão das balas Beija-Flor, no início da lomba da rua à beira-rio

fazendo-as para vender com pouco lucro. Ela mesma trabalhava de servente nas construções, era muito determinada. Tudo isso, apesar de ser completamente analfabeta. D. Caridad Larroyed faleceu em 1957. (Fonte para consulta de apoio: “Histórias do Grande Araranguá”, Pe. João Leonir Dall’Alba, Orion, 1997)

HILUX 2001 KA 1.0 2011 MONTANA 1.8 CONQUEST 2006 PALIO 2008 PARATI 1.8 2002 PARATI SURF 1.6 2010 PARATI TURBO 1.0 16V 2003 PEUGEOT CABRIOLET 1995 PRISMA JOY 2009 PRISMA LT 0KM 2014 S-10 LT 0KM 2013 S-10 LTZ 4X2 CD 2013 SANDERO AUTHENTIC 2009 SANTA FE 2010 SAVEIRO 1986 SPACEFOX IMOTION 2011 STILO M. SCHUMACHER 2005 TRACKER 4X4 2004 VECTRA ELEGANCE 2010 X-TERRA 2007 ZAFIRA ELITE 2005

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ARARANGUÁ GOVERNO DO MUNICÍPIO

que se comparava ao líder Getúlio Vargas, dada a liderança e a imbatível votação obtida, pelo vereador, nas urnas de Sanga da Toca. por Cláudio Gomes O prejuízo foi grande e as consequências Sendo agricultor e produtor dos derivaCASOS E CAUSOS QUE O POVO CONTA muito sérias, o que motivou as autoridades dos da cultura em questão, Getulinho esa recorrerem ao Ministério da Agricultura, tava perfeitamente familiarizado com o Araranguá tem mais solicitando socorro. problema. Até porque o vereador foi eleito de 200 engenhos de farinha de Os pedidos devem ter sido de tal monta representando a região agrícola e defendia mandioca. Esta afirmativa nos foi en- que foram ouvidos pelas autoridades fe- os interesses dos lavradores no parlamento sinada, até com certo ufanismo, nos idos derais. O Governo Federal, sensibilizado, araranguaense. mandou engenheiros agrícolas à região para tempos do Grupo Escolar Castro Alves. A câmara de vereadores, que já particiNa verdade, a economia agrícola dos analisar a situação. Um fato incomum para para da mobilização para erradicar o mamunicípios de Araranguá e da região sul aqueles tempos. randuvá, foi convocada para uma reunião Depois de feitas análises de campo, reve- extra, de avaliação, com os técnicos do litorânea do estado, nos anos 1950, tinha como principal produto a mandioca e seus lou-se tratar de uma infestação de mandaro- Ministério e do Estado. Os engenheiros e derivados. O chamado Vale do Rio Araran- vá, ou lagarta-da-mandioca, que aqui na técnicos eram tratados com distinção. Os guá era a maior região produtora de Santa região é mais conhecida como maranduvá. representantes araranguaenses se desdoCatarina do polvilho e da farinha bravam em deferências só de mandioca, que ainda hoje são específicas às autoridades, produzidos em escala regular. mas julgadas merecidas aos Boa parte da produção era visitantes por serem tomados comercializada para o centro do como presenças raras e iluspaís, principalmente, para as tres. cidades do Rio de Janeiro e de A sessão transcorria em São Paulo. Outra parte, princiambiente cordial de muitos palmente da farinha da mandioelogios e mesuras. No seu ca, era exportada para a Europa, decorrer, o presidente do leespecialmente para a Alemanha. gislativo, ao ser questionado Nos restaurantes do Rio de por um engenheiro com refeJaneiro era comum encontrar rência a praga do mandarová, uma marca famosa, produzida e Aspecto de engenho em Araranguá, em foto de Salvador dos anos 50/60 passou a palavra, com toda a embalada pela firma de propriepompa que o protocolo exiRealmente, foram anos difíceis para a po- gia, dado a presença dos insignes visidade de Otacílio Bertoncini, de Araranguá. Como era produzida para o mercado cario- pulação do interior dos municípios produ- tantes, ao vereador Getulinho. Ele fora ca, a marca foi, estrategicamente, nomeada tores, principalmente para os plantadores justamente escolhido por estar mais ciente da mandioca. de “Vascaína”. do problema e de seus desdobramentos. Depois de diagnosticado o problema e a O principal meio de escoamento da Segundo o que conta o povo, assim se produção era feito através da Estrada de respectivas soluções, os técnicos e engenhei- expressou o nobre edil no seu linguajar Ferro Dona Tereza Cristina até o porto de ros do Ministério da Agricultura, em parce- simples, mas sincero, de lavrador que era Imbituba, passando pelo terminal do bairro ria com os da Secretaria Estadual, visitaram e sem se preocupar com o português ou Barranca. No bairro existiam vários depó- várias vezes a nossa região distribuindo, ensi- com a presença dos doutores engenheiros sitos, invariavelmente abarrotados, para o nando e até fazendo aplicações de inseticidas e técnicos: “Olha, doutori! O premero próprios para o combate da praga. Ainda remedo que veiu era bom! O bichinho armazenamento do produto em sacas. Num determinado ano, uma praga assim a lagarta resistia em algumas áreas. cumia, derriava a cabeça e morria. Mas Nesta mesma época, representava a loca- esse úrtimo que mandaro, não presta. abateu-se sobre a lavoura de mandioca. As plantações do tubérculo foram quase lidade de Sanga da Toca, na qualidade de Acho até que foi farsificado. O marandizimadas na região, causando enormes vereador do município, um agricultor alcu- duvá come o remedo, derreia a cabeça, nhado por “Getulinho da Sanga da Toca”, gumita, gumita, mas não morre!” perdas na produção.

A praga do maranduvá

casadocarimbo@brturbo.com.br

15/11/2013 • ANO 20 • Nº 432

Araranguá localiza-se à latitude 28º56’05" Sul e à longitude 49º29’09" Oeste. O município fica a 13 metros acima do nível do mar. Segundo o IBGE, sua área é de 303,303 km²; em 2013, sua população foi estimada em 64.405 habitantes. Seu atual prefeito é Sandro Maciel, e o vice-prefeito é Rodrigo Turatti.

ARARANGUÁ, 15 DE NOVEMBRO DE 2013 • ANO 20 • Nº 432

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATO Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Welington, Valdo

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)

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ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.000 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br

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QUANDO Manoel Joaquim Larroyed conheceu Caridad, atriz de teatro e dançarina, ele também dançarino, resolveram viver juntos e se estabelecer em Araranguá. Manoel Joaquim Larroyed era considerado um senhor de grande responsabilidade, enérgico e firme em suas decisões. Fazia latas para as fábricas de banha, fazia máquina de fazer café em três minutos, com lampião e álcool. A atriz de teatro e dançarina espanhola Caridad Maillos López deixou a companhia de teatro em que trabalhava para viver com Manoel Joaquim Larroyed. Adotando o nome de Caridad Larroyed, morou em Araranguá, na rua Caetano Lummertz, 285, casa esta que ainda existe, localizada ao lado da casa do Dr. Wladimir Luz. Foi mãe adotiva de muitas crianças, dizem alguns que de 38 crianças. Foi parteira, uma das mais fa-

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Dona Caridad Larroyed

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