Jornaleco 463 março 2015

MUSCULAÇÃO z PILATES STUDIO z X JUMP z POWER SET z ABS z CIA DANCING z PERSONAL TRAINER z NUTRICIONISTA z FISIOTERAPEUTA z PSICÓLOGA Praça Hercílio Luz, 444 Tel. 3522-1120 9624-8947

JORNALECO

©

jCADERNO CULTURAL

NAS RUAS A PARTIR DE 15/03/2015

ANO 21 • Nº 463 Distribuição gratuita Periodicidade mensal Tiragem: 1.000 exemplares

ARARANGUÁ, MARÇO DE 2015 • ANO 21 • Nº 463

VISITE: WWW.ARARANGUA.NET

c O meu rio Araranguá C CLÁUDIO GOMES relembra a presença do rio no centro da cidade — das águas límpidas e refrescantes onde nadava com os amigos nos dias de verão — das balsas que se faziam meio de transporte entre as margens — da fartura de peixes e pescarias promissoras — da traição do homem e do crime ambiental JOSÉ GENARO SALVADOR / 1956

+ Rio Araranguá: nascentes, pág. 3 / naufrágios, pág. 9

O formato de duas dobras marcou época e foi bastante imitado

que ardem e iluminam como a fogueira de uma roda; Cláudio Gomes, que hoje é o nosso “capitão”, pilotando muitas de nossas capas com seus engenhosos textos em cima da memória popular. E os nossos “embaixadores” Alexandre Rocha, pela Cultura, e Ézio Camilo Rocha, Daniel Viriato Afonso e Ozair Banha da Silva, cada qual ligado respectivamente às prefeituras de Primo, de Mariano e de Sandro, por nos pleitear no orçamento. E os nossos guardiões Rossana, Beth, Marta, Marco Aurélio, Pedro Ernesto, Guaraciara e Gibran. E, finalmente, todos os leitores que nos importamos com Araranguá e sua gente, lamentando suas perdas, felizes com suas conquistas. (RG)

VENDAS E ASSISTÊNCIA TÉCNICA hometech@hometech.inf.br Tels. 3524-2525 / 9995-3737 Av. Getúlio Vargas, 930 - Centro

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATO Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Welington, Valdo © Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)

Solicite-nos através de jornalecocultural@yahoo.com.br o recebimento das edições do JORNALECO via e-mail

UMA PUBLICAÇÃO

ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.035 Araranguá - SC - Brasil jornalecocultural@yahoo.com.br FECHAMENTO DESTA EDIÇÃO: 10/03/2015 10h00

Foi numa tarde quente de verão que mergulhei, pela primeira vez, nas águas do meu querido rio Araranguá.

Sou um araranguaense da gema e ribeirinho pelo endereço de nascimento. A minha primeira morada foi na rua Coronel Apolinário Pereira, número 78, residência dos Gomes. No ano de 1943, nasci.

APOIO CULTURAL

O que começou com uma folha A-3 com duas dobras, para depois tomar a forma dos cadernos de quatro e oito páginas, agora se avoluma.

Mas não deveremos ultrapassar essa medida, ou se perderia a proposta do JORNALECO de levar cultura e informação aos poucos... e sempre.

Essa mudança se deu, primeiro, pela necessidade de diminuir os custos editoriais do JORNALECO em contrapartida à redução de seus recursos; segundo, como um impulso motivador, ao propiciar a possibilidade de um trabalho mais amplo, com maior espaço de exposição e abordagem nos conteúdos. Para nós, é como ampliar a casa, plantando mais árvores no quintal...

Mas se evoluimos na forma, a despesa ainda continua igual, ou seja, não se resolveu o problema financeiro — contudo, a conta continua sendo paga, graças à confiança e ao respaldo

dos nossos patrocinadores, que apoiam o JORNALECO como um sério movimento cultural araranguaense, e que honram nossas páginas com seus anúncios: – Afubra – Alcidino Joalheria e Ótica – Casa Nena – Companhia do Exercício – Consultório Odontológico de Elton Grechi de Oliveira e Liana Grechi de Oliveira – Drogaria Marista – Panificadora Santa Clara – Postos Irmão da Estrada – Tournier Laboratório de Análises Clínicas e Farmácia de Manipulação Também merecem nossa gratidão todas as outras empresas e profissionais que nos apoiaram nestas duas décadas e que deixaram seus nomes gravados para sempre em nossas páginas. Gráfica Casa do Carimbo, por nos atender atenciosamente, imprimindo nossas edições.

Hometech, pelo acesso à internet e manutenção.

Nilsinho Nunes, por levar adiante nossa história. E todos os colaboradores que nos deixaram um legado precioso; Léia Batista, desde 2006, com suas crônicas APOIO CULTURAL

O JORNALECO reuniu as duas edições mensais numa só.

A edição dos dias 1º, de quatro páginas, somada à edição dos dias 15, de oito páginas, formam agora um caderno único de 12 páginas, com lançamento previsto para os dias 15 de cada mês.

Do

12 páginas JORNALECO

APOIO CULTURAL

TAGS z FLYERS z FOLDERS z CONVITES z PANFLETOS z EMBALAGEM z NOTAS FISCAIS z CARTAZES z CARTÕES DE VISITA z IMPRESSÃO DE LIVROS

APOIO CULTURAL

Av. XV de Novembro, 1807 - Centro - Araranguá SC Tel. 3524-5916 casadocarimbo@brturbo.com.br

Jornaleco de 12 páginas

número 1 ao 69, o JORNALECO tem o formato de duas dobras (seis páginas); do 70 ao 100, são cadernos de oito páginas; 101 e 102 têm quatro páginas; do 103 ao 108, voltam as duas dobras; do 109 ao 135, cadernos de oito páginas; do 136 ao 174, alternam o duas dobras com o oito páginas; do 175 ao 462, alternam cadernos de oito e de quatro páginas. Até então quinzenal, o JORNALECO passa agora a circular mensalmente como um caderno cultural de doze páginas. São 463 edições em quase 21 anos, somando 3.000 páginas e 630 mil exemplares totais, distribuídos gratuitamente, do jornal cultural onde Araranguá e sua gente são o tema principal.

Segundo Wladinir Luz, a imprensa que ele nomeia como “lírica e humorística”, em seu livro de memórias Uma História Diferente, surgiu em Araranguá em 1926, com o jornalzinho DIABRETE. Depois vieram O JUVENIL, O RESUMO e O CACETE em 1934, e O CLARÃO em 1935. “Esta é a primeira fase do movimento cultural de nossa cidade ... Todos trabalhavam graciosamente e por amor à arte” (p. 98). Na sequência, Wladinir relaciona o JORNALECO dentro dessa linha: “Podemos dizer que, apesar de modesto o texto de abertura, o JORNALECO transformou-se, ao longo do tempo, num importante veículo a serviço da cultura e da história de Araranguá” (p. 100).

Desde os primeiros passos, aprendi a conviver com o nosso rio e suas peculiaridades. Trago, como parte da infância, lembranças, coisas, fatos, personagens e suas histórias — os conterrâneos ribeirinhos, os pescadores de tainhas, as balsas do seo Zé Messias, do Zé Flor, a estação de trem na Barranca, os hidroaviões...

A marca do seu parceiro de estrada

POSTOS IRMÃO DA ESTRADA DISK FONE (0**48) 3524-0071

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APOIO CULTURAL

Bons tempos aqueles em que o pescado era abundante. Ouvi histórias de pescarias de grandes peixes, de miraguaias, de burriquetes, de enormes bagres pescados com espinhel. Histórias de botos que subiam e desciam o rio. Um deles, o “Tanso”, acabou morrendo encalhado rio acima.

Vi muitos pescadores com grandes caniços de taquara, medindo oito ou nove metros, que pescavam grandes e gordas tainhas.

