Jornaleco 438 15 fev 2014

por Cláudio Gomes CASOS E CAUSOS QUE O POVO CONTA

As conquistas nos trazem alegria e entusiasmo para prosseguir em frente.

Entretanto há conquistas por coisas banais que podem nos trazer aborrecimentos temporários, basta que exageremos nas comemorações.

O resultado de uma pescaria de siri foi de tal grandeza, que os pescadores, entusiasmados, resolveram comemorar o feito da melhor forma que sabiam, o que acabou lhes trazendo consequências bastante desagradáveis.

Próximo a praia do Arroio do Silva, para os lados do sul, existia, nos primeiros tempos, a boate da Faísca. Boate naquele época era também casa de meretrício. Foi lá que terminou a aventura de uma bem sucedida pescaria de siri.

Três amigos araranguaenses, dos bons tempos de fartura, se dispuseram a fazer uma pescaria do crustáceo.

Numa tarde-noite – porque siri se pesca à noite – armaram-se de um pequeno balaio e três cocas (espécie

de puçá) para apanhar o siri. E foi tudo o que levaram.

Uma hora de pescaria e o balaio estava repleto de siri. Um dos parceiros foi escalado para buscar alguma coisa que pudesse armazenar mais bichos, já que a pescaria estava predestinada a ser muito rentável.

O pescador escalado não demorou a voltar com dois sacos grandes, e ainda aproveitou a viagem para apanhar um litro de butiá (a fruta curtida na cachaça) prevendo que a pesca iria noite afora.

De fato, “afofaram”. Lá pelas duas da madrugada, terminaram a pescaria.

Mas só depois que os dois sacos estavam repletos de siri e o litro de butiá, vazio.

A alegria, provocada por tamanha fartura, reforçada pelo butiá, foi determinante para que decidissem festejar, já que era muito cedo para ir dormir.

Colocaram os dois sacos de siri, cheios “até a torda”, como diriam os araranguaenses, e o balaio na camionete que lhes dava suporte e partiram em direção à boate da Faísca, que estava próxima.

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JORNALECO ARARANGUÁ, 15 DE FEVEREIRO DE 2014 • ANO 20 • Nº 438

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“Para ir à praia [do Arroio do Silva] não havia estrada, mas um caminho costeando a Lagoa da Serra, que ia dar no esteiral e dali, na praia. Meus pais alugavam uma carroça e nós íamos veranear aos domingos. Saíamos cedo, 4 ou 5 horas da manhã e chegávamos lá pelas 9 horas. Minha mãe preparava a tradicional farofa de galinha (...) As crianças tomavam banho peladas e os adultos só molhavam os pés e as canelas.”

SIGA EM UMA HISTÓRIA DIFERENTE, WLADINIR LUZ, EDIÇÃO DO AUTOR, 2008, PÁG. 58

ARARANGUÁ GOVERNO DO MUNICÍPIO

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Fundador WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Produção gráfica NEI DA ROSA Publicado na GRÁFICA ORION - abril de 1960 a maio de 1975

F A CRÔNICA DOS ANOS 60 F

EDIÇÃO 25

5.FEV.1961

Verdadeiramente apoteótica foi a posse do prefeito José Rocha, realizada no Cine Roxy da nossa cidade, sob a presidência do sr. André Wendhausen, e tendo convocado todos os vereadores, e convidado o sr. Juiz de Paz, José Teixeira da Rosa, sr. dr. Lourival Vaz, Promotor Público da Comarca, a tomarem assento à mesa presidencial, foi solenemente aberta a sessão. Precisamente às 10h30, deu entrada no recinto, ladeado pelos vereadores Alamiro Maciel e Artur Bertoncini, o sr. José Rocha, acompanhado por sua progenitora, e sua honrada esposa, sob uma prolongada salva de palmas. (...) Finalmente, o sr.

José Rocha, visivelmente emocionado, leu sua peça oratória, entrecortada de palmas do povo de sua terra. (...) Recebendo a chave da Prefeitura pelo ex-prefeito Antonio Tomaz da Silva, o sr. prefeito eleito a recebe sob os aplausos da plateia. Com a palavra, o sr. André Wendhausen, presidente da Câmara, dá por encerrada a magnífica solenidade, tendo o povo em massa invadido o palco para felicitar ao novo prefeito. (...) A posse de José Rocha foi irradiada pela nossa emissora [rádio Araranguá], estando a frente dos serviços o sr. Arno Duarte. (...) Correio de Araranguá, que sempre teve o amigo José Rocha nos melhores conceitos, felicita-o, como também augura êxito durante seu quinquênio. (SOCIETY - L.V. E COMENTA)

Do Araranguário – Afofar: “Lavar a tica”, ter bastante lucro: pescaram siris em grande quantidade.

