Jornaleco 446 15 jun 2014

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25.jun.1961

Realizou-se na noite de sábado, 10 de junho, o baile com apresentação dos irmãos Vignali, nos salões do Fronteira. Ambiente fraco. O baile, em si, esteve bem animado, isso quanto aos dançarinos. Salão amplo, orquestra agradando plenamente como das vezes anteriores. Um ótimo conjunto, esse Conjunto Fronteira. Repertório selecionado, bom ritmo, chega a ensinar a dançar. A alta sociedade não quis prestigiar de todo a pequena festa. Faltou muita gente. Mas assim mesmo, anotamos a presença de Eládio Garcia e esposa. Aliás, Eládio e Célia sempre estão presentes aos festivais. E não são de fazer tricô. Dançam à vontade. Alírio Silva e sra. [Gedi]. Fazia tempo que Alírio não aparecia. Waldemar Pacheco e sra. [Olga]. Como sempre, Waldemar, cavalheiro ao extremo, muito animado. Cap. Luiz Fabrício de Lima e sra., Ernesto Grechi Filho e sra. [Neda]. Casais que sempre prestigiam com sua presença os bailes do Fronteira. Max Hahn e sra. [Darci]. Max superanimado. Grande dançarino, apesar do físico avantajado. André Wendhausen e família. Presente também o Dr. Arno Hübbe, noivo de Maria Elisa. Luiz Wendhausen e sra. [Norma]. Bons dançarinos. Alírio Monteiro, presidente do clube, e sra. [Vanilda]. Casal Walmor Pacheco [Olga], Tomáz Ferreira e esposa, João Júlio e sra. E tantos outros que me escapam à memória. Quanto às garotas nessa noite, não sabemos se por causa do mau tempo, faltaram muitas. Assim mesmo, lá estavam: Gessi Savi, Filha Bertoncini, Sônia Rabello, Nilcéia Gomes, Alzira Krestchmer, Salete Guidi, Nádia Furtado, Regina Maciel, Diná Silva, Lourdes Cardoso. O show apresentado pelos irmãos Vignali, artistas de rádio e televisão, esteve excelente. Desta forma, mau grado o péssimo tempo reinante, as danças se prolongaram até alta madrugada, quando o Conjunto Fronteira apresentou seu acorde de despedida. (N.J.: Nos anos 60, era comum o tratamento “casal Fulano de Tal” ou “Fulano de Tal e sra.”, omitindo o nome das esposas, justamente elas que sempre foram os principais leitores das colunas sociais.)

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A antiga sede do Fronteira Clube na Getúlio Vargas, com o antigo Cine Roxy adiante (anos 1940/50)

Prolongamento da rua Sete de Setembro Está sendo ventilado o prolongamento da rua Sete de Setembro até atingir o leito da Estrada Federal. Com o valioso auxílio do DNER, prolongada esta artéria, teremos uma rua moderníssima, com duas pistas, como já possui atualmente, sendo que atingirá a extensão de aproximadamente 5 mil metros, abertos. Como sabemos, as nossas ruas, ou melhor, avenidas, têm a capacidade de possuírem até 20 mil metros de comprimento. Mas deixaremos isto para um futuro bastante avançado. (N.J.: A obra na Sete acontecerá uns dez anos depois.)

