A INFORMAÇÃO COMENTÁRIO
Pregar, simplesmente, que se “diga não às drogas”, não mudará a atitude do jovem curioso disposto a provar drogas (a cerveja das propagandas, por exemplo). E um dependente também não fará muito caso, pois a síndrome da dependência supõe a incapacidade de se dizer não às drogas. Campanhas do tipo “diga não” são boas para se distribuir camisetas. O iniciante vai afirmar que diz não quando quer, e o dependente na ativa não consegue dizer não quando precisa.
“Diga não às drogas” SIMPLISTA
“A porta de entrada das drogas” RELATIVO
“Meu vício é praticar esportes” ARTIFICIAL
“A vontade nunca passa” “É preciso matar um leão por dia” MITOS
“Tornou-se alcoólatra por uma desilusão amorosa” ROMANTISMO
“Usar droga é coisa de otário” PRECONCEITO
ELABORAÇÃO E TEXTO: Ricardo Grechi (acadêmico de Filosofia/Unisul)
Alguns taxam a maconha como “porta de entrada” para o mundo das drogas, referindo-se, naturalmente, ao consumo de outras drogas ilícitas mais contundentes. Mas, na prática, a “porta de entrada” para o mundo das drogas é a droga mais acessível ao usuário. Em nossa sociedade, a droga mais acessível é o álcool, que é facilmente encontrado em casas de família. Assim, admitindo o espírito do enunciado, desconfio que a cerveja sem álcool esteja aí para ser essa tal porta. Também alguns médicos, com seus psicofármacos, têm sido porteiros para o tal mundo.
7
CANDIDATO % VOTOS % VOTOS ELEITO Partido VÁLIDOS TURNO VÁLIDOS
PSDB
1998 FHC
PSDB
2002 Lula
PT
2006 Lula
PT
2010 Dilma
PT
“Quando for dormir, pensarei nela; e, quando acordar, lembrarei”, dizia no filme o personagem que havia largado das drogas. E de um incauto psicólogo ouvi que é “próprio do alcoólatra sempre ter vontade de beber”. Isso só alimenta a crença de que os dependentes em recuperação estão condenados a sofrer, pela vida afora, por “não poder” mais usar drogas, e lhes nega a possibilidade de uma sobriedade agradável, livre de “matar um leão por dia”. A grande sacada das irmandades de Anônimos é justamente o libertar-se da obsessão, o que se dá com uma revolução pessoal, onde o adicto trabalha sua personalidade, alterada pelo tempo de drogadição, indo além das ações preventivas e da luta direta contra o seu objeto de obsessão, elevando-o a um estado de não desejo de usar. Mas um abstêmio, que ainda vivencia o não uso como um sacrifício, vê a perda do “gosto pela droga” como uma castração, preferindo manter a crença de que a vontade vai vir sempre. A maioria não percebe esse sutilíssimo ardil do inconsciente do adicto, mas, para tratá-lo, é preciso inteirar-se dessa atitude implícita de não querer perder a vontade de usar (como um padre que, assumindo a castidade, não se desfaz da genitália para o caso de uma eventual mudança de hábito).
2014 Dilma
PT
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ANO
1994 FHC
A marca do seu parceiro de estrada
10/11/2014 • ANO 21 • Nº 455 ESTA EDIÇÃO: 4 PÁGINAS
Distribuição gratuita Periodicidade quinzenal Tiragem: 1.000 exemplares
H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H
UMA PUBLICAÇÃO
EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATO Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Welington, Valdo
ORION EDITORA
© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)
Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.000 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br
Fonte: Laguna antes de 1880, de João Leonir Dall’Alba, Lunardelli/UDESC, 1979, págs. 33 e 34
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25 ANOS DE ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NA PLENITUDE DEMOCRÁTICA BRASILEIRA
Futebol idiotiza, musculação idiotiza, videogame idiotiza, e também matemática, religião, internet, sexo, comer chocolate. Tudo pelo qual nossa personalidade toma afeição obsessiva idiotiza, isto é, toda substância, evento ou comportamento que nos atrai atenção excessiva é intoxicante. Então tudo pode ser tóxico, até os esportes. O lugar das drogas na vida das pessoas é artificial, não requer que o ocupemos com outro “vício”, ou que o alternemos com novos subterfúgios. A libertação das drogas é para um projeto de vida plena que não se consolida perpetuando artifícios.
A Organização Mundial da Saúde considera a dependência química uma doença (CID-10), o que desqualifica o viés moral e a repressão na abordagem ao dependente, mas também não o isenta da responsabilidade de se tratar. O fator que melhor explica a evolução característica da doença é a predisposição. A predisposição é uma condição orgânica só diagnosticável após o contato do indivíduo com o agente deflagrador (considera-se que duas a cada dez pessoas podem desenvolver a dependência). Muito se têm romantizado, atribuindo razões dramáticas, culturais ou sociais para a dependência crônica: bebe por desilusão amorosa, ou por que é famoso, ou por que é miserável etc. As situações existenciais podem justificar episódios, mas não é o que define a dependência como um transtorno mental. Com a progressão do uso, culminando na tolerância (aumento das doses) e na síndrome de abstinência (passar mal pela falta de droga), revela-se o quadro de dependência. Ser ou não ser dependente de drogas não é uma escolha, e ninguém começa a usar drogas intencionando tornar-se um dependente químico. É um risco, uma roletarussa em que participam os espertos e os “otários”, todos apostando que sairão ilesos.