1999 2001 2003 2008 2001 2009 2014 2008 2009 2008 2012 2002 2003 1995 2009 2014 2010 2006 2004 2003 2010

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Deu siri até na zona

Estacionaram bem próximo da porta dos fundos de uma das casas, para que a camionete não fosse avistada e reconhecida.

Tudo em festa, muita bebida e mulheres. A festança corria solta e nossos amigos comemoravam, despreocupados da vida, o êxito da pescaria daquela noite.

De repente, alguém gritou no meio do salão: – Um bicho mordeu o meu pé!

Assustados e sem imaginar o que poderia ser, chamaram a polícia, o corpo de bombeiros, a diretoria da colônia de pesca, o IBAMA e tudo o mais de que lembraram.

Um dos sacos cheios de siri tinha emborcado e a sirizada aproveitou o oportunidade para escapar. Com suas potentes garras, os siris acabaram tomando caminho pela pista de dança da boate, causando um tremendo alvoroço.

Por ser um fato inusitado, no dia seguinte toda a cidade soube dos amigos e dos siris que invadiram a zona do meretrício...

Edifício Erechim

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O majestoso edifício Erechim [foto] é o ponto máximo dos Conventos. Infelizmente, como sempre observamos, foi um mau gosto da administração passada construir uma piscina cercada, na sua frente [para o mar]. (...) ...considerando-se que só existe aquele edifício como ponto de reunião, de atração mesmo, em lugar daquela piscina deveria existir um pátio arborizado, com cadeiras ou bancos para os veranistas se encontrarem... (...) N.J.: O Erechim era o “point” da praia, no Morro.

Levaria uns vinte anos para se retirar a piscina.

ZAPPELINI

NOTÍCIAS POLICIAIS VALENTE ENCONTRA A MORTE Na madrugada de segunda-feira, na zona do meretrício, na praia, desenrolou-se uma cena de sangue, na qual foi morto, a tiros de revólver, por um policial, o indivíduo conhecido pela alcunha de “Bacanaço”. Segundo versão dada por um dos presentes, o policial viu-se obrigado a atingir sua vítima, de uma vez que, ao dar voz de prisão, fora atacado com faca.

Bacanaço, na ocasião, promovia desordens na casa de tolerância de Elvira de tal.

ACOMETIDA DE LOUCURA, DAVA SHOW NA RUA A av. Getúlio Vargas foi palco de uma triste cena, quando uma jovem senhora, acometida de loucura, procurava arrancar dos braços de sua genitora, seu filhinho de tenra idade. A avó da criança, neste caso, procurava defender a inocente criatura dos perigosos braços de sua mãe. Em altos brados, a demente proferia palavras desconexas, gesticulando e provocando os transeuntes. A polícia providenciou o encarceramento, removendoa no dia seguinte para o hospital de alienados.

CASSINO DE PASSO DE TORRES Os jornais da Capital gaúcha publicam com destaque a existência da famosa “arapuca” que funciona em Passo de Torres, município de Sombrio, como se fosse um cassino. A jogatina é desenfreada, correndo milhões no pano verde. Uma barca fantasma transporta os aficcionados para aquela localidade, fazendo a travessia do rio Mampituba. (...) O Diário de Notícias faz severas acusações a um sub-delegado das imediações. (...)

O Dr. Borges Dias, então delegado Regional, deu uma batida no local, acompanhado de policiais. Segundo nos informou (...) o cassino permanecia com suas portas fechadas.

1961. Verão frio... parece inverno

CLPT CPLT+AUT

É cada vez maior o número de veranistas que chega diariamente à popular praia [Arroio do Silva]. Durante alguns dias, o tempo foi completamente impróprio. Frio, chuvisqueiro e vento. Parecia inverno. Agora, porém, ao entrar a semana, o sol apresentase maravilhoso... Conta-se milhares de pessoas à beira do mar, na hora própria para banhos. N.J.: Para este ano, poderíamos escrever assim: “2014. Verão quente... parece o inferno”.

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JORNALECO

©

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15/02/2014 • ANO 20 • Nº 438 ESTA EDIÇÃO: 8 PÁGINAS

Distribuição gratuita Periodicidade quinzenal Tiragem: 1.000 exemplares

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATO Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Welington, Valdo

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)

UMA PUBLICAÇÃO

ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.000 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br

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BRASIL DOS ANOS 2000 Lula, para quem eu já havia votado em 89 (“Meu pai votou no Uiuia”, dizia Gibran, aos três anos, para conhecidos no pátio do Castro Alves, pois já sabia ler e me vira assinalar o nome do candidato do PT na urna), conquistaria em 2002, finalmente, a presidência da república. E apesar das perseguições de parte da grande mídia nacional (TV Globo, revista Veja, Folha de S.Paulo) ele nunca perdeu a confiança do povo.