Outro fato que alegrava, não só os moradores da beira-rio, mas também os de toda a cidade, era a chegada do hidroavião da TABA. Mas durou pouco tempo. Também as idas e vindas dos trens de passageiros e de carga da Estrada de Ferro Dona Tereza

Pessoas conhecidas? E as desconhecidas, quem seriam?

Esperava-se que o trem trouxesse as malas dos Correios e os filmes que seriam apresentados no Cine Roxy.

Acompanhando a carrocinha, “manobrada” pelo seu Quirino Nunes (Quirininho) ou pelo seu filho Darci (Tatureba), bisbilhotávamos no seu interior a fim de ler os rótulos das latas dos filmes. Queríamos saber quais os faroestes ou os seriados que seriam apresentados naqueles próximos dias.

Mas foi ali perto da casinha da lancha do senhor Hercílio Labes, atrás da atual estação rodoviária, mais precisamente no porto do Careca, onde tomei meu primeiro

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u 200 metros do trevo principal de entrada da cidade, nº 474 - Cidade Alta - Araranguá Tel. (48) 3521-4200 site: www.afubra.com.br

O homem não foi feito para a derrota; o homem pode ser destruído, mas não vencido. HEMINGWAY

S S

A BANDA

Vejo que todo trabalho, todo êxito de uma obra, é ciúme de um em relação uplemento ao outro. ECLESIASTES 4,4 DICAS DE PORTUGUÊS

O vendedor de balões CONCORDÂNCIA VERBAL Era uma

vez um homem que vendia balões numa feira.

O homem, que era um bom vendedor, deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de balões.

Havia ali perto um menino negro que observava o vendedor e, é claro, apreciava os balões.

Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco. Todos foram subindo até desaparecer de vista.

O menino, de olhar atento, seguia cada um e ficava imaginando mil coisas... Mas havia uma coisa que o aborrecia: o homem não soltava o balão preto. Então o menino aproximou-se do vendedor e perguntou-lhe: — Se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?

O vendedor de balões sorriu compreensivo, rebentou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse: — Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz (1000-metaforas.blogspot.com.br) subir.

1 – Com a conjunção OU n Se houver idéia de exclusão, o verbo concorda com o mais próximo: “Ou você ou o diretor TERÁ DE IR a São Paulo amanhã”; n Se não houver idéia de exclusão (OU = E/OU), a concordância é facultativa: “O gerente financeiro ou o contador PODE ou PODEM RESOLVER o caso”; n Se houver idéia aditiva (OU = E), o verbo concorda no plural: “Futebol ou carnaval FAZEM a alegria do brasileiro com a mesma intensidade”.

2 – Com sujeito composto por infinitivos n A concordância é facultativa. A preferência é o uso do verbo no singular: “Sorrir e balançar a cabeça não RESOLVE (ou RESOLVEM) seu problema”; n Se os infinitivos forem antônimos, o verbo concorda no plural: “Rir e chorar FAZEM par te da vida”; n Se os verbos estiverem substantivados, o plural é obrigatório: “O entrar e o sair da sala ATRAPALHARAM muito o palestrante”.

3 – Com o verbo HAVER n O verbo HAVER, no sentido de “existir” ou de “acontecer”, é impessoal (= sem sujeito). Deve ser usado sempre no singular: “HÁ muitas pessoas na reunião”; “Sempre HOUVE muitos acidentes nesta esquina”; “Ainda PODE HAVER dúvidas a serem resolvidas”. n A primeira pessoa predomina sobre as demais (eu e tu = nós / eu e ele = nós): “Eu e minha irmã FOMOS à praia”; n Com sujeito composto posposto, a concordância atrativa é aceitável: “FOMOS ou FUI eu e minha irmã”.

Professor Sérgio Nogueira (g1.globo.com/educacao/blog)

QUADRINHOS MAURICIO DE SOUSA (Santa IsabelSP, 1935) é o mais famoso cartunista brasileiro. Em 1959, quando ainda trabalhava como repórter policial, criou seu primeiro personagem: o cãozinho Bidu, com tiras semanais na Folha da Manhã. Nos anos seguintes criou Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali, Horácio, Chico Bento, Penadinho, Piteco, Rolo, Tina, Astronauta e muitos outros. Em 1970, lançou a revista da “Mônica” pela Editora Abril. Em 2007, Mônica foi homenageada “Embaixadora do UNICEF”. Pela primeira vez um personagem de histórias infantis recebeu esse título. Hoje entre quadrinhos e tiras de jornais, suas criações chegam a cerca de 50 países. O autor já recebeu prêmios no Brasil, nos EUA, na França, e, em 1971, na Itália, conquistou o Yellow Kid, o Oscar dos Quadrinhos mundiais. (www.e-biografias.net) MAIS NA PÁG. 8

Tudo começou em 1961...

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a marca da emoção JOALHERIA E ÓTICA

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ARARANGUÁ • CALÇADÃO

TEL.

3524-1633

APOIO CULTURAL

Acima: pescaria na beira-rio (rua Rui Barbosa) no final dos anos 1960.

Hoje em dia, a mata ciliar do trecho da Rui Barbosa está recuperada

banho no rio Araranguá.

Como citei acima, foi numa tarde quente de verão, em que meus irmãos mais velhos fizeram um semicírculo de proteção dentro do rio e me deram autorização para me jogar na água.

Foi a primeira, de uma centena de outras vezes, que mergulhei e nadei ainda em águas límpidas do meu rio Araranguá aqui no centro da cidade.

Era comum a meninada banhar-se no nosso rio nas tarde de verão. Com um grupo de amigos, nadávamos sentindo as suas dimensões de largura e profundidade.

Partíamos do porto do Careca, alcançando as duas margens por várias vezes. Quando queríamos nadar distâncias maiores, subíamos em troncos de bananeiras, abundantes nas margens, que nos serviam como boias.

O porto do Careca tinha este apelido em virtude de um personagem que se banhava naquele local completamente nu.

Infelizmente também testemunhei o grande desastre provocado pelas primeiras águas despejadas das minas de carvão e que sufocaram a vida do nosso rio. Vi a matança do nosso pescado, asfixiado por falta de oxigênio. Do alto do barranco, várias vezes presenciei grandes cardumes de tainhas que nadavam na flor das águas criminosamente poluídas. Elas rumavam na direção do mar, na busca desesperada pela sobrevivência Vi mais. Desgraçadamente, durante dezenas de anos, viramos as costas para o nosso rio, e até cometemos o “sacrilégio” de fazer dele o nosso esgoto cloacal.

Temos sonhos de rever o nosso rio Araranguá despoluído e novamente altivo, e quiçá escutar alguma frase parecida com aquelas de minha infância: — Pessoal, o pesqueiro já tá engodado!

Hoje vai dar muita tainha! O rio tá de maré cheia (ou vazante)!

— Ô seu Zé Flor! Ô seu Zé Messias!

Abaixem o arame das balsas, que aí vem o avião da TABA...

— Turma, hoje nós vamos tomar banho no porto do Careca!

— O trem-horário já apitou na Garajuva! Ele está no horário...

Hoje, procuro repassar, de forma simples e humilde, um pouco do que vivi junto ao meu rio Araranguá, de águas límpidas que conheci, àqueles que gostam da história desta cidade abençoada, na qual tive a felicidade de nascer. z

NET

Cristina. Estes permaneceram até o final dos anos 1960.

Diariamente e duas vezes ao dia — ao meio-dia e às dezenove horas — acontecia o maior movimento na rua empoeirada da minha infância.

Era a hora da chegada do trem-horário, que tinha este apelido por ter a hora certa da chegada e da partida.

A cada vez que o trem de passageiros apitava, avisando da sua iminente chegada, despertava a atenção e a curiosidade dos ribeirinhos, bem como dos moradores da pequena e silenciosa cidade.

Curiosos e ansiosos, aguardávamos alguma novidade. Com os passageiros, quem viria? Algum amigo ou algum familiar?

