JORNALECO
H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H
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ANO 25 • Nº 505 • OUTUBRO DE 2018 Periodicidade mensal - Tiragem: 1.000 exemplares Fechamento desta edição: 23/09/2018 19h20 E-MAIL: jornaleco.ara@gmail.com CNPJ 28.000.138/0001-00
PANFLETO CULTURAL
EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Rezende Grechi, Nilson Nunes Filho IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas Nazari Machado PREPARAÇÃO DO FOTOLITO David Machado Fernandes CORTE Toninho Abel IMPRESSÃO Valdo Martins
© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866, prot.4315/RJ de 17/07/1995)
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UMA PUBLICAÇÃO
ORION EDITORA
Av. XV de Novembro, 1807 - Centro - Araranguá Tel. (48) 3524-5916 graficacasadocarimbo@gmail.com
Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.035 Araranguá-SC Brasil
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA – CORTESIA DOS ANUNCIANTES
Da VIDA do mais famoso mendigo de Araranguá e ‘Da MORTE’ l capa
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Campolino, o nosso tipo popular crônica do DR. LOURIVAL VAZ correio de araranguá N 12 - 11 de setembro de 1960 o
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UEM passa pelo Café Brasil de nossa cidade encontra, na esquina, um tipo magro, esquálido, calçando tamancos, pele encarquilhada, olhos vivos e com seu característico cavanhaque. Atende pelo nome de Campolino. Humilde, calmo, sereno e, acima de tudo, educado. A polícia local lhe ofereceu um atestado de pobreza para ser exibido ao transeunte, no ataque à esmola. Mas, com o tempo, de tanto tirar e botar no bolso, o tal atestado ficou amarelo, a tinta desbotou, o papel rasgou. Toda cidade, vila ou lugarejo tem o seu tipo popular. Conheci em Curitiba a famosa Maria Pelanca. Em Florianópolis, a Capitoa. Em Urussanga, o Vidoto, e aqui o nosso simpático Campolino. Dizem que nunca trabalhou. Mas diz ele que já serviu ao Governo durante três meses, e que com a eleição deste ou daquele candidato, vai pleitear a sua aposentadoria. Campolino pisa de leve, seus pés mal tocam o chão, dado a sensibilidade.
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Sempre está com os pés inchados. Certa vez, isto pela chegada de Momo, disseram-me que Campolino dançava boi-de-mamão. Dançava, cantava e dava pulos como um atleta. Confesso que não acreditei. Eram dez horas da noite, e isto na véspera de Momo, quando vieram me dizer que Campolino estava em seu apogeu. Eu já havia me deitado, mas a minha curiosidade forçou-me a deixar a cama e ir ao encontro do que me diziam. Não podia acreditar que Campolino, o homem dos pés doloridos, dançava em adoração ao boi-de-mamão. Saí da cama e me dirigi para o acontecimento. Era na Urussanguinha. Lá chegando, ouvi de longe o batuque, o choro da sanfona e o grande coro: “Levanta meu boi, meu boi é malhado...”. Dentre as vozes destaquei uma fina, aguda e bem harmoniosa. O seu eco ia longe, atravessando ruas, que faziam seu diapasão simpático. O que vi, para mim, foi de uma surpresa geral. O nosso tipo popular Campolino dançava, cantava, e seus olhos, fechados, se embriagavam com a melodia da farra. Campolino dava saltos como uma gazela; seus requebros de rumba faziam lembrar Ninon Sevilla; seus braços e olhos muito me fizeram lembrar a graça inconfundível da saudosa Carmem Miranda. Ao me aproximar da festa pagã, Campolino me viu. Ruborizou-se, fechou-se em copas, não teve
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ARARANGUÁ / SC
Da MORTE do mais famoso mendigo de Araranguá e ‘Da VIDA’ l p. 12
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mais graça. E assim voltei para casa, ainda com a grande e sonora décima em homenagem ao boi. Quando cheguei aqui em Araranguá, em 17 de agosto de 1953, num rigoroso inverno, conheci Campolino encostado no Café Brasil: magrinho como sempre, com seus olhos vivos como duas contas. Fazia frio, chovia muito, e o vento implacável açoitava a cidade e a todos nós. Passei, pediu-me um “ajutórinho”. Nada dei. Mas, no dia seguinte, apanhei um terno marrom e uma camisa de lã grená, fazendo um pacote. Levei ao Campolino, de presente. Os meses passaram, os anos passaram, os invernos passaram, mas nunca o vi usando o que tinha lhe dado. Certa vez, encontrando-o, interpeli-o sobre a roupa. A resposta foi esta: “Dotô, a roupa eu vendi! Pois se eu a vestisse, ninguém me daria um só tostão”. Fiquei aborrecido, mas logo me refiz do atrevimento e disse comigo: “É verdade! Ele tem razão. Pobre bem vestido deixa de ser pobre”. Foi esta a filosofia do Campolino. Por isso, o velho refrão nos diz: “A roupa faz o homem e o homem faz a roupa”. Campolino, como sempre, desfila em nossa cidade: esfarrapado, pele encarquilhada, cintura de bailarino, pés inchados mal tocando o chão. Pois quando chegar o boi-de-mamão, aí sim, tem mais: seus pulos de gazela o fazem o homem mais feliz do mundo! z
CASA NENA CANOAS / RS
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ARARANGUÁ, OUTUBRO DE 2018 • ANO 25 • Nº 505
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Morreu Campolino João Faria crônica de ERNESTO GRECHI FILHO
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F correio de araranguá No 154 - 22 de abril de 1967 F
ALECEU, inesperadamente, nesta cidade, no Hospital Bom Pastor, o senhor Campolino João Faria. Seu sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal, com grande acompanhamento. Campolino João Faria. O mendigo Campolino. Pobre, maltrapilho, por longos anos ostentou o título de indivíduo mais popular. Percorria a cidade todos os dias, pedindo. Esmolava aqui e acolá. Às vezes, Campolino se dava ao luxo de fazer a praça de Criciúma. Mendigo bom, chato como todos os mendigos, Campolino cativava a simpatia de todos. Para ele tanto fazia receber o troquinho ou não. Sempre tinha um “Deus lhe ajude” de reserva. E um sorriso nos lábios. Seu ar era triste. Bem ensaiado. Seu semblante lembrava a humildade de um capuchinho. Campolino usava também cavanhaque. Acometido de um mal súbito, sem a cidade ter conhecimento, Campolino fora recolhido ao hospital. Fez uma surpresa. Morreu. Morava numa choupana de palha. De chão batido. E no centro