O Brasil ainda não é o país ideal e sofre de problemas seriíssimos que somente uma radical transformação social e humana em todas as instâncias poderá resolver ao longo do tempo.

Mas a partir do Plano Real, anunciado por Fernando Henrique Cardoso em 1994, e as futuras investidas de Lula, e com Dilma Rousseff, experimentamos um Brasil inegavelmente melhor.

Graças aos avanços econômicos, amparados por dispositivos tecnológicos determinantes, podemos lutar por um país de todos, neste Brasil de hoje, que é um dos principais líderes no mundo entre os países emergentes, capaz de trazer eventos como a Copa do Mundo, passar de devedor a credor do FMI, de manter nossa a gigante PETROBRÁS e de nos dar esperança quanto a solução dos problemas sociais e de infraestrutura constituídos desde o início dos tempos e que ainda persistem em nossa pátria.

Veste seu olhar

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do “ARQUIVO DA ALMA” relembrando NEGO BONI

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Nomes segundo a profissão PARA CADA PROFISSÃO, UM NOME ADEQUADO

P. Lúcia: fabricante de bichinhos Ema Thomas: traumatologista Oscar A. Melo: confeiteiro Inácio Filho: obstetra Ana Lisa: psicanalista Ester Elisa: enfermeira Édson Fortes: baterista Sara Vaz: mãe de santo Iná Lemos: pneumologista Eudes Penteado: cabeleireiro H. Lopes: professor de hipismo Hélvio Lino: professor de música Sara Dores da Costa: reumatologista Marcos Dias: fabricante de calendário Oscar Romeu: dono de concessionária Olavo Pires: balconista de lanchonete K. Godói: médico especialista em hemorróidas Passos Dias Aguiar: instrutor de auto-escola Pinto Souto: fabricante de cuecas Décio Machado: lenhador

SEPARAÇÃO Acho que nós dois temos pelo menos uma coisa em comum: a vontade de ser feliz. (É por isso que estamos nos separando).

CAMPOS NOS CORAÇÕES Temos um campo lindo verdejante nos nossos corações. Mas insistimos em não sair do meio das ervas daninhas que também temos em nossos corações.

GRITO DE LIBERDADE Queira a todos, não ame ninguém.

Ame a todos, mas não queira minguém.

JORNADA Não estou preocupado com o tempo e com a distância da minha caminhada. Quero apenas dar mais um passo firme hoje.

GENTE Tanta gente pequena que é de uma nobreza tão grande. Mas também tem uns grandões tão pequenos de nobreza.

Como nasce uma piada velha A história é manjada, mas foi contada pela primeira vez pelo general espanhol Valeriano Weyler no livro Mi Mando em Cuba, de 1912. Diz ele que certa vez ligou para o quartel e mandou chamar o capitão. “Ele está ocupado”, disse o soldado do outro lado da linha. “Não interessa, vá chamá-lo”, retrucou o oficial. E seguiu-se a discussão: – Já disse que ele não pode atender. E agora mesmo é que eu não vou chamá-lo.

– Jovem, você sabe com quem está falando? Aqui é o general Weyler.

– E o senhor, sabe quem está falando?

– Não.

– Graças a Deus – respondeu o soldado.

CAMINHADA Só caminhei certo quando achei minha estrela guia... Você.

Bonifácio de Souza Silveira, o famoso Nego Boni, nasceu na Sanga da Toca em 1938, mas passou a maior parte da sua vida na praia do Arroio do Silva. Poeta e aforista, escreveu no Jornaleco de 1998 até 2002, ano de sua “passagem”. Publicou o livro Arquivo da Alma (Orion, 1999). Deixou pronto o Alma em Arquivo, já editado, pronto para publicação.

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Perdoamos com facilidade àqueles que nos aborrecem, mas não conseguimos perdoar àqueles a quem aborrecemos. LA ROCHEFOUCAULD

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DO DINHEIRO Dizem que o dinheiro compra tudo, e dizem também que compra até honra e dignidade.

Quem pensa que vende sua honra ou sua dignidade, engana-se, porque se alguém faz um ato pensando que vendeu sua honra ou dignidade, engana-se, pois como pode vender uma coisa que não tem. Pode?

A vida através do vídeo.

S S

A BANDA

(FONTE: REVISTA “AVENTURAS NA HISTÓRIA”, AGO.2006, ABRIL)

“Deus não tem relig ião.”

