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JOSÉ NEI DA ROSA, um dos mais longevos tipógrafos na história de Santa Catarina, faleceu neste 22 de agosto, aos 80 anos. Em 2008, quando entrevistamos o Nei para o JORNALECO nO 300, edição de nosso 14O aniversário, ele somava 56 anos de gráfica e completava 50 anos de casamento com a Nadir. Na GRÁFICA ORION, assumiu a oficina do CORREIO DE ARARANGUÁ na metade dos anos 1960 e foi até o final, em 1975. Depois abriu a GRÁFICA LINCE. Até 1986, Nei dividiu-se entre a gráfica e seu emprego na Prefeitura. Nos últimos anos, foi impressor da GRÁFICA CASA DO CARIMBO , rodando diversas edições do JORNALECO. Ele pararia só em 2012, aos 74 anos de idade e 60 anos de gráfica. RICARDO GRECHI 2008

FALAS DO NEI na entrevista para o JORNALECO em 2008:

Nós brincávamos ali onde hoje é o Colégio Estadual, no tempo do Grupo Velho, eu, o Ferrinho, o Nivaldir. Era pelo começo dos anos 50. Jogávamos muito bolinha-de-vidro, caçávamos de funda, pegávamos senhaçu, rolinha, canário-da-telha, que depois eram tratados a farinha-de-milho na gaiola.”

O Ferrinho foi trabalhar na gráfica do seu Walmarino, que ficava naquela casa que ainda está[va] ali, na XV de Novembro, onde morou o Aurivil Coelho com a família. Já fazia um ano que o Ferrinho trabalhava lá. Eu tinha 14 anos na época e vendia torradinho, e como nós éramos muito amigos, ele me levou pra conversar com o seu Walmarino pra mim trabalhar na gráfica. Eu comecei aprendendo a compor.” Em 1964 eu saí [da Gráfica Orion, onde estava “desde 1960]. O Ernesto comprou a gráfica e passou-a para os fundos da sua casa, do outro lado da avenida. Eu fiquei fora um ano, e depois voltei pra tocar o jornal até maio de 1975. Eu paginava o jornal inteiro. Sempre com a ajuda de um e outro. No fim, eu me dividia como funcionário da Prefeitura e a composição do jornal. Quando eu deixei o jornal, ele acabou.” paginador do Correio de Araranguá “foiOoprimeiro seu Waldomiro. Depois ele saiu e eu continuei.

A P O I O C U LT U R A L

era o Ernesto, e tinha alguns colaboradores. Sempre tinha matéria, às vezes sobrava e nem tudo cabia. Mas quando faltava, a gente dizia pro Ernesto e ele ia lá e escrevia alguma coisa.” MATÉRIA NA PÁGINA 3

JORNALECO

©

PANFLETO CULTURAL

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H

ANO 25 • Nº 504 • SETEMBRO DE 2018 Periodicidade mensal - Tiragem: 1.000 exemplares

Vais pro Mariscão ou pro Avião? O Restaurante Mariscão, da família Panatta, no lado sul do Arroio, fez história. Até os anos 1980, o restaurante, a três quilômetros do centro, praticamente marcava o limite sul da ocupação do balneário, e funcionou à beira-mar até cerca de 2006. Por sua vez, o lado norte, que antigamente se referia “pros Tupamaros”, nos anos 1990 sacramentouse como o lado do “Avião”, que era uma casa híbrida de alvenaria e a fuselagem de um DC-3. Na foto do “Avião”, moradores assistem a 1a Arrancada de Caminhões, em 1987.

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E-MAIL: jornaleco.ara@gmail.com CNPJ 28.000.138/0001-00

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866, prot.4315/RJ de 17/07/1995)

Leia as edições do JORNALECO em https://issuu.com/jornaleco ou www.facebook.com/jornalecoararangua (desde jan.2009) UMA PUBLICAÇÃO

Av. XV de Novembro, 1807 - Centro - Araranguá Tel. (48) 3524-5916 graficacasadocarimbo@gmail.com

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA – CORTESIA DOS ANUNCIANTES

Fechamento desta edição: 28/08/2018 10h30

EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Rezende Grechi, Nilson Nunes Filho IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas Nazari Machado PREPARAÇÃO DO FOTOLITO David Machado Fernandes CORTE Toninho Abel IMPRESSÃO Valdo Martins

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ARARANGUÁ, SETEMBRO DE 2018 • ANO 25 • Nº 504

ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.035 Araranguá-SC Brasil

É permitida a reprodução de nossos textos originais desde que citados devidamente o autor e o JORNALECO como fonte da publicação.

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Nós deixávamos um jornal pronto a cada quinze dias. Eu era o impressor e chapista e alguém me ajudava: o Ari, o Vilson. Depois eu ensinei o Balão a fazer chapa, e ele estava comigo no final. Quem escrevia o jornal

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A história do “Avião“ do Balneário Arroio do Silva

Algum dinheiro evita preocupações; muito dinheiro atrai-as. CONFÚNCIO

pera pelo polo para (diferencial) ideia geleia odisseia estreia epopeia tramoia claraboia estoico asteroide apoio heroico jiboia joia (ditongos abertos éi e ói) feiura maoismo baiuca Sauipe (i e u tônicos) creem enjoo povoo zoo (terminados em êem e ôo)

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CEM ERROS DE PORTUGUÊS - 4 http://www.culturatura.com.br/gramatica/ortografia/erros.htm 26 - Vendeu "uma" grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc. 27 - "Porisso". Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de. 28 - Não viu "qualquer" risco. É nenhum, e não "qualquer", que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão. 29 - A feira "inicia" amanhã. Alguma coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã. 30 - Soube que os homens "feriram-se". O que atrai o pronome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se realizou... O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos presentes se pronunciou. / Quando se falava no assunto... / Como as pessoas lhe haviam dito... / Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro.