da choupana deitaram Campolino. Alguém se condoeu da sua miséria. Vestiu-lhe um bom traje. Campolino até que ficou bonito. Parecia adormecido. Esquecido da miséria. Descansando das lutas que travara quando vivo para manter a vida. A morte lhe fora como um prêmio. Equiparou-se àqueles que têm dinheiro. E posição. Compraram-lhe, também, um caixão de 120 cruzeiros novos. Caixão com tampa à prova de terra. Desses que os grã-finos usam. Mas o que mais impressionou foi o seu enterro. Gente. Muita gente levou o Campolino até a sua última morada. Um desfile de carros. E dois ônibus superlotados. Lá se foi o Campolino. Pelo menos uma vez na vida sentiu-se importante. Foi quando se encontrou com a morte. Assim morreu Campolino João Faria. Naturalmente, deve ter entrado diretamente
no Céu. A pobreza e a humildade em que viveu Campolino na Terra, não temos dúvida, deve ter sido um cheque ao portador para gozar os favores do Além. (Ilustração: Alexandre Rocha, 1998)
casa e construção
COPISO A mais completa
Tel. (48) 3524-7797 Av. Sete de Setembro, 2520 - Vila São José (esquina com a rua Amaro José Pereira)
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A P O I O C U LT U R A L
O CLUBE QUE FAZ PARTE DA NOSSA HISTÓRIA Av. XV de Novembro, 2030 - Centro - Tel. (48) 3522-0447 gremiofronteira.com.br facebook.com/gremiofronteiraclube
Uma esfera de desilusões
As ‘fake news’ de antigamente uer ver como tudo o que acontece hoje também acontecia Q antigamente? Você sabe o que quer dizer fake news? Pois é.
bons tempos, aqueles em que se podia dormir
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de janela aberta, conversar nas esquinas da cidade a qualquer hora do dia ou da noite sem ser importunado e sem temer nada, em que os pais permitiam a seus filhos saírem sabendo que retornariam sem quaisquer riscos. Esses tempos se foram. E não retornarão. Exceto por um abalo sísmico que a tudo transforme. Pois aqueles tempos nos aguçam a memória no Araranguá. O velho jardim guardado pelo seu Doca, em cujos canteiros de grama bem cuidada nós, moleques, jogávamos bola praticamente o dia inteiro (escorraçados de quando em vez por seu Doca, mas voltávamos sempre). No armazém do seu Luiz Wendhausen, na esquina da praça com a rua Rui Barbosa (beirario) – e já nem lembro se o nome é mesmo Rui Barbosa daquela rua –, consumíamos camarão salgadinho e pré-cozido que ele expunha na frente do armazém em sacos de aniagem. Inexistia esse negócio de saúde pública. Ali ficavam os camarões expostos às intempéries e jamais soube de alguém morrer ou adoecer por causa disso. O entregador de compras era o Nadico, irmão do Lulu e do Nego Beto, este último meu amigo de escola na época. Mais tarde, acentuei amizade com o Lulu e com o Nadico, pois ambos jogavam no Grêmio Araranguaense e eu era também um dos aprendizes de jogador. Belos tempos, belas vidas. Bons tempos em que, parece-me hoje, o sol brilhava mais, o ar servia melhor, a vida refulgia como um diamante rutilante. Nada tínhamos e, no entanto, tínhamos tudo. Hoje, temos tudo à disposição e, no entanto, nada temos. Tudo é artificial. Ou quase tudo. Saudades de quando, para falar por telefone com Criciúma, por exemplo, ou qualquer outra cidade, pedia-se a ligação na telefônica, ao lado do Hotel Imperial e entre este e a loja de bicicletas do Elane Garcia pela manhã e, se tivesse sorte, conseguiria falar à tarde ou no outro dia. Fosse um assunto urgente mesmo, melhor seria tomar o trem na Barranca, ir a Criciúma e retornar. O tempo era menor. E se convivia com isso sem maiores sobressaltos. Essas lembranças machucam um pouco, ante a desilusão da transformação do mundo em uma esfera artificial por excelência. Uma bolha de falsidades materiais e humanas. Infelizmente.
Quer dizer boatos, desses que enchem a internet. E internet, sabe o que é? Vamos lá: Internet é um sistema global de redes de computadores interligadas que utilizam um conjunto próprio de protocolos (Internet Protocol Suite ou TCP/IP) com o propósito de servir progressivamente usuários no mundo inteiro. Comprido, né? Culpa da Wikipédia. Internet é, nada mais, nada menos, do que computadores interligados no mundo inteiro. Antigamente havia internet? Claro que não! E fake news? Ô, se existia! Boatos, no meu tempo de criança, era o que não faltava. Como não havia muitos meios de o povo se ocupar, como acontece hoje com televisão, celular, computador…, e ainda não havia os tais dos “politicamente corretos”, então o jeito era mesmo cuidar da vida alheia da maneira mais direta — uma forma popular de se praticar o colunismo social. Também, convenhamos: tem gente, tanto hoje como antigamente, que até merecia, e merece, mesmo, ser tripudiado nas “redes sociais”, ou, como era antigamente, nas rodas de amigos ou de fofoqueiros. Sabe do fulano? Pois é! Dizem que… Coitado! Mas às vezes não era bem assim. Dizia um cunhado meu lá do interior de Santa Catarina: — O povo é assim mesmo, vê uma vez e já conta por certo! Pudera! Sempre existiu gente esquisita. Lembra daquele dono de terras miserável, mas tão miserável que não comia ovo para não jogar a casca fora? Quase nenhum peão conseguia trabalhar para ele. Quando alguém se apresentava para lavrar suas terras, ia logo perguntando: — Consegue mijar enquanto segura o cabo do arado? Não raras vezes, ao vender ovos na vizinhança, entregava somente onze, mas cobrava uma dúzia. Se alguém notasse e reclamasse, vinha pronta resposta: — Um ovo contém duas gemas, o que tu vais fazer com uma casca de ovo? Mas ninguém consegue ganhar todas. O “mão de vaca” até que tentou ensinar seu burro de carga a trabalhar no pesado sem precisar comer. No primeiro dia, diminuiu a porção costumeira da ração. No segundo… No terceiro… E assim, todo dia, diminuía o volume de ração para o pobre do asno ir se acostumando. Quando o bicho se acostumou com as agruras da fome... morreu! Também, contavam as “más línguas” que, certo dia, o avarento contratou um peão para capinar sua roça de mandioca. Ao meiodia, quando foi ver a roça, lá estava o caboclo escorado no cabo da enxada, quase nada capinado. Resposta: — Não dá de trabalhar, patrão! Estou com muita fome, e sabe como é: saco vazio não para em pé. A contragosto, o sovina levou o “home” para casa, mandou darem bastante comida pra ele. À noite, a mesma cena. Caboclo “dando de mamar” ao cabo de enxada. Capinar que era bom… Nada. Resposta: — Não dá, patrão. Comi demais, e sabe como é: saco cheio não se dobra.
