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MEMÓRIAS
ENTREVISTA
A vila se conecta, o telégrafo se apaixona P. 2
Cláudio Gomes P. 6 e 7
Deoclécio Machado
Av. XV de Novembro, 1807 - Centro - Araranguá Tel. (48) 3524-5916 graficacasadocarimbo@gmail.com DENISE MACHADO PAZINI
Professor Deoclécio Machado — Muita gente não sabe, mas um grande olheiro foi o Antoninho Foqueteiro — revela Deoclécio. — E quem eram os melhores? — O Agachado. E o Quirininho, que entrava com facilidade no adversário e saía livre. Ele veio de Imbituba e trabalhava no Correio. O Jóia era um grande jogador também, e o Vanderlei, que trabalhava no Banco Inco. Deoclécio conta que a direção do Grêmio arranjava trabalho para os atletas aqui na cidade, e que os mais sondados por outros times eram o Agachado e o Nascimento. — E o Quitandinha? — O Quitandinha era um atacante muito rápido, goleador, mas também aprontava muito. Quando ficava brabo, a gente ia falar com ele, e ele bróbró-bró-bró... Não se entendia nada, era um gago de primeira. Deoclécio lecionou Educação Física em Jacinto Machado e Morro da Fumaça antes de vir para Araranguá. Além do Grupo Escolar Castro Alves, também trabalhou no Colégio dos Padres e no Madre Regina. Quanto à educação, enfatiza: — Tem que se ter muito mais cuidado com uma criança do que com um adulto, porque não se pode ofender uma criança. Um errozinho meu, durante uma aula, podia acabar com a motivação da criança. — Conheci teu avô Pedro Gomes — inicia Deoclécio, à certa altura da conversa. — Numa ocasião, o Pedro Gomes estava sentado na frente do moinho dele, na Cidade Alta. Era tarde. Eu disse: “Ainda tá acordado, Pedrinho?” “É, tá muito calor, né?” “Pois é, Pedrinho, tu não consegue dormir por causa do calor, eu é pensando numa dívida.” “Que dívida?” “Eu ia receber um dinheiro hoje pra pagar uma conta e não consegui.” “De quanto?” “Dez mil cruzeiros.” “Vem cá!” Entrou no escritório, abriu o cofre e me deu o dinheiro. Aí, eu fui dormir descansado. No outro dia, depois da aula, eu fui em Nova Veneza e recebi o
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JORNALECO
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NAS RUAS A PARTIR DE 18/12/2015
ANO 22 • Nº 472 Distribuição gratuita Periodicidade mensal Tiragem: 1.000 exemplares
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ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL
JORNALECO ARARANGUÁ, DEZEMBRO DE 2015 • ANO 22 • Nº 472
Estiagem ameaça lavoura Incendiados criminosamente edifícios no Morro dos Conventos Na madrugada de hoje, formidáveis cenas se desenrolaram no Balneário Morro dos Conventos.