Ponte de arame sobre o rio Araranguá Nossos leitores acharam que é “muita ponte” a construção de mais uma sobre o rio Araranguá, de uma vez que recentemente foi construída a de cimento armado a cerca de 500 metros do centro da cidade [1956]. Mas desta feita, trata-se de uma ponte de arame no prolongamento da av. Getúlio Vargas, servindo aos bairros de Cidade Nova [?] e Barranca, neste último onde se situa atualmente a estação ferroviária. O desejo dos araranguaenses era contar com outra ponte de cimento armado, mas na falta desta, consolamo-nos como quem diz: “quem não tem cimento caça com arame”. N.J.: Durante 1961, o Correio de Araranguá distribuía, encartado em suas edições quinzenais, o SINGRA - Suplemento intergráfico (“a única publicação, no Brasil, que circula todas as semanas, com as edições dos jornais em diversas cidades”). Contendo de 8 a 16 páginas (na época, atingindo a casa das 500 edições), era impresso em duas cores e produzido em São Paulo, pela Editora Singra Ltda., com assuntos gerais, nacionais e internacionais, quadrinhos e publicidade comum às grandes revistas. GOL 1.0 16V 4P GOL GIII GOL TREND 4P,G5,1.0 GOL1.0 GIII 2P GOLF 1.6 GOLF 2.0 HONDA BIZ 125 I30 KA L-200 4X4 MEGANE 2.0,16 V MERIVA JOY01.4 MONTANA 1.4 PAJERO GLS SPORT PALIO ECONOMY 1.0 4P PARATI TURBO 1.0 16V PEUGEOT 407,SW 2.0 16V PEUGEOT CABRIOLET SAVEIRO SAVEIRO 1.6 SAVEIRO CROSS SIENA 4P,1.4 STILO 1.8 STRADA 1.4 TRACKER UNO VIVACE

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15/06/2014 • ANO 21 • Nº 446 ESTA EDIÇÃO: 8 PÁGINAS

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H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATO Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Welington, Valdo

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)

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ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.000 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br

JORNALECO ARARANGUÁ, 15 DE JUNHO DE 2014 • ANO 21 • Nº 446

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F A CRÔNICA DOS ANOS 60 F ANO II/N0 5

“Estive na escola, lá no Morro. Professor era um tal de Juvêncio, mas não sabia nada. Aprendi um pouquinho foi agora, no Mobral. Não tenho partido. Sou como meu pai e meu avô eram. E quem acusa muito, mija no ninho! [...] Nós sempre chamávamos Campinas. Depois de Campinas passou pra ‘Vila’. Onde vai? Vou na ‘Vila’. [...] Daqui ao Morro dos Conventos era tudo mato...” SIGA EM HISTÓRIAS DO GRANDE ARARANGUÁ, JOÃO LEONIR DALL’ALBA, ORION, 1997 (DEPOIM. DE ANJÍDIO SANTANA, EM 1985, AOS 81 ANOS), PÁG. 162

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Campeão com ajudazinha do delegado por Cláudio Gomes CASOS E CAUSOS QUE O POVO CONTA O REPERTÓRIO araranguaense dos nos-

sos causos parece inesgotável. Depois que o Ricardo concordou em publicar, no JORNALECO, os Casos e Causos que o Povo Conta, a cada encontro que tenho com conhecidos e amigos, sou brindado com uma nova história com riqueza de detalhes. Fico feliz em tomar conhecimento delas e poder registrar, dentro das minhas possibilidades, toda a espontaneidade do nosso povo. É bonito testemunhar o jeito alegre e o modo brincalhão de ser, vividos nas histórias ou estórias relatadas por personagens da Cidade das Avenidas e da região. Dos casos ou causos que ouço, são numerosos os do futebol e da política. Já ouvi narrativas divertidas, curiosas, bem típicas e alegres do nosso povo. Histórias vividas ou testemunhadas, que são repassadas verbalmente por algumas gerações, as quais me propus a registrar por escrito. Nos relatos ouvidos se ressalta o jeito típico de ser do araranguaense, como os de um caboclo esperto e matreiro, como no caso que vamos narrar a seguir. É comum se ouvir que a atuação de um juiz de futebol influenciou no resultado final de um jogo. E que, como consequência, contribuiu para que determinado time fosse o campeão da competição. Entretanto, acredito que seja inusitada a interferência de um Delegado de Polícia a fim de influenciar no placar de um jogo e fazer um campeão. Pois aqui na terrinha aconteceu. Quem nos contou como ocorreu foi o Moacir. José Moacir de Freitas, ou Moacir, como é mais conhecido, é um nordestino, mais precisamente um paraibano, que adotou Araranguá como sua cidade desde 1956. Transferido para cá afim de trabalhar na construção da Estrada Federal BR-101, casou com Sonia Soares e daqui não saiu mais. Desde então, Moacir é um araranguaense de coração. Além de cumprir sua missão junto ao antigo departamento de rodagem, Moacir era um excelente meio de campo, normalAPOIO CULTURAL

