Jornaleco 477 maio 2016

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APOIO CULTURAL

TAGS z FLYERS z FOLDERS z CONVITES z PANFLETOS z EMBALAGEM z NOTAS FISCAIS z CARTAZES z CARTÕES DE VISITA z IMPRESSÃO DE LIVROS

Av. XV de Novembro, 1807 - Centro - Araranguá Tel. (48) 3524-5916 graficacasadocarimbo@gmail.com

Neste 18 de maio de 2016 o JORNALECO completa 22 anos de circulação ininterrupta em Araranguá e Balneário Arroio do Silva. São 477 edições somando mais de 3.000 páginas e 644.000 exemplares totais, distribuídos gratuitamente, da “enciclopédia” araranguaense onde nossa gente e sua história são o mote principal. Produzido pela Orion Editora, impresso na Gráfica Casa do Carimbo e patrocinado por empresas e profissionais que valorizam nossas páginas com suas marcas, o JORNALECO tornou-se um importante veículo de cultura em conteúdo, qualidade e comprometimento. Relembre as capas das edições do ano 22, desde junho de 2015.

Uma democracia honesta sobrevive sem justa reflexão? Texto de DOM MOACYR (n.1936, em Araranguá, no então distrito de Turvo) com apresentação de LEONARDO BOFF

hometech@hometech.inf.br Tels. 3524-2525 / 9995-3737 Av. Getúlio Vargas, 930 - Centro VENDAS E ASSISTÊNCIA TÉCNICA

JORNALECO

©

NAS RUAS A PARTIR DE 18/05/2016

ANO 22 • Nº 477 Distribuição gratuita Periodicidade mensal Tiragem: 1.000 exemplares

Dom Moacyr Grechi (Bispo Emérito de Porto Velho. Foi Bispo no Acre e Arcebispo em Porto Velho. ExPresidente Nacional da CPT e militante dos Direitos Humanos) FOTO: Dom Moacyr, em 2012, quando foi premiado por seu trabalho

na defesa dos direitos humanos e na promoção da cidadania e luta pelo ecumenismo. A homenagem foi atribuída pela Seccional Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). https://leonardoboff.wordpress.com/2016/03/25/ (acesso em 05 de maio de 2016)

JORNALECO ARARANGUÁ, MAIO DE 2016 • ANO 22 • Nº 477

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Retirado por falta de pagamento. Nenhum apoio financeiro chegou ao JORNALECO por parte da Prefeitura de Araranguá, no atual governo, através de agência publicitária ou por qualquer outro meio. No início de 2013, o secretário de administração havia confirmado a manutenção do apoio. A seguir, nos enviaram sua logomarca por e-mail. Em reuniões posteriores continuaram confirmando o apoio – daí a caracterizar-se um calote. E o valor era “irrisório”. Se não quisessem ajudar, era só dizer e pronto.

NATIONAL GEOGRAPHIC (NOV. 2010)

sante, cuja origem se perde nos tempos remotos da tradição lusa. Ele é capaz de retratar, com certa fidelidade, nosso conturbado momento presente: “Em tempo de guerra, mentira como terra”. Ao não aceitar o resultado final do processo eleitoral do ano de 2014, grupos políticos distintos deixaram de exercer um papel extremamente útil à sociedade, qual seja, o de construir uma oposição política capaz de propor e de fiscalizar o governo eleito, para se entregar a um espírito pequeno e destruidor da saudável organização social de nossa tenra democracia ainda em construção. Todos somos simples mortais, passíveis de erros, equívocos e de pecados, muitos deles impublicáveis. Isso vale para o campo pessoal, espiritual e social. No frigir dos acontecimentos, a mola propulsora de um maior ou menor avanço de uma nação se pauta na sua capacidade em fortalecer estruturas e marcos jurídicos (pactuados de forma cristã e nos espaços adequados), com vistas à defesa dos reais interesses da sociedade como um todo. Tendo isso como uma das premissas

Os grandes veículos de comunicação não têm se pautado pela verdade e pela transparência. Trabalham em um conluio vergonhoso, com o propósito de alterar a vontade popular consagrada nas urnas em determinado momento. O que os move não é o interesse social, moral ou ético. Estão longe disso. O que os movimenta é justamente a perpetuação da recorrente omissão do Estado frente aos históricos e nefastos processos de corrupção. As pessoas possuem o direito de serem informadas com isenção, tempestividade, responsabilidade ética e moral, mesmo que isso signifique ser politicamente contrário aos pensamentos do dono do veículo de comunicação. A reflexão honesta a ser feita de modo individual, objetivando escolhas a partir de seus valores pessoais deve e precisa estar pautada em informações dignas e as mais isentas possíveis. Sem isso, o processo de escolha do cidadão estará contaminado e a democracia ferida de morte. Independentemente de quaisquer juízos de valores, nos dias de hoje, a qualidade tendenciosa das informações de nossos grandes veículos de comunicação não atende ao interesse do povo simples, honesto, trabalhador e carente de políticas públicas mais includentes.

