Festa do Espírito Santo, 1909
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NAS RUAS A PARTIR DE 18/07/2015
ANO 22 • Nº 467 Distribuição gratuita Periodicidade mensal Tiragem: 1.000 exemplares
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Pois bem, voltando à primeira superintendência (foto): o singelo edifício possuía telhado de quatro águas, formando um equilíbrio arquitetônico com a fachada principal, onde havia quatro janelas tipo guilhotina com vidraça de doze divisões cada, além de uma porta de acesso principal. O pátio em frente era constituído de um amplo gramado, que mais tarde, em parte, seria absorvido pelo atual jardim. Muitos registros fotográficos dão conta de grandes solenidades e encontros que aconteciam ali. Aquele era o ponto irradiador da comunidade e enquanto espaço público era a maior referência dos moradores. Na festa do Divino Espírito Santo, por exemplo, a procissão, após as honras da corte, partia dali em direção à igreja. O prédio foi utilizado como paço municipal até meados dos anos 20 do século passado, quando foi inaugurado o já citado acima novo edifício da municipalidade. Outras edificações já eram erguidas pelas vias principais, todas de um só piso, e a maioria de arquitetura apenas essencial.
H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATO Rossana Grechi DISTRIBUIÇÃO Gibran Grechi, Nilsinho Nunes ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Welington, Valdo
MUSCULAÇÃO z PILATES STUDIO z X JUMP z POWER SET z ABS z CIA DANCING z PERSONAL TRAINER z NUTRICIONISTA z FISIOTERAPEUTA z PSICÓLOGA Praça Hercílio Luz, 444 Tel. 3522-1120 9624-8947 UMA PUBLICAÇÃO
ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.035 Araranguá - SC - Brasil
CADERNO CULTURAL © Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995) FECHAMENTO DESTA EDIÇÃO: 08/07/2015 10h15 Solicite-nos através de jornaleco.ara@gmail.com o recebimento do JORNALECO via e-mail (contendo variações nas amostras, a versão válida será a impressa)
ARARANGUÁ, JULHO DE 2015 • ANO 22 • Nº 467
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A
OESTE da praça, por ali onde hoje há uma rótula defronte ao posto de gasolina, um tantinho afastado da igrejinha de madeira que havia no centro do jardim, estava o pequeno prédio ostentando ao alto os dizeres: “Governo Municipal”. Ao que se sabe era ali o lugar da primeira superintendência municipal. Só depois o coronel João Fernandes construiu o novo prédio, precisamente defronte à atual praça, onde está instalado um cartório. Esta, a que João Fernandes construiu, talvez seja uma das edificações, entre tantas, a que mais poderia ter sido preservada, exatamente porque a administração municipal antes possuía o domínio, depois fez permuta para fazer a atual prefeitura. Mas o belo palacete durou somente perto de 60 anos. E olha que foi um sonho a sua construção, segundo os registros da década de 1920. Mas como em Araranguá nada se preserva de sua memória, não há de se estranhar que a ignorância tenha levado ao chão também aquela pérola de nosso patrimônio histórico. B. S. CAMPOS
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Sujeitos Esquecidos, Sujeitos Lembrados, Antônio César Sprícigo, Murialdo, 2007, p. 66
AOS 89 ANOS, o Dr. Antônio sai de sua casa, no Embaixador, segue a travessa 3 de Abril até a rua Caetano Lummertz, dobra para a XV e segue até o Calçadão. É um homem alto, encurvado pela idade, tem cabelos brancos e olhos azuis. Quase ninguém com menos de 35 anos sabe quem ele é. Os mais velhos o reconhecem e apenas o olham, sem certeza de que, por sua vez, serão reconhecidos. Antônio tem pernas longas, mas endurecidas pelo tempo. Ele segue com passos curtos, mas decididos. Seu destino: a Gráfica Orion. Entra, me encontra, pergunta: “Você é filho do Grechi?” Sim. “Eu sou Antônio de Barros Lemos, o primeiro médico de Araranguá.” E me conta sua história. Entre 1995 e 96, ele voltará à gráfica muitas vezes, encontrando, ocasionalmente, o Alexandre Rocha, quando trabalhávamos a edição do Histórias.