Dr. Ivan Holsbach MÉDICO PEDIATRA Eletroencefalograma - Mapeamento Cerebral RESP. TÉC.: Dr. Carlos Roberto de Moraes Rego Barros - CRM 3270 RQE 2755
Av. Engenheiro Mesquita, 361 - Centro - Fone: 48 3524-1380
CREMESC 2390
Fone (48) 3524-2483 Av. Engenheiro Mesquita, 371 - Araranguá SC
Viver é bom. Viver intensamente é melhor. Viver intensamente a dois é melhor ainda. MAX EASTMAN
S S
A BANDA
A consciência é o melhor livro que nós possuímos e o que mais devemos consultar. uplemento PASCAL
USO DOS PORQUÊS
Rir é o melhor remédio
Por que: PERGUNTA Por que foi embora? Porque: RESPOSTA Porque choveu. Por quê: FIM DA FRASE Atrasaram por quê? Porquê: SUBSTANTIVO Você sabe o porquê disso.
CEM ERROS DE PORTUGUÊS - 5 http://www.culturatura.com.br/gramatica/ortografia/erros.htm 37 - A questão não tem nada "haver" com você. A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você. 38 - A corrida custa 5 "real". A moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais. 39 - Vou "emprestar" dele. Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas. 40 - Foi "taxado" de ladrão. Tachar é que significa acusar de: Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano.* 41 - Ele foi um dos que "chegou" antes. Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que sempre vibravam com a vitória. 42 - "Cerca de 18" pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de 20 pessoas o saudaram. 43 - Ministro nega que "é" negligente. Negar que introduz subjuntivo, assim como embora e talvez: Ministro nega que seja negligente. / O jogador negou que tivesse cometido a falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora tente negar, vai deixar a empresa. 44 - Tinha "chego" atrasado. "Chego" não existe. O certo: Tinha chegado atrasado. 45 - Tons "pastéis" predominam. Nome de cor, quando expresso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas. 46 - Lute pelo "meio-ambiente". Meio ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto de vista, mala direta, pronta entrega, etc. Observe algumas formas corretas: mão de obra, matéria-prima, infraestrutura, primeira-dama, valerefeição, meio de campo ou meio-campo. (*) NJ: Algumas fontes ampliam o significado de taxar aproximando-o de tachar como “resultado de um julgamento” ou consideração (Aurélio Eletrônico, 1999; Caldas Aulete, 1964).
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APOIO CULTURAL
João Batista de Souza
JORNALECO 505 OUTUBRO 2018
ADERBAL MACHADO
Amor, você é... – Amor, você é o meu vício! – Tá me chamando de droga? – Amor, você é o meu mundo! – Tá me chamando de redonda? – Amor você é a minha vida! – Tá me chamando de bosta?
Antes da refeição A professora de Joãozinho pergunta: – Joãozinho, na sua casa você ora antes de comer? Joãozinho responde: – Não, a minha mãe cozinha muito bem...
Sequestro da esposa Ligaram para um homem às três da manhã dizendo que tinham sequestrado a esposa dele e se ele não pagasse R$ 10 mil eles a matariam. Ele respondeu: – Amigo, são três horas da madrugada, estou muito cansado e ela está dormindo aqui do meu lado. Mas me liga de manhã, que o negócio me interessa.
O exterminador de baratas Joãozinho chega todo feliz à casa e vai logo contar ao seu pai a sua última descoberta “científica”. – Pai, eu acabei de inventar uma fórmula infalível pra matar barata. – E como é que funciona, filho? – É muito simples. Você pega sal, um copo de pinga, um palito e uma pedra. Coloca em fila formando uma sequência. Primeiro, a barata vai comer o sal pensando que é açúcar, ficará com sede e vai beber a pinga pensando que é água, daí fica bêbada, tropeça no palito e bate a cabeça na pedra e morre! É tiro e queda!
Dupla personalidade Diz o doutor para o paciente: – Então qual é o seu problema? – Acho que sofro de dupla personalidade. – Então vamos nos sentar os quatro e discutir o assunto...
Remédio do matuto O matuto foi ao médico, e o doutor lhe receitou: – Tome esse remédio e se sentirá melhor. Depois de uma semana, o paciente voltou com os mesmos sintomas. O médico questiona: – Mas você tomou o remédio que eu lhe receitei? – Impossível, doutor! No vidro dizia: “Conserve fechado”.
