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As drogas estão indissoluvelmente ligadas às nossas vidas através dos medicamentos em geral, que são benéficos à saúde se usados racionalmente. Mas aqui o objeto são as substâncias psicoativas — remédios psiquiátricos e drogas recreativas ou de abuso (álcool, maconha, cocaína etc.) —, que agem no cérebro alterando as sensações, a percepção e o humor. Não há dose absolutamente segura na administração ou uso dessas drogas (terapêutica e toxidade partem do mesmo ponto), e quando se ultrapassa o consumo regulado ou eventual podem surgir sérios problemas para a pessoa e para a sociedade. Nas últimas décadas, o uso indevido de drogas psicotrópicas agravou-se com a maior
oferta e variedade nos centros urbanos, gerando crimes, doenças e morte como nunca antes. Diante disso, a sociedade tem se organizado para entender o problema e encontrar soluções através de ações nas áreas da saúde, da educação e da segurança. Existem vários cursos e publicações sobre o tema (um ótimo material está disponível em www.unodc.org/documents /lpo-brazil/noticias/2013/09/UNODC_Normas_Internacionais_PREVENCAO_portugues.pdf). Toda campanha busca valorizar os fatores de prevenção e diminuir os fatores de risco, mas só o fato de lembrar as drogas e que elas estão por aí, já incide em risco. A seguir, avaliamos duas questões e antagonismos no discurso dos modelos básicos de prevenção. Elaboração e texto: Ricardo Grechi *
DISCURSO MORALISTA/REPRESSIVO
DISCURSO INFORMATIVO/REDUTOR DE RISCOS
O QUE É DROGA? Droga é um mal. Um caminho sem volta, que acaba sempre em um dos três “c”: clínica, cadeia ou cemitério. PRÓ: Divulgam situações aterrorizantes capaz de assustar as crianças, mantendo-as afastadas das drogas. CONTRA: Ao atribuir um caráter de fruto proibido às drogas, pode estimular a curiosidade dos adolescentes para usar. O discurso se resume a meias verdades, quando desconsidera, por exemplo, o prazer, a diversidade de contextos subjetivos e culturais no uso de drogas e o exemplo de pessoas que usam sem problema. O uso por si só pode causar danos, mas não a dependência, que conta outros fatores . QUEM USA DROGA? Usar droga é coisa de otário. Droga vicia e destrói a vida de quem a usa. Pessoas espertas não usam droga. PRÓ: Com seu lema proibitivista “diga não às drogas”, faz contraponto ao ardil publicitário das cervejarias que associam a bebida somente ao prazer, à interação social, ao sucesso de carinhas famosas, aos esportes — se o ato de beber é um direito e a maioria das pessoas pode fazê-lo sem problema, a propaganda irrestrita de cerveja, por sua vez, é um crime lesa-humanidade que alicia potencialmente as crianças e incentiva abertamente as pessoas a beber mais. CONTRA: O discurso moralista/repressivo pode alimentar mitos e preconceitos, pouco contribuindo para a receptividade dos públicos-alvo à prevenção de ordem secundária (evitar a evolução do uso) e terciária (com dependentes). Muitas pessoas usam drogas eventualmente sem criar problemas. O problema está no uso abusivo (que é uma das maiores causas de acidentes de trânsito) e na dependência (uma das maiores causas de morte). A ideologia moralista compromete os usuários moderados e estigmatiza as pessoas portadoras do transtorno, retirando do centro a doença como caráter fundamental da dependência química, passível de tratamento (e de recuperação, quando o doente admite sua condição e aceita ajuda). Mais emotiva que reflexiva, a ideologia moralista se baseia na morbidade e nos danos sintomáticos, fazendo seu campo de “guerra às drogas” na ponta do iceberg. Por seu apelo dramático, é recorrente em campanhas políticas e institucionais que mais alarmam do que instruem.