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De cima do “Avião”, assistindo a 1 Arrancada de Caminhões, em 1987

Publicado no Jornaleco 206, de 15/06/2004

Dr. Ivan Holsbach MÉDICO PEDIATRA Eletroencefalograma - Mapeamento Cerebral RESP. TÉC.: Dr. Carlos Roberto de Moraes Rego Barros - CRM 3270 RQE 2755

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31 - O peixe tem muito "espinho". Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse tipo: O "fuzil" (fusível) queimou. / Casa "germinada" (geminada), "ciclo" (círculo) vicioso, "cabeçário" (cabeçalho). 32 - Não sabiam "aonde" ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos? 33 - "Obrigado", disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: "Obrigada", disse a moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo. 34 - O governo "interviu". Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, intervim, inter viemos, inter vieram. Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser etc. 35 - Ela era "meia" louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga. 36 - "Fica" você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3ª pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. / Venha pra Caixa você também. / Chegue aqui.

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de um avião, a 1 a Arrancada de Caminhões, no verão de 1987. No verão, a casa era assediada por turistas para bater fotos externas e internas, o que causava alguns transtornos para dona Janete na hora das refeições ou das novelas. Depois de cinco anos como moradia, o avião foi vendido para a Auto Elétrica Caroço, que o transformou em um bar e lanchonete, até virar definitivamente sucata para reciclagem, com seus 3.600 quilos de alumínio pressurizado. No tempo em que moraram no avião, Rogério e sua família poderiam muito bem ter sonhado com as viagens de Saint-Exupéry, e com Richard Bach na “Ponte Para o Infinito”, em “Voos Noturnos”, acreditando que, realmente, “Longe é Um Lugar Que Não Existe”.

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ventos, onde era “os Tupamaros” (uma ocupação invasiva de casebres à beira-mar), definiu a localização da casa híbrida de alvenaria e avião. A casa ficou conhecida como o “Avião”, desbancando os Tupamaros, que havia desaparecido, como referência. Em 1983, o antigo DC-3 da Varig, com o nariz voltado para o sul, foi transformado num barzinho; a asa remanescente, para o mar, na cozinha; o que seria a outra asa, a garagem; no bojo, a sala; na cauda, um quarto de casal e outro de solteiro e, mais ao fundo, já em alvenaria, o banheiro. O avião transformou-se num ponto de referência de localização do tipo: “Vais pro lado do Mariscão ou do Avião?” A família Nicoladelli e alguns amigos seus tiveram o privilégio de assistir, confortavelmente, de cima

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uplemento

PERDERAM O ACENTO

P O R G E T Ú L I O P E P LA U

ogério Nicoladelli nasceu em Turvo, em 1953. Foi casado com Janete Pesseti Nicoladelli, com quem teve os filhos Edeverson, Elisângela e Anderson. Morou no Ermo e em Timbé do Sul, e no Balneário Arroio do Silva, de 1974 a 1997. Como mecânico de máquinas pesadas, é um conhecedor profundo de motores a diesel e tratores de esteira. Em 1981, Rogério foi a Porto Alegre a fim de comprar um trailer; seu objetivo era ter uma casa móvel. Porém, o amigo Ernesto Gregoletto, velho conhecido de um diretor da Varig, o persuadiu a comprar um avião, já fora de uso, para fazer algo “diferente”. No pátio da companhia estava um DC-3, um pioneiro dos ares, que chegou a fazer escala no antigo campo de aviação de Araranguá. Era o famoso “trilhadeira”. O transporte da capital gaúcha para Araranguá foi feito por um caminhão do Vevê da Antarctica. Rogério, nesta época, trabalhava na INQUIL, e o avião ficou no pátio da empresa, na Barranca, por quase dois anos. Num dia de temporal, caiu uma parede sobre o avião, destruindo uma das asas. O pensamento inicial foi de colocar o corpo do avião no centro do Arroio do Silva que, à época, ainda era parte do território araranguaense, para que se transformasse num centro de informação aos turistas. A ideia não foi aceita, e a oferta de Jaime Sandrini, de um lote à disposição na Praia do Lar, loteamento do Manoel Costa, numa área da Marinha, atrás da avenida principal que vai para o Morro dos Con-

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A BANDA

As horas de êxtase nunca são mais do que um minuto. VICTOR HUGO

O LUGAR DOS CAMELOS MAMÃE CAMELO mascava umas folhinhas, tranquilamente, quando, de repente, o bebê camelo a interrompeu: — Mãe, eu posso lhe perguntar umas coisas? — Claro, filhinho! O que está incomodando o meu bebê? — Por que os camelos têm corcova? — Bem... Nós somos animais do deserto. Precisamos das corcovas para reservar água e gordura, e, por isso mesmo, somos conhecidos por sobreviver muito tempo sem água. — Ah! Tá certo, mãe... E por que nossas pernas são tão longas e as patas, arredondadas? — É que assim, meu filho, elas nos permitem caminhar no deserto. Sabe, com essas pernas, podemos nos movimentar pelo deserto melhor que qualquer um — disse a mãe, toda orgulhosa. — E por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando, eles até atrapalham minha visão. — A função dos cílios longos e grossos é servirem de capa protetora para os olhos. Eles ajudam na proteção dos olhos, quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto. — Tá, mãe! Então, a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto; as pernas longas, para caminhar através do deserto, e os cílios, para proteger meus olhos das tempestades de areia. Então, o que estamos fazendo aqui neste zoológico? (CATADA NA NET) OS MELHORES DE TODOS OS TEMPOS estão em um avião, indo para o Rio de Janeiro, onde haveria o jogo do século. Mas ocorre uma pane: a aeromoça avisa que o avião está perdendo altitude por excesso de peso e que será preciso se livrar das bagagens. Lá se vão uniformes, bolas, chuteiras, malas... Instantes mais tarde, a aeromoça volta chorando e diz que vidas terão de ser sacrificadas, para que o avião não caia. Os jogadores, sem escolhas, fazem fila para pular. O primeiro é Roberto Baggio: — Por amor a Itália! — e pula. Depois vai Zidane: — Por amor a França! — e pula. Aí vai Beckenbauer: — Por amor a Alemanha! — e pula. Chega a vez de Pelé: — Por amor ao Brasil! — e empurra o Maradona. (PIADAS DE FUTEBOL, DE NELSON SALDANHA, V&R EDITORA)