Fundador WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Produção gráfica NEI DA ROSA Publicado na GRÁFICA ORION - abril de 1960 a maio de 1975

mente, o camisa 10. Jogando um ótimo futebol, Moacir defendeu as cores de diversos times amadores da nossa cidade. Entre eles o Rodoviário, time do próprio DNER, o Grêmio Fronteira, o Flamenguinho e muitos outros. Foi defendendo as cores do Flamenguinho, time amador da Coloninha, e tendo como companheiros, naquele jogo, Severiano Souza, Luiz Kindermann, Humberto Rabello, Querino Nunes (Quirininho), José Nunes (Juca Tigre), Vilson Nunes (Cambota), entre outros, que Moacir assistiu e participou do pitoresco acontecimento. O Flamenguinho, time presidido por Otávio Espíndola (Tatavo Barbeiro), iria disputar com o timaço do Rio dos Porcos — hoje, Rio dos Anjos — a final do campeonato municipal de futebol amador. O time do Rio dos Porcos era famoso e temido por ter um belo conjunto de jogadores, entre eles o Gilson Soares, o Benoni, o Tibica e mais alguns locais, “enxertado” (acrescido com qualidade) por um grupo de bons jogadores de Criciúma. Seria difícil ser batido e tinha naquela final a vantagem de jogar no seu próprio campo. Era consenso que dificilmente deixaria de ser o campeão daquele ano. Por um infortúnio, na véspera do jogo, houve um acidente de trânsito com vítima fatal na estrada que liga o Morro dos Conventos a Araranguá. Nesse acidente se envolveu o excelente jogador Osvaldo, zagueiro central do Rio dos Porcos. O delegado, sr. Artur Espíndola, irmão do presidente do Flamenguinho, atendeu normalmente a ocorrência. Todos os registros, pertinentes ao caso, aconteceram dentro dos padrões normais. Ainda assim o jogo deveria ser realizado, e foi.

Terminados os primeiros 45 minutos, o time do Rio dos Porcos já vencia pelo marcador de um a zero. Tudo indicava que não perderia o jogo, nem o título. Foi então que se desenrolou a brilhante idéia. O presidente do Flamenguinho foi até a delegacia e solicitou um novo depoimento do causador do acidente do dia anterior. É bom salientar que, naqueles tempos, a regra do futebol não permitia a substituição de qualquer jogador. Se por ventura algum atleta fosse obrigado a deixar o campo, por qualquer motivo, durante o jogo, o time teria de jogar o restante da partida com um jogador a menos. Passados alguns minutos do início do segundo tempo, o delegado de polícia entrou em campo, dirigiu-se até o zagueiro Osvaldo e, por conta do acidente em que se envolvera, deu-lhe voz de prisão em pleno campo e andamento do jogo: — Senhor Osvaldo, o senhor está preso! Me acompanhe até a delegacia! Tirou o pobre defensor do Rio dos Porcos do gramado, só o liberando após o término da partida decisiva. O Moacir conta que, mesmo sem o zagueiro e com apenas dez jogadores, não foi fácil derrotar o pessoal do Rio dos Porcos pelo minguado placar de dois a um. EC Rodoviário, no campeonato da LARM 1957. Da esq., em pé: Branca, Lourinho, Rui, Juca Tigre, Zé Ramos, Serrano e o técnico Tavinho Sá; e agachados: Valter, Édio Cacetão, Mememo, Moacir e Moroti

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