Jornaleco 450 15 ago 2014

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20.ago.1961

MISS BANGU. Araranguá viveu, na noite de cinco do corrente, a maior festa, o maior acontecimento social, com o primeiro desfile Bangu, elegendo também, pela primeira vez, sua Miss Elegante, que enfrentará no ano vindouro, na passarela do Clube Doze de Agosto, em Florianópolis, fortes concorrentes, cujo objetivo ambicionado, receber a faixa de Miss Bangu Catarinense. Foi uma noite de verdadeiro sonho, beleza, luxo, elegância, graça, magia e encanto. Graças aos esforços e empreendimentos da Casa da Amizade, correlata ao Rotary Clube local, tendo à sua frente a dinâmica e inteligente promotora e organizadora deste fabuloso festival, a exma. sra. Tereza Queiroz Duarte, coadjuvada pela exma. sra. Célia Garcia, que não mediram esforços; enfrentando críticas e mesmo um pouco de falta de apoio, viram, com satisfação e mesmo comovidas, realizada a maior festa social aqui realizada. Gentilmente os convidados vieram de Florianópolis, os cronistas sociais, srs. Zuri Machado e Celso Pamplona, que voltaram maravilhados com este belo acontecimento. Desfilaram na passarela do velho Fronteira, quinze manequins do nosso high-life. Quinze belezas em plena primavera, orgulho da nossa cidade e que, pela primeira vez, pisaram em público num desfile social de grande responsabilidade. (...) Pela ordem, descreveremos os modelos apresentados: Maristela Berti: Dominó e Rio de Janeiro; Alice Carolina Bacha: Imperial; Jadne Elias: Sayonara e Menina Moça; Regina Maciel: Verão em Veneza e Homenagem a Araranguá; Diná Silva: Sweepstake e Homenagem ao Rotary Clube; Fátima Salvador: Mona Liza e Miragem;

Maria do Espírito Santo Garcia: Homenagem à Fábrica Bangu; Marly Mendes: Sachas e Cganel; Nilcéia Gomes: Noturno; Zilá Pereira: Homenagem ao Fronteira Clube; Marly Cesa: Grande Gala; Miriam Nagel: Sofistiquê e Reveillon; Regina Hennemann: Alvorada; Nadja Furtado: Tarde de Verão; Raquel Pereira: Primavera e Cinderela. A comissão julgadora foi composta pelos seguintes: Cap. Luiz Fabrício de Lima e Dr. Lourival Vaz, de Araranguá; Zuri Machado e Celso Pamplona, de Florianópolis; Laguna, representada pela suplente da Miss Bangu; Dr. Milton, advogado, por Tubarão; e, finalmente, Criciúma, pelo presidente do Clube das Lady, sra. Cesa Guimarães, presidente da Junta Conciliadora, e sra. dr. José Pimentel, jornalista e advogado, num total de nove membros. (...) Saiu vencedora, a senhorita Regina Maciel, por cinco votos, sendo colocada, em segundo lugar, a beleza suave e meiga de Diná Silva, por quatro votos. (...) Na verdade o resultado não agradou a gregos e troianos, mas o dia em que estes dois se reconciliarem, então o mundo deixará de ser um inferno para ser um paraíso. (...) Predominou o preto nas toilettes, dado o seu rigor e realce. Belíssimas estolas, casacos e capas de pele. A senhora Safira da Costa, acompanhada pelo Conjunto Alvorada, nos deliciou com a bela página musical mexicana “Vereda Tropical”, sendo vivamente aplaudida. (...) Nossos efusivos parabéns às dignas promotoras desta festa, que marcou época em nossa cidade, dados a sua eficiência, gosto, e sua perfeita organização e pelo objetivo alcançado. Missão cumprida! n SOCIEDADE. L. V. e comenta (coluna de Lourival Vaz)