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Reuniões 4as e 6as feiras, às 19h30 Próximo à Câmara de Vereadores Balneário Arroio do Silva

O que é feminismo? O que é feminismo? Feminismo é um movimento social e político que tem como objetivo conquistar o acesso a direitos iguais entre homens e mulheres e que existe desde o século XIX. Feminismo não é o contrário de machismo? Não. Enquanto o feminismo busca construir condições de igualdade entre os gêneros, o machismo é o comportamento que coloca o homem em posição de superioridade com relação à mulher. E por que, em vez de feminismo ou machismo, não falamos de humanismo? Porque humanismo é um sistema filosófico de pensamento, não um movimento social ou político. O humanismo se refere à valorização do pensamento e da produção humana, em oposição à ideia de um ser sobrenatural que comanda o mundo. E por que está todo mundo falando de feminismo agora? Por vários motivos. Primeiro, porque já há algum tempo, as redes sociais tornaram possível que grupos de mulheres se encontrassem e falassem sobre como se sentem no mundo em que vivemos, dividindo questões como os assédios nas ruas, relatando estupros, situações de desvalorização no mercado de trabalho etc. Esse novo impulso que o feminismo teve com as redes sociais já mostrou sua força em vários momentos, em especial recentemente quando as mulheres reagiram ao caso MasterChef Junior com a campanha #primeiroassedio.

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E o que rolou nessa campanha? Na internet, homens adultos dirigiram comentários de cunho sexual a uma

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ENTREVISTA E TEXTO: RICARDO GRECHI

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RAFAELA MARQUES (publicado originalmente no site Me Explica?) Fonte: www.cartacapital.com.br/ sociedade/o-que-e-feminismo-2198

menina de 12 anos, participante do programa. Então, milhares de mulheres passaram a relatar publicamente a primeira vez que foram assediadas sexualmente e muitos casos envolviam algum tipo de violência: estupro, pedofilia, constrangimentos. “No Uruguai, depois da legalização, o número de abortos caiu, talvez exatamente porque ao receber apoio, a mulher se sente encorajada a levar a gravidez até o fim” Mas se as mulheres já podem votar, já podem ir para o mercado de trabalho, os direitos já não são iguais? O que mais elas querem? As feministas querem, por exemplo, o fim da violência de gênero – no Brasil, a cada 12 segundos uma mulher é violentada, de acordo com uma pesquisa da Secretaria de Políticas para Mulheres do Governo Federal, a cada 10 minutos, uma mulher é estuprada, de acordo com o Mapa da Violência, e a cada 90 minutos uma mulher é assassinada, de acordo com o IPEA. Todas essas violências estão relacionadas à questão de gênero – são casos que durante muito tempo foram chamados de “passionais”, são casos que acontecem dentro de casa, no seio familiar, e que se diferem da violência que atingem os homens, que morrem por diversos motivos, mas nunca por serem homens. Mais: no Brasil as mulheres ainda ganham em média 30% a menos do que os homens para exercer a mesma função, de acordo com uma pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Mulheres também são maioria no trabalho doméstico, acumulando funções dentro e fora de casa. São as maiores vítimas de assédio sexual no trabalho, normalmente cometido por homens em situação de hierarquia superior. Enfim, por vários motivos, ainda há muito o que conquistar em termos de direitos.

TOURNIER Dr. Everton Hamilton Krás Tournier Graduado e especializado na Universidade Federal de Santa Catarina • Pós-graduado no Instituto Adolfo Lutz de São Paulo • Pós-graduado na Universidade do Sul Catarinense E-mail: tournier@contato.net

Trabalhando em gráfica desde 1952, José Nei da Rosa completou 60 anos no ramo ao se aposentar em 2012, com 74 anos de idade. Agora, em agosto, ele faleceu aos 80

Reuniões 4as feiras, às 20h Sala na Igreja Episcopal, centro - Araranguá

POLÍCIA MILITAR: 190 POLÍCIA RODOVIÁRIA FED.: 191 SAMU: 192 BOMBEIROS: 193 ATENDIMENTO À MULHER: 180

telefones para emergências

Reuniões 3as feiras, às 20h00 Sala na Igreja São Cristóvão - Maracajá

N.A. Narcóticos Anônimos

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EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI

Publicado no J.300 de 18 de maio de 2008 Atualizado para esta edição

Feministas são contra a família, o casamento, e se recusam a ter filhos? Isto não é verdade. É apenas um mito criado em torno da luta dessas mulheres. Feministas são a favor da escolha da mulher, isto é – que a mulher case apenas quando e se quiser casar, que tenha filhos apenas quando e se quiser tê-los e que seja livre para fazer essas escolhas, não sendo julgada se não quiser fazê-las.

