F A CRÔNICA DOS ANOS 70 F
abril/maio 1971
Sabotaram a água da Barranca O futebol de salão vem sendo praticado na cidade com regularidade, havendo diversas equipes que disputam torneios. Entre os que mais se destacam, figura o “five” da Lalupo FS [Lalupo era uma indústria de malhas, instalada na beira-rio], invicto em suas partidas disputadas. Recentemente o Lalupo bateu o quadro do Grêmio Turvense pelo alto escore de 10x2. Do Sidera FS, da cidade de Siderópolis, o Lalupo colheu a retumbante vitória de 15x2. A cancha do Fronteira Clube [na Getúlio Vargas] está sendo recuperada por um grupo de aficcionados, devendo ser inaugurada as novas obras no fim do mês. O Lalupo tem como astros os seguintes atletas: Careca, Lorival, Navalha, Tatavo e Pedroca. Estes dois últimos dignos de figurar em grandes jogos de futebol de campo de centros muito adiantados, dada as suas categorias. CA nº 199, de 17/04/1971
VALDEMAR ALEXANDRE, conhecido Valdemar Bugre, foi atacado por três elementos na noite de domingo, dia 4 de abril, quando atravessava a balsa de Garajuva. Valdemar Bugre voltava do armazém com o “rancho” da semana, quando três assaltantes o assaltaram para roubar-lhe a compra feita. Lutou contra os bandidos e conseguiu ganhar a parada com muita sorte, pois na luta levou um tiro à queima-roupa na mão esquerda, atravessando-a. Medicou-se na Farmácia Bittencourt e continua trabalhando. “Feira de Retalhos”, de Osmar Nunes, idem TRÂNSITO. (...) A esquina da Rodoviária já está merecendo guarda de trânsito. A esquina do Banco do Brasil, na Sete de Setembro, é outro entroncamento que já necessita de guarda de trânsito. E a Cidade Alta, então! Lá, na hora do pique, entre 11h30 e 12h30 e 5h30 e 6 horas da tarde, uma sinaleira só não basta. (...) “Minha opinião”, de Osmar Nunes, idem
SERROTE. Ary Nunes de Souza, proprietário dos serviços de lotação “Serrote”, vendeu a empresa. O novo dono é o responsável pela venda dos tratores Indasa, em Araranguá. “Feira de Retalhos”, de Osmar Nunes, idem
Esquadrilha da Fumaça Entre 16 e 17 de junho, em Araranguá, estará fazendo demonstrações e conferência, a equipe da Esquadrilha da Fumaça [do Rio de Janeiro]. Dr. Sabino disse que o piloto Carlos Gonzaga, conterrâneo, trará doze ases e acrobatas para o grande espetáculo. O prefeito será convidado a patrocinar o espetáculo e o Clube de Diretores Lojistas, encarregado de homenagear o conterrâneo piloto. CA nº 201, de 08/05/1971
Até meados da década de 1970, mesmo as pessoas mais ricas de Araranguá construíam casas simples (modelo padrão com área, na foto) na praia do Arroio do Silva. Como o acesso era difícil, de estrada de chão, e a maioria só frequentava o local no verão, não valia a pena investir em casas mais suntuosas, como nos dias de hoje.
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10/12/2014 • ANO 21 • Nº 457 ESTA EDIÇÃO: 4 PÁGINAS
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ARARANGUÁ, 10 DE DEZEMBRO DE 2014 • ANO 21 • Nº 457
(CA 152, de 2/3/67; com dados fornecidos a Janga Campos por um filho de Mesquita)
H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H
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Estacionamento rotativo no centro de Araranguá: o terceiro grande lance histórico para o trânsito urbano Em 1886, o engenheiro Antônio Lopes de Mesquita (leia acima) finalizava a “Planta da Futura Cidade de Araranguá”, estabelecendo as largas ruas que caracterizam nossa cidade. Com o tempo, as avenidas foram se prolongando e o trânsito urbano, depois de cem anos, tornava-se caótico. Nos anos 70, instalaram-se sinaleiras. Mas foram as rótulas, implantadas a partir do final dos anos 90, que coroaram as avenidas, agilizando o tráfego. Agora, com um abrangente estacionamento rotativo nas vias centrais, vivemos a expectativa de uma nova era em nossa urbanidade Rótula da avenida Cel. João Fernandes com a XV de Novembro na manhã de um dia de semana, depois da implantação do estacionamento rotativo: vagas para se estacionar sempre disponíveis e trânsito fluindo mais racionalmente devido a diminuição de carros circulando no perímetro urbano mais movimentado da cidade
LAGOÃO E FUNDO GRANDE. O governador Colombo Salles autorizou o prefeito Gercino Pasquali a proceder a extensão da linha de energia elétrica até Fundo Grande, passando por Lagoão. O material ficará a cargo da administração estadual, enquanto que à Empresa de Energia Elétrica tocará a parte de execução dos serviços. Idem
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Em 1° de setembro de 1886, Antônio Lopes de Mesquita assinou, em Laguna, a “Planta da Futura Cidade de Araranguá”, projeto que desenhou gratuitamente. De filiação baiana, engenheiro Mesquita nasceu no Rio de Janeiro em 1°/8/1853, e faleceu em Florianópolis em 5/11/1945. Trabalhou no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e em diversos municípios catarinenses (Nova Trento homenageou-o com o “rio Engenheiro Mesquita”). Em Florianópolis, projetou o Jardim Oliveira Bello, na Praça XV. Aposentou-se em 1931.