Em 1881, o município de Laguna se dividia em cinco freguesias (as populações informadas são do último recenseamento, realizado dez anos antes): Imaruí (4.897), Pescaria Brava (2.552), Mirim (2.957), Vila Nova (1.312) e Araranguá (5.142), com uma população total de 24.370 (estimada, então, em 32.000, contando novos nascimentos e imigrantes), dividida em 21.541 “almas” livres e 2.829 escravos.
Não, o Brasil não está politicamente dividido, como se duas facções de cães selvagens disputassem um território. Antes, o resultado da eleição representa o equilíbrio para uma nação democrática. Candidata e candidato à presidência da república receberam, cada qual, votos de todas as regiões do país, de cada estado da federação, cada município, dos recantos mais isolados. A diferença foi pouca (3,5 milhões), mas a vitória de Dilma foi incontestável. Faz lembrar a eleição de John Kennedy, o icônico presidente dos EUA eleito, em 1960, com 113 mil votos (só 0,1% dos votos totais!) a mais que Richard Nixon, seu oponente. RG
PRN
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JORNALECO
ARARANGUÁ, 10 DE NOVEMBRO DE 2014 • ANO 21 • Nº 455
1989 Collor
graficacasadocarimbo@gmail.com
©
JORNALECO COLLOR
FERNANDO HENRIQUE
53,03 54,28 53,06 61,27 60,83 56,05 51,58
2º 1º 1º 2º 2º 2º 2º
46,97 27,04 1 31,71 2 38,72 39,17 43,95 48,42
2º LUGAR Partido
Lula PT Lula PT Lula PT Serra PSDB Alckmin PSDB Serra PSDB Aécio PSDB
(1) outros seis candidatos:18,68% (2) outros dez candidatos: 15,23%
LULA
DILMA
DADOS WWW1.FOLHA.UOL.COM.BR; WIKIPEDIA / IMAGENS WWW2.PLANALTO.GOV.BR / TÍTULO GIBRAN / INFOGRÁFICO JORNALECO
Fundador WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Produção gráfica NEI DA ROSA Publicado na GRÁFICA ORION - abril de 1960 a maio de 1975
F A CRÔNICA DOS ANOS 70 F
nº 198 3.abr.1971
Imagem ruim das TVs Agora, as edições do JORNALECO dos dias 10 trarão o material veiculado no CORREIO DE ARARANGUÁ dos anos 1970. Com sua impressão suspensa no final de 1969, o CA voltou no início de 1971, seguindo sua numeração
Fundada a Conferência Vicentina Foi criada nesta cidade, uma entidade de caráter filantrópico, que recebeu o nome de “Conferência Vicentina São José”. Nas dependências dos próprios Josefinos de Murialdo, realizou-se a primeira assembleia da entidade, tendo sido aprovados os estatutos e eleita a primeira diretoria. Para presidente foi eleito o sr. Moisés Gomes Baltazar; vice, Pe. Ézio Julli; 1º secretário, Adalberto Gomes; 2º dito, Norberto Antonio Gomes; 1º tesoureiro, Carlito Pedro Arcari; 2º dito, Irineu Gomes Baltazar.
Savepe S/A. Com uma construção iniciada na Cidade Alta, alcançando a área coberta de 2.300 m2, a Savepe S/A Veículos e Peças, tendo como diretor o sr. José Pereira, abrigará lojas, oficina e revenda de veículos Mercedes Benz. MOBRAL funcionando em Araranguá, sob a orientação de Iraci Santa Luzia Vieira. O problema da energia que foi cortada nos colégios será resolvido em breve, é o que afirma a diretora do Castro Alves, pois as aulas do Mobral são ministradas à noite, e o diretor da Força e Luz houve por bem cortar todas as escolas que estavam em falta com o pagamento da energia. APOIO CULTURAL
CONCEITOS / VALOR
APOIO CULTURAL
DROGAS: desmistificando
A sociedade nunca teve acesso a tantas informações sobre as drogas e a dependência química como nos dias de hoje. Mas o senso comum ainda alimenta preconceitos e mitos no conteúdo das campanhas. Aqui analisaremos velhas posturas, indicando outras soluções.
Continua problema insolúvel a captação de imagens de TV. Mas vai se aturando, um dia com figura boa, outro dia, horrível. Até que se invente um Televisores, à valvula, meio de transmissão sem a netambém eram problemáticos, cessidade de torres intermediárias. Agora, o que as autoridades do Estado deveriam providenciar é a cobertura de todo estado com imagens de nossas TVs [estaduais]. Seria um meio eficiente de integração. Quanto aos programas, tudo dará no mesmo. Piratini, Cultura, Gaúcha ou Coligadas retransmitem os mesmos programas. N.J.: Até a metade dos anos 70 não era muito simples assistir televisão por aqui. Dois eram os problemas: a energia caía frequentemente, interrompendo o programa (decepcionando o pessoal envolvido com uma partida de futebol ou um filme), e a má recepção. Distante das capitais, o araranguaense dependia do serviço vacilante das torres de retransmissão, que se interrompiam muitas vezes, deixando a TV “fora do ar” em nossas telinhas em preto e branco (aparelhos em cores só em 1974). A qualidade da recepção era inconstante naqueles tempos. Mas foi melhorando até o final da década, sempre com a Coligadas (Globo), de Blumenau e a Cultura (Tupi), de Florianópolis, seguidas da Difusora, de Porto Alegre, até chegar a Eldorado, de Criciúma, retransmitindo a Band. RG
MUSCULAÇÃO z PILATES STUDIO z X JUMP z POWER SET z ABS z CIA DANCING z PERSONAL TRAINER z NUTRICIONISTA z FISIOTERAPEUTA z PSICÓLOGA
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