pai do Nei casou três vezes. No

primeiro, teve Talita. Casado de O novo, agora com Júlia Teixeira da Rosa, teve Maria Neide, ele (José Nei), Nadir e Palmira. E de um terceiro casamento vieram Lenir, Luci e Leda. Portanto, com suas sete irmãs, Nei, nascido em Araranguá a 29 de agosto de 1938, foi o único varão de Osvaldo da Rosa. José Nei da Rosa, “Camelo” para os amigos e colegas de trabalho, foi um dos mais completos profissionais araranguaenses das artes gráficas e o mais longevo na profissão. Do seu início, em 1952, na gráfica de Walmarino Matos, até parar em 2012, foram 60 anos de atividades gráficas praticamente ininterruptas. O Nei fez tudo o que se pode imaginar dentro das gráficas onde atuou. Chapista, impressor, cortador de papel; picotou, intercalou, grampeou, diagramou jornal, administrou. O primeiro jornal de que ele participou foi a “Folha Sulina”, do advogado Arno Duarte, publicada em meados dos anos 50. Depois, em 1960, ele estava junto do lançamento do “Correio de Araranguá”. No final dos anos 50, Zanoni Espíndola era o arrendatário da gráfica de Afonso Ghizzo, que ficava próximo do que hoje é o novo camelódromo. Zanoni, que era funcionário do Banco Inco, desistiu da gráfica, e o Nei e o Waldomiro, que trabalhavam nela, arrendaram do Afonso. A esta altura a gráfica fora instalada nos fundos do novo Cine Roxy. Em 1960, Wladinir Luz e Ernesto Grechi Filho se interessaram pela gráfica para publicar um jornal em Araranguá. Assim nasceu o jornal “Correio de Araranguá”. Em 1975, Nei, que trabalhava na Prefeitura desde a época do José

Feministas são a favor do aborto? Como foi dito, feministas são a favor da escolha da mulher. Elas não querem que o Estado crie leis para determinar como elas devem agir com relação ao próprio corpo. Isso quer dizer que elas rejeitam a ideia de que o Estado deva proibir o aborto por lei, mas permitir que, em caso de gravidez indesejada, a mulher possa escolher livremente se deseja ou não interromper a gravidez, oferecendo a ela a assistência de saúde necessária para que possa fazer isto em segurança, sem comprometer a própria saúde. Mas e se todo mundo começar a fazer aborto? Onde vamos parar? Feministas não querem que todo mundo comece a fazer aborto. Elas querem que ele seja regulamentado e tratado como uma questão de saúde, não criminal, para que mulheres que se sentem em situação de vulnerabilidade e desejam recorrer ao aborto recebam atendimento psicológico, médico, remédios e acompanhamento de saúde. Países como EUA e França preveem a possibilidade de interrupção da gravidez, e, no Uruguai, depois da legalização, o número de abortos caiu, talvez exatamente porque ao receber apoio, a mulher se sente encorajada a levar a gravidez até o fim, porque sabe que há uma rede de assistência com a qual poderá contar. Depois da legalização, o Uruguai também não registrou mais casos de morte de mulheres durante o aborto – porque essas mulheres deixaram de recorrer a clínicas clandestinas e passaram a contar com atendimento médico. Enquanto isso, a cada dois dias uma brasileira, em geral das classes mais baixas, morre vítima de um aborto mal realizado. z

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SETEMBRO 2018

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Nei – um multi-instrumentista das artes gráficas

Grupos Familiares AL-ANON

A.A. Alcoólicos Anônimos

Rocha (e foi até 1986), deixou a impressão do jornal na Gráfica Orion e montou sua própria gráfica, que instalou na Cidade Alta e tinha como funcionário o sobrinho Gilberto. Depois de um tempo, passou a “Gráfica Lince” ao filho Everaldo, o Balão. Nei nunca mais voltou a administrar, mas permaneceu trabalhando na com o filho até o ano 2000. Em 2012, como impressor de offset, finalmente se aposentou. Trabalhava então na Gráfica Casa do Carimbo, do César Machado, que iniciara na gráfica do Balão. E seguindo a tradição, o filho do Cesinha, Nicolas, vai assumindo a ponta da história iniciada com o Walmarino nos anos 50. Nei também foi músico. Tocou piston na Banda Maestro Serafim Silva. Depois, passou a tocar em conjuntos. Começou no conjunto do Jovino Bateria. E com o Sálvio Amaro. Depois de a banda apresentar-se em festas e eventos, o Sálvio escalava uns músicos e montava um conjunto para animar os bailes. Tocavam baião, samba, rancheira, valsa, bolero.

Nei contou que os bailes sempre corriam tranquilos, com poucos sustos, como certa vez na Cascata. Na hora de tocar a matinê, veio a notícia de que estava pegando fogo no costão da serra e o fogo estava chegando perto dos arredores do salão. O conjunto teve que vir embora para não correr riscos caso a coisa piorasse. Nei lembrava de poucas brigas nos bailes em que tocava. Uma delas foi no Arroio do Silva, entre os serranos que frequentavam o balneário, e o baile teve que parar. Outra briga feia foi no Salão do Marecon. O seu Valdir Serrano, vizinho do salão, surgiu com um facão e fez um escarcéu, batendo de prancha na mesa. Foi preciso um amigo chegado dele, o Salmi Paladini, para acalmar o homem. No salão não ficou ninguém mais além dos músicos. José Nei da Rosa era casado com Nadir Mendes há 60 anos. Tinham os filhos Everaldo, que lhes deu os netos Lucas, Renata e Mariah, e Maria Júlia, que lhes deu os netos z Maurício e Juliana.