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Grupos Familiares AL-ANON
A.A. Alcoólicos Anônimos as
Reuniões 2 e 5 f., 20h - dom., 17h Próximo à Igreja Sagrada Família Cidade Alta - Araranguá
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Reuniões 4as e 6as feiras, às 19h30 Próximo à Câmara de Vereadores Balneário Arroio do Silva
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EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI
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“Diga não às drogas”
7 passos para relaxar a mente e o corpo
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CULTIVE AMIZADES Valorize as relações, seja comprometido com as amizades, demonstre e acolha o carinho, fique sensível às trocas afetivas e sempre esteja aberto a aprender novos
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DESCANSE APÓS O ALMOÇO Tente encontrar um meio de se deitar de costas após o almoço e mantenha a respiração regular. Vá, aos poucos, relaxando cada segmento do corpo, um de cada vez. Desde os músculos da face, descendo para o tronco, membros, pés. Mantenha a mente calma e o corpo oxigenado. s O que você ganha: Nada melhor do que dar à digestão um pouquinho de paz para trabalhar. Relaxar após o almoço ajuda o corpo a manter o correto metabolismo para aquele momento do dia, evitando que se produzam substâncias, tais como a adrenalina, em quantidades excessivas. ESTIMULE O CONTATO COM O CHÃO Deite-se no chão e deixe o peso de todas as partes do seu corpo ceder. Braço, pernas, cabeça, tronco, tudo deve simplesmente ceder. A partir daí, passe a rolar livremente, com mínimo esforço, esparramando seu peso nos movimentos, tentando não contrair nada. s O que você ganha: Esse exercício está ligado à entrega. Afinal, entregar-se é algo muito relaxante, tal qual acontece quando se está nos braços de uma mãe, de uma pessoa amada. Quando você se larga, literalmente, nesses rolamentos, o relaxamento ocorre em músculo por músculo. Quando você vai para o chão, sente o acolhimento que a terra dá. Além disso, a união de mobilização e entrega proporciona um relaxamento tão profundo quanto poucas coisas podem ser. Se puder, deite nos braços da pessoa amada, sem vergonha ou medo de ser carente. Esse é o exercício mais relaxante de todos. VALORIZE O SENSO DE HUMOR Pense, aja, coloque-se diante das pessoas com humor. Mas humor respeitoso. Brinque com algumas situações da vida sem destituí-las da seriedade e importância que possuem. Não leve a vida tão a ferro e fogo, deguste-a e celebre-a.
TOURNIER Dr. Everton Hamilton Krás Tournier Graduado e especializado na Universidade Federal de Santa Catarina • Pós-graduado no Instituto Adolfo Lutz de São Paulo • Pós-graduado na Universidade do Sul Catarinense E-mail: tournier@contato.net
“A porta de entrada das drogas” RELATIVO
s O que você ganha: Quando a situação está difícil, o humor ajuda a pessoa a tomar certa distância do problema e a dar uma respirada enquanto o momento ainda é complicado. Nessas ocasiões, o senso de humor possibilita recarregar as energias e, ao distanciar-se do problema, ver a situação de outro modo. Além disso, o senso de humor aumenta o clima de camaradagem entre as pessoas que convivem num determinado ambiente e torna a atmosfera mais agradável. Mas, mesmo fora das crises, o senso de humor cumpre importante papel e proporciona mais relaxamento à vida. Há adultos que são duros e travados. É preciso manter o lado criança sempre. TENHA INTERESSES DIVERSOS Identifique atividades, áreas, formas de lazer, projetos, enfim, situações que lhe despertem interesse e que sejam variadas. Invista nessas atividades, reserve tempo para elas, aprenda a dividir o espaço das suas tarefas obrigatórias com as de seu interesse, dando importância e reconhecendo o papel delas em sua vida. s O que você ganha: Ter interesses diversos ajuda a passar por momentos críticos em áreas que estão problemáticas num determinado momento. O investimento de energia em atividades diversas garante que você não se tornará refém de problemas num pedaço específico da vida. Afinal, há mais aspectos importantes no seu dia a dia do que somente um. E, certamente, muitas outras partes da sua vida estarão melhores do que a que está em crise, permitindo que você possa direcionar sua energia para horizontes alternativos. E, no caso do lazer, que pode compor uma das partes de seus interesses variados. VivaSaúde (edição 63). Ver os consultores no original em http://revistavivasaude.uol.com.br/bem-estar
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“Meu vício é praticar esportes” ARTIFICIAL
“A vontade nunca passa” “É preciso matar um leão por dia” MITOS
“Tornou-se alcoólatra por uma desilusão amorosa” ROMANTISMO
“Usar droga é coisa de otário”
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PRECONCEITO
ELABORAÇÃO E TEXTO: RICARDO GRECHI *
Pregar, simplesmente, que se “diga não às drogas” não mudará a atitude do jovem curioso disposto a provar drogas (a cerveja das propagandas, por exemplo). E o dependente também não fará muito caso, pois a síndrome da dependência supõe a incapacidade de se dizer não às drogas. Campanhas do tipo “diga não” são boas para se distribuir camisetas. O iniciante vai afirmar que diz não quando quer, e o dependente na ativa não consegue dizer não quando precisa.
Alguns taxam a maconha de “porta de entrada” para o mundo das drogas, referindo-se, nesse caso, ao consumo de outras drogas ilícitas mais contundentes. Mas, na prática, a “porta de entrada” para o mundo das drogas é a droga mais acessível ao usuário. Em nossa sociedade, a droga mais acessível é o álcool, que é facilmente encontrado em casas de família. Assim, admitindo o espírito do enunciado, desconfio que a cerveja sem álcool esteja aí para ser essa tal porta. Também alguns médicos, com seus psicofármacos, têm sido porteiros para o tal mundo. Futebol e musculação idiotizam, internet e videogame idiotizam, e também matemática, política, religião, sexo, chocolate. Tudo pelo qual tomamos afeição excessiva idiotiza, isto é, qualquer evento ou substância pode ser o gatilho de um comportamento obsessivo. Então tudo pode ser tóxico, até os esportes. O lugar das drogas na vida das pessoas é artificial, não requer que o ocupemos com outro “vício”, ou que o alternemos com novos subterfúgios. A libertação das drogas é para um projeto de vida plena que não se consolida perpetuando artifícios.
“Quando for dormir, pensarei nela; e, quando acordar, lembrarei”, dizia no filme a personagem que havia largado das drogas. E de um incauto psicólogo ouvi que “é próprio do alcoólatra sempre ter vontade de beber”. Isso só alimenta a crença de que o dependente em recuperação está condenado a sofrer, pela vida afora, por “não poder” mais usar drogas, e lhe nega a possibilidade de uma sobriedade agradável, livre de “matar um leão por dia” para se manter “limpo”. A grande sacada das irmandades de anônimos é justamente o libertar-se da obsessão, o que se dá com mudanças de atitude, quando o adicto trabalha sua personalidade alterada pelo tempo de drogadição, indo além das ações preventivas e da luta direta contra o seu objeto de obsessão, elevandoo a um estado de não desejo de usar. Mas um abstêmio, que ainda vivencia o não uso como um sacrifício, vê a perda do “gosto pela droga” como uma castração, preferindo manter a crença de que a vontade permanece. A maioria não percebe esse sutilíssimo ardil do inconsciente do adicto, de não querer perder o “gosto” pelas drogas (como um padre que, assumindo a castidade, não se desfaria da genitália para o caso de uma eventual mudança de hábito).