MARÇO 2015

Nas suas margens vivi por entre as árvores frondosas, sinamomos, bananeiras, goiabeiras e gabirobeiras. Também vi vicejar vegetações próprias de beiras de rios saudáveis, como o inhame e a batata cará e o piri. Vi alguns gramados e árvores de menor porte no topo do barranco.

Na sua margem direita, chamavam a atenção alguns platôs em forma de semicírculos. Eles foram construídos no meio do barranco, em distâncias mais ou menos iguais ao longo da margem.

Deduzíamos serem vestígios das plataformas feitas e utilizadas nos tempos em que os navios subiam o nosso rio até o centro da cidade.

JORNALECO 463

l CAPA (O meu rio Araranguá/CLÁUDIO GOMES)

A.A. Alcoólicos Anônimos

Grupo de Amor Exigente

Reuniões 2as e 5as f., 20h - dom., 17h Próx. da Igreja Sagrada Família - Cidade Alta Reuniões 4as e 6as feiras, às 19h30 Próx. à Câmara de Veread. B. Arroio do Silva

Reuniões 6as feiras, às 20h Sala da Igreja Episcopal, próx. EB Castro Alves

vvv

FAZENDA SÃO JORGE

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EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI

N.A. Narcóticos Anônimos Reuniões 2as e 4as feiras, às 20h Sala da Igreja Episcopal, próx. EB Castro Alves ○

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POLÍCIA MILITAR: 190 POL. RODOV. FED.: 191 SAMU: 192 BOMBEIROS: 193

telefones para emergências ○

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“A cabeça dos outros é um péssimo lugar para ser a sede da nossa felicidade.”

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TEXTO E FOTO DE

Centro de Reabilitação

Grupos Familiares AL-ANON Reun. 2as f., 20h - Próx. Igreja Sagrada Família

Onde nasce o rio Araranguá CAMPOS DE CIMA DA SERRA, a mais fria região do Rio Grande do Sul — municípios de Cambará do Sul e São José dos Ausentes. Extensas ondulações douradas no inverno, verdes no verão; caprichosas taipas se perdem no horizonte; imponentes araucárias se destacam por sobre as matas.

Nestas paisagens de clima extremamente úmido, os charcos turfosos silenciosamente sangram em pequenos córregos. Estes, por sua vez, vão se juntando e formam cursos d’água que, desorientados, seguem rumos diversos. Alguns, de maior volume, despencam nos penhascos em magníficas cascatas, e rasgam a terra em profundos canyons.

Estas características são próprias de alguns rios da bacia do Araranguá localizadas a oeste. O observador que partir da nascente do rio Engenho Velho, a sudoeste de Jacinto Machado, seguindo a borda dos Aparados da Serra com Cambará do Sul, ficará deslumbrado com as belezas destas paisagens.

Seguindo no sentido sul-norte, o rio Engenho Velho é o primeiro contribuinte para a formação da bacia do rio Araranguá. Na sequência, encontrará a cascata de maior volume, o rio da Pedra.

Ainda em Jacinto Machado, cruzará o rio Pai José, o Pinheirinho e outros. Ainda no rumo norte, virão o rio Figueira, o Fortuna, Serra Velha e Rocinha. Com uma defecção para nordeste, estarão no caminho o rio Molha Coco e o Amola Faca, todos em Timbé do Sul, divisa com São José dos Ausentes.

A partir desta região, as nascentes são próximas à borda, formando um divisor de águas a poucos metros dos precipícios, não havendo mais grandes cascatas, pois o volume d’água é pequeno.

O inusitado, nesta região, são nascentes que, partindo de um charco, seguem rumos opostos, embora com o mesmo destino, o oceano.

As águas que formam o rio Araranguá percorrerão poucas dezenas de quilômetros. No sentido nordeste

Grupo de Adoção Filhos do Coração Informações: Juizado da Infância e da Juventude -Tel. 3522-0204 - Ramal 45 ○

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SCHOPENHAUER, SOBRE O DESEJO DE SE SER FAMOSO

Estudo mostra que 30% dos fumantes morrerão por causa do cigarro

“Já sabíamos que fumar é ruim, mas agora temos uma prova direta e independente que confirma as preocupantes descobertas que têm surgido internacionalmente”, disse a coordenadora do estudo, Emily Banks, pesquisadora da universidade australiana.

De acordo com ela, o estudo mostrou também que os fumantes têm um risco três vezes maior de morte prematura e que eles morrerão, em média, cerca de 10 anos antes dos não-fumantes.

Segundo os autores do estudo, até recentemente estimava-se que metade dos fumantes morreriam por causa do cigarro, mas um

nossa descoberta é um importante alerta de que a guerra contra o tabaco ainda não foi vencida – e os esforços para o controle do tabagismo precisam seguir adiante”, disse Banks.

A pesquisa também apontou que, em comparação aos não fumantes, quem fuma apenas

10 cigarros por dia dobra o risco de morte, enquanto quem fuma um maço por dia aumenta o risco de morte de quatro a cinco vezes. O estudo, conduzido por uma equipe internacional, foi apoiado pela Fundação Nacional do Coração, da Austrália, em colaboração com o Conselho do Câncer de New South A pesquisa foi o resultado de uma Wales. análise de quatro anos das informações sobre a saúde de mais O presidente do conselho, Kerry de 200 mil homens e mulheres Doyle, afirmou que o governo que participaram do estudo “45 australiano está no caminho certo andUp”, do Instituto Sax, da para diminuir ainda mais as taxas de Austrália, considerado a maior tabagismo, por meio de iniciativas pesquisa sobre saúde e envelhe- como o aumento de impostos e a cimento realizada no Hemisfério embalagem genérica.

Sul. “Os preços mais altos do cigarro A Austrália tem uma das mais têm se mostrado a intervenção mais baixas taxas de tabagismo do eficaz disponível para todos os mundo – apenas 13% da popula- governos que queiram reduzir a ção – e é líder internacional em demanda de tabaco. Como o tabaembalagens genéricas de cigarro, gismo é uma das principais causas quando as caixas e maços são pa- de doenças cardiovasculares, indronizadas e não podem ter mar- cluindo enfarte, derrame e doença vascular periférica, quanto mais cas, cores, imagens ou logotipos. fatores de dissuasão as pessoas “Mesmo com as baixas taxas de tiverem entre elas e o cigarro, tabagismo que temos na Austrália, melhor”, disse Doyle.

formarão o rio pelotas, que é afluente do rio Uruguai, atingindo o Atlântico, portanto, a milhares de quilômetros, na bacia do Prata.

Seguindo ainda no rumo nordeste, na divisa de Timbé do Sul com Morro Grande está o rio Pilão. Na borda dos Aparados, divisa Morro Grande com São José dos Ausentes, estão as nascentes do rio Seco, rio Forquilha e Pingador, que formam o rio Manoel Alves.

A seguir, nos charcos junto à borda, nascem o rio do Meio e o rio das Contas. O primeiro desce a encosta e faz a divisa dos municípios de Morro Grande e Nova Veneza. O rio das Contas, seguindo para noroeste, divide o Rio Grande do Sul de Santa Catarina, em São José dos Ausentes e Bom Jardim da Serra. Na sequência, estarão no caminho as nascentes do rio Morto e rio do Cedro, no município de Nova Veneza. A partir deste ponto, os Aparados da Serra é a linha divisória dos municípios de Siderópolis e Bom Jardim da Serra.

O rio Araranguá tem nesta região suas ramificações através das nascentes do rio Serrinha, rio Seco, rio da Serra, rio da Mina, rio Manin, rio do Pio, rio Mãe Luzia e, próximo a Lauro Müller, o rio Congonhas.

O rio Congonhas, que é tributário da bacia do Araranguá, tem suas nascentes no divisor de águas da bacia do rio Tubarão.