ANOS 1960 Nei, pistonista do conjunto do também profissional da área gráfica Edinho, o colega de banda Nivaldir, e Itamar, que também trabalhou em gráfica

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Recuperar-se da dependência química ○

Primeiros passageiros

A diferença entre a necessidade (necessidade = o que não pode ser de outro jeito) de Matar um leão por dia (depender da força de vontade para se manter longe das drogas) fundada no consciente do adicto pelo senso comum e o Viver um dia de cada vez sugerido nos grupos anônimos de mútua-ajuda (em que aceitação e predisposição para um honesto autoconhecer-se com mudança de atitudes conta mais que esforço e fuga) é que a segunda hipótese é a única solução efetiva para a recuperação da dependência como libertação da obsessão pelas drogas e construção de uma nova pessoa, estável e feliz. RICARDO GRECHI *

Há uma regra básica para a efetividade do tratamento e da recuperação da dependência química: o dependente tem que querer se livrar das drogas. Mas isso não invalida as internações compulsórias, aquelas em que o doente é internado contra a vontade ou à força. É uma medida extrema em

Recuperação

Muitos médicos e adictos acreditam que todo dependente, abstêmio ou não, sempre conviverá com o desejo de usar drogas. Mas isso é uma crença retrógrada desde a criação de “Os Doze Passos” pelos Alcoólicos Anônimos que, postos em prática a partir de um grupo base, têm contribuído para a transformação moral e espiritual dos doentes, gerando um estado de melhora nas personalidades que pode livrar os adictos da obsessão (vontade de usar), retirando do centro do problema a droga como um demônio ameaçador. PINTEREST O programa dos anônimos vai além das regras de prevenção a recaída, instituindo a recuperação propriaBasicamente, há duas formas de se mente dita. Na prevenção sugere-se abordar os dependentes químicos: a “fugir” das drogas, evitando pessoas “terrorista”, que ataca moralmente a e ambientes dos tempos da ativa. Essa pessoa: “Veja o que você está fazendo fuga pode ser necessária no início, com a sua vida!”; “Você é um covarde mas não é fundamental na recuperaque não enfrenta a vida de cara limpa”; ção efetiva, transformadora do ser. “Se você continuar assim vai perder A recuperação de fato se inicia com sua namorada/esposa/marido/namora- autoconhecimento – reconhecer a “perdo... sua família... seu emprego... sua sonalidade de adicto” desenvolvida em vida!”. Essa abordagem tem conse- anos de contato com as drogas, admiguido afastar muita gente das drogas. tindo a doença e seu caráter incurável Mas o dependente químico que se (a incapacidade de controlar o consuabstém por medo e vergonha, viverá mo). A partir daí a pessoa passa a modiem precária sobriedade emocional e ficar suas reações emocionais e atituexistencial, vítima da vontade latente des, tornando-se mais humilde e feliz de usar drogas, que o manterá sempre com a vida. E nessa nova pessoa não a um passo da recaída. despontará a vontade de usar drogas. z

Alcoólicos Anônimos é uma irmandade mundial de mais de 2 milhões de homens e mulheres alcoólicos, unidos a fim de resolver seus problemas comuns e de ajudar seus irmãos sofredores na recuperação daquela velha e desconcertante enfermidade, o alcoolismo. Para ser membro de A.A. basta o desejo de parar de beber. Não há necessidade de pagar taxas; somos autossuficientes graças às nossas próprias contribuições. A.A. conta com um acervo de livros, livretos e folhetos que descrevem o funcionamento da irmandade, seu programa de recuperação, suas Tradições e seu histórico. Aborda não somente os meios necessários indispensáveis à recuperação de alcoólicos como também fornece, ao público e aos profissionais ligados à área do alcoolismo, os subsídios inerentes à irmandade como um todo. O livro dos “Doze Passos” de Alcoólicos Anônimos apresenta uma visão clara dos princípios através dos quais os seus membros se recuperam. Os doze passos consistem em um grupo de princípios – espirituais em sua natureza – que, se praticados como um modo de vida, podem expulsar a obsessão pela bebida e permitir que o sofredor se torne íntegro, feliz e útil. (Divulgação de A.A.)

Abordagens

(*) ALUNO DA 5A FASE DE FILOSOFIA - UNISUL / Referências: Livros: Dependência química: prevenção, tratamento e políticas públicas, Artmed, Porto Alegre, 2011; Prevenção do uso de drogas, SENAD, Brasília, 2013; Alcoólicos Anônimos, 4a edição. Cursos: Drogas: saiba como evitar educando para a vida e formando cidadãos, UNESC, 2008; Dependência química: diagnóstico, tratamento e prevenção, por Dr. Luiz Renato Carazzai, Criciúma, 2012. APOIO CULTURAL

PROBLEMAS COM O ÁLCOOL? A.A. PODE AJUDAR

F O R M AT U R A S E A S S E S S O R I A w w w. a m f o r m a t u r a s . n e t ARARANGUÁ Av. XV de Novembro, 1790 - Centro - Tel. (48) 3522-0356 CRICIÚMA Av. Universitária, 230 - Sta. Augusta - Tel (48) 99627-5838 TUBARÃO Rua Martinho Ghizzo, 375 - Dehon - Tel. (48) 3622-0822 r e c e p cao @ a m f o r m a t u r a s . n e t

ARARANGUÁ: próximo à Igreja Sagrada Família, Cidade Alta Reuniões 2as e 5as às 20h e domingos às 17h BALNEÁRIO ARROIO DO SILVA: próximo à Câmara dos Vereadores Reuniões 4as e 6as às 19h30

relembrando o NEGO BONI DIZEM QUE as derrotas também são aprendizado. Prefiro aprender ganhando. SUBIR AO PÓDIO todos podem. Ter uma razão para estar lá é que é diferente. DA SABEDORIA Para mim a tua sabedoria será a janela para que eu conheça o mundo por outro ângulo. SAUDADES Não vivo de recordações, vivo às vezes com saudade. PELO EXISTIR Vivo pelo prazer do que posso fazer. Não do que posso ser.