FOCUS 1.6 2010/2011 FOX 1.0 2013/2013 GOL 1.0 GII 1995/1995 GOL GIII 2005/2005 FONE GOL GIV 4P 2007/2008 HÁ 30 ANOS VENDENDO QUALIDADE GOL GV 2009/2009 GOL TREND 4P,G5,1.0 2010/2011 VEÍCULO ano cor / combustível / inf. compl. GOLF 1.6 2011/2012 AMAROK HIGHLINE 2012/2012 PRETO DIESEL COMPLETO 4X4 HB20 1.6 2012/2013 BLAZER EXECUTIVE 2000/2000 VERDE GNV COMPLETO HONDA BIZ 125 2009/2009 C3 GLX 1.4 2007/2007 PRATA FLEX COMPLETO 2006/2007 C3 XTR 1.6,16v,4p 2008/2008 VERMELHO FLEX COMPLETO+COURO HONDA FIT JOURNEY V6 2009/2010 CAPTIVA 2.4 2009/2009 PRATA GAS CPLT MERCEDES C200 KOMP 2007/2008 CELTA 1.0 2P 2001/2001 BRANCO GAS AQ-LT-DT MONTANA 1.4 2011/2012 CELTA LS 2p 2011/2012 VERMELHO FLEX DH/AL/TE/VE PALIO ECONOMY 1.0 2011/2012 CELTA LS 4P 2011/2012 BRANCO FLEX CPLT-AR PUNTO 1.4 2012/2013 COROLLA SEG 1.8 2009/2009 PRETO FLEX CPLT SAVEIRO 1986/1986 COROLLA XEI 2010/2010 PRATA FLEX COMPLETO+AUTO SIENA ATRACTIVE 2010/2011 CROSS FOX 2006/2006 PRATA FLEX COMPLETO STILO 1.8 2004/2004 DOBLO ADVENTURE 2004/2005 VERMELHO GAS/GNV COMPLETO STRADA 1.4 2011/2011 FIESTA 2002/2003 BRANCO GAS COMPLETO TR4 2004/2004 FIESTA Street 1.0 2003/2004 PRATA GAS AC/VE/TE/AL ZAFIRA 2.0 2005/2006 FLUENCE 2012/2012 PRATA FLEX CPLT

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15/08/2014 • ANO 21 • Nº 450 ESTA EDIÇÃO: 8 PÁGINAS

Distribuição gratuita Periodicidade quinzenal Tiragem: 1.000 exemplares

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATO Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Welington, Valdo

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)

UMA PUBLICAÇÃO

ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.000 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br

JORNALECO ARARANGUÁ, 15 DE AGOSTO DE 2014 • ANO 21 • Nº 450

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F A CRÔNICA DOS ANOS 60 F N 39 0

Com a sua emancipação políticoadministrativa em 1880, o município de Araranguá abrangia um vastíssimo território no sul de Santa Catarina, desde o rio Urussanga até o rio Mampituba, fronteiriço com o Rio Grande do Sul, e, a oeste, até a serra. A população, na época, andava ao redor de 10.700 habitantes. Siga em A História de Araranguá, de Paulo Hobold, complementada e atualizada por Alexandre Rocha, 2005, p. 111

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Com certeza, esta carreira o Pata Branca perdeu por Cláudio Gomes CASOS E CAUSOS QUE O POVO CONTA Desde o século XVIII as carreiras de cavalo em cancha reta faziam parte dos negócios e dos folguedos do homem do campo. Só no final do século XIX é que a corrida europeia, em raias em círculo dos hipódromos, chegou ao Brasil. (NET)

A HISTÓRIA registra que, no início, as corridas eram realizadas com cavalos comuns do trabalho diário, sem qualquer preparo; só para “tirar a cisma” de quem possuía o melhor cavalo. Não raras vezes se faziam apostas absurdas. Conta-se que muitos contratantes de carreiras, denominados de carreiristas, ficavam tão apaixonados pela disputa, que perdiam grandes fortunas: rebanhos, fazendas, grandes estâncias e, por incrível que possa parecer, até suas mulheres. No relato ao J ORNALECO 446, o Dr. Martinho Ghizzo nos conta que os nossos antepassados do Vale do Araranguá também eram aficionados das carreiras em cancha reta. Temos ainda hoje uma cancha reta dessas na estrada do Morro dos Conventos, próximo a capela do Menino Jesus. Também é certo que a avenida Engenheiro Mesquita e região próxima já foram conhecidas como sendo a região da “Raia”. Na verdade, o nome correto deveria ser cancha, por ter sido dado a toda a região, pois que raia são apenas as pistas por onde correm os cavalos, e cancha é o conjunto de raias. No tempo de infância, várias vezes ouvi: “Fulano mora lá na Raia”; ou: “Guri, vai lá na Raia buscar (ou levar) tal coisa”. O livro Histórias do Grande Araranguá, do Pe. João Leonir Dall’Alba (Orion, 1997), confirma a prática do esporte registrando algumas carreiras em cancha reta. Entre muitos depoimentos, há um que relata a história de uma carreira que o meu pai, um modesto carreirista, ganhou, mas não levou. Aconteceu que os juízes da carreira, ameaçados por capangas armados, declararam vencedor o cavalo do adversário que havia perdido o páreo. APOIO CULTURAL