Dra. Liana Grechi de Oliveira APOIO CULTURAL

Um amplo estudo com mais de 200 mil pessoas confirmou que dois a cada três fumantes morrerão de doenças relacionadas ao cigarro, caso continuem fumando. O estudo, realiza do por pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália, é a primeira evidência científica independente – isto é, não ligada a associações militantes –, com uma amostra populacional tão grande, a fornecer evidências de que a taxa de mortalidade ligada ao tabagismo chega a dois terços.

O estudo foi publicado na revista científica BMC N E T Medicine.

estudo posterior feito com voluntários da Sociedade Americana de Câncer já indicava que a morte pelo cigarro poderia atingir 67% dos fumantes. “Nós conseguimos mostrar exatamente o mesmo resultado com uma amostra populacional muito maior”, disse Banks.

MARÇO 2015

(saude.estadao.com.br)

JORNALECO 463

Fonte: O ESTADÃO, texto de Fábio Castro

Enio Frassetto

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Do encontro do rio Mãe Luzia com o rio Itoupava surge o chamado baixo curso do rio Araranguá, seguindo por 32 quilômetros* até o mar. Mas, considerando-se a nascente mais distante na Serra Geral, o rio possui cerca de 120 quilômetros** de extensão

Estas foram as águas oriundas do “Costão da Serra”, mas ainda em outras áreas existem outras contribuições para o Araranguá. De Jacinto Machado, os rios Dois Irmãos, Águas Brancas, Fátima, Honório, Cedro e rio de Dentro. De Turvo, o rio Trabuco, Cachorrinho, rio Turvo, rio do Salto e Jundiá.

Em Meleiro, Braço do Cedro, Sanga do Engenho, Sanga do Café e Sanga do Coqueiro. Em Nova Veneza, o rio São Bento, que é formado por afluentes oriundos dos Aparados. Siderópolis, os rios Jordão, Ferreira, Kuntz e Fluorita. De Criciúma, o rio Maina, rio Sangão e rio Criciúma. Ainda em Criciúma está a nascente do rio dos Porcos, que tem seu maior percurso em Içara, e é o único afluente direto do rio Araranguá.

Todos os outros são formadores dos rios Itoupava e Mãe Luzia que, a poucos quilômetros de Araranguá, se unem dando o nome ao lugar de Forquilha Grande. Somente neste ponto recebe o nome de rio Araranguá, seguindo serenamente ao encontro das águas do oceano Atlântico.

Texto publicado originalmente no JORNALECO nº 24, de 10 de junho de 1995, revisado para esta edição pelo autor. (*) Medição feita através do Google Earth. (**) Larousse Cultural (1999); outras fontes.

Dr. Elton Grechi de Oliveira

CRO/SC 11.148

CRO/SC 11.149

Clínica Geral

Especialista em Implantodontia Especializando em Ortodontia

GRADUADOS PELA UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ - CURITIBA/PR n Implantes n Cirurgia oral n Clareamento a laser n Placa miorrelaxante n Raspagem com ultrassom n Laserterapia n Próteses n Tratamento de canal n Tratamento gengival n Restaurações AGENDE SUA CONSULTA Fone/Fax: 48 3524-6097 - Rua Caetano Lummertz, 91 - Centro Médico Oswaldo Cruz, sala 103

IMAGEM CAPTURADA DO VÍDEO

APOIO CULTURAL

— Tá bom?

— Tá, mas come o seu nhoque de polvo.

— Ah, mãe! Tá bom... Esse polvo não é de verdade, né?

— Não.

— Então, tá. E nem fala, e nem cabeça tem, né?... Cadê a cabeça dele?

— Não tem cabeça. Isso aí é só as perninhas do polvo picadas.

— Ah! E a cabeça dele tá no mar?

— Tá lá na peixaria.

— O moço cortô assim? [faz gesto com a mão] — Cortou.

— Por quê?

— Pra gente poder comer, se não a gente ia ter que engolir inteiro.

— Mas, por quê?

— Pra comer, amor. Igual corta boi, corta galinha.

— Ah, a galinha ninguém come também.

— Ninguém come a galinha?

— É os animais!

— Come a batata, então.

— Só a batata e só o arroz.

— Tá.

— Nem o polvo. É os animais. Todos esses são os animais. Peixe é os animais. Polvo é os animais.

Galinha é os animais. Vaca é os animais. Porco é os animais. Então! Quando a gente come os animais eles morrem!... Por quê?

— Pra gente poder comer, meu amor.

— Por que eles morrem? Não gosto que eles morrem. Eu gosto que eles ficam em pé. Só isso.

— Então, tá bom. Então a gente não vai comer mais não. Tá bom?

— Tá. Esses animais... Tem que cuidar deles, não comê.

— Tá certo, meu filho, então come a parte da batata e do arroz...

— Tá bom... Por que você tá chorando?

— Tô chorando não, eu tô emocionada com você.

— Eu fiz uma coisa lindo...

— [risos] Então come, não precisa comer o polvo não, tá? z — Tá bom.

Léia Batista Resiliência POUQUÍSSIMAS pessoas despendem

o tempo necessário para, verdadeiramente, conhecerem-se. Na convivência com elas percebo que poucas, muito poucas estão preocupadas em autoanalisar-se e, simultaneamente, melhorar-se.

Concordo que o conteúdo do parágrafo acima não seja algo muito agradável de praticar. Assumir as próprias falhas é penoso demais.

Imagina corrigi-las! Melhor sumir.

Fingir de morto. Continuar vivendo cheio de defeitos. Seguir apontando o rabo do macaco ao lado.

E, por estas e outras, o planeta continua sendo habitado por espécies estranhas. Que não fazem ideia do quanto são estranhas ou, se fazem, fingem não saber para não se darem o trabalho de deixar de ser.

Não estamos falando em santidade. Esta coisa de santo não é desta existência. Até porque se algum santo resolvesse viver neste mundo, perderia o título logo, logo. Tamanho o peso da provação. No mínimo, em pouquíssimo tempo, já teria decorado o dicionário terrestre de palavrões.

Estamos falando de autocontrole, apenas. Do simples controle sobre as fraquezas nossas de cada dia, que são somente nossas e ninguém, além de nós mesmos precisa aguentá-las.

De gente que bota os seus monstros para espantar indiscriminadamente os outros pelas ruas ou, com maior reincidência, dentro de suas próprias casas.

Dificilmente alguém me dá crédito quando digo que num velho dia resolvi mudar. Entendo que isto não cause buchicho, fofoquinha, diz-que-me-diz-que. Sei que teria mais atenção se dissesse que já pensei em me jogar da janela do quinto andar. Ou que dormi num banco de praça. Sei lá. Falta inspi-

ração quando o assunto é acabar comigo.

Sou resiliente demais. O que significa o contrário de duro, firme, rígido. Mas que não quer dizer que sou mole, boca aberta, tansa. Embora algumas pessoas já tenham me nomeado com algum destes adjetivos (as que consideram vantagem ser duro na queda).

Ter resiliência com a vida, significa ser flexível a todas as forças dispostas a nos derrubar. Faz com compreendamos as outras pessoas e nos curvemos às suas razões, do alto de nossa arrogância. E (o mais importante de todos os atributos) faz com nos dobremos ao peso de nossas falhas e nos dispusemos a melhorar, nos reerguer.

Tenho plena consciência do mau humor que me acomete às vezes. Da irritabilidade que me possui de vez em quando. Da tristeza que me envolve.

De todas as bolas fora. Dos erros...

Enfim, assumo-me falível como qualquer ser que é humano e vive na Terra.

Mas no meio destes surtos de gente, procuro manter incólumes os que não têm nada a ver com isso, mesmo estando bem próximos de mim.

Não se adquire a resiliência estalando os dedos. Tampouco existe uma árvore chamada resilencieira, de onde podemos colhê-la em determinadas épocas do ano. Não é vendida em cápsulas, ou em alguma mistura instantânea para se ingerir no café da manhã. Trocando em miúdos, tornarse resiliente é dureza!