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BRASIL, ANOS 1970 Nos anos 70, minha família – pai, mãe e sete filhos – morava num prédio da Getúlio Vargas, no centro, o que nos dava um grande status social.

Tomávamos refrigerante todos os domingos, tínhamos uma tevê colorida na sala e meu pai – quase sempre – dispunha de um carro. Éramos, sem dúvida, ricos, numa época em que era tênue a linha entre pobreza e miséria.

Lembro que o Zé Renê, funcionário da gráfica de meu pai, levava para o trabalho uma garrafa de café.

A garrafa era um casco de cerveja, pois garrafa térmica era luxo que os pobres não podiam ter, e o café era bem ralo, de caro que era o pó. Economizando assim, o Zé pôde comprar uma bicicleta. Era escasso o poder aquisitivo do brasileiro. (A partir da metade dos anos 90, funcionários da gráfica passaram a ter carro ou moto, e em garrafa térmica “se dá chute”).

BRASIL, ANOS 1990 Entramos nos anos 90 estarrecidos.

Uma rede de televisão conseguira catapultar a presidente um até então desconhecido político no cenário nacional, embora pregasse o contrário (os noticiários da Globo manipulavam pesquisas e informações o tempo todo – confira no YouTube), superando com seus arranjos e engodos públicos sumidades da época como Brizola, Lula, Ulysses Guimarães e Mário Covas. O país ficou como um trem descarrilhado, até que o desastroso presidente foi afastado e surgiu o Plano Real no governo seguinte, de Itamar Franco, trazendo um germe de vida nova aos brasileiros.

Quem tem muito medo de ser odiado não saberá governar.

JORNALECO 438 15/02/2014

TEMPO DE SOLTAR PANDORGA Chega a época das eleições e as cidades veem surgir novos jornais. É “tempo de soltar pandorga”, já dizia meu pai, referindo-se aos novos títulos na praça, todos com o propósito de vender propaganda política e aderir a algum partido para obter lucro e vantagens no jogo político.

O Correio de Araranguá, que o seu Ernesto editou de 1960 a 1975, declarava-se um “jornal independente”. E cumpria o lema. Quando se viaja em suas páginas amareladas de arquivo, percebe-se a liberdade com que transitavam em suas colunas todos os partidos políticos e suas lideranças.

Se surge, aqui e ali, uma manifestação preferencial, essa disposição nunca surrupiava o espaço dos outros. Mas outros jornais, anteriores ao Correio de Araranguá, eram declaradamente partidários, mais por convicção do que por comércio escuso. Com o passar do tempo, muitos jornalistas do interior arrepiaram os pelos e começaram a cobrar alto pela sua “cooperação”. Assim mercantilizada a veiculação do que se publica nos jornais, o setor se tornou um dos mais corruptíveis da sociedade.

BRASIL, ANOS 1980 Nos anos 80 eu casei e formei família. Tempos duros. Inflação alta, falta de mercadoria nas prateleiras. Mas o que estava por vir, seria ainda pior.

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SOLO DO EDITOR RICARDO GRECHI

MANUEL BANDEIRA POETA BRASILEIRO (Pernambuco, 1886 - Rio, 1968)

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Desencanto Eu faço versos como quem chora De desalento... de desencanto...

Fecha o meu livro, se por agora Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...

Tristeza esparsa... remorso vão...

Dói-me nas veias. Amargo e quente, Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca Assim dos lábios a vida corre, Deixando um acre sabor na boca.

— Eu faço versos como quem morre.

Teresópolis, 1912 (Meus poemas preferidos, Ediouro, 1966)

Não é só em português que se sente saudade — DOR PARA OS ROMENOS Há quem diga que apenas o português tem saudades. Mas a palavra romena dor tem significado bem próximo ao da nossa saudade.

— DIFERENÇAS SUTIS Melancolia, nostalgia e saudade são sentimentos diferentes. MELANCOLIA é uma tristeza causada por um passado perdido. NOSTALGIA é um desejo de voltar ao passado. SAUDADE é um misto disso tudo – e um pouco mais.

— SOLIDÃO ESPANHOLA O latim solitate originou tanto a nossa “saudade” como a soledad do espanhol. Só que no português o significado mudou. No espanhol, manteve-se o mesmo do latim. (“AVENTURAS NA HISTÓRIA”, IDEM)

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Em 1995, deixou a presidência do PT e tornou-se presidente de honra do partido. Em 2002, foi eleito presidente do Brasil com votação recorde de 50 milhões de votos. Reelegeu-se em 2006, vencendo, em segundo turno, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.

