19.mar.1961
Radiografia do ano de 1960 em Araranguá Politicamente, foi um ano agitado. Realizaram-se as eleições. No campo municipal, depois de longos anos, a oposição conseguiu vencer um grupo agregado ao poder como ostra à pedra, mas que caiu. N.J.: José Rocha foi eleito prefeito. No setor estadual, de cuja administração passada nada ganhamos, também houve mudança. Naturalmente, baseandose no argumento de que mudar é sempre para melhorar, temos muitas esperanças. No âmbito federal houve radical transformação. Desde 1930 que um forte grupo vinha comandando o leme da barcaça. Partiu-se o leme . Nem por isso lastimamos, pois da administração federal, nesses longos anos, nada conseguimos. Economicamente, crescemos. Um crescimento suave, mas progredimos. Tudo que foi feito foi por obra e ação particulares. Inaugurou-se a primeira etapa do Edifício Alvorada, compreendendo a estação rodoviária e parte comercial. Quanto ao hotel, parece que apanhou o mal da lentidão. Mas vai. Esse empreendimento, além de embelezar a cidade, contribui para aumentar um pouco seu movimento. A semente foi lançada por Artur Campos, Walter Belinzoni e Afonso Ghizzo. Foi instalada a rede telefônica, a mais moderna do sul do País, tornando-se motivo de vaidade para o araranguaense. Foi uma iniciativa do Rotary Clube, na pessoa de L. M. Petry. A ZYT-3, Rádio Araranguá adquirida pelo Grupo Freitas [de Criciúma], sofreu profundas modificações, tornando-se uma estação de rádio digna de ser ouvida. Clodoaldo Altof, vindo de Tubarão, presenteou a nossa cidade com um magnífico cinema [o Cine Roxy, no novo prédio]. As esperanças estão voltadas para 1961: Banco do Brasil, Estação Ferroviária, Escola Normal, obras estaduais, água e esgoto, edifício dos Correios, siderúrgica etc.
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NOTÍCIAS ESTUDANTIS 4 Novamente na direção do Ginásio Nossa Senhora Mãe dos Homens, o revmo. padre Félix Bridi. 4 O dinâmico presidente da U.E.S.A. (União dos Estudantes Secundários de Araranguá) Adeli Sá, não mede esforços no sentido de o quanto antes conseguir as cadernetas padronizadas fornecidas pela entidade mater de Florianópolis, as quais possibilitam o desconto de 50% no tocante a ingressos em casas de diversões.
Vestibulando agrediu o professor CURITIBA, 13 - Surpreendido quando “colava” no vestibular na Escola de Engenharia da Universidade do Paraná, A.G., natural de Criciúma, Hotel Alvorada, na “esquina da Rodoviária”, Santa Catarina, nos anos 1970 investiu contra o professor Ricardo Mendes, agredindo-o. Foi retirado por vários estudantes da sala. O professor apresentou queixa no 10 Distrito Policial. [Nota de jornal do PR] GOL 1.0 GOL 1.0 8V SPECIAL GOL 1.0 GIII GOL GIV 2P HILUX HILUX 2.5 LIFAN OKM LOGAN 1.6 MEGANE GT EXP 1.6 PALIO PALIO ECONOMY PARATI 1.8 PARATI TURBO 1.0 16V PEUGEOT CABRIOLET PRISMA JOY PRISMA LT 0KM SANTA FE TR4 4X4 TRACKER 4X4 UNO FIRE 4P 1.0 VECTRA ELEGANCE
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15/03/2014 • ANO 20 • Nº 440 ESTA EDIÇÃO: 8 PÁGINAS
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H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATO Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Welington, Valdo
© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)
UMA PUBLICAÇÃO
ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.000 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br
JORNALECO ARARANGUÁ, 15 DE MARÇO DE 2014 • ANO 20 • Nº 440
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F A CRÔNICA DOS ANOS 60 F EDIÇÃO 28
“Em 2 de fevereiro de 1926, diversas pessoas se reuniram na casa do juiz Aprígio Gomes para debater a necessidade de se construir um hospital. (...) A saúde do município, então, dependia dos préstimos de um e outro médico que, de tempos em tempos, aparecia na região, mas, principalmente, dependia de parteiras e farmacêuticos.” (siga em A História de Araranguá nova edição, 2005, pág. 206) VISITE: WWW.ARARANGUA.NET
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Alveri Aguiar de Sá A história do araranguaense que aos 15 anos já era caminhoneiro e viria a se tornar um dos grandes empresários e ativistas socias de Santa Catarina
A ORIGEM
“
Meu avó Honorato Martins de Sá foi um homem que me deixou um grande exemplo. Ele veio pra Araranguá trabalhando com a estrada de ferro Dona Tereza Cristina. Com a intervenção da prefeitura de Araranguá, o tenente Ruy Stockler trouxe meu avô pra trabalhar com ele. Foi quem abriu a estrada de Araranguá pro Arroio do Silva. Nasci em Araranguá, em 10 de agosto de 1940, filho de Ascindino Moraes de Sá e de Maria Aguiar de Sá. Meu pai era um homem muito trabalhador. Desde criança trabalhava com transporte, em Laguna. Todos os dias ele fazia transporte de canoa, de Gravatal pra Laguna. E quando veio pra cá, veio envolvido com isso. Ele foi pioneiro no transporte coletivo de Porto Alegre até Tubarão, sendo um dos fundadores da empresa Santo Anjo da Guarda. No início o ônibus vinha pela beira da praia até aqui. Eu era criança e lavava os ônibus. Eles eram estacionados ali na sanga que dá o nome à Urussanguinha. A água era um cristal. Botavam os ônibus ali dentro, com água até meia roda, e nós usávamos uma bacia pra lavar eles. O CAMINHONEIRO