Exatamente por isso o mundo está tão povoado de gente irredutível, intransponível, inacessível, incorrigível.

Jeitos tão fáceis de ser e tão falsos de existir.

Num dos meus discursos silenciosos (que faço em forma de poesia) alguém acrescentou: “Jeitos tão humanos de ser”. Do que não discordo, mas entristeço e arremato: — Não precisamos ser santos, mas podemos poupar o mundo das nossas diabólicas fraquezas.

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TEXTO DE

César do Canto Machado

Naufrágios no Araranguá na residência de Ovídio José da Rosa. Aqui trata da situação da barra, mas se empolga mais com abertura de estradas, achando que, com elas, muitas vidas seriam poupadas, havendo em 10 de janeiro de 1884 a remoção das catraias para o porto de Laguna, por ordem superior.

BERNARDINO DE SENNA CAMPOS

Acompanhando a natureza de formação de qualquer núcleo urbano, civilizado ou não, o homem sempre teve o instinto de buscar no leito dos rios a fonte básica de sua sobrevivência. Diferente situação não viveram os nativos araranguaenses, que logo se instalaram às margens de seu rio principal, privilegiados pela caudalosidade e imediato acesso ao mar, através da barra do Morro dos Conventos.

Daí para frente, tiraram do mesmo rio a própria história do lugar, vivendo no correr de suas águas momentos de glórias e adversidades. Alavancando o progresso, fizeram de seu leito o melhor caminho rumo aos grandes centros, assim como, protagonizando memoráveis combates, viram tombar aí muitos de seus conterrâneos e contendores de outros lugares.

Ao conceber o próprio rio, porém, a Mãe Natureza não seria de todo benevolente, deixando como encargo maior a quem dele fizesse uso o desafio de enfrentar os constantes bancos de areia, que se formam logo à boca da barra, na saída para o mar.

Vencendo os raros 12 palmos de água, alguns saíram dali recompensados, enquanto outros, menos experientes, sucumbiram, fazendo submergir as esperanças de vitória e redenção econômica.

Dos registros apontados, um dos mais antigos casos de naufrágio, foi o do barco Deus me Guarde, em 26 de janeiro de 1859, carregado de gêneros alimentícios, que teve toda a tripulação salva, mas perdeu a mercadoria. O mesmo destino teve o Senhor dos Passos, uma embarcação pertencente a comerciantes da capital, em 23 de dezembro de 1870.

MARÇO 2015

Flávia, de Macaé, resolveu filmar a reação do filho de três anos, Luiz Antônio, para o nhoque de polvo que ela havia preparado. Esperando que ele dissesse “Eca!” ou “Não quero!”, surpreendeu-se com o questionamento da criança sobre a vida dos animais. Procure no YouTube por: “Menino de três anos emociona a mãe em não comer carne”, e veja a cena. Abaixo, transcrevemos o diálogo na íntegra:

leia@contato.net nasala-deespera.blogspot.com

JORNALECO 463

O menino que não queria comer carne

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Logo vem a preocupação com os acidentes, e o Governo Provincial contrata os serviços de “práticos” da empresa Mâncio & Filho, da Capital, em 14 de abril de 1871, para operar na barra do Araranguá, guiando os barcos em direção ao mar, vindos do rio e vicee-versa. Ainda assim, com o “prático”, em 10 de junho de 1872, a população do lugar é solicitada a acudir o São Francisco, encalhado carregado de ervamate, cuja carga afundou com o barco, mas a tripulação foi salva.

Em 14 de junho de 1876, a Província contrata novo “prático”, assumindo os serviços da barra João José de Araújo Gomes, que em 30 de outubro de 1878 é substituído por Domingos Luiz da Costa, a quem é confiado o comando de uma “catraia” — barca rebocadora, oferecendo maior apoio e segurança aos barcos que chegam.

Depois de somar numerosos naufrágios com danos materiais e dada a pouca eficiência das rebocadoras, a barra do rio Araranguá provoca baixas humanas, com o naufrágio do barco alemão Maria Beeter, em 23 de agosto de 1879, o qual submergiu com toda a carga e tripulação, inclusive uma criança de 8 anos. Em 24 de janeiro de 1883 é abandonado pela tripulação o iate Valente, que naufragou ao deixar o porto.

Conhecendo de perto o problema e sabendo da importância do Vale do Araranguá para toda a Província, por ser um cinturão de abastecimento, o governador Theodoretho Carlos Faria Souto marca viagem ao Sul e chega ao porto do lugar em 31 de julho de 1883, onde é recepcionado no trapiche municipal por João Vieira Maciel, pernoitando

Sem qualquer apoio oficial, o tráfego marítimo continua e as tragédias também, ocorrendo em 13 de outubro de 1886 um duplo naufrágio, indo a pique os iates Esperança e Massiambu. Passados dois meses, dia 3 de dezembro afunda o Prontidão, um barco carregado de cereais, de propriedade de Francisco Magno.

Dando uma pausa às frequentes viagens de comércio, os mares do sul começam a viver a situação política e ficam ocupados, em parte, por embarcações de combate que ali buscam pontos estratégicos de entrincheiramento. É a Revolução Federalista de 1893 que começa a ser deflagrada.

Aqui, dias 5 e 6 de novembro, trava-se a “Batalha do Araranguá” no leito do nosso rio, de que saíram feridos mais de cem combatentes, morrendo outros setenta*.

Resolvida a situação política, o comerciante Hermann von Elsen, em 10 de julho de 1894, promete restabelecer linha regular de navegação entre Araranguá e Florianópolis, organizando a construção de um grande galpão de gêneros na nossa cidade. Flui o otimismo, e em 22 de agosto de 1895, o Governo publica a abertura de concorrência para outra linha com o mesmo trajeto, válida por cinco anos.

Pela lei estadual 239 é constituída e reconhecida a “Companhia da Nova Barra do Araranguá”, que iniciou as operações em 2 de janeiro de 1897. Em seguida, com farto carregamento de farinha de mandioca, deixam o porto do Araranguá os iates Santa Rosa, Berlink, Otávio e Jovita. Pelo mesmo Jovita, em 18 de julho de 1893, chega a Araranguá a primeira bicicleta do lugar, adquirida por Bernardino de Senna Campos.

Chegando para fazer época, atraca em nosso porto, dia 2 de dezembro de 1905, o Meta, um dos grandes iates da Empresa de Navegação Hoepcke, da capital. Antes dele, em setembro, chegava o Edla, da firma André Wendhausen, com capacidade para 200 toneladas, seguido de outro barco da firma Savas N. Savas, todos de Florianópolis, transportando nossos produtos.

Entre tantos sinais de progresso, outro desastre marca o triste ciclo das tragédias na barra: no dia 26 de outubro de 1905, afunda o Santa Rosa, de Manoel Batista de Aguiar, comerciante da cidade de Araranguá.

Texto originalmente publicado no JORNALECO 129, de 2 de abril de 2001, revisado pelo autor para esta edição. (*) JORNALECO publicou dois textos do César sobre a batalha: na edição 131, a versão dos federalistas derrotados, e a versão dos governistas vencedores, na edição 132.

— Então... Há quanto tempo os sinais vêm aparecendo em sua fazenda?

— Olha, doutor, faz quase seis meses.

— O senhor não suspeita de alguma pegadinha dos moleques da vizinhança?

— Não, porque eles pagam.

— Como é?

— Sim. Eles roçam todo o milharal, catam o que precisam e deixam dinheiro na minha caixa de correio.

O repórter riu discretamente.

— Difícil acreditar, senhor Orson. O senhor está me dizendo que eles vêm até nosso planeta, fazem uma feira e vão embora; como se a Terra fosse apenas um posto de abastecimento ou uma loja de conveniências.

— Ué, não vejo problema. Vai que os coitadinhos tavam com fome — lanche pra viagem! Ganho muito mais que meus colegas.