Na presidência, a gestão de Lula seguiu a política econômica de seu antecessor, conseguindo com isso colocar o país no rumo do desenvolvimento econômico. Lula também surpreendeu os observadores da cena política por conseguir manter altos índices de aprovação e popularidade, descolando-se das denúncias de corrupção que atingiram seus auxiliares mais próximos. É inédito na história do Brasil o fato de um presidente concluir seu segundo mandato com um índice de popularidade de 87% (pesquisa CNT/ Sensus). Trata-se, na realidade, de um recorde mundial.

Fiel ao estilo que marcou seu governo, Lula se despediu da Presidência com choro e nos braços da multidão, tendo sido o centro das atenções na cerimônia de entrega da faixa à sucessora Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, em 10 de janeiro de 2011. (http://educacao.uol.com.br/biografias/ luiz-inacio-lula-da-silva.jhtm)

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O último capítulo

Canto de cigarra

Dias atrás assisti ao filme Deixe a luz acesa, do diretor Ira Sachs, com a parceria do brasileiro Maurício Zacharias, que expôs corajosamente sua conturbada relação amorosa Thiago Fragoso e Felix Mateus polemizaram com o primeiro beijo homoafetivo na tevê com outro homem. brasileira: já não devia ser para tanto É um filme intenso e tenso.

Não por causa da relação homossexual, pelo contrário, o homossexualismo passa longe da estante onde se arquiva os problemas mais insolúveis da vida. Os roteiristas deslizam sobre esta questão social, deixando claro que este tipo de preconceito está muito bem assentado em grande parte do mundo. A tensão se dá pelo envolvimento que um dos amantes tem com o crack.

Espantosamente fiquei sabendo, através das redes sociais, sobre a repercussão do último capítulo de uma novela brasileira em que se daria (e se deu) o beijo gay. Achei uma coisa estranha, quase bizarra, para não dizer patética. Pessoas, nesta época da existência humana, em meio ao ápice das invenções tecnológicas e descobertas científicas ainda se surpreendem, se chocam ou precisam levantar bandeiras em defesa do direito de amar e, logicamente, beijar pessoas do mesmo sexo?! É como entrar no túnel do tempo e cair no meio da manifestação da queima dos sutiãs. Senti-me vivendo em plena década de 60.

Entre o casal do filme, a homossexualidade foi um aspecto facilmente contornado e assumido. As cenas tórridas, os beijos e abraços explícitos, as manifestações amorosas não foram feitas com a intenção de chocar. O que chocou foi a luta incansável de um dos amantes para salvar o parceiro do fim presumível da droga. O que, igualmente, choca quando acontece na vida real com casais héteros. Aliás, vi pouquíssimas coisas mais chocantes do que isto.

As cenas de um baile funk é o que me choca. A imagem de um traficante é o que me repugna. A visão de um assassino é o que me revolta. A traição, a desonestidade e a baixaria sem censura da televisão é o que me incomoda.

O foco está errado! Pessoas ainda preferem ter um viciado ou um marginal com o seu sobrenome do que um homossexual.

Cada vez mais pais deste Brasil afora terão de conviver com o fato de terem gerado um ser diferente do que, retrogradamente, ainda se convenciona como normal. E (pelo amor de Deus!), terão que assumir a responsabilidade de amá-lo acima de qualquer olhar torto, risinho de deboche e comentário inconveniente de parente ou vizinho infeliz.

Era desta forma natural, que eu gostaria de ver a homossexualidade ser apresentada no horário nobre. Como um caso de família corriqueiro (e respeitado) e não como uma anomalia a ser perdoada no último capítulo por um pai (que não era nenhum exemplo a ser seguido) vencido pelo cansaço.

Adoro finais felizes, quem não gosta? Chorar em cadeia nacional (preciso admitir) é fenomenal!

Mas acho triste que os homossexuais precisem estourar os números da audiência da Rede Globo para mostrarem que são normais, apenas no último dia.

JORNALECO 438 15/02/2014

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Um pouco feminista – é o que o meu amigo me diz. Será que sou mesmo? Será que é por culpa das minhas idéias de que homem é tudo igual e só muda a cueca e o endereço?

Sim, a menina aqui gosta de escrever que todo o homem é igual. Por quê? Porque instiga o homem a nos provar que não é igual ao babaca anterior, e assim vai. O efeito é esse mesmo. “Que negócio é esse de que homem é tudo igual? Tem homem que é diferente...”, dizem. “Não generaliza, menina!”.

Tudo bem, laranja é laranja, sabão é sabão, existem várias laranjas e vários sabões, mas a minha idéia é que a finalidade é sempre a mesma, entendeu? Vou explicar melhor: laranja é pra comer e sabão é pra limpar, pronto. Não preciso explicar mais nada, não é?

