APOIO CULTURAL
“O DIÁRIO DE BERNARDINO”
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Capítulo 7: “A Revolução Federalista atinge Araranguá”. FOTO: Soldados da Força Pública do Estado em uma de suas passagens por Araranguá. Ao fundo, a primeira capela na Praça. P. 2
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CLÁUDIO GOMES
Não tive a honra de ser um dos seus alunos, mas a tive em ser seu leitor. Foi das fontes originárias do seu conhecimento e sabedoria que brotou a inspiração desta homenagem. Não temos autoridade para desfiar todos os feitos produzidos pelo seu Ayres em nosso meio, até porque poderíamos incorrer em erros crassos. Entretanto, é nosso desejo ressaltar os seus méritos pelas muitas ações produzidas nos campos religioso, social e educacional, em especial no meio literário. Todas essas ações o colocam em patamar especial e com qualidades sem medidas para que receba o nosso absoluto reconhecimento e profunda admiração, apreço e gratidão. FOI EM 1941 que o professor nascido em Palhoça, recém-formado e que tinha como lema idealista “Missão e não profissão”, jovem sonhador desejoso de conhecer o Brasil e o mundo, chegou a Araranguá e entre nós se fixou. Por aqui ficou “preso” nos encantos da jovem morena mignon, conforme ele a definiu em seu livro. Era Maria da Conceição Mello, a Dona Marieta, como todos a conhecemos. Foi com esta jovem eleita de seu coração com quem o professor veio a casar e viver durante todos os dias de sua vida terrena, até os seus 96 anos. Lendo o seu livro De Onde Viemos e Para Onde Vamos descobri a lacuna provocada por uma postura omissa e injusta de nossa parte, os araranguaenses.
JORNALECO
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NAS RUAS A PARTIR DE 18/03/2016
ANO 22 • Nº 475 Distribuição gratuita Periodicidade mensal Tiragem: 1.000 exemplares
o título de Cidadão Honorário de Araranguá. Entretanto, muito antes já havia demonstrado o seu amor por esta sua e nossa terra, Araranguá, cujos filhos lhe rendem uma justa, e já saudosa, homenagem. A expressão de sua integração a este chão, o professor provou em seu soneto “Rio Araranguá”, que transcrevemos como nosso sentimento de gratidão perpétua.
O MESTRE NOS DEIXOU. Foram 74 anos de trabalhos dedicados aos filhos desta terra e cujos frutos produzidos pela grandeza de seu conhecimento e em especial por sua sensibilidade, nos foram legados Professor Ayres Koerig (1919-2016): 75 anos de carinhosamente. Araranguá (desde 1941) O Mestre nos deixou, ainda assim, permita-me chamá-lo de RIO ARARANGUÁ SENHOR, grifado com letras maiúsculas, simbolizando o seu exemplar Com suas águas claras e piscoso, sentido de correção e de homem culto. Alimentava toda a ribeirinha, Religioso dedicado, profissional cor- Da qual o povo, sempre esperançoso, reto, esposo, pai, avô e bisavô de com- Fazia do seu leito a sua vinha. portamento humano e familiar a serem O seu caudal era mui perigoso imitados. Porque bem fundo sempre se mantinha. Como religioso, temente a Deus, abraçou sua fé católica, dedicando à O pessoal lançava cauteloso sua Igreja o seu serviço e transmitindo Rede, espinhel, caniço e mesmo linha, os seus conhecimentos desinteressaPara tirar dali o rico alimento. damente aos irmãos de fé. Profissional correto; como professor Hoje se têm um rio adoecido Pela peçonha tóxica lançada não desonrou seu lema de formando, foi um idealista. Como escriturário Às suas águas... Mas o nosso intento cumpriu fielmente as ordens recebidas. É vê-lo novamente despoluído, Como comerciante foi honesto, atento Assim, como o fora antes, e mais nada! aos seus clientes. Na sociedade, cumpriu seu dever de cidadão participativo O Grande Mestre, professor, escritor sem deixar de ser um alegre contador e poeta Ayres Koerig nos deixou. Arade casos e piadas, marca registrada de ranguá e os araranguaenses o cumpriseu espírito leve e alegre. mentam na fé, trazendo para mais próximos de nós a sua história de vida, AYRES KOERIG, ARARANGUAENSE por o seu legado moral e intelectual e opção, tornou-se araranguaense por rogando a Deus para que o receba na adoção em 1º de julho de 2015, quando casa que preparou para ele o Mestre a Câmara de Vereadores concedeu-lhe dos Mestres. z
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H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Grechi, Nilsinho Nunes IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Valdo, Welington
UMA PUBLICAÇÃO
ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.035 Araranguá - SC - Brasil
CADERNO CULTURAL © Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995) FECHAMENTO DESTA EDIÇÃO: 14/03/2016 16h15 Solicite-nos através de jornaleco.ara@gmail.com o recebimento do JORNALECO via e-mail (contendo variações nas amostras, a versão válida será a impressa)
CAPELA CONSTRUÍDA NOS ANOS 1860 / ACERVO FAMÍLIA B.S.CAMPOS
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P. 4, 7, 8
“A REVOLUÇÃO FEDERALISTA ATINGE ARARANGUÁ” por Alexandre Rocha / O DIÁRIO DE BERNARDINO P. 2
As artimanhas de um boêmio voltando para casa depois do baile no Marrecão, e uma das tiradas sarcásticas do Luso no Bar do Crisanto DOIS CAUSOS de Cláudio Gomes / CASOS E CAUSOS P. 4 E 6
ONDE FICAVA O CONVENTO? ○
CONTRACAPA E
Seriam maragatos de fato, em plena ofensiva, ou um grupo debandado de revoltosos afugentados assaltando as pequenas povoações?