— Não entendi porque o senhor me chamou. Vim atrás de um furo de reportagem! Até a comunidade ufóloga entrou em ação!

— Para agradecer, é claro! Coloca no jornal assim: “Família Orson cumprimenta benfeitores do espaço”.

Fechou a agenda e balançou a cabeça.

Despediu-se, agradecendo a entrevista.

Na semana seguinte, para sua surpresa, os jornais traziam a seguinte chamada: “Fazendeiro Orson desaparece sem deixar vestígios, deixando para trás um enigmático bilhete, com os dizeres: ‘Já volto! Estavam sem troco’”.

Olhou para o céu. z Não seria possível! Ou seria?

APOIO CULTURAL

NET

Parabéns, Cado! Feliz aniversário!!!

O nosso pequeno de cachinhos dourados, olhar sorrateiro, completa 1/2 século de vida. Quem diria?...

O nosso poeta, escritor que sabe tão bem falar acerca da vida, das dores, das alegrias, da saudade, dos sonhos vividos e compartilhados, das dores sentidas, às vezes reprimidas... Do que afinal é feita a vida — de “sonho e de pó”.

Que teus sonhos se realizem, que tenhas saúde para vivenciá-los. Que a serenidade que a maturidade trouxe te traga muita paz. “É preciso amor para poder pulsar/É preciso a paz para poder sorrir/É preciso a chuva para florir”.

(Tocando em frente).

Beijos, te amo! BETH Parabéns, my friend. Apenas meio século. MARCO AURÉLIO

Pois bem, ele já não responde apenas por essas 463 edições que somam quase 3.000 páginas distribuídas gratuitamente e que formam uma verdadeira enciclopédia de Araranguá. Afinal, o JORNALECO não é mais só um veículo — é um movimento, sacramentado por um trabalho de divulgação cultural sólida e amadurecimento editorial a zelar pela qualidade literária, correção linguística e arte tipográfica.

“O nosso pequeno de cachinhos dourados, olhar sorrateiro, completa 1/2 século de vida.

Quem diria?...”

E viva meio século de vida! Parabéns, cinquentão! E que venham muitos anos cheios de saúde e sabedoria nesta escola chamada vida! Abraços e beijos! (msg 1) -- Alguém disse essa frase: não estou ficando velho, estou me tornando um clássico. Essa vai pra ti. (msg 2) ROSSANA

Abrigando centenas de textos sobre nossa terra e sua gente, uma vasta coleção de crônicas e poemas, e uma extensa coletânea de fotografias locais de todos os tempos e motivos, ele é o nosso teatro de papel para uma ópera de sonhos e realidades só nossas, onde encenamos os dramas e comédias da nossa história com seus incontáveis protagonistas.

Feliz aniversário, feliz aniversário! Parabéns pra você! Tio, que a vida te traga boas energias, muita luz, inspiração sempre e novas ideias! Que a filosofia continue te surpreendendo e te dê ainda mais, muita sabedoria! Nosso amigo Liam Neeson te manda um abraço! Beijos! SOFIA O que importa um número quando a vida transcorre como água de poço; quando não lambuzamos os "beiços" de cada sabor que a experiência oferece; quando não vivemos as delícias e tormentos do amor; quando o medo da luz não nos permite sair da caverna e apreciar a paisagem do belo real, ainda que ofusque os olhos (melhor isto do que o olhar embaçado pelos mitos e preconceitos); quando não nos deleitamos de alegria com as estripulias de uma grande família (ainda que choremos um rio de lágrimas com a despedida de cada um!); quando não nos algemamos na prisão de um tormento para poder sentir a brisa acariciando a face quando enfim nos libertamos?

50 anos! Que alegria brindar a vida! Tua vida peregrina! De sombra e de luz! De ausências e retornos! De cabelinhos cacheados e recheados de sonhos a uma brilhante calvície bordada de sangue, suor e lágrimas, de venturas e desventuras! De Cadinho em Cadinho, se fez grande! Parabéns, meu mano querido! Tão grande e amado por grandes e pequeninos!

O filho companheiro de "cinema em casa", o irmão de pai e mãe e de jornada (das prisões emocionais, das filosofias e poesias). O tio camarada para os jovens e para a criançada (estes, uns amores de almas reencontradas — diga-se Lara!). Um pai que, de acertos e erros, e muito amor, construiu um relacionamento amigo, amparado e amparando! Um cidadão que é braço que apoia, e se apoia, sendo bálsamo e oportunidade de reconstrução para espíritos conturbados e de sua evolução!

Enfim... Feliz cinquentenário! Que os sonhos de menino sejam sempre bem vividos, em plenitude, pelo homem em construção! Te amo!!! MARTA

QUADRINHOS MAURICIO DE SOUSA (Santa Isabel-SP, 1935)...

Seu quintal é o grande Araranguá, em mais de duzentos anos de nossa aventura nesta planície entre o rio e o mar. Sua lida são nosso linguajar (aqui Ézio Camilo Rocha plantou e cultivou o seu Araranguário), memória (aqui revitalizamos nossas fontes e referências na série de textos de Alexandre Rocha, nos achados e lembranças de César do Canto Machado, nas apreciações e reminiscências de Aimberê Araken Machado, — que em 2002, ano de sua estreia em nosso panfleto, motivou-se a publicar seu primeiro livro —, e em uma centena de biografias e entrevistas que realizamos com araranguaenses, além do resgate de escrituras e documentos, especialmente do Correio de Araranguá, com a crônica dos anos 1960-75), saberes e poesia (aqui Nego Boni, sábio marisqueiro, externou o seu Arquivo da Alma; Léia Batista despontou como cronista, Maria Leofrísio estendeu seu cordel; Marta Grechi, Arlete Zanerippe e João Plucênio poetizaram quase um livro inteiro; Clóvis, Lony, Carol,

LEIA NA PÁG. 11

MARÇO 2015

FARIA

Há 28 anos servindo a cidade inverno e verão BALNEÁRIO ARROIO DO SILVA DISK ENTREGA Matriz: 3526-1339 - Filial: 3526-1112

JORNALECO 463

DE

além dessas breves 12 páginas mensais?

O que é este CADERNO CULTURAL que há quase vinte e um anos circula pelas ruas e adentra casas comerciais, repartições públicas e moradias de Araranguá e do Balneário Arroio do Silva, e segue mundo afora através dos Correios e da Internet, enviado por leitores engajados?

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FOTO PEREIRA

No dia 26 de fevereiro eu completei 50 anos de idade neste plano. Para marcar a data vão, a seguir, mensagens que recebi no dia. A primeira, um bilhete escrito à mão pela minha irmã Beth, as demais, enviadas por telefone celular e e-mail. (RG)

Sinais por VICTOR O.

O que é o Jornaleco,

Meu aniversário de 50 anos

APOIO CULTURAL

M I C R O C O N TO

JORNALECO nº 2 apresentou, pela primeira vez, os “GALO-VELHOS”, referindo-se à Turma da Praça e agregados dos bairros que vivenciaram o final dos anos 60 até os anos 80, enquanto havia o Colégio Normal, o Bar do Crisanto, o Campinas e o velho Central. O que caracteriza os galo-velhos (com alguma associação à Turma do Maçambeque, da geração anterior) são suas peculiaridades e o arranjo espacial e cultural do Araranguá de então, quando vigoravam os bares da Praça, o Cine Roxy, o Sinuca do Valmor, a Siti, as missas do Padre Paulo, o Coreto, o UCCA, o Quitandinha e depois a Eve’Som; tempo de trocar gibi em frente ao cinema, disputar quem tinha o coleirinha mais cantador, roubar laranja em quintal de gente braba, tomar banho de rio, jogar bola no velho Fronteira, pedir a “segunda”, fumar um, ouvir Casa das Máquinas, Terço, Raul Seixas, Pink Floyd.