Mas vou me contradizer. Será? Sim, por um simples parágrafo, o que não mudará em nada o que eu escrevo a vida inteira. A quantidade de homens com que nos relacionamos não muda nada. O que muda não é a profundidade, mas a intensidade, que é o que importa. Gostou disso?

Tá vendo? Não sou tão feminista assim...

Mas tire esse sorrisinho bobo do rosto, que continuo sendo a feminista durona.

Homem também se incomoda com as mulheres, e as generaliza, chamando-as de chatas, e insuportáveis na TPM. Todo homem corre de uma mulher na TPM. Eu já mando correr no bom-dia.

Nada de TPM aqui, o problema é acordar cedo. O mau humor bate mesmo. Como diria o ditado: “Amor aqui, só depois do meio-dia.” Exagerei.

Mas, no fundo, como aprendi com Marcelo Rubens Paiva, é uma guerra dos sexos, e ganha quem parte pro abraço, quem parte pro sorriso, pro filme agarradinho; ganha quem releva, quem eleva, quem sorri junto; ganha quem se permite, quem se arrisca; ganha quem entrelaça, ganha quem vive mais. E assim como os homens, nós, mulheres continuamos procurando! Mesmo sabendo que nos finais as locadoras e a Nestlé é que faturam. z

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Lula

Aos sete anos de idade, Luiz Inácio Lula da Silva mudou-se com a família para Santos-SP, deixando o interior de Pernambuco em busca de melhores oportunidades de vida. Quatro anos mais tarde, em 1956, foi para a capital do Estado de São Paulo. Lá, ainda criança, trabalhou como vendedor ambulante, engraxate e office-boy.

Aos 15 anos, tornou-se aprendiz de torneiro mecânico.

Em 1970, depois de perder a esposa grávida do primeiro filho, Lula passou a se dedicar intensamente à atividade sindical. Em 1973, casou-se com Marisa, sua atual mulher. Em 1975, chegou à presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema. Liderou a primeira greve de operários do ABC paulista em 1978, durante o regime militar.

Em 1980, aliou-se a intelectuais e a outros líderes sindicais, para fundar o PT – Partido dos Trabalhadores, do qual se tornou presidente. No ano seguinte, liderou nova greve de metalúrgicos, foi preso e teve seu mandato sindical cassado.

Participou da fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e, em junho de 1983, integrou a frente suprapartidária pró-eleições diretas para a presidência da República com os governadores de São Paulo, Franco Montoro (PMDB), e do Rio de Janeiro, Leonel Brizola (PDT).

Lula foi eleito, em 1986, deputado federal constituinte com a maior votação do país. Concorreu à presidência da República em 1989, quando foi derrotado no segundo turno por Fernando Collor de Mello, e em 1994 e 1998, quando perdeu para Fernando Henrique Cardoso.

Léia Batista

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Há 26 anos servindo a cidade inverno e verão

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Lembro que, nos dias de verão, as cigarras cantavam lá nos fundos da nossa casa da Praça Hercílio Luz, em minha provinciana e então sossegada terra natal.

A misteriosa faixa de terra, em baixada, até a beira do rio Araranguá – ou seja, os fundos de nossa propriedade –, constituía um território carregado de sonhos, imaginação, e às vezes medo. O trecho era fartamente arborizado: bananeiras, abacateiros, goiabeiras e, na frente, como uma vigilante sentinela, um ingazeiro. Era ali que eu costumava ficar, trepado nos galhos mais altos, com visão panorâmica de toda a área em volta.

Sentia-me um rei, ali no alto, observando meus “domínios”... Que bela ilusão! A D. Amarfilina sempre me repreendia, nessas ocasiões: afinal, havia o perigo de eu escorregar um pé e despencar lá embaixo... Mas qual. As advertências eram inúteis.

Volta e meia, lá estava eu de novo, encarapitado, cara de sem-vergonha. Creio que sempre fui muito teimoso, e nem sei – confesso – se isso é qualidade ou defeito. O fato é que sou assim mesmo.

Talvez uma falha da genética ou um desvio de comportamento – explicações ditas “científicas”, nas quais não acredito muito – possam explicar minha teimosia insistente, incorrigível, sem solução.

Os sonhos e a imaginação, de que falei lá em cima, compensavam tudo. Ali eu tinha o mundo inteiro, e não sabia.

Não sabia, mas imaginava, e

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34 anos de PT, Lula e uma realidade: o Brasil está mais respeitado do que nunca aos olhos do mundo

isso é que era importante.

Teriam sido aquelas tardes quietas, cheias de luz e canto de pássaros, o verde intenso das folhas e o azul infinito do céu, o roxo e o amarelo das árvores que mudavam nas estações do ano, REPITO, teriam sido essas coisas que me conduziram, mais tarde, a escrever?!