AABB. A Associação Atlética Banco do Brasil está construindo sua praça de esportes em seu terreno situado na av. Cap. Pedro Fernandes. O local é amplo e abrigará diversas modalidades esportivas, como futebol de salão, tênis etc. Futuramente, lá será construída sua sede municipal.
AHA
Rua do Scaini até a esquina do Paulista em direção ao mar no Balneário Arroio do Silva, na década de 1970
O bairro Barranca sempre sofreu com a falta de água potável. Ultimamente a Prefeitura, através do SAMAE, levou água da hidráulica, reservando o antigo sistema de abastecimento para outros fins. Acontece que alguém não gostou da melhoria. E para satisfazer seu instinto maldoso, cortou o encanamento que atravessa o rio. E a Barranca ficou novamente sem o precioso líquido. CA nº 200, de 24/04/1971
TEXTO E FOTO: RICARDO GRECHI
Numa edição de 1965 do jornal Correio de Araranguá, o redator comenta que o número de automóveis havia se igualado à quantidade de carroças transitando pelo centro da cidade. Já nos anos 70, foram instaladas sinaleiras para controlar o trânsito nos principais entroncamentos da Sete: com a Getúlio, com a Cel. João Fernandes e com a Caetano. Mas, naquela época, as ruas em torno do eixo Calçadão-Sete-Praça ainda eram bastante vagas. Se hoje em dia o barulho produzido pelo trânsito nas horas de maior fluxo consegue formar uma massa sonora, 40 anos atrás a reduzida frota de automóveis rodando no centro de Araranguá cotidianamente não superava muito essa sonoridade dos carros que se ouve na harmonia das tardes de sábado e domingos, com seus motores roncando, alternadamente, distinguindo-se surgir ora de uma avenida, ora de outra. APOIO CULTURAL
Futebol de salão
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Fundador WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Produção gráfica NEI DA ROSA Publicado na GRÁFICA ORION - abril de 1960 a maio de 1975
Foi na virada da década de 80 que, pela primeira vez, tomou-se uma medida para garantir mais vagas de estacionamento, quando os carros passaram a estacionar obliquamente à calçada (primeiro de ré, depois de frente), aumentando o espaço de ocupação no eixo principal. Se a planta de Mesquita foi o primeiro e mais arrojado lance histórico para o nosso trânsito urbano, a construção das rótulas, a partir do final dos anos 90, valorizaram bastante as avenidas, agilizando o fluxo de automóveis no perímetro urbano que inclui os pontos mais movimentados da cidade. Agora, avançando os anos 2010, com o estrondoso aumento da frota de veículos, era preciso radicalizar para se conter um inevitável caos. E surgiu uma luz... A solução já havia sido utilizada tempos atrás no Calçadão. Mas, desta vez, a Prefeitura foi mais perspicaz e ousada, estendendo
a área de estacionamento rotativo para além dos trechos mais disputados, pois, para garantir a fluidez do trânsito, não se poderia limitar o plano simplesmente à geração de vagas de estacionamento. O fato é que as pessoas deverão se sentir motivadas a utilizar o carro mais racionalmente, reumanizando o espaço urbano, com menos veículos rodando ao mesmo tempo, resultando disso uma melhora no bem estar dos pedestres, com redução dos riscos de acidente, da poluição e da ferocidade daqueles motoristas incapazes de ser solidários no trânsito. A ousadia de Mesquita em oferecer à antiga cidadezinha um projeto tão futurista e a coragem daquele povo em concretizar a obra espelham-se agora nas rótulas que continuam sendo construídas e na implantação do estacionamento rotativo em ampla área, apesar da natural incompreensão de alguns, a quem só o tempo poderá explicar. z
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