A Organização Mundial da Saúde considera a dependência química uma doença primária (CID-10), o que desqualifica o viés moral e a repressão na abordagem ao dependente, mas também não o isenta da responsabilidade de se tratar. O fator que melhor explica o desenvolvimento da doença é a predisposição, que só é diagnosticável após o contato do indivíduo com o agente deflagrador (considera-se que duas a cada dez pessoas poderão desenvolver a dependência). Muito se têm romantizado, atribuindo razões dramáticas, culturais ou sociais para a dependência crônica: bebe por desilusão amorosa, ou porque é famoso, ou porque é miserável etc. Situações existenciais podem justificar episódios, mas não definem a síndrome da dependência química, que ocorre por uma interação genética e ambiental no uso de substâncias psicoativas. Com a progressão do uso de drogas, manifestando a tolerância (aumento das doses) e a síndrome de abstinência (passar mal pela falta da droga), revela-se o quadro do transtorno. Ser ou não ser dependente de drogas não é uma escolha, e ninguém começa a usar drogas intencionando tornar-se um dependente. Experimentar drogas é sempre um risco, uma roleta-russa em que participam os espertos e os “otários”, todos apostando que sairão ilesos.
(*) ALUNO DA 5A FASE DE FILOSOFIA - UNISUL / Referências: Livros: Dependência química: prevenção, tratamento e políticas públicas, Artmed, Porto Alegre, 2011; Prevenção do uso de drogas, SENAD, Brasília, 2013; Alcoólicos Anônimos, 4a edição. Cursos: Drogas: saiba como evitar educando para a vida e formando cidadãos, UNESC, 2008; Dependência química: diagnóstico, tratamento e prevenção, por Dr. Luiz Renato Carazzai, Criciúma, 2012.
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APOIO CULTURAL
PROLONGUE A RESPIRAÇÃO Respire fundo várias vezes ao dia. Você pode marcar um conjunto de 10 respirações profundas a cada vez. Ao acordar, antes de fazer determinados trabalhos, após cumpri-los, em momentos de ansiedade ou tensão, antes de dormir. Todas essas ocasiões são boas oportunidades de lembrar-se do exercício de respiração. s O que você ganha: Prolongar a respiração tem efeito imediato e intenso no relaxamento muscular. Se tivermos muita pressão sobre nós, acabamos ficando com a respiração mais curta. Quando se acaba de realizar algo, normalmente damos aquele suspiro de “ufa”. Pode-se simular esse suspiro mesmo em momentos de tensão, pois, na hora em que soltamos o ar, o músculo já relaxa naturalmente. Além do relaxamento muscular, a respiração profunda diminui os giros mentais e acalma a frequência cardíaca.
SIMPLISTA
caminhos e a propor o mesmo às pessoas queridas. s O que você ganha: Estar perto de amigos é uma das coisas mais relaxantes que pode existir. Além disso, o sentimento de singularidade que se tem ao se perceber importante para aquelas pessoas aumenta a autoestima.
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CONTRAIA E RELAXE Muitas vezes, acumulamos tensões sem perceber. Uma das maneiras de controlar isso é percorrer o caminho entre tensão e relaxamento providencialmente. Escolha uma parte do corpo e a contraia por um segundo. Depois solte essa musculatura durante 3 segundos. Para começar, faça isso com sua mão, apertando-a e soltando-a logo em seguida. Sempre relaxe durante um tempo três vezes maior do que contraiu. Faça isso, por exemplo, quando estiver no trânsito, relaxando as costas enquanto o braço está ocupado, e exercite essa técnica em diversas ocasiões, concentrando tensão apenas nas partes do corpo que estão sendo usadas. s O que você ganha: O domínio do trajeto que vai da tensão ao relaxamento. Ao tomar as rédeas desse processo e se acostumar a intervir nele, você não fica mais preso a tensões desnecessárias, deixando que apenas os feixes musculares em uso tenham a devida contração, sem penalizar os demais.
COMENTÁRIO
A sociedade nunca teve acesso a tanta informação sobre drogas e dependência química como nos dias de hoje. Mas o senso comum ainda alimenta preconceitos e mitos no conteúdo das campanhas. Aqui analisaremos velhas ideias, indicando outras soluções.
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SOLO DO EDITOR RICARDO GRECHI
Se você está impressionado com as acusações de corrupção e imoralidades entre os candidatos, fazendo-o crer que ninguém presta na política, sugere-se o seguinte: VOTE NO MENOS PIOR. O jogo político não é uma gincana amistosa, é uma guerra onde o que há de mais torpe no ser humano se manifesta na luta pelo poder. Por isso, às vezes, é preciso jogar com as armas da tirania para defender a liberdade e a justiça social. Para entender melhor a arena política, deveríamos estudar as obras lapidares da filosofia e da ciência políticas, da ética e da economia. Mas como a maioria de nós não tem tempo ou disposição para mergulhar em assuntos tão complexos, usemos então a intuição, o que, na verdade, em tudo, deve ser o crivo último de nossas decisões. Consideremos os candidatos que fizeram alguma coisa relevante em sua vida pública (se estreante, avaliemos seu voluntariado e serviço social, além da conduta profissional). Desprezemos os que nada ou quase nada fizeram. Para medir isso, use sua memória de cidadão ou cidadã, ou faça uma pesquisa. Uma inteligência honesta não tem como errar. A partir da admissão do que lhe pareça menos pior é que as coisas poderão melhorar. Mas é preciso retidão de espírito para julgar e escolher, ou a sua intuição será uma farsa preconceituosa e mesquinha. Um eleitor que age com indolência ou por despeito, vaidade ou soberba, é coautor das desgraças que bandidos e fascistas travestidos de político, que ele ajuda a eleger, causam ao povo e à nação.