ARARANGUÁ, MARÇO DE 2016 • ANO 22 • Nº 475
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Nascido em Palhoça a 5 de abril de 1919, AYRES KOERIG faleceu a 26 de fevereiro, com 96 anos. Em 1941 ele chegou a Araranguá para lecionar no Grupo Escolar David do Amaral. Era casado com Maria da Conceição Mello Koerig, a dona Marieta, desde 1946. Publicou dois livros: Flores de Outono (1999) e De Onde Viemos e Para Onde Vamos (foto, 2007). FEGUIDI1.BLOGSPOT.COM
JORNALECO ○
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POR ALEXANDRE ROCHA, DEPOIS DA FOTO DE PAULO HENRIQUE FREITAS
NA REGIÃO DE ARARANGUÁ há diversas instituições, como hospitais, asilos e colégios, que são administrados por congregações religiosas, principalmente de freiras. Por esta razão, não é de hoje, embora já tenha sido mais comum, podemos observar irmãs em cenas cotidianas, dirigindo elas mesmo suas kombis, ou andando pelas praças, igrejas, procurando coisas no comércio, em filas de bancos, ou mesmo complementando seus estudos em alguma universidade. Paulo Henrique Freitas, professor de Física, apaixonado por música e pela natureza, costuma visitar espaços em que a natureza mostra a sua face generosa. Também vêm de Paulo APOIO CULTURAL
Homenagem ao professor, escritor e poeta Ayres Koerig, falecido em 26 de fevereiro
APOIO CULTURAL
Adeus, Mestre!
Apesar de todos os seus anos vividos e dedicados à nossa Araranguá, o professor não havia recebido o justo e devido reconhecimento por ser um exemplar cidadão desta cidade. Agradeço aos céus por ter podido contribuir a fim de que esta injustiça não se perpetuasse.
HOMENAGEM
algumas excelentes leituras acerca de nossa realidade social e cultural, além de pautas críticas com temas sobre os bens naturais, a flora e a fauna. Num dia comum da primavera de 2015, Paulo estava nas imediações do farol do Morro dos Conventos, quando foi surpreendido por uma cena inusitada. Um pequeno grupo chegava por ali de forma discreta, mas não continha a sua fascinação e curiosidade. Inevitavelmente chamou a atenção, afinal de contas, olhos e mentes sensíveis não deixam passar passivamente diante de si a cena de um grupo feminino com uma indumentária que, embora conhecida, é sempre fascinante, irreverente, inusitada... E bela! Num outro olhar, bem poderia ser considerada exótica a vestimenta de hábito das freiras. E elas estavam ali, afoitas por saciar uma curiosidade quase juvenil, diante da expectativa que lhes fora criada. Mais que rápido, o grupo passou pelo farol e logo se dirigiu para o mirante natural que fica na ponta do morro. Paulo não se conteve e seguiu o que parecia um cortejo sacro em peregrinação. Santa curiosidade lhe contagiou e ele, discreto como muito bem sabem os que o conhecem, muniu-se de seu aparelho – antes, diríamos, de sua máquina fotográfica, e ficou só chuleando, espiando, negaceando o que se passava, como que estando ali, mas não querendo ser notado. Há ainda lá uma pedra e dela tomaram espaço duas das irmãs em equilíbrio físico e deslumbre espiritual... As demais apoiaram-se no que resta de uma proteção. Só meio rosto de uma delas pode ser visto. Nunca conheceremos as outras faces. Que perdure o mistério dos ocultados rostos, cobertos por hábitos ao vento, o vento do topo do morro... Diante da vista encantada, as perguntas vieram à tona: “Onde era, onde ficava, onde seria o convento?”. Para meu caro amigo Paulo, dedico esta ousada e modesta leitura de tua foto. A foto sim, linda, oportuna, rara, única, uma pérola! z
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