A CRÔNICA DOS ANOS 60 F CORREIO DE ARARANGUÁ
Família no Arroio do Silva num verão da virada de 1940-1950
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UMA PUBLICAÇÃO
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CADERNO CULTURAL © Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995) FECHAMENTO DESTA EDIÇÃO: 15/12/2015 17h20 Solicite-nos através de jornaleco.ara@gmail.com o recebimento do JORNALECO via e-mail (contendo variações nas amostras, a versão válida será a impressa)
(in memoriam), que segura a bola que eu havia ganho naquele Natal; a irmã paterna Maria Terezinha Gomes (Scholz), o irmão Adalberto Antônio Gomes, e o primo Valdir Dalpiaz. Sentados, o primo Valmor Dalpiaz (in memoriam), o mano Umberto Gomes, o primo Walmir Dalpiaz (in memoriam), e eu – Cláudio – na ponta (de franjinha). Abaixo, olhando para cima, acredito que seja a nossa irmã Maria Salete Gomes Hilzendeger e, ao seu lado, o mano Lédio Antônio Gomes. (+ p. 6 e 7)
Cláudio Gomes anota: da e. p/ d., última fila, nossa avó Maria Mônica Raupp, a querida Dindinha, guia e mãe diligente e protetora durante todos os verões. A seguir, a tia Amélia Dalpiaz (irmã de nossa mãe), nossa mãe Senhorinha Pereira Gomes, também conhecida por Dona Sinhá. Na segunda fila, vê-se as primas Maria das Dores Dalpiaz e Lenir Dalpiaz
+ J.50, de 10/11/1996 (= J.229)
H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Grechi, Nilsinho Nunes IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Valdo, Welington
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Galeria Galeria
dinheiro. Por coincidência, eu vi um fumo que o teu avô gostava e comprei um pacote. Passei por lá: “Pedro, o teu dinheiro tá aqui, e tem um presente.” “Ôooo, o meu fumo já tava no fim!” Ele sabia o preço do fumo, foi no cofre e pegou o dinheiro certinho pra me pagar. “Não, Pedro!” Quis pagar. “Leva isso aqui, que esse fumo é coisa boa!” Em 11 de dezembro, Deoclécio completou 67 anos de casamento com Valkíria, que lhe deu os filhos Maria das Dores, Dirnei, Fábio, Denise e Shirlei (falecida). Em 2006 a Dores organizou um livreto com as anotações do Deoclécio entre 1962 e 1976, onde ele conta os eventos e peripécias de quando foi conservador de linhas de telégrafo dos Correios. Depois de trabalhar no IBGE, quando participou do Censo de 1980/81, ele foi trabalhar na CDL como monitor de vendas e secretário, onde ficou até 1996.
Balneário Arroio do Silva Tels. (48) 8439-1365 / 9932-8700
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O ano agrícola de 1962, com a prolongada seca, causou aos agricultores um prejuízo de aproximadamente 40% da safra.
Deoclécio fala ao microfone da Blitz Esportiva, em 12 de abril deste ano, na segunda edição da Corrida Rústica Deoclécio Pereira Machado, que o homenageia
ACERVO ALICE SCHOLZ
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DEOCLÉCIO PEREIRA MACHADO fará 93 anos em 19 de fevereiro. Filho de Olina Maria e Pedro Damião, nasceu no Sangão, em Jaguaruna, em 1923. Na idade escolar, estudou no Grupo Escolar Hercílio Luz, em Tubarão. Depois, trabalhou na Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina, até ser convocado para o serviço militar. No final da tarde de 11 de novembro, fui visitá-lo em sua casa, na XV. Após eu cumprimentar a Valkíria, ele me levou até o quintal, onde cultiva hortas, e a um ateliê, onde organiza seus arquivos. Deoclécio sempre apanha cedo o jornal que assina, lê e recorta as partes que considera históricas e interessantes. — Depois de ler eu vou acumulando e guardo o que é bom, e dou o resto para quem quiser, principalmente posto de gasolina que faz limpeza de carros. E eles vem aqui buscar — conta. Eu pergunto: — Ô Deoclécio, nos anos 50 tu foi professor de Educação Física em Araranguá. Nessa época, tu acompapanhou a formação daquele time famoso do Grêmio Araranguaense? Ele responde: — Eu era o responsável pela parte física desse time, que saiu no JORNALECO. Nós quase fomos campeões do Campeonato Catarinense de 1952. A maioria eram atletas de fora e ficavam na pensão do Dico Luchina. A pensão tinha muitos quartos e um fogão a pó de serra que queimava 24 horas por dia. Nos dias marcados, às seis e meia, eles precisavam ir lá no Castro Alves para fazer aquecimento e exercícios. E conta: — O atleta tem que ter rapidez. Por isso eu organizava jogos de basquete nos treinos. Sim... tinha cestas. Eles não tinham muito jeito pra jogar, mas o que eu queria é que eles se virassem. — A gente sabe que foi o Afonso Ghizzo quem viabilizou o Grêmio financeiramente pra disputar o estadual, reforçando o time com jogadores profissionais de fora. E aí, quem eram os olheiros, como se decidia quem contratar?
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POR RICARDO GRECHI
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