Problemas com o alcoolismo? Nós podemos ajudar

ALCOÓLICOS ANÔNIMOS REUNIÕES: 2as e 5as feiras, às 20h; dom., às 17h

Próx. à igreja católica, Cidade Alta, Araranguá REUNIÕES: 4as e 6as feiras, às 19h30 Próx. à Câmara de Vereadores, Bal. Arroio do Silva

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Grechi, Nilsinho Nunes IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Valdo, Welington

UMA PUBLICAÇÃO

ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.035 Araranguá - SC - Brasil

CADERNO CULTURAL © Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995) FECHAMENTO DESTA EDIÇÃO: 10/05/2016 19h00 Solicite-nos através de jornaleco.ara@gmail.com o recebimento do JORNALECO via e-mail (contendo variações nas amostras, a versão válida será a impressa)

Vítimas da colisão com vidraças: em três meses 1.000 pássaros, de 89 espécies. Toronto, Canadá.

Lei de proteção em Araranguá APOIO CULTURAL

HÁ UM PROVÉRBIO PORTUGUÊS interes-

básicas para tais reflexões, não deixa de ser preocupante a forma como tem ocorrido o processo de informação no país, produzida de modo parcial e centralizada, de classificação. Como ela (a informação) vem sendo utilizada com o objetivo de consolidar interesses políticos e econômicos de castas historicamente abastadas pela riqueza da nação ou a serviço dela. Em um país, de tamanho continental, nove famílias (Abravanel – SBT, Edir Macedo – Record, Civita – Abril, Frias – Folha, Levy – Gazeta, Marinho – Globo, Mesquita – Estado de SP, Nascimento Brito – Jornal do Brasil, Saad – Band) dominam mais de 70% de todos os veículos de comunicação da sociedade brasileira. Esse é o melhor caminho para o fortalecimento da cidadania? Os referidos dados corroboram, tristemente, algumas das conclusões do Fórum Mundial de Direitos Humanos, acontecido entre os dias 10 e 13 de dezembro de 2013, em Brasília. Naquela oportunidade, Frank La Rue, relator especial da ONU para a liberdade de expressão, destacou: “A concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucos é um grave problema a ser enfrentado pelas sociedades modernas”. Assistimos hoje a um massacre dos grandes veículos de comunicação em prol da derrubada de um governo, com forte vínculo social, pelo fato de as forças conservadoras não aceitarem o distanciamento do poder imposto a eles pelo voto popular. Conforme atestam os juristas com reconhecida credibilidade, não existe fato jurídico capaz de condenar a presidenta eleita. O atual governo está eivado de erros a serem corrigidos (pecados impublicáveis). Não obstante, não é pela quebra da constitucionalidade que se constrói uma democracia mais forte. O nome disso é “golpe”. Como é possível a sociedade aceitar que uma mulher eleita com 54,3 milhões de votos, sem qualquer denúncia formada, seja afastada do cargo sob o comando de um Presidente de Câmara de moralidade questionadíssima, mediante um colegiado de 130 membros, dos quais 34 respondem a ações criminais e administrativas de diferentes envergaduras no STF? APOIO CULTURAL

Dom Moacyr Grechi é um dos bispos mais respeitáveis do país. Foi por muitos anos bispo de Rio Branco-Acre e depois de Porto Velho em Rondônia. Instituiu pela selva afora centenas de comunidades eclesiais de base. Ajudou a formar quadros políticos da mais alta qualidade como, entre outros, Jorge Viana, governador duas vezes e também Tião Viana, atual governador reeleito. Defendeu com risco de vida os direitos dos seringueiros e dos homens da floresta. Inteligente, mesmo na selva vivia lendo os clássicos da teologia e da exegese. Sempre tomou o partido dos mais fracos e com coragem proclamou a verdade não só religiosa, mas também a verdade ética, social e política. Suas intervenções eram e são escutadas com respeito, dado o seu equilíbrio e sensatez. Este seu texto sobre a conjuntura política atual se inscreve neste mesmo espírito. LEONARDO BOFF

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