Caminhar conversando atrapalha? MUITO PELO CONTRÁRIO. Aliás, conseguir falar normalmente é um dos sinais que indica que você está mantendo a faixa de batimentos cardíacos ideal para a queima de gordura. Se começar a ficar ofegante, diminua o ritmo. (BOA FORMA)

INTERNET

Instituidor / Arlete Zanerippe No silêncio veja você Reflete pureza angelical Faz da caneta o pincel Olhar na busca do fazer Tela do mundo sem cor Apenas bem no lamaçal Belo príncipe sem corcel Com seus atos de amor!

O QUE É SENTIMENTO DE INFERIORIDADE? É a perda psicológica da superioridade ou valor pessoal. Percepção de que se é inferior aos outros em algum aspecto: físico, intelectual ou social. Quando a pessoa tem consciência plena de que se sente inferior, e manifesta comportamentos neuróticos para se compensar, chamamos a isso de complexo de inferioridade. Adler sustenta ser comum as pessoas criarem comportamentos, os mais diversos possíveis, para se compensarem de suas inferioridades reais ou imaginárias. (ANTÔNIO XAVIER TELES. Psicologia Moderna. Ática, 20a edição, p. 233)

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APOIO CULTURAL

Querendo e não querendo

A outra abordagem, isenta de julgamento moral, enfatiza a recuperação e a doença em si, não se limitando à sua sintomática. Esse é o modo dos grupos de mútua-ajuda como A.A. e N.A.

SETEMBRO 2018

Clínicas e comunidades terapêuticas para dependentes químicos não fazem milagre. Na realidade, o que elas fazem é afastar e proteger os adictos de suas drogas preferidas, oferecendo soluções e práticas para a reabilitação, e assistência médica para as manifestações da síndrome da abstinência. A maioria dos internos chega às clínicas e CTs por imposição da família ou por ordem judicial. Por isso, sua disposição para empenhar-se em um tratamento geralmente é pouca. Além do que, sem uma noção clara e definida por parte das instituições e de seus agentes médicos quanto à administração e retirada de psicofármacos nos tratamentos, os internos medicados (especificamente os sem comorbidade) dificilmente alcançam um estado de lucidez satisfatório para que possam perceber a realidade do seu problema e aderir à recuperação propriamente dita, de ação pessoal responsável e transformadora. Ou seja, continuam drogados, atrelados à psiquê de adicto. O que tem gerado uma espécie de ciranda...

que decorrem certos riscos e assusta algumas pessoas, mas que tem resguardado a vida de muita gente e a integridade de famílias. A experiência demonstra que praticamente a totalidade dos adictos internados compulsoriamente, a princípio revoltados, após alguns dias ou semanas de isolamento, passa a admitir o caráter emergencial da internação a que fora submetido e até agradecem às pessoas e à família por tê-la feito.

JORNALECO 504

Lucidez sem milagre

A primeira viagem comercial de avião no Brasil aconteceu em 3 de fevereiro de 1927. Roteiro: Porto AlegrePelotas-Rio Grande. O Dornier Wall era um hidroavião com dois motores Rolls Royce, potência de 360 cavalos. Esse bimotor atingia uma velocidade máxima de 180 km/s e podia levar até nove passageiros. A viagem foi feita sob a responsabilidade do Condor Sindicato, que três meses mais tarde viria a se transformar na Varig, a primeira empresa aérea do Brasil. (Souza Cruz: Oitenta Anos de Brasil)

arquivo da alma

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Diretor WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Gerente HERVALINO CAMPOS Tipógrafos WALDEMIRO, FERRINHO, NEI etc. Impressão: GRÁFICA LIDER (LIDO) (ORION) de 1960 a 1975 Redação e oficina: Av. Getúlio Vargas, 158-170, em frente ao Cine Roxy

“A maior fonte de felicidade que há na vida é saber que alguém nos ama; que nos ama pelo que somos, ou, melhor, que nos ama apesar do que somos” VICTOR HUGO (1802-1885) ○

F A CRÔNICA DOS ANOS 60 F ANO VI - SETEMBRO DE 1965

5 animais gigantes que habitaram o Brasil há milhares de anos

As chuvas continuam Há quase um mês que vem chovendo no Sul. A região sulina do estado do Rio Grande do Sul tem sido castigada por precipitações pluviais violentas, causando grandes enchentes nos rios, com prejuízos incalculáveis. Embora tenha sido registrada uma rápida trégua, continua o tempo nublado, frio e chuvoso. Foi o maior período de chuvas registrado no extremo sul do país até a presente data. CA 129 19/09/1965 NJ: Na coluna anterior, no JORNALECO 503, reproduzimos os registros do CORREIO DE A RARANGUÁ sobre “A mais violenta enchente dos últimos tempos registrada em Araranguá”, ocorrida em agosto de 1965. Outra nota, no CA nº 127, de 22/08/1965, informava: “BARRANCA SUBMERGIDA O arrabalde da Barranca, com as pesadas chuvas caídas nestes últimos dias, tem sofrido os horrores de suas consequências. Famílias inteiras desabrigadas estão sendo socorridas. Os trens suspenderam o tráfego. A água chegou a atingir o leito da estrada federal, interrompendo a passagem de veículos. Todo o sul do país está sendo atingido por fortes chuvas, ocasionando prejuízos incalculáveis”.

https://NOVAESCOLA.org.br/conteudo/225/5-animais-gigantes-que-habitaram-o-brasil-ha-milhares-de-anos

Tigre-dentes-de-sabre (à esquerda) e preguiça-gigante (Crédito: Rodolfo Nogueira/ Megafauna)

Xenorinotério (Xenorhinotherium bahiensis) DIMENSÕES: até 2,5 metros de comprimento e 2,5 metros de altura. PESO: até 800 quilos. ESPÉCIES DE PARENTESCO PRÓXIMO: não há registros de parentes da mesma família deste

Da esquerda para a direita: xenorinotério, gliptodonte e mastodonte (Crédito: Rodolfo Nogueira/ Megafauna)