Do 1º ao 4º ano, eu fui estudar numa escolinha que tinha na Volta do Silveira. Minha professora foi dona Dilma Freitas, uma grande professora, mulher do seu Vaioca, que era alfaiate. No 5º ano, eu vim pro Castro Alves, mas só estudei mais dois anos, porque o meu fraco era caminhão, era viajar. Desde muito criança eu trabalhava de ajudante de mecânico, e já com 15 anos comecei a viajar com caminhão aqui pela região. Com 16 anos, cheguei ao Rio de Janeiro dirigindo um F8. Eu tinha feito os exames, tudo, e recebi uma carta provisória pra poder dirigir. Alguns amigos na juventude foram o Aimberê, o Ronaldo, o Chila, o Cambota. Mas eu comecei tudo muito cedo na minha vida. Aos dezoito anos e meio, casei com a Tereza [Maria Terezinha Pereira de Sá]. Com um Ford preto 1947, fomos passar a lua de mel na praia de Águas Claras. Em quatro anos, já tínhamos quatro filhos. APOIO CULTURAL
Fundador WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Produção gráfica NEI DA ROSA Publicado na GRÁFICA ORION - abril de 1960 a maio de 1975
Nos primeiros dez anos, eu viajava como comerciante: comprava mercadoria aqui e levava pra São Paulo, onde fazia feira. O seu Elias, pai do Giovani, foi várias vezes comigo pra São Paulo buscar artigos pro mercado dele. Ia na rua Cantareira, comprava de tudo que tinha lá, carregava o caminhão e trazia. Viajei muito também pra fronteira da Argentina e do Uruguai, mas naquela época não se ia até o outro lado, era só até a fronteira, e pegava as cargas. Na época, eu precisava fazer uma longa madrugada pra passar Florianópolis e dormir em Itajaí. Daqui a Curitiba levava dois dias de viagem. De Curitiba a São Paulo eram outros dois dias. Tudo estrada de chão. Asfalto só tinha num raio de cem quilômetros em São Paulo. Na época da construção de Brasília, eu fui lá uma vez: era 1.700 quilômetros de estrada de chão. Quando eu era guri de uns 15, 16 anos, era época das exportações de madeira e de trigo do Rio Grande do Sul. Íamos buscar trigo na região de Vacaria, de caminhão. Eu fazia uma viagem por dia a Vacaria. Saía daqui as duas e meia da manhã, chegava a Vacaria, carregava o caminhão; chegava aqui antes das seis da tarde e descarregava no vagão do trem. No outro dia, ia de novo. Naquela época, a farinha de mandioca do Mazzuco e a “Vascaína” do seu Otacílio Bertoncini eram importadas pra Alemanha. O meio de transporte era de caminhão até o trem na Barranca e dali pra Laguna, onde embarcavam em navios. CASAMENTO COM TEREZA
Meu avô era vizinho do seu Joaquim, que seria meu sogro. Um dia eu cheguei de caminhão e vi a Tereza, que estava de férias do convento. Ela tinha 15 anos e eu, 17. Casamos em janeiro de 1959. Em dezembro já nasceu nosso primeiro filho, o Adriano; um ano e três meses depois nasceu a nossa filha Cláudia. Em 1962, no dia do aniversário da Tereza, 25 de fevereiro, estávamos num baile no Grêmio Fronteira. Ela estava grávida e passou mal por causa de uma briga que aconteceu no clube. Foi pro hospital e ganhou a Valéria, de sete meses. Em 1963 nasceu o Aurélio; em 67, nasceu
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a Cecília, que trabalhou uns vinte anos aqui no Posto e hoje está em Florianópolis; e a última, temporão, a Luziana, nasceu em 75, e hoje trabalha comigo. Eu casei muito novo e sempre fui muito apegado à família. Quando eu viajava, já ia com vontade de vir embora. E uma coisa de que não me arrependo é que nunca fui um cara mulherengo, sempre fui fiel à minha mulher e aos meus filhos. Em 24 de janeiro, eu e a Tereza completamos 55 anos de casados, sem nunca dormir uma noite separados por causa de brigas. Na época em que perdemos o Adriano e o Aurélio, a Tereza levou um pouco mais de tempo do que eu pra superar. O que muito ajudou ela foi ter se unido a umas dez amigas num trabalho voluntário pra fundar uma creche, a APROSA, que funcionou durante 25 anos, com turmas de 40 a 50 crianças na idade de 0 a 4 anos. POSTO IRMÃO DA ESTRADA
Depois de ganhar um dinheirinho trabalhando com caminhão, tinha os filhos pequenos e a mulher, e eu, cansado de tanto viajar, resolvi construir o Posto Irmão da Estrada, esse aqui na Cidade Alta. Comprei o terreno, fiz a terraplanagem, tudo com meus recursos próprios. Então convidei meu pai, que na época estava com alguns problemas, pra ser meu sócio. Daí, começamos. (CONTINUA NA PÁG. 2)
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