O DIÁRIO DE BERNARDINO Leia neste e nos próximos números do JORNALECO “O diário de Bernardino”, a saga de Bernardino de Senna Campos, acompanhando o roteiro especialmente adaptado, construído a partir de seus próprios diários, da licença literária complementar e do contexto temporal com base na historiografia regional. Era para ser um filme. Quem sabe um dia ainda será... Mas da gaveta para as suas mãos se torna mais útil este enredo, deixando-se por conta da imaginação e senso criativo do leitor, a invocação de sensações que pode experimentar ao mergulhar na pequena Araranguá do final do século XIX e primeiras décadas do século XX. O telegrafista chega à pequena vila. Ele pretende partir em pouco tempo, seguindo em direção à sua terra natal. Mas aos poucos acaba criando laços que lhe prendem ali, como a paixão por uma camponesa, os muitos amigos, a política... As contradições do lugar também lhe impressionam: a vila é, ao mesmo tempo, pobre e exuberante, próxima e distante, pacata mas na iminência das hostilidades revolucionárias que marcaram o final do século XIX no Sul. Ele vivencia muitas situações, enquanto anota tudo em seu diário, registrando os acontecimentos que marcam a formação da pequena cidade.
CAPÍTULO 1
E
m 1894 Bernardino chega à Araranguá, uma pequena vila do extremo sul de Santa Catarina, com a missão de reabrir e normalizar os serviços da estação telegráfica, cujas instalações são alvo das ações de revolucionários federalistas que atravessam a região. Ao chegar à pequena vila, desmembrada de Laguna há poucos anos, depara-se com um lugar ao mesmo tempo triste, porque com poucas casas e sem estrutura alguma, mas envolvente por suas peculiaridades, sendo situado em meio a uma enorme clareira, onde se formou um núcleo de moradores que polariza uma vasta região de outros lugarejos em formação. Em sua chegada, observa que há ali um ambiente apreensivo, pois as terras formam uma fronteira estratégica com o Rio Grande do Sul, fazendo a vila, outrora sitiada pela Revolução Farroupilha, ser agora lugar onde ocorrem ações do levante Federalista, com tropas dos dois lados movimentando-se em suas bases de operações.
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NAS RUAS A PARTIR DE 18/09/2015
ANO 22 • Nº 469 Distribuição gratuita Periodicidade mensal Tiragem: 1.000 exemplares
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por Alexandre Rocha
Assim, sempre na iminência de conflitos, a população precisa estar atenta aos ataques de bandos fragmentados que costumam realizar assaltos no campo e na cidade. Mas, de início, este cenário não abala Bernardino. Ele se considera de passagem e tudo fará para retornar logo ao seu destino, a Capital do Estado, de onde é natural e se ausentou durante anos, indo residir em Santos e Porto Alegre. Passado um tempo, ele vai descobrindo muitas razões para adiar a sua volta para casa. Contraditoriamente a vila, ainda que desestruturada, se revela fascinante tanto pelo gênero humano que a habita, quanto pelas suas belezas naturais, formadas por mar, lagoas, montanhas e principalmente o piscoso e navegável rio, contornado por uma exuberante mata que se estende por toda a região. Estava selado o seu destino e viver na vila já lhe caía muito bem. Principalmente, o lugar se torna ainda mais sedutor, pela forte paixão que desperta por Ambrosina, uma filha SEGUE NA PÁG. 5 de camponeses.
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H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Ricardo Grechi CONTATO Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Grechi, Nilsinho Nunes IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Welington, Valdo
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Em 1924, por iniciativa do então juiz de Direito Dr. Aprígio Gomes de Mello Cavalcanti, fundou-se a primeira tipografia local, editando o hebdomadário CAMPINAS, que foi publicado durante um ano, mais ou menos. Sucedeu-o o VANGUARDA, em 1928, que teve efêmera duração.” SIGA EM UMA HISTÓRIA DIFERENTE, DE WLADINIR LUZ, 2008, P. 92, CITANDO TEXTO DE TELÉSFORO MACHADO, DE 1956, NA REVISTA DO CLUBE DOS VINTE
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Um símbolo de uma história de 60 anos Cláudio Gomes (foto, com um antigo gravador do acervo histórico do Colégio Murialdo) escreve sobre a passagem dos 60 anos do “Ginásio dos Padres” em Araranguá e reencontra o primeiro gravador de som que viu e ouviu: “Foi o primeiro gravador que vi e ouvi. Por isso fiz questão de me fotografar, durante as festividades comemorativas do Colégio Murialdo, segurando esta saudosa lembrança da minha adolescência. O gravador do padre Luiz Vicini é uma das relíquias do Colégio, que neste ano de 2015 completa seus 60 anos de instalação em nossa Araranguá.” P. 4
NESTE NÚMERO: z Outro causo de CLÁUDIO GOMES: “Reduzino Pitoco e os giros da Terra” P. 3 z “Criatividade” / microconto de VICTOR O. DE FARIA P. 6 z JORNAL DE ONTEM - NOTÍCIAS QUE FAZEM HISTÓRIA Coluna estreia com a “Folha do Vale” de 12/11/1980 P. 6 z Da vida e da morte de Campolino / ALMANAQUE P. 8 z A adaptação de um roteiro de ALEXANDRE ROCHA na estreia de “O diário de Bernardino” P. 12 e 5 A CRÔNICA DOS ANOS 60
Hotel Alvorada em construção no início dos anos 1960
F Inauguração do Hotel Alvorada Com a presença das autoridades locais e de um grande número de convidados, ocorreu, na belíssima tarde de 7 de setembro de 1962, a inauguração do Alvorada Hotel.
F Augustinho, o camisa 9 do Penharol O craque número nove “alviverde” iniciou sua carreira futebolística na equipe do Vasquinho, do bairro Urussanguinha. CORREIO DE ARARANGUÁ (1962) P. 7 APOIO CULTURAL
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