Conheça a Bíblia O Levítico, no cap. 20, condena à morte gays, esposas e maridos adúlteros, mulheres e homens que copularem com animais e os animais envolvidos; no cap. 21, proíbe sacerdotes de cortar a barba e o cabelo. O Deuteronômio, no cap. 21, manda levar dependentes químicos à praça e apedrejá-los até a morte; no cap. 23, proíbe homens castrados de frequentar reuniões cultuais. Coisas estranhas, não? Parece, mas não tanto quando se considera o contexto histórico e cultural em que foram escritas. No mesmo cap. 23, o Deuteronômio traz essa pérola de anúncio cristão: “Não entregarás ao senhor o escravo fugitivo que se refugiar em sua casa. Ficará contigo no meio dos teus, no lugar que escolher, numa de tuas cidades onde bem lhe convier. Não o incomodes”. E o Levítico, no cap. 19, vers. 18, antecipa o mais caro ensinamento de Jesus: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, citado literalmente em Mateus na parábola do jovem rico, e desenvolvido no cap. 5, 39-47 e em Lucas 6, 27-36. Estranho mesmo é quando a gente seleciona na Bíblia o que nos pareça conveniente para afirmar nosso ódio e intolerância. z
F O R M AT U R A S E A S S E S S O R I A w w w. a m f o r m a t u r a s . n e t ARARANGUÁ Av. XV de Novembro, 1790 - Centro - Tel. (48) 3522-0356 CRICIÚMA Av. Universitária, 230 - Sta. Augusta - Tel (48) 99627-5838 TUBARÃO Rua Martinho Ghizzo, 375 - Dehon - Tel. (48) 3622-0822 r e c e p cao @ a m f o r m a t u r a s . n e t
CARRETO Amar é mudar a alma de casa.
O MILAGRE Dias maravilhosos em que os jornais vêm cheios de poesia... e do lábio do amigo brotam palavras de eterno encanto... Dias mágicos... em que os burgueses espiam, através das vidraças dos escritórios, a graça gratuita das nuvens...
EPÍLOGO Não, o melhor é não falares, não explicares coisa alguma. Tudo agora está suspenso. Nada aguenta mais nada. E sabe Deus o que é que desencadeia as catástrofes, o que é que derruba um castelo de cartas! Não se sabe... Umas vezes passa uma avalanche e não morre uma mosca... Outras vezes senta uma mosca e desaba uma cidade. Poesias (1961)
Mario Quintana Arlete Zanerippe
Loucura escravidão Algemas de certezas Encerrei nesta prisão Pavor medos tristezas
Quero falar de amor Sincero verdadeiro A mim mesmo expor Me fizera prisioneiro
Pequena existência Anulara a obrigação Olhar com coerência A certeza sem razão
Sujeição
Você sabia? Os mergulhadores sentam na borda do barco e se jogam de costas, porque se eles se jogarem para frente vão cair dentro do barco. Você sabia? Mesmo após mais de cem anos do seu naufrágio, o Titanic ainda conserva suas piscinas cheias de água. Você sabia? Um jogador de tênis, mesmo descalço, ainda é um jogador de tênis. Você sabia? Um homem que salta de paraquedas pode voar por alguns minutos. Um homem que salta sem paraquedas pode voar até o fim de sua vida. Você sabia? Mesmo quando o chuveiro só tem as posições “inverno” e “verão” também é possível tomar banho em outras estações, como outono e primavera. Você sabia? A pasta de amendoim é feita de amendoim, mas a pasta de dente não é feita de dentes. Você sabia? Para escapar do ataque de um tubarão, basta subir em uma árvore. Você sabia? Aniversários fazem bem para a saúde. Estudos recentes mostraram que pessoas que fazem mais aniversários vivem mais. Você sabia? Existem mais aviões no fundo do mar do que submarinos no céu.
10 dicas inúteis úteis 1º Você não é completamente inútil... ao menos serve de mau exemplo. 2º Se você não é parte da solução, é parte do problema. 3º Errar é humano, mas achar em quem colocar a culpa é mais humano ainda. 4º O importante não é saber, mas ter o telefone de quem sabe. 5º Quem sabe, sabe. Quem não sabe é chefe! 6º É bom deixar a bebida. Só tente se lembrar onde. 7º Existe um mundo melhor, mas é caríssimo. 8º Trabalhar nunca matou ninguém, mas... pra que se arriscar? 9º Há duas palavras que abrem muitas portas: PUXE e EMPURRE. 10º Não leve a vida tão a sério, afinal você não sairá vivo dela. WARNER BROS.
O QUE É AGRESSIVIDADE? Qualidade do temperamento ou mecanismo de defesa do eu, que se caracteriza pelo modo destrutivo de reação. Há íntima ligação entre agressão e frustração. As energias da agressão são as mesmas que se mobilizam para a obtenção de um objetivo. Havendo, contudo, uma barreira (humana ou física, dentro ou fora do indivíduo) que o impede de alcançá-lo. Desta maneira, as energias se voltam contra a barreira.
