Jornaleco 492 setembro 2017

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Neste mês de setembro, a UNOPAR promoverá a “Semana da Responsabilidade Social”, evento que tem realizado todos os anos. Dentro da programação acontecerá, no auditório do Shopping Center, às 22h30 do dia 22, a palestra “Alcoolismo: sua influência na vida pessoal, profissional e social”, com o araranguaense Geverson Ferreira. A palestra é baseada no próprio livro de Geverson: Uma cura possível – a vida além do alcoolismo. A obra tem projeto gráfico da Orion Editora e está em fase de pré-lançamento, podendo ser adquirida pelo telefone 99926-1001, ou pelo e-mail umacurapossivel@gmail.com. Conforme o prólogo de Nelson R. Prohmann, o “texto é surpreendentemente discorrido e acessível. Conduzirá o leitor a uma reflexão pessoal, como se um velho amigo estivesse a lhe confidenciar seus percalços e mazelas.” E como todo drama humano é feito de tragédia e comédia, além da queda e da ascensão do protagonista, há também momentos cômicos. Na sequência, o autor aponta “três pilares” para se libertar da dependência ao álcool: espiritual, psicológico e médico. Mas a “cura” que Geverson prega tem essência espiritualista e não entra em conflito com a incurabilidade da síndrome da dependência definida pela OMS, pois em momento algum ele afirma que um alcoólico poderá recuperar a capacidade de beber controladamente. Geverson Ferreira (foto) , intuitivamente e amparado em seus estudos sobre espiritualidade e outras fontes que cita na obra, desenvolveu a própria consistência de sua sobriedade em que, para se recuperar do alcoolismo, é preciso tornar-se uma pessoa melhor, diferente do alcoólico em atitudes, comportamentos, reações emocionais; um espírito iluminando-se. No livro, o autor narra sua experiência existencial sem hesitação, consciente de que o transtorno alcoólico pode atingir qualquer pessoa e que a sociedade deve sempre buscar soluções e programas preventivos cada vez mais esclarecedores. Para isso, a expressão e o caráter do autor estão presentes na obra para dar uma grande contribuição. (RG) A P O I O C U LT U R A L

MARTA GRECHI

Bem-vinda, menina dos meus olhos, anunciando a primavera! Arrumei meu jardim para enfeitar com sua cor, embelezar com seu sorriso, com brincadeiras, danças de roda e cantigas de ninar! Fiz um portão, deixei aberto, acendi um sol, você cresceu, e a vida a tomou de mim! Ficou o rastro da boneca, ainda no guarda-roupa algumas peças e a promessa de, ao fim de uma década, trazer pro meu quintal, as flores que nasceram de ti. E você à minha volta, com perdão da minha distração e com amor renovado em seu coração! Você cresceu, aqui estou eu, a sua boneca, o seu jardim, o portão e meu peito feito criança e braços abertos, com meu amor, meus enfeites e defeitos, com açúcar e com afeto, pra lhe receber todo dia um pouquinho, com café preto, um docinho qualquer e feliz feito folia pra lhe dar a bênção e colocar a prosa em dia!

Refletindo ARLETE ZANERIPPE

Saudade amor que partiu. – Então por que veio? Autoestima acima de tudo. – O egoísmo é elo de algo? A solidão se faz necessária. – Por que a busca por alguém? Atitude é tudo. – Em que ampulheta ela é solução? Seja feliz sozinho. – Qual a principal causa de suicídio? Usar de liberdade é ser feliz. – Por que buscar culpar outros? Ter preconceito é ser limitado. – Por que tantos pais infelizes? Ensine você. Ajude outros a juntar esses cacos. A eles não misture os seus...

JORNALECO

©

PANFLETO CULTURAL

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H

ANO 24 • Nº 492 • SETEMBRO DE 2017 Periodicidade mensal - Tiragem: 1.000 exemplares Fechamento desta edição: 29/08/2017 10h50

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866, prot.4315/RJ de 17/07/1995)

Av. XV de Novembro, 1807 - Centro - Araranguá Tel. (48) 3524-5916 graficacasadocarimbo@gmail.com

Não projetar na tela os discursos prontos ou toda a erudição da história da arte. Você estaria vendo com olhos alheios, que poderiam induzi-lo a ver coisas de que a obra não fala e deixar de ver a própria obra. É preciso ver com olhos inocentes. Contudo, inocência não significa ignorância, mas ausência de preconceitos. Aprender a ver é desvestir a alma. Cada arte tem sua linguagem. A música fala através do som/ silêncio; a pintura, através de cores, linhas e formas; o cinema, através da imagem-pensamento no tempo. A essa materialidade o artista — usando metáforas, paródias, alegorias — empresta uma transcendência. O resultado é o que chamamos forma artística. Entretanto, não existem regras para se ver um quadro. A linguagem da pintura não se presta a argumentações. A pintura não é um enunciado científico, nem moral. O que não impede, que se preste a tudo isso, mas no sentido de funções secundárias. Não se deve buscar uma única mensagem na pintura, pois a grande obra pode conter várias ou nenhuma. Mais do que denotativos (de conteúdo meramente informativo), os signos da pintura tendem para a conotação (ideias associadas, sugestões ao leitor de uma visão de mundo). É preciso entender que uma pintura pode revelar o inconsciente, seja do

JORNALECO ARARANGUÁ, SETEMBRO DE 2017 • ANO 24 • Nº 492 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA – CORTESIA DOS ANUNCIANTES

Pescadores de Ilhas (70x80; cubismo sintético). Alexandre Rocha, 1996 (+J.484) artista, seja de uma cultura, e que ela brota no limite entre o real e o imaginário. Do mesmo modo, é preciso entender que uma pintura só alcança o universal se estiver fundada no particular. O universal sem o particular é vazio. [Em Pescadores de Ilhas Alexandre Rocha parte de figuras locais apresentando a alma e a lida reconhecíveis em qualquer cultura sensível e atinge uma arte de vanguarda com as decomposições e geometrizações do cubismo].

Por último, entender que arte não é tradução, não é o espelho do artista ou da realidade. É construção e criação de signos novos, doadora de sentido. É uma forma do ser. A arte não dispensa a beleza, mas não pode ser reduzida a ela. A arte não precisa da verdade para existir. Há artistas, porém, que identificam a arte como reveladora da verdade. MARIA JOSÉ JUSTINO em Para Filosofar, Scipione, São Paulo, 1997, p. 212 e 213

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EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Rezende Grechi, Nilson Nunes Filho IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas Nazari Machado PREPARAÇÃO DO FOTOLITO David Machado Fernandes CORTE Toninho Abel IMPRESSÃO Valdo Martins

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Como ler uma pintura

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Um livro que expõe a vida de um alcoólico na ativa e sua posterior busca pela sobriedade

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