NA FOTO (c. 1975), um grupo de legítimos e cabeludos galo-velhos: da esq. p/ dir., acima: Pedrão, Luizinho Vieira, Mala e Filão; abaixo: Gordo, Camila, Zé Neri, Sizinho e João Schambeck.

Vicenzo, Jairo, Glauco, Nilsinho, Getúlio, Rossana, Gibran, e tantos outros têm marcas de suas mãos em nossas rodas. Assim como Marco Aurélio “Gordo” Grechi, que recentemente adaptou para o áudio 49 textos originais do JORNALECO, num esmerado trabalho de computação digital, com minuciosos efeitos sonoros e música a caráter para cada tema, que formam a coleção “Prata da casa”, com quatro CDs gravados até agora.

Aqui o Histórias do Grande Araranguá, do padre João Leonir Dall’Alba, finalmente tornou-se um livro, e outros dez saíram do nosso prelo, com João dos Pintos, Vaninho, Maria Leofrísio, Nego Boni; outros escritores ainda foram assessorados, e Enio Frassetto completou o cantil antes de agigantar sua obra fotográfica.

Aqui reavaliamos nossa identidade comunitária, e nossa história é consolidada com novos registros e desdobramentos. Realçamos o valor de nossos talentos, ou de nossa insensibilidade quando vigoram práticas progressistas obcecantes acima de ideais humanitários.

E, sempre mantendo a proposta original de levar alegria às pessoas e de promover a cultura, constatamos, fascinados, que a temática de nossa terra é fonte inesgotável! É o que nos reafirma o Cláudio Gomes, com seus “causos” populares cômicos refletidos no contexto histórico.

Isto é o JORNALECO — desde a ensolarada tarde de quarta-feira, 18 de maio de 1994, quando foi às ruas pela primeira vez —, fazendo parte da vida do araranguaense que gosta das suas coisas, honrado pelos patrocinadores que o financiam, profissionais gráficos que lhe dão concretude no papel, e amigos que ajudam a levá-lo adiante.

Ricardo Grechi

CASA NENA CANOAS / RS

ARARANGUÁ / SC

Os conselhos de uma americana que leu um livro por dia, todos os dias, durante um ano Administrar o tempo de leitura é tão importante (e difícil) quanto controlar as finanças pessoais. Notamos os grandes gastos, mas é a soma dos pequenos desperdícios que nos leva à falência. De nada adianta passar uma tarde inteira lendo no fim de semana se, nos outros dias, deixamos de aproveitar preciosas horas que poderiam ser dedicadas à leitura. Para vencer as pilhas de livros não lidos, ou ao menos controlar seu crescimento, não basta ser um leitor ocasional. O hábito da leitura deve unir disciplina e prazer.

Estou longe de ser um exemplo. Minha rotina de leitura sempre foi caótica. Há semanas em que leio milhares de páginas e outras em que eu não chego a cinquenta. Às vezes, vergonha suprema, passo um dia inteiro sem tocar num livro. Mas os deuses da leitura são piedosos, e aguardam pacientemente até que nós, envergonhados, retomemos o hábito interrompido – não sem sentir um pouco de inveja dos leitores disciplinados, que parecem nunca falhar.

A leitora mais disciplinada que conheci foi a americana Nina Sankovitch. Após a morte de sua irmã mais velha, uma apaixonada pela literatura, Nina decidiu homenageá-la lendo um livro por dia, todos os dias, durante um ano.

Para compartilhar seu feito com outros leitores, ela publicava resenhas diariamente num blog. Ao final do desafio, narrou sua experiência em O ano da leitura mágica (Leya, 232 páginas, tradução de Paulo Polzonoff), lançado no Brasil em 2011. Conversei com Nina duas vezes: uma durante o desafio e outra pouco depois do lançamento de seu livro. Nas duas ocasiões, ela compartilhou alguns de seus segredos para ser uma leitora tão dedicada. Suas dicas não transformarão um leitor preguiçoso numa máquina de devorar livros, mas servem para nos lembrar de que é possível (e muitas vezes fácil) dedicar mais tempo à leitura.

1-Tenha sempre um livro ao seu alcance Para um leitor prevenido, qualquer momento de espera pode se transformar num momento de leitura. Os entusiastas do livro digital podem usar um tablet ou até mesmo um celular. Bons aplicativos

2-Aceite um desafio Há algo em comum entre a leitura e o esporte. Um bom atleta é movido a metas, criadas para manter uma busca constante pela melhor performance possível. O mesmo deveria valer para os leitores.

Depois que o hábito da leitura se estabelece, a tentação de permanecer na zona de conforto é grande. Desafiar-se é uma maneira de manter a forma. Nem todos são capazes de ler um livro por dia, como Nina. Ler um livro por semana, porém, é um bom começo.

Quem já faz isso pode aumentar o número para dois ou três.

Estabelecer um prazo também ajuda a criar coragem para enfrentar obras longas ou difíceis. “Quero ler A montanha mágica” é um desejo para a vida inteira, que pode ou não ser concretizado. “Quero ler A montanha mágica até o fim do mês” é uma atitude completamente diferente diante do livro – e, talvez, da vida.

3-Marque um compromisso

F A CRÔNICA DOS ANOS 60 F

Instalada a Polícia Rodoviária Federal Foi instalado, ao longo da estrada federal, o Posto da Polícia Rodoviária Federal.

Essa medida não deixa de ser importante, pois além de prestar grandes serviços à fiscalização em geral, virá coibir o abuso do excesso de velocidade de certos veículos que, envoltos em nuvens de poeira, tentam imitar os aviões a jato, nem sempre se saindo bem.

CA 53, 04/03/1962

6-Crie um diário de leituras

Notas estudantis Cláudio Garcia, Aristides Ostetto, Rogério Hennemann, Cláudio Gomes, Luiz Gon-zaga Bertoncini e Humberto Ronald Grechi são os estu-dantes araranguaenses que irão cursar a Escola Técnica de Criciúma. Idem

Brincadeira de mau gosto Por diversas vezes temos constatado a brincadeira de mau gosto desempenhada por guris com relação ao estacionamento de veículos em frente ao Cine Roxy. Durante principalmente a segunda sessão cinematográfica, amarram latas em cordeis nos carros estacionados ao longo da av. Getúlio Vargas. Após a sessão, os automobilistas, ao ligarem seus veículos, arrastam atrás de si as latas em trambolhões, produzindo barulho no calçamento.

Fazemos um apelo à Delegacia de Polícia para colocar um guarda nas imediações do Cine Roxy, a fim de por um paradeiro nessa falta de educação dos meninões, que fere nosso foro de cidade civilizada.

CA 54, 18/03/1962

“A Persistência da Memória”, de Salvador Dalí, 1931

Ler por obrigação pode ser divertido – desde que a obrigação parta do próprio leitor. Para vencer as distrações do cotidiano e a tentação de deixar os livros para depois, reserve algum tempo todos os dias para a leitura. Alguns preferem ler na cama antes de dormir. Outros se sentem mais dispostos pela manhã, antes de ir para o trabalho. O importante é respeitar o tempo dedicado à leitura e, se possível, tentar estendê-lo. Aos poucos, ler se tornará um prazer cotidiano e o leitor se sentirá ansioso para encontrar-se novamente com os livros, como quem espera por um encontro ou um bom jantar.

4-Elimine as distrações Durante seu desafio de um ano, Nina deixou de usar as redes sociais e de assistir à televisão. Também passou a ler menos notícias, para concentrar-se nos livros. O prazer proporcionado pela leitura, segundo ela, superou qualquer perda causada por essas mudanças de hábito. “Ler um livro por dia não me impediu de ter uma vida”, diz Nina. “Pelo contrário. Minha vida tornou-se melhor, mais rica e satisfatória.”