Fundador WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Produção gráfica NEI DA ROSA Publicado na GRÁFICA ORION - abril de 1960 a maio de 1975

que o Pata Branca era invencível em “tiro” curto (100 metros) e o Que Ruído vencia em canchas mais longas. Nos embates acontecidos, ora vencia um ora vencia outro, nos deixando em dúvida sobre qual realmente era o melhor.

Mas O TÍTULO desta crônica afirma com certeza que, numa certa corrida, o Pata Branca foi derrotado. Quem me contou foi o amigo Megalvo Lopes de Araújo. Na época do acontecido, as ruas Pata Branca e seu treinador, Ignácio Gutierrez, e avenidas da nossa cidade ou natural do Uruguai, contratado por Afonso Ghizzo eram gramadas ou nada tinham, a do Hipódromo do Cristal, de Porto Alegre. Em não ser muita areia solta. Araranguá, casado com Eloar Batista de Carvalho, Pelas areias da avenida Getúlio tiveram os filhos Ires, Irene, Irê e Írio Vargas, os tratadores dos cavalos Com o crescimento do esporte, praticado Que Ruído e Pata Branca puxavam os dois quase sempre aos domingos, houve a fogosos garanhões pelos respectivos caimportação de cavalos melhores treinados brestos. e com algum pedigree. Eles vinham de Que Ruído e Pata Branca caminhavam, estados próximos e até de outros países. lado a lado, na maior calma de um dia No relato escrito pelo conterrâneo Dr. comum na pequena e pacata cidade. Martinho, ele nos brindou com a verdadeira Inadvertida e despreocupadamente, a uns história e a rivalidade entre os cavalos Pata duzentos metros mais à frente, na mesma Branca e Que Ruído, bem como dos seus avenida, um senhor cavalgava, também proprietários. tranquilo, uma égua no cio. Nos detalhes, o ilustre médico e ex-poOs garanhões, sentindo a presença da lítico araranguaense nos conta toda a trama égua, foram aguçados em seus instintos e que envolvia uma corrida de cavalos em se puseram de prontidão. cancha reta nos tempos passados. Na desatinada carreira em direção à Da parte que nos toca, na condição de fêmea, os dois cavalos por pouco não leitores, descobrimos, na narrativa, que a atropelaram os seus tratadores. rivalidade entre nós e os gaúchos de cima da Segundo o que o povo conta, foi o serra é mais antiga do que supúnhamos. Ao Que Ruído que chegou primeiro. que se percebe, teve início com a “invasão” Antes que o Pata Branca pudesse se do bom povo serrano ao Arroio do Silva. aproximar, o vencedor da carreira tomou Outra revelação que nos surpreendeu, conta do seu “troféu”, bem como do lugar, bem como a muitos araranguaenses, foi sem deixar qualquer espaço para o rival. saber que o Pata Branca não era propriedade Mas quem tomou um enorme susto foi o de Afonso Ghizzo, pai do Martinho. pobre e desprevenido cavaleiro montado É sabido, pelo povo do Vale, principal- na égua. O homem ficou assustadíssimo ao mente por aqueles que são jovens há mais sentir o seu corpo ser pressionado pelo tempo, que o político Afonso Ghizzo era corpo do Que Ruído, que com ele passara conhecido também pelo codinome de Pata a dividir a garupa da égua. Branca, justificando a fama de vencedor Entrou em pânico quando viu os bolsos de eleições. da capa gaúcha que vestia serem invadiVoltando à rivalidade entre os cavalos, dos pelas patas dianteiras do Que Ruído, o o Dr. Martinho compara os dois, dizendo garanhão vencedor dessa carreira. z MUSCULAÇÃO z PILATES STUDIO z X JUMP z POWER SET z ABS z CIA DANCING z PERSONAL TRAINER z NUTRICIONISTA z FISIOTERAPEUTA z PSICÓLOGA

Praça Hercílio Luz, 444 | Tels. 3522-1120 9624-8947


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