Claro que não sei responder, assim como ignoro, até hoje, tantas coisas “entre o céu e a terra”, a “vã filosofia” de que falava Shakespeare...

De fato, não sabemos nada. Mas há, sim, um senso-comum que nos diz, em todos os momentos de todas as horas, anos a fio, que o sonho é a nossa ÚNICA e VERDADEIRA realidade. O cotidiano, o café-da-manhã, o “bife com fritas” de que falava Nélson Rodrigues, tudo é passageiro e terrivelmente desimportante. Banal. Monótono.

Insosso. Tudo passa. * * * Ainda não falei, porém, dos medos que eu sentia quando era criança e/ou adolescente. Tinha pesadelos com bichos, lutava com leões famintos, escapava correndo de cobras e aranhas – tudo naquele pequeno espaço nos fundos da nossa casa da Praça Hercílio Luz...

E as cigarras, impassíveis e alegres, continuavam a cantar – indiferentes às minhas angústias –, nas tardes estivais de Araranguá. Que imensas saudades !

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Pois é! Foi só o JORNALECO reeditar meus textos do Arroio, que eu já comecei a me assanhar em produzir outros. E se é pra escrever, vamos lá. Hoje vou falar de alguns “amigos da bola”. Gente que, quando criança e adolescente, conviveu comigo jogando futebol, tanto em Araranguá como no Arroio do Silva. Isso lá pelos anos 1960 e começo dos anos 70.

Detalhe: quem ficar de fora do meu time, por favor, não leve o meu esquecimento como um “fazer pouco” de alguém e sim, simplesmente, como coisa da idade.

E para quem estiver no meu time, peço que entenda o texto como uma viagem no tempo, como se ainda fôssemos crianças e estivéssemos lá, entrando em campo.

Então, bola em jogo. Começo a minha lista de “cobras” pelo Marcos Furtado – que todos em Araranguá conhecem por Malaconga. Magrelo feito um risco e arisco como ele só, jogava muita bola e (desculpem a pouca modéstia!) fazia ótima dupla de ataque comigo, pois eu também batia minha bolinha, legal. Dentro e fora de campo, quando crianças, fomos grandes amigos. Marcos jogava tanto que chegou a ser profissional atuando pelo meu interminável e querido Hercílio Luz F.C., de Tubarão.

Outro “capetinha” da bola na Praia e no Centro era o Jorge Guidi. Do nosso “Pequeno Polegar”, posso dizer que era

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EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI

Bons de bola

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“O sentido da vida baseia-se em não haver sentido nenhum em dizer-se que a vida não tem sentido.” NIELS BOHR

Dicas valiosas para aproveitar mais os alimentos

16. Para conservar a metade do limão que ainda não foi usada, coloque-a no pires com água, com a parte cortada para baixo e leve-a à geladeira.

4. Os talos de couve, taioba, brócolis etc. contêm fibra e devem ser aproveitados em refogados, no feijão, na sopa etc.

5. Sobras de bolachas não devem ir para o lixo.

Despedace-as e guarde-as em vidro fechados, para usar como cobertura de bolos, massas, tortas etc.

9. As folhas de cenoura são riquíssimas em vitamina A e devem ser aproveitadas para fazer bolinho, sopas ou picadinho em saladas. O mesmo se pode dizer das folhas duras da salsa.

6. O vinho azedo pode ser usado como vinagre.

10. Alho é sempre muito caro.

Evite perdas, transformando-o em pasta.

11. Rale as dobras de queijo e use em molho e sopas.

12. Se a maionese talhar, não jogue fora. Pingue água quente até que ela volte ao ponto.

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8. Folhas de nabo, rabanete e beterraba têm maior

14. Adicione batatas cruas em sopas, ensopados ou molhos que tenham ficado salgado demais, pois batatas absorvem o sal.

15. A parte branca da melancia pode ser usada para fazer doce. O preparo é igual ao doce de mamão verde.

3. Todas as folhas verdeescuras são ricas em ferro.

Por isso não deixe de aproveitá-las.

7. Se sobrou purê de batata, forme pequenas bolinhas, polvilhe com farinha de rosca e frite como croquete.

13. Se for cozinhar batatas para usar durante alguns dias, acrescente uma cebola à água do cozimento para que não escureçam.

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17. Semente de abóbora, morangas etc. viram aperitivos se forem torradas e salpicadas com sal.

