F A CRÔNICA DOS ANOS 70 F
INAUGURADA AGÊNCIA DO INPS Com a presença do superintendente em Santa Catarina, Dr. Laélio Luz, altos representantes da Previdência, de Florianópolis, autoridades e convidados especiais, realizou-se a inauguração da agência do INPS nesta cidade. (...) A municipalidade, após os atos inaugurais, ofereceu um almoço ... no Restaurante Becker, na Cidade Alta. Representantes da agência de Criciúma também estiveram presentes ao ato. CA nº 216, de 20/11/1971
SERÁ CONSTRUÍDO O FÓRUM DE ARARANGUÁ O deputado Afonso Ghizzo ... vem nos inteirar sobre o andamento da futura construção do Palácio da Justiça nesta cidade. Segundo aquele parlamentar, a verba de um milhão de cruzeiros será liberada em duas etapas, sendo Cr$ 500.000 em 1972 e outro tanto em 1973. (...) NJ: O Fórum será inaugurado na av. Cel. João Fernandes, em 14 de novembro de 1974. idem
Está pronto o acesso à BR (...) Mas antes não era assim. Tinha seu passo interrompido no centro urbano, levando pela frente um velho casarão dos tempos dos coronéis. Quando a rua Rui Barbosa começou a oferecer falhas na sua segurança, pelo intenso movimento e por se situar à beira do rio, foi aventada a hipótese de se prolongar a av. Sete de Setembro. Lutas e campanhas foram desencadeadas. A história é grande e complicada. Mas, no final, quem conseguiu a vitória foi o deputado Ademar Ghizzi que, reconhecendo justiça na reivindicação de Araranguá, conseguiu a construção da obra com o ministro Mario Andreazza. (...) NJ: O antigo casarão, construído para residência do Coronel João Fernandes e mais tarde transformado em hotel, ficava no final da Sete, no encontro com a rua Virgulino de Queiroz — veja foto abaixo. CA nº 217, de 4/12/1971
AO ENGENHEIRO MESQUITA PLANIFICADOR DA CIDADE HOMENAGEM DO POVO DE ARARANGUÁ ○
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INAUGURAÇÃO DA AV. RUI BARBOSA EM 30 DE MAIO DE 1967 OBRA DO PREFEITO OSMAR NUNES COLABORAÇÃO DO GOV. IVO SILVEIRA
E não se pode esquecer o glorioso Grêmio Esportivo Mesquita, da Coloninha, que em 1974 contava no seu elenco com o ex-goleiro profissional e poeta Nilson Matos Pereira, os professores Zico e Cláudio Coalhada, o pescador Paulinho, o calçadista Antônio Luiz, o comerciante Lúcio, o policial Sérgio Tigre, o pedreiro Paparruda, o funcionário público Éverton e o padeiro Zizo. Depois o time ainda seria reforçado pelo bancário Tatavo, o comerciante Enedir e o advogado Eduardo, entre outros, deste povo araranguaense tão grato ao engenheiro Mesquita. (RG)
RG 2006
as avenidas e as homenagens ao engenheiro Mesquita
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10/01/2015 • ANO 21 • Nº 459 ESTA EDIÇÃO: 4 PÁGINAS
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ARARANGUÁ, 10 DE JANEIRO DE 2015 • ANO 21 • Nº 459
H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H
UMA PUBLICAÇÃO
EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATO Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Welington, Valdo
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“Em virtude de uma planta inédita (...) e que é cópia do original, sabe-se que o projeto foi elaborado em Laguna pelo engenheiro [Mesquita] e dado à publicidade em 1° de setembro de 1886, tendo como título sugestivo: ‘Planta da Futura Cidade de Araranguá’.” SIGA EM A HISTÓRIA DE ARARANGUÁ, PAULO HOBOLD, COMPLEMENTADA POR ALEXANDRE ROCHA, 2005, PÁG. 137
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Engenheiro Mesquita A maior biografia do autor da “Planta da Futura Cidade de Araranguá”, entre nós, foi encontrada no CORREIO DE ARARANGUÁ de 2/3/1967. Mas não dispomos de nenhuma outra fonte para sua averiguação. Há muito pouco em nossos livros e não encontramos nada na internet. Assim, à luz da moderna historiografia, em que se busca resgatar a participação relegada ao anonimato, e desconhecendo a dimensão da obra de Mesquita, é natural que se tenha ponderado sobre o mérito convencionado ao engenheiro. Mas os dados que seguem reforçam sua possibilidade.