Gliptodonte (Glyptodon clavipes) DIMENSÕES: até 2 metros de comprimento (incluindo a cauda) e 1,2 metros de altura. PESO: até 800 quilos. ESPÉCIES DE PARENTESCO PRÓXIMO: tatus, preguiças arborícolas (que vivem em árvores) e tamanduás. ONDE HABITAVA: região que compreende desde o estado do Sergipe até o sul da Argentina, na Patagônia. EM QUE ÉPOCA EXISTIU: 5 mil anos atrás (com base nos fósseis mais recentes). Mastodonte (Stegomastodon waringi) DIMENSÕES: até 5 metros de comprimento e 2,5 metros de altura. PESO: até 3,5 mil quilos. ESPÉCIES DE PARENTESCO PRÓXIMO: mamutes (também extintos) e elefantes asiáticos. ONDE HABITAVA: região central do Brasil, entre os estados da Bahia e do Paraná. EM QUE ÉPOCA EXISTIU: 10 mil anos atrás (com base nos fósseis mais recentes). Fonte: Site Nova Escola, texto de Aurélio Amaral

Larápios agem na cidade Há certas épocas do ano propícias aos larápios para agir na cidade. Ou é em pleno inverno, ou pleno verão. Geralmente, nas épocas de veraneio, costumam aportar por aqui indivíduos suspeitos, acompanhantes de parques, circos etc. Quase sempre tais visitas são seguidas de arrombamentos, assaltos e golpes. Isso também acontece no inverno, depois das chuvaradas. Até parece que são trazidos pelas enxurradas. A Relojoaria Omega, na Rodoviária, em dias passados, sofreu arrombamento, sofrendo prejuízos calculados em mais de dois milhões de cruzeiros. CA 129 19/09/1965

SETEMBRO 2018

Preguiça-gigante (Eremotherium laurilardi) DIMENSÕES: até 6 metros de comprimento e 4 metros de altura. PESO: até 4 mil quilos. ESPÉCIES DE PARENTESCO PRÓXIMO: tatus, preguiças arborícolas (que vivem em árvores) e tamanduás. ONDE HABITAVA: foram encontrados fósseis em praticamente todo o território brasileiro, com maior concentração na região onde hoje é o estado da Bahia. EM QUE ÉPOCA EXISTIU: 9,7 mil anos atrás (com base nos fósseis mais recentes).

mamífero quadrúpede antes ou depois de sua passagem pela Terra. ONDE HABITAVA: Bahia e Minas Gerais. EM QUE ÉPOCA EXISTIU: 4 mil anos atrás (com base nos fósseis mais recentes).

JORNALECO 504

Tigre-dentes-de-sabre (Smilodon populator) DIMENSÕES: até 2,5 metros de comprimento e 1,5 metros de altura. PESO: até 350 quilos. ESPÉCIES DE PARENTESCO PRÓXIMO: tigres. ONDE HABITAVA: todo o território brasileiro. EM QUE ÉPOCA EXISTIU: 4 mil anos atrás (com base nos fósseis mais recentes).

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APOIO CULTURAL

j LOGOTIPO CRIADO POR C. E. GUASCO (ESTREOU NA EDIÇÃO 169 DE 16/04/1968 E FOI USADO ATÉ O FINAL)

CN

Captação da imagem do Canal 12, TV Gaúcha Estão sendo feitas experiências para a captação da imagem do Canal 12, TV Gaúcha, no sul do estado de Santa Catarina. Criciúma, através dos sindicatos carvoeiros tomará a iniciativa, com o auxílio das firmas revendedoras de aparelhos e outros interessados. Assim sendo, tudo indica que brevemente, além do Canal 5, TV Piratini, teremos também o Canal 12. CA 128 05/09/1965 NJ: O CA nº 139, de 30/04/1966, registra: “Para surpresa dos telespectadores da cidade, a TV Gaúcha, inesperadamente, entrou rachando nos televisores. Boa imagem e som magnífico”.

CASA NENA CANOAS / RS

ARARANGUÁ / SC


JOÃO BATISTA DE SOUZA

O pouco que sei de Dona Beta

Mitos e fatos dos “bons tempos” de antanho

BAILE “NOITE DAS DEBUTANTES”

jÁ estou nos meus setenta e três anos de vida. Bem vivida. Será?

BALNEÁRIO ARROIO DO SILVA DISK ENTREGA

Matriz: 3526-1339 Filial: 3526-1112

UCCA - União Clube Cidade Alta Araranguá SC – 8 de setembro de 1973

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ANA MARIA PATEL

ANGELA MARIA FARIAS

Claudio Patel e Olivia Patel

Santilino Farias e Maria José Farias

DENISE ROBERTA MACIEL

ELIANE APARECIDA DA SILVA

HELOISA HELENA BACHA

HERMELINDA MOTTA HAHN

José Roberto Maciel e Joanilde B. Maciel

Dante R. da Silva e Floripes Veck da Silva

Abelardo Bacha e Olga De Lucca Bacha

Valdemar Hahn e Vanilda M. Hahn

JANE OLINDA SIMOM

MARIA ESTELA MAGAGNIN

MARIA DO ROCIO GRECHI

MARILUCE COSTA GONÇALVES

Antonio Simom e Célia Canella Simon

Tranquilo Magagnin e Laura Casagrande Magagnin Ernesto Grechi Fo e Neda Gomes Grechi

Armando Gonçalves e Rita Costa Gonçalves

MIRELA NICOLAZZI

NELMA ELITA COSTA

NEREIDA ROCHA DE SOUZA

NILCÉIA T. MATTOS PEREIRA

Ronald Nicolazzi e Altair Nicolazzi

Luiz Jovelino Costa e Altelina Vitor Costa

Enerino A. de Souza e Ida Rocha de Souza Nicomedes Pereira Mendes e Nilza M. Pereira