18. A casca das frutas, inclusive banana, dá doces e sucos deliciosos.

dizer que nem tanto, pois tinha até certos lampejos de quem conhecia um pouco de bola; já, do Boeira, ele se sentia bem melhor quando estava lá no Mar Velho – o clube/bar do pai dele –, sob a sombra daquele varandão espetacular. Lá, enquanto brincava de carrinho, se refrescava na brisa muito gostosa. E sem maior compromisso, uma vez ou outra, o pequeno Jorge ainda dava uma de “minigarçon” ajudando o seu Crovê Boeira no serviço de bar.

Mas, pior mesmo que Dilton e Boeira no ramo da bola, só os “gente boa” Jairo Ghizi, Adalberto Cardoso – filho do seu Apolônio – e o César Grechi; coincidentemente, três tipos físicos de características longilíneas. É bem verdade que o trio – principalmente o Adalberto – não era apaixonado por futebol e só entrava em campo quando, por nossa insistência, era solicitado a completar o número de jogadores para cada lado. Então, estão perdoados! Eles preferiam, muito mais, ficar nas proximidades da porta do Clube Scaini – de frente para o mar –, recostados nas cadeiras e apreciando quem ia à praia. De “tanso”, pelo visto, não tinham nada, né?

Dos gauchinhos atletas do Arroio – os “piás”, como eles dizem – nenhum foi melhor que o serelepe e habilidoso Bichek, garoto bom de bola de Bom Jesus, filho do seu Alberto, do Bar Paquetá. Driblador sem limites, o “Chek” – como acabou ficando mais conhecido – foi, disparado, o craque do time deles. Mas tivemos, ainda, outro serraninho jogador na parada: o galego e franzino Gabarito que, com pouco mais de seis anos, prometia ser um bom jogador. z

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19. Para se tornar fresco o pão amanhecido, basta umedecê-lo levemente com água e levá-lo ao forno por alguns minutos.

20. Se o tomate estiver mole, deixe-o de molho na água fria ou gelada por uns 15 minutos e ele ficará mais rijo.

Morro dos Conventos, nos anos 50. Vista do mar, com edifício Erechim sendo construído e morro ao fundo; e vista aérea, com hotel no centro e farol.

(http://senutrindo.blogspot.com.br/2010/09/ valiosas-dicas-para-aproveitar.html)

TOURNIER Dr. Everton Hamilton Krás Tournier Graduado e especializado na Universidade Federal de Santa Catarina • Pós-graduado no Instituto Adolfo Lutz de São Paulo • Pós-graduado na Universidade do Sul Catarinense

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2. Não jogue fora talos de agrião, pois eles contêm muitas vitaminas. Limpe-os, pique-os e refogue-os com temperos e ovos batidos.

concentração de cálcio, fósforo e vitaminas A e C se comparadas com raiz a qual estamos acostumados a comer. Pique-as e sirva como salada, refogadas ou em conserva.

JORNALECO 438 15/02/2014

1. Quando for usar a metade de um abacate, deixe a outra metade com caroço. Isso evita que ele se estrague com rapidez.

um exímio driblador, “fominha de bola” e, mais ainda, de gol. Quando se empolgava não adiantava pedir a bola pra ele; saía feito um maluco, “fazendo fila”, até ficar na cara do gol e, com êxito ou não, finalizar. Mesmo fominha como poucos, eu sempre queria ter o Jorge jogando no meu time.

E do Mengalvo, dá para esquecer?

Claro que não! O bom mulato “Menga” – que deve ter recebido este nome por conta daquele famoso atleta catarinense que jogou no Santos – era pura elegância em campo.

Fortinho, quase parrudo, calmo e muito preciso nos passes, fazia uma meia-cancha muito boa com o meu mano Osíris.

Mengalvo era o tipo do cara pronto para um dia ser jogador profissional, e foi.

Jogou no Próspera, de Criciúma. Outra coisa: o “Menga” não tinha medo de cara feia e jogava com muita raça os acirrados clássicos Gaúchos x Catarinenses. Hoje o chamariam de guerreiro!

De outros boleiros mirins, havia no Araranguá mais um sujeito que também não era bobo com a bola nos pés. O nome, na verdade, não lembro, mas o apelido era “Caída”. Só sei que jogava bem e, por sempre querer ganhar – tanto que até chorava quando perdia, era um dos primeiros a ser escolhido na hora de formar os times. O Caída jogou no Mirinda, time cujo distintivo era só uma tampinha do próprio produto. Acreditem, um timaço!

Ainda da minha turma da bola, chego a mais dois figuraços da minha infância: Jorge Boeira e Dilton Cardoso, amigos que, no futebol – com muita persistência e vontade de jogar ficaram no limite de “esforçados atletas”. Do Dilton, até posso

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CRO/SC 11.149 Especialista em Implantodontia

Dra. Liana Grechi de Oliveira

CRO/SC 11.148

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