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(ANTÔNIO XAVIER TELES. Psicologia Moderna. Ática, 20a edição, p. 226)
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A regra de ouro do eleitor
Gosto de escrever, mas não escrevo muito, que eu passo mais tempo lendo do que escrevendo, como acontece com a maioria das pessoas que apreciam as letras. E não possuo textos inacabados ou engavetados, a não ser ideias antigas que sempre me desafiam, e outras que vão e vem com as estações mentais. Certas coisas que eu gostaria de escrever alguém já escreveu muito bem e estão por aí, em lugares aonde a intuição tem me levado buscar e de onde os bons ventos espirituais sempre têm me trazido, revelando-se na sabedoria dos mestres e na arte dos poetas aquilo que todos virtualmente já temos dentro de nós. Na verdade, escrever é sempre um desafio para mim. Se for um texto qualquer, uma exposição simples, faço sem problema. Mas quando me domina uma ideia complexa e me empenho a projetála no papel, inicia-se uma luta interior angustiante – e prazerosa, à medida que evolui – com as palavras: às vezes elas se entregam, perfeitas; outras, se ocultam, preciosas; às vezes surgem imprecisas no contexto até que se deslumbre a palavra exata para fundir-se ao enunciado ou ao verso. À medida em que construo o texto, a ideia pode perder-se ou revelar-se imatura, carente de maior reflexão e diálogo com outros discursos e leituras. Aí eu a abandono. Mas se a ideia, ou o sentimento e a imagem, com sua carga de inefabilidade, flui para o texto, realizando-se como expressão escrita, então sinto-me vitorioso. Porém, consciente de que o crivo do tempo haverá de me fazer dispensar, reescrever, ou sustentar com satisfação o que exprimi e de tal forma. (RG)
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É como a relação do dependente químico com as drogas. A cegueira de Gollum pelo anel. Meu pai sofreu disso nos anos 1960 com a propaganda da intervenção militar. Ideias reducionistas da realidade e racionalização da ignorância e de preconceitos dominaram seu espírito. Como os dependentes químicos, também recorria a discursos falaciosos e empolados para justificar-se. Mas libertou-se disso, tempos depois, com a frustração da esperança depositada no governo militar e a reabertura à democracia nos anos 1980. Afinal, era um homem inteligente que desejava um Brasil melhor. Ernesto e seus contemporâneos, nos anos da ditadura militar, não tinham acesso à informação como se tem hoje em dia para avaliar os cenários e ampliar o discernimento. Por isso, a defesa do fascismo atualmente revela doses maiores de ignorância passiva e desonestidade intelectual. Com seus erros e acertos, meu pai foi uma das pessoas que mais admirei. Um grande amigo com quem aprendi algumas coisas fundamentais na minha vida, culminando com a redenção do sujeito político nos últimos anos em que caminhamos e crescemos juntos.
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Diretor WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Gerente HERVALINO CAMPOS Tipógrafos WALDEMIRO, FERRINHO, NEI etc. Impressão: GRÁFICA LIDER (LIDO) (ORION) de 1960 a 1975 Redação e oficina: Av. Getúlio Vargas, 158-170, em frente ao Cine Roxy
VIDA FUTURA REVISTA DE ESTUDOS E PROPAGANDA ORGAM DO GRUPO ESPIRITA SANTO ANTONIO DE PADUA
2 de 1 rte Pa cação, e como acertada medida que muito aproveitaria ao estado de saúde do médium falante, nosso irmão Abílio Gomes, mesmo para que não se esgote tão rapidamente a fonte fluídica de sua faculdade — que esse médium só deveria, dessa data em diante, comparecer a 3 sessões mensais. Declarou que nesse médium atuariam os mentores, e que novo médium surgiria dentre os irmãos do grupo, em que se manifestariam os sofredores. Realmente assim sucedeu, pois na sessão do dia 26 do mesmo mês, brota espontaneamente, e quase com surpresa geral, na irmã Rosa Vieira, a mediunidade de incorporação, tendo desde 1º de maio a que referi-me linhas acima, o médium Abílio atuado só por nossos bondosos guias que, com palavras paternais, doutrina-nos em longas orações repassadas de belos conceitos morais e significativo fundo filosófico, enquanto que na médium Rosa manifestam-se infelizes irmãos sofredores que recebem inspiradas doutrinas, retirando-se assaz aliviados. Assim é que recebemos doutrinas de Irmãos Elevados, e aliviamos o sofrimento dos infelizes que são trazidos às sessões por nossos guias a fim de serem doutrinados por nós segundo os preceitos e ensinamentos do Espiritismo em seus três aspectos: moral, filosofia e ciência. Com grata surpresa recebemos, na sessão de 6 de março, belíssima comunicação do Elevado Espírito de Bezerra de Menezes (...). Na sessão de 27 de abril, subiu de ponto nossa surpresa, ouvindo um Elevado Espírito que disse ter sido o padre Manoel Bernardes (...). Comunicou-se conosco, na sessão de 17 de fevereiro, o adiantado Espírito de
j LOGOTIPO CRIADO POR C. E. GUASCO (ESTREOU NA EDIÇÃO 169 DE 16/04/1968 E FOI USADO ATÉ O FINAL)
ACERVO: BIBLIOTECA PÚBLICA DE SANTA CATARINA
F A CRÔNICA DOS ANOS 60 F
Araranguá (Estado de Santa Catharina) Outubro de 1915 - Anno IV - N. 10
[Imprensa nos anos 1960 e o nosso primeiro livro] Mais uma vez apareceu “O Encontro”, jornal do Ginásio Nossa Senhora Mãe dos Homens, dirigido pelos padres josefinos. Boa e farta matéria, “O Encontro” proporciona aos alunos do Ginásio a oportunidade de tomar contato com o público através de sua imprensa. CA 130 10/10/1965
NJ: O Correio de Araranguá era o único jornal a circular em Araranguá nos anos 1960, exceto em 1964, com a companhia de O Sul. Por isso, informativos esporádicos como os do Colégio Nossa Senhora Mãe dos Homens (atual Murialdo), mais os informativos dos clubes, enriqueciam a pouca atividade jornalística e literária do Araranguá de então, quando, também, só se tinha notícia de um único livro publicado por um araranguaense: Três Memórias, de Antonio Alves de Souza, publicado pela Livraria Globo, de Porto Alegre, em 1940, em que o autor conta suas memórias como funcionário do Ministério da Agricultura (cfe. Uma História Diferente, de Wladinir Luz, 2008, pág. 113).