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AVENIDAS vistas do céu por Salvador (anos 40: a Getúlio Vargas desce para a Praça Hercílio Luz; e em 1957: a casa de João Fernandes no final da Sete de Setembro). O engenheiro Antônio Lopes de Mesquita (Rio 1853 - Fpolis. 1945) foi homenageado em Araranguá com a “Avenida Engenheiro Mesquita” e um monumento construído pelo Rotary, Lions e Prefeitura no alto da beirario, o então acesso principal ao centro da cidade, na ocasião de seu calçamento em 1967 (abaixo). As placas anexas registram:
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JORNALECO Conseguimos, recentemente, uma biografia do engenheiro Mesquita, a quem Araranguá muito deve, por intermédio do sr. João Campos Sobrinho (Janga), que é amigo de um filho do cidadão em referência. Assim é que, de acordo com os dados que nos foram fornecidos, o engenheiro Antônio Lopes de Mesquita nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 1º de agosto de 1853, e era filho do chefe de Divisão da Armada Imperial Antônio Lopes de Mesquita e de sua primeira mulher, dona Constança Leopoldina do Rio de Mesquita, ambos naturais da cidade de Salvador, na Bahia. Foi batizado na Igreja de N. S. da Glória, no Rio, em 16 de agosto de 1856, e foram seus padrinhos o dr. Júlio Alves de Moura, médico da Casa Imperial, e dona Francisca Carolina Saldanha da Gama, irmã do almirante Luiz Felipe Saldanha da Gama. Verificou praça no 1º Regimento de Cavalaria, como primeiro cadete e com destino à Escola Militar. Abandonando a carreira militar, matriculou-se na Escola Central, hoje Escola Politécnica, onde fez o curso de engenheiro agrimensor. Em 1875 foi nomeado, por decreto imperial, para cumprir importante missão de terras no Espírito Santo, sendo mais tarde transferido para as colônias de Itajaí e Dona Francisca, em Santa Catarina, com a mesma finalidade. Construiu muitas estradas na então província catarinense. No município de Nova Trento existe um rio com o nome de Engenheiro Mesquita, pelo reconhecimento aos serviços prestados àquela comuna, no tocante a estradas de rodagens. Procedeu o levantamento hidográfico do rio Luiz Alves, no norte catarinense. Além desses serviços, muitos outros estudos e explorações ainda fez para a localização de imigrantes. Em 22 de outubro de 1886, foi ele nomeado APOIO CULTURAL
NJ: Sincronizamos os meses de publicação das edições do CA com o período atual.
nov./dez. 1971
APOIO CULTURAL
Fundador WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Produção gráfica NEI DA ROSA Publicado na GRÁFICA ORION - abril de 1960 a maio de 1975
ajudante da comissão encarregada de discriminação e localização de imigrantes nas colônias de Azambuja e Urussanga, e nos núcleos coloniais de Cocal, Criciúma, Treze de Maio e Vila de Araranguá. Nesta última localidade, levantou a planta dos rios Mãe Luzia, Manoel Alves e Araranguá, sendo que deste último, partindo do marco plantado nas Campinas, sede da então povoação, explorou e fez a planta de Massaranduba, ligando-o à Colônia Luiz Alves, a partir do segundo Braço do Norte, projetando lotes para imigrantes. Em 3 de dezembro de 1888 foi transferido para Blumenau e dali foi nomeado Fiscal do Governo junto à Cia. Brasileira Torrens. Em 1893 seguiu para São Paulo, após a derrubada revolucionária, onde foi servir nos Serviços de Água e Esgoto da capital paulista. Em 1896 foi nomeado para servir na Comissão de Estudos do Porto de Macaé, no estado do Rio, até a data da sua extinção, verificada no governo Campos Sales. Nessa época retornou a Santa Catarina, onde fez estudos na Colônia Angélica, no município de São José, quando era prefeito Napoleão Poeta. Em 1898 foi nomeado para servir na Comissão de Melhoramentos dos Portos, Rios e Canais, com sede em Florianópolis. Mais tarde foi removido para a cidade de Itajaí, para idênticos serviços. Mais tarde funcionou nas obras dos portos de Laguna, Biguaçu, Barra do Sul, Antonina. A planta do edifício do antigo Partenon, sede da Força Militar de Santa Catarina, foi organizado pelo engenheiro Mesquita no período do governo Luiz Alves de Oliveira Belo. Em Florianópolis, traçou o Jardim Oliveira Belo, um dos mais belos logradouros da Ilha catarinense. Foi lente catedrático de topografia do antigo Instituto Politécnico de Santa Catarina. É autor do traçado da
MESQUITA FOTOGRAFADO NO RIO. MARÇO DE 1939
cidade de Araranguá, sendo que tais serviços foram executados graciosamente, tendo uma das avenidas da cidade sulina recebido seu nome em sua homenagem. Por ocasião da Exposição Internacional da Filadélfia, concorreu o engenheiro Mesquita com excelente trabalho em aquarela da parte Sul do Estado, sendo premiado naquele importante certame. O original acha-se arquivado no Arquivo Público de Santa Catarina. Foi aposentado em 20 de junho de 1931 por decreto do governo provisório da República, assinado por Getúlio Vargas. Em segunda núpcias, o engenheiro Mesquita desposou a sra. Felicidade Zoê Trompowski Taulois, filha do dr. Pedro Luiz Taulois e de dona Cândida da Costa von Trompowski Taulois. O engenheiro Antônio Lopes de Mesquita faleceu em Florianópolis, com mais de 92 anos de idade, na madrugada do dia 5 de novembro de 1945. Empregou 52 anos de sua útil existência em favor do país.” Na nova edição de “A História de Araranguá”, de Paulo Hobold, Alexandre Rocha acrescentou um excelente estudo sobre o tema (p. 137-143) onde cita tratados de acadêmicas da UFSC que sugerem que Mesquita apenas assimilou um padrão renovador do final do séc. 19, mas projetando amplas avenidas em vez de ruas, do que se pode concluir que, se o traçado adotado era comum à época, sem Mesquita, porém, Araranguá não seria hoje a “Cidade das Avenidas”.
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