5-Varie para não enjoar Um erro comum de quem embarca numa maratona de leitura é tentar ler vários

A memória humana é limitada. Para muitos de nós, uma maratona de leituras é uma sobrecarga cerebral. Escrever um pouco sobre cada livro que lemos torna as lembranças mais acessíveis. Gosto de anotar ao menos uma frase de cada livro que leio. Nina, com sua disciplina invejável, escrevia resenhas inteiras. A escrita serve não só para nos lembrar de nossas leituras, mas também para nos ajudar a entender melhor os livros que lemos.

“Escrever sobre cada livro me ajudou a conhecê-los mais profundamente e tornou a experiência de leitura mais satisfatória”, diz Nina.

n Com o declínio

7-Compartilhe suas experiências Por mais fascinantes que sejam os livros, às vezes nos esquecemos deles. Felizmente, não estamos sozinhos. A leitura é um hábito solitário, mas também pode ser vista como um passatempo coletivo.

Leitores atraem outros leitores, e compartilhar nossas descobertas literárias com amigos é sempre um prazer. Conversar sobre livros é uma forma de reacender, em nós e em nossos interlocutores, a paixão pelos livros – e a disciplina para nos dedicarmos a mais um dia de leituras.

(Fonte: http://epoca.globo.com)

fev./mar.1962

Salomé Parísio em Araranguá

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do teatro de revista, continuou a fazer shows como cantora.

Contratada pela Tupi fez "Almoço com as Estrelas", com Air ton Rodrigues. Também participou do "Clube dos Artistas", com Lolita Rodrigues. n O ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros, dizia que ia ao teatro só para ver a pinta da perna de Salomé Parísio e exclamava: "Você é a número 1". n Salomé fez filmes com Mazzaropi, e novelas:"Sangue do meu Sangue", em 1969, com Fernanda Montenegro, Tônia Carrero, Sadi Cabral e Armando Bógus, e fez uma par ticipação na primeira versão de "Mulheres de Areia", em 1973, na TV Tupi.

(Fonte: As Grandes Vedetes do Brasil, de Neyde Veneziano, Imprensa Oficial, 2010)

NET

n DANILO VENTICINQUE Editor de livros da Época (08/2013)

Fundador WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Produção gráfica NEI DA ROSA Publicado na GRÁFICA ORION - abril de 1960 a maio de 1975

MARÇO 2015

mais e MELHOR

livros do mesmo autor ou do mesmo gênero, sem intervalos. O esforço provoca cansaço mental e leva, invariavelmente, à desistência. Isso vale principalmente para os clássicos da literatura. Alguns livros levam tempo para ser digeridos. Uma forma de descansar sem abandonar a leitura é intercalar obras literárias difíceis com livros mais leves, desses que podemos encontrar em qualquer supermercado. A lista de 365 livros lidos por Nina em um ano inclui clássicos da literatura universal, como Tolstói, mas também biografias de atletas, best-sellers e romances de ficção científica. “Ler livros de gêneros diferentes ajuda a manter a sanidade e amplia nossa visão de mundo”, afirma Nina.

JORNALECO 463

Sete dicas para LER

de leitura, como o Kindle e o Kobo, atualizam as marcações de página em cada dispositivo e permitem que a leitura continue sem interrupções. Quem prefere os livros de papel pode reservar um espaço na bolsa ou mochila. Somando as páginas lidas nesses minutos ociosos, é possível ler livros inteiros.

SOCIEDADE / L.V. e Comenta* – Acontecemos na noite de 1º de fevereiro, na simpática Boîte Morro dos Conventos, para vermos e ouvirmos Salomé Parísio, cantora da TV paulista.

Com a casa mais ou menos repleta, mas com uma reunião requintada, começaram os pares a rodopiar na pista, ao som de magníficos e dolentes boleros. Muita animação, alegria reinavam nas mesas, aguardando o ponto alto, como seja, a aparição da estrela Salomé.

A madrugada começava a levantar-se, quando ao som de uma longa salva de palmas, vimos Salomé encaminhar-se para o palco, graciosa, simpática, modelando um gracioso toilette em azul claro, bordado com pedras e cobrindo o fundo do mesmo em renda branca.

Encantou a todos com seus sambas bem cariocas e contagiantes, destacando-se do seu repertório a belíssima página “Orgulho”, arrancando uma estrondosa ovação. Salomé, em dado momento, desceu do palco e, com o seu “bia-tá-tá”, brincou com a assistência e, num gesto bem simpático, contou com a colaboração dos presentes.

Agradou em cheio a sua conduta e classe profissional. (...) Sua magnífica e máxima interpretação foi na boîte do Arroio do Silva, quando cantou “Mulheres de rua”. (...) Naquela noite inesquecível, vimos a presença da sra. Maria Belinzoni, em companhia da sua graciosa filha Alba, sra. Mafalda Campos e Sandra, sua filha, sra. Lourdes Garcia em companhia da sra. Jane Borges Dias, sra.

Bene Chede, sra. Daura Gomes de Castro, com seus respectivos e dignos consortes, sr. Osni Silveira e exma. sra. e o caçula do casal, Dr. Acir Campos, sr. João Júlio e exma. sra., acadêmico Alexandre Ghizzo, um bonito conjunto de garotas veranistas do Morro dos Conventos e suas exmas. famílias, dr. Bruno Germenn, nosso Conjunto Melódico em forma e bem ritmado, garçons educados e solícitos nas pessoas de Boni e Araci, e nosso velho Fermínio como maître, sempre procurando atender a todos, na medida do possível.

E assim, vendo que a lua já estava abrindo a boca querendo dormir, compreendemos que já era hora de tomarmos o nosso Santa-Maria e rumar para a Cidade das Avenidas. Já eram cinco e meia da manhã.

Boa noitada e até breve, Salomé. Apareça, e logo. Sempre é bem vinda! (*) Pseudônimo de Lourival Vaz, promotor público em Araranguá.

CA 52, 18/02/1962 Dulce de Jesus de Oliveira mais conhecida como Salomé Parísio (Bonito-PE, 1921 - São Paulo, 2013) foi uma atriz e vedete brasileira. Iniciou sua carreira na Rádio Clube de Pernambuco e foi lá que, eleita a melhor cantora da cidade, recebeu o título de “O Rouxinol do Norte”. Na época da Segunda Guerra Mundial, Salomé cantou para os soldados americanos que tinham bases fixadas no Brasil. Ao se apresentar em Salvador foi descoberta por Chianca de Garcia, empresário teatral. Ele a levou para o Rio de Janeiro, onde estreou em 1947 no teatro de revista, com a peça “Um Milhão de Mulheres”, ao lado dos atores Colé e Celeste Aída. Em seguida, veio “O Rei do Samba” e “Eu Quero me Badalar”. Em 1952, em Portugal, foi a estrela da revista “Saias Curtas”, no Cassino do Estoril. Em 1955, fez sucesso na Argentina.

Anos depois, recebeu o convite de Carlos Machado para substituir Carmen Miranda (que havia falecido em 1955) nos Estados Unidos. Ela partiu em 1960 ao lado de Nelson Gonçalves, do Conjunto Farroupilha, entre outros artistas, e foi a estrela do espetáculo “Extravaganza Brasileira”, na Rádio City Music Hall, em Nova York. Voltou ao Brasil tempos depois e foi morar em São Paulo, atuando nas rádios Cultura, Tupi, Bandeirantes, Record e Nacional, além das TVs Tupi, Cultura e Excelsior. Também dedicou-se ao teatro e a peças sérias como “O Comprador de Fazendas”, ao lado de Dulcina de Moraes, e também atuou nas primeiras adaptações de espetáculos da Broadway feitas no Brasil, como “O Violinista no Telhado” e “Aí Vem o Dilúvio”.

Seu último trabalho em teatro foi no espetáculo “Sonhos de Vedete”, de 2003, no Teatro Itália, em São Paulo. Ela morreu aos 92 anos, após um infarto.

(Fonte: Wikipedia)