Casimiro Cunha, o poeta espírita que desencarnou recentemente em Vassouras, cidade do Estado do Rio de Janeiro. (...) O padre Julio, que paroquiou há muitos anos esta Vila, manifestouse psicograficamente em várias sessões. Pelo lápis do médium escrevente comunicou-se, na sessão de 3 de fevereiro, o desembargador Virgulino de Queiroz, que exerceu, nesta comarca, durante longos anos, a magistratura. Marcílio de Oliveira, um dos iniciadores da criação, nesta Vila, de um grupo espírita, de cuja ideia surgiu o nosso, e que desencarnou em uma cidade nortista, manifestou-se nas sessões de 13 de março, 2, 7 e 10 de abril como sofredor, sendo que na sessão de 14 de agosto disse-nos em lágrimas de gratidão que Deus baixara sobre ele sua infinita misericórdia, pois sentia-se aliviado do peso de seus sofrimentos. [O Grupo Espírita Santo Antonio de Pádua foi fundado em Araranguá em 1912. Leia mais no J.364, de 15/01/2011]
[Águas da chuva no Arroio]
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A estrada para o Arroio do Silva está embargada. Um grande valo foi aberto pelas enxurradas impedindo completamente o trânsito. CA 130 10/10/1965
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Araranguá Tênis Clube
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[Bailes]
No sábado passado, o Araranguá Tênis Clube realizou um movimentado baile com o Conjunto Samuara, de Porto Alegre. A elite araranguaense se fez presente, em grande parte, aos salões modernos do ATC. O presidente, sr. Eládio Garcia, já Debutantes do tendo contratado moderno ATC um grande con- no final dos junto musical para anos 1960 abrilhantar o magnífico baile que será realizado na noite de 31 de dezembro. O conjunto é o Quitandinha. O baile será enriquecido pelo desfile das debutantes de 1965. Consta do programa de festejos do ATC, por enquanto, um baile de Aleluia, no dia 9 de abril do próximo ano, com o conjunto The Gold Star. No dia 9 de julho, teremos a Típica de Fernando Bernal e Conjunto Portoalegrense. CA 131 24/10/1965
NJ: Alagamentos no Balneário Arroio do Silva Desde sua ocupação inicial até a instalação da cidade, o Balneário Arroio do Silva nunca teve um planejamento urbano que previsse e evitasse os problemas futuros decorrentes de grandes volumes de chuva. O engenheiro ambiental Gibran Rezende Grechi avalia: “A ocupação do lugar sempre ocorreu de forma desordenada em vários aspectos, daí surgindo os alagamentos e outros transtornos. Os fluxos de água naturais não foram levados em consideração, nem a movimentação de dunas, áreas de banhado foram aterradas, e deveria haver pequenas pontes ou dutos de drenagem que funcionassem com tamanho adequado. No geral, o sistema de condução da água é ineficiente e o nível das estradas é muito baixo. E ainda há várias
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Srs. Membros do Grupo Espírita Santo Antonio de Pádua. Caros irmãos na crença e bons amigos. Novamente distinguido com a elevada confiança com que pela terceira vez sagrastes, com vossos votos, meu obscuro nome para Presidente da nossa cara sociedade, cumpro o grato dever de historiarvos os acontecimentos desdobrados dentro do decurso do ano social que compreende o período de 3 de outubro de 1914 a 2 de outubro de 1915. Por amor à importância e ordem dos fatos, iniciarei o meu relatório com uma referência tão detalhada quanto possível, acerca das SESSÕES Efetuamos, durante o 3º ano social do nosso grupo, cento e quatro sessões, das quais cinco foram comemorativas, 54 doutrinárias e 45 consagradas a irmãos do Espaço sofredores e endurecidos. Além dessas sessões, temos realizado outras essencialmente particulares, umas destinadas à experiência mediúnica, na Escola de Médiuns, e outras para fluir-se água, essa água abençoada pelos fluídos salutaríssimos do Alto que a impregnam de uma essência divina que dá-lhe toda a eficácia de poderoso medicamento. Temos, assim, realizado, com toda a regularidade, sessões aos sábados e às quartas-feiras, essas consagradas aos sofredores, de acordo com o art. 19 dos Estatutos. Na sessão de 1º de maio último, nosso bondoso e solícito Mentor D. José aconselhou, em longa comuni-
A CIDADE EM REVISTA
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RELATÓRIO da gestão do grupo espírita Santo Antonio de Pádua no decurso do ano social de 3 de outubro de 1914 a 2 de outubro de 1915. Apresentado à Assembleia Geral de 9 de outubro de 1915 pelo Presidente reeleito Bernardino de Senna Campos
ANO VI - OUTUBRO DE 1965
situações que não se levou em conta na urbanização do município: a área é naturalmente baixa por ser litorânea, com formações de dunas e áreas úmidas. O lençol freático muito próximo da superfície também dificulta a absorção das águas da chuva. Além de afetar o ecossistema, contribuindo com a perda das espécies animais e vegetais, a expansão urbana desordenada tornou flagrante o problema”. Em maio de 2004, por exemplo, uma grande chuvarada alagou o balneário. O volume e a força da água descendo para o mar em busca de seus primitivos arroios foi tão violenta que abriu crateras enormes, destruindo estradas e derrubando muros. A solução do problema depende de uma grande obra de infraestrutura que vai muito além de recursos provindos somente da municipalidade.
gostaria que os outros dissessem a seu respeito? – Claro que não! Deus me livre! – Então essa história já vazou pela segunda peneira. Vamos a terceira, que é a da necessidade. A senhora acha mesmo necessário contar-me esse fato ou mesmo passá-lo adiante? – Não, padre, não tem necessidade contar. Dona Flora deixou a sacristia muito envergonhada. Antes de falar de alguém faça o teste das três peneiras, se o fato vazar por uma delas é melhor silenciar.
De quem são as Peneiras da Sabedoria? Dos Maçons, dos Católicos, dos Evangélicos ou de Sócrates? Fonte: site MAÇONARIA, LOJA MAÇÔNICA E MAÇON http://mictmr.blogspot.com/2007/08/de-quem-so-as-peneiras-da-sabedoria.html?m=1
ENCONTRADA EM: ARLS THEOBALDO VAROLI FILHO Nº 2.699
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Meia-noite em ponto! Mais uma jornada na construção do Templo terminara. Cansado por mais um dia, Mestre Hiram recostou-se sob o frescor do Ébano para o tão merecido descanso. Eis que, subindo em sua direção, aproxima-se seu Mestre Construtor predileto, que lhe diz: – Mestre Hiram... Vou lhe contar o que disseram do segundo Mestre Construtor... Hiram, com sua infinita sabedoria, responde: – Calma, meu Mestre predileto; antes de me contares algo que possa ter relevância, já fizeste passar a informação pelas “Três Peneiras da Sabedoria?”. – Peneiras da Sabedoria?! Não me foram mostradas – respondeu o predileto. – Sim... Meu Mestre! Só não te ensinei, porque não era chegado o momento; porém, escuta-me com atenção: tudo quanto te disserem de outrem, passe antes pelas peneiras da sabedoria. E, na primeira, que é a da VERDADE, eu