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Antônio de Barros Lemos foi o primeiro médico de
Araranguá, um homem marcado pelo caráter humanitário e social. Em meados do século 20, quando transitava na av. Getúlio Vargas, ele era reconhecido até pelas criancinhas e saudado por todos os cidadãos. Médico, líder partidário, deputado estadual. Um dos homens mais celebrados da nossa história. Mas, na metade dos anos 90, era apenas um velhinho meio entrevado caminhando pelo centro da cidade, e quase ninguém mais sabia de sua história e importância para o desenvolvimento de Araranguá. No Estádio Nacional do Chile, onde a seleção local venceu a Copa América, há um espaço isolado na arquibancada, conservado como era nos anos 70, onde se lê: Un pueblo sin memoria es un pueblo sin futuro, para que nunca se esqueça das pessoas torturadas ali durante a ditadura de Pinochet. Um povo não deve esquecer seus tiranos Gente grande: para não se permitir os mesmos erros, mas Dr. Antônio e também precisa lembrar sempre de pessoas Alexandre Rocha, dignas de honra como o Dr. Antônio. com o filho Leon, no + P. 4 e 8 Calçadão, em 1996 z Texto e foto: Ricardo Grechi
VIAJE NO TEMPO
Av. Sete de Setembro, há cerca de 100 anos, fotografada por Bernardino de Senna Campos
Centro, com a igreja de 1901 e a casa de João Fernandes no limite sul da avenida. De tudo isso, só permanece o resto de um casarão na Sete (que aparece, na foto, à dir. da casa de JF) como um marco à desertificação arquitetônica histórica que Araranguá sofreu. + P. 12
LEIA NESTE NÚMERO: -- Mais um causo de CLÁUDIO GOMES “Ajeitadinho cabe, né!” P. 5 -- ANEDOTÁRIO ARARANGUAENSE “Os engraxates da Praça” P. 6 -- A BANDA Os 20 melhores livros e os 28 maiores escritores brasileiros P. 11 APOIO CULTURAL
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Av. XV de Novembro, 1807 - Centro - Araranguá SC Tel. 3524-5916 casadocarimbo@brturbo.com.br
A vila e os seus coronéis
No início de 1895, substituindo temporariamente o titular João Fernandes, chega para despachar o superintendente 1º substituto coronel Apolinário Pereira, e assina um de seus atos. Apesar de a vila contar com uma planta de urbanização a ser seguida, as ruas no entorno da praça eram ocupadas conforme a conveniência dos cidadãos, o que provocou a criação de uma lei sancionada por Apolinário para tentar resolver o problema, disciplinando o uso dos limites dos lotes centrais: Lei nº 9, de 18 de fevereiro de 1895. Art. 1º: É o poder executivo autorizado a mandar retirar de dentro das ruas desta Vila algumas cercas particulares, podendo para esse fim mandar trabalhar a Guarda Municipal. Art 2º: Não só as cercas como árvores e qualquer obstáculo que exceda a linha reta das casas deverão ser retiradas completamente, para o formoseamento da Vila. Nesta época Apolinário já exercia o mandato de deputado estadual, dividindo-se por dois meses, entre o Legislativo do Estado e o Executivo em Araranguá. Após a vitória sobre os federalistas Apolinário, assim como os demais comandantes que lutaram ao lado do Governo, passa a gozar de grande prestígio junto à população e no meio político. Ele já havia sido escrivão das coletorias Estadual e Federal e promotor público, e ingressaria na vida política assumindo a chefia do Partido Republicano, o que em pouco tempo o tornaria o maior líder político do seu tempo no grande Araranguá. Na eleição de 09 de setembro de 1894 para o Congresso Representativo do Estado e simultaneamente para a Assembleia Constituinte, recebeu a quinta maior votação, totalizando 5.666 votos. Araranguá teria o seu primeiro deputado estadual. Prestigiado, passa a compor a comissão de constituição e na mesa diretora ocupa o cargo de lº suplente de secretário, da mesma forma no 3º mandato, entre 1898 a 1900, quando teria a companhia de Firmino Lopes Rego com quem esteve na batalha federalista, e que mais tarde alcançaria o posto de vice-governador e governador interino. APOLINÁRIO JOÃO PEREIRA nasceu em Araranguá, em 18 de março de 1864 e alistou-se em 1884, aos 19 anos. Casou com Viville de Bem Pereira, professora, com quem teve um único filho, Gualberto, que com a mãe foi morar em Imbituba, após a morte do pai. O casal também adotou uma menina de quatro anos, filha de indígenas, que havia sido sequestrada por bugreiros nas matas da região, a quem batizou com o nome de Anita Brasileira. O coronel Apolinário morreu precocemente, na madrugada de 18 de novembro de 1900, ao passar mal durante um baile a ele oferecido.
ALEXANDRE ROCHA
“
Em condições muito diferentes encontravam-se os negros que habitavam as terras da Freguesia de Araranguá. Uma vasta área ligada ao trabalho agrícola, necessitando de muito da mão de obra escrava. Não podiam os senhores se dar ao luxo de alforriar seus cativos e muito menos lhes oferecer instrução, quando até mesmo a população branca era em sua maioria absoluta analfabeta.”
Presidente da U.E.S.A. destituído “Não queremos um presidente ateu e de ideias esquerdistas.”
Torneio das Profissões Na rodada final do tradicional Torneio, os Escriturários perderam em campo por 2x0 para os Pescadores de Ilhas, sem dúvida a melhor equipe em todo o torneio. CORREIO
DE
ARARANGUÁ (1962), P. 7
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