BAILE DE DEBUTANTES 1973 UNIÃO CLUBE CIDADE ALTA PATRONESSES Dinoraide de Souza Pereira Iolanda Pereira Rabello Maria Almeida Costa DIRETORIA DO UCCA Pres.: Alôncio Búrigo Naspolini Vice Pres.: José Bertoncini 1º Secr.: Nelci Vieira 2º Secr.: Enio Oriques 1º Tes.: Gregório Jorge De Bem NILVA JACIRA OLIVEIRA GARCIA OLINDINA FERNANDES MARIA OLINDA CANELA Joloy João Garcia e Corina de Oliveira Garcia Otávio Fernandes e Zaida Fernandes Erlindo e Maria da Conceição Canela 2º Tes.: Amilton Tournier

SETEMBRO 2018

Às vezes ouço dos meus contemporâneos: “Tempos bons… Aqueles!” Comia-se de tudo: salame, morcilha, toucinho, queijos gordos, carnes gordas; as banhas que sobravam das frituras eram espalhadas por cima dos “pirões” d’água ou do feijão. Empanturravam-se de doces. No café da manhã e à tarde: farofa de banana (frita, não: cozida na banha de porco) com açúcar e canela; batata-doce frita, com bastante açúcar; melado pra passar no pão. Era uma doçura. O próprio café vinha embebido no açúcar. “Amarga, basta a minha vida!”. Ninguém sabia o que era prazo de validade. Não havia geladeiras, comiase toucinho e banha já “rancentos”, carne esverdeada, ovos tirados direto dos galinheiros, sem assepsia alguma. Salmonela? Que é isso? Se a comida não “caía bem no estamo”, um bom gole de pinga resolvia. Andava-se descalço; bicho-de-pé, “canevão” ou espinho… Faca neles! Nem era preciso desinfetar a lâmina. Se o indivíduo andava meio doente: fraco das pernas, inchado, amarelo, “barriga de bicha”, uma boa reza da curandeira deixava tudo nas mãos de Deus. Mas havia algumas preocupações: Pra que tomar tantos banhos? De repente o cristão sai na “friagem” e pode pegar uma “boa duma malina”. Se precisasse de umas madeiras pra queimar ou fazer tábuas, derrubava-se um trecho da mata atrás de casa, afinal, árvore é que não faltava. Muitas vezes derrubava-se até com o incentivo das autoridades, pois as vilas precisavam crescer... Caçar. Ah! Caçar. Matavam-se macacos, veados-galheiro, bugios… Até onças pequenas e aves de todos os tipos. A água para uso doméstico ou de beber… Poço ou a sanga que atravessava o terreno perto de casa. Para as viagens: ir à praia, futebol, e até comícios políticos, utilizavamse os velhos e nem tão bons caminhões; todos de pé nas carrocerias apinhadas de adultos e crianças. As crianças começavam a fumar cigarro e tomar cachaça o mais cedo possível. Não que a maioria dos pais permitisse: fumava-se clandestinamente (iniciei nessa maravilha, acreditem, aos sete anos de idade pelas mãos de nossa vizinha, como compensação por ir comprar-lhe fumo nas bodegas). Mas criança “não” bebia cachaça pura, “só” canelinha, uma mistura deliciosa de canela, açúcar e cana, ou “rabo de galo”, mistura de chocolate, açúcar e cachaça. Nas rodas de bate-papo, tarde da noite, em bodegas ou bares, com as desejáveis misturas de álcool, tabaco, conversas ou piadas picantes, lá estávamos nós, a criançada. Era uma maravilha. Aquilo que era viver! Será?… A mortandade infantil era medonha; vivia-se bem menos que hoje (crianças e adultos); as doenças grassavam; o analfabetismo era imenso; a escassez imperava; o povo vivia meio abrutalhado. Hoje, ressentimos a falta das aves e seus cantos. As florestas que refrescavam o clima, com suas sombras, nos mandando brisas agradáveis, sumiram. Os animais selvagens não existem mais. A água escasseou. Quem disse que antigamente é que era bom? Eu, hein!

JORNALECO 504

APOIO CULTURAL

NO trabalho novo, Dona Beta é a presença de minhas esperanças pelos corredores do mundo. Sei que chega às 9h, em ponto, e vem de longe (uma variável constante). No ônibus “cata-corno” do Arroio – quase uma lata de sardinha, regida pelos pescadores do Morro dos Conventos, arrogantes usam caminhão pra pescar. Essas raridades de Araranguá como as paradisíacas calçadas de grama pela Coloninha. O espírito, de Dona Beta, é bem adjetivado no uso formal da palavra faceiro. Pouco utilizada em outras regiões brasileiras. Trata todo mundo pelo nome – acena quando chega, abraça quando vai. Uns prometem baile de gala nas quermesses de junho, outros juram casamento com a Dona. Sem que saibam observo os movimentos da mulher – fortes e seguros. Às 9h15 o café já serve os preguiçosos e preguiçosas do Instituto, me serve as utopias, as seguranças de deitar confortável. Livro-me, aos poucos, de associar as pessoas aos objetos e ferramentas, já que fui varrido de casa pelo mundo, mas tenho os privilégios de esbarrar com as Betas que me abraçam com carinho e perguntam se tenho dormido bem. Saúde (à classe média que propõe as mudanças sem saber o nome dos porteiros) Pública!

É uma noite de Festa! É uma noite de gala!

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APOIO CULTURAL

QUINCAS AVELINO

NERI DUZ CRO/SC 1544

CIRURGIÃO-DENTISTA Especialista em Implantodontia

Fone (48) 3522-0106 Rua Caetano Lummertz, 41 Sala 01 - Centro Araranguá - SC

z REABILITAÇÃO COM IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS z CLÍNICO GERAL


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