O QUE É DROGA? A droga por si só não é boa nem má. Naturais ou sintéticas, quando ingeridas produzem algum efeito no organismo. As drogas psicotrópicas, ou substâncias psicoativas, agem no circuito de recompensa cerebral, interagindo com os neurotransmissores. Existem drogas lícitas (álcool, fumo, medicamentos psiquiátricos) e ilícitas (maconha, ecstasy, cocaína e seus derivados como o crack, etc.). O uso e o efeito das drogas variam muito, mas toda droga tende a produzir relaxamento ou euforia e isso provoca a continuidade do seu uso pelas pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 10% das populações urbanas consome drogas abusivamente. PRÓ: É realista ao expor cientificamente as drogas e sua ação no sistema nervoso central e o porquê de as pessoas sentirem tanta atração pelos seus efeitos. Sem esse conhecimento não se tem como problematizar todos os aspectos da relação da sociedade com as drogas e da drogadição. CONTRA: Depois de conhecer cientificamente o que são drogas e como agem no cérebro, alguém poderá se sentir mais seguro para experimentar ou continuar usando. QUEM USA DROGA? Usar ou não usar é uma escolha individual. A maioria dos adultos já experimentou algum tipo de droga. Desses, a maior parte são usuários esporádicos, com um número inferior de não usuários, de usuários abusivos e de dependentes. A OMS considera a síndrome da dependência química uma doença primária, em si mesma, não como sintoma de outros transtornos, nem própria de determinados tipos de personalidade. PRÓ: Reconhece e diferencia a condição dos usuários, estabelecendo programas preventivos, tratamentos específicos e ações para redução de danos. Diferentemente do modelo moralista, é objetivo e não se detém em estereótipos. Considera que qualquer pessoa, independentemente de sexo, etnia, intelecto, classe social e econômica, depois de entrar em contato com algum tipo de droga, poderá desenvolver a dependência química, que se dá pela interação do ambiente com fatores genéticos (predisposição não diagnosticável). CONTRA: Por seu dote científico e profissional, pode tender ao psicologismo e ao sociologismo, desprezando valores espirituais e programas de recuperação efetivos como A.A. e N.A.
(*) ALUNO DA 4A FASE DE FILOSOFIA - UNISUL / Referências: Livros: Dependência química: prevenção, tratamento e políticas públicas, Artmed, Porto Alegre, 2011; Prevenção do uso de drogas, SENAD, Brasília, 2013; Alcoólicos Anônimos, 4a edição. Cursos: Drogas: saiba como evitar educando para a vida e formando cidadãos, UNESC, 2008; Dependência química: diagnóstico, tratamento e prevenção, por Dr. Luiz Renato Carazzai, Criciúma, 2012.
JORNALECO
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CADERNO CULTURAL
ANO 23 • Nº 478 NAS RUAS A PARTIR DE 18/06/2016 Distribuição gratuita Periodicidade mensal Tiragem: 1.000 exemplares
H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Grechi, Nilsinho Nunes IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas FOTOLITO David PAPEL Toninho IMPRESSÃO Valdo, Welington
Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.035 Araranguá - SC - Brasil
© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866 - prot. 4315/RJ, de 17/07/1995)
FECHAMENTO DESTA EDIÇÃO: 14/06/2016 00h10
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JORNALECO ARARANGUÁ, JUNHO DE 2016 • ANO 23 • Nº 478
Temperaturas mais baixas já registradas em cidades catarinenses 1. Caçador, no Meio-Oeste do estado, com -14ºC no dia 11 de junho de 1952. 2. Canoinhas, no Planalto Norte, com -12ºC no dia 7 de agosto de 1963. 3. Xanxerê, no Oeste, com -11,6ºC no dia 25 de junho de 1945. 4. São Joaquim, no Planalto Serrano, com -10ºC no dia 2 de agosto de 1991. z Urupema, com -8,5ºC em 13 de junho, teve o dia mais frio do Brasil, até então, em 2016. Fonte: ciram.epagri.sc.gov.br (acesso em 13/06/2016)
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A morte do Coronel Apolinário “Às quatro horas da manhã resolvemos conduzir o corpo na cama de vento para a sua casa. Quadro triste como nunca vira outro em minha vida. Todos silenciosos, debaixo de lágrimas, numa procissão noturna, conduzimos nos ombros o corpo inanimado de nosso melhor amigo que poucas horas antes atravessara aquele mesmo percurso, P. 2 alegre, risonho, cheio de vida, entre numerosos amigos, debaixo de vivas e toques de música...”
DESENHO DIGITAL DE ALEXANDRE ROCHA SOBRE RETRATO DE APOLINÁRIO APOIO CULTURAL
DISCURSOS NA PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS: PRÓS E CONTRAS
71 anos de união: 1892-1963 p.5 Coisas de Santa Catarina l p.11 Pedido de casamento l p.8 Piadas do Ayres etc. n p.8 Os ovos do Dr. Martinho n p.6
A marca do seu parceiro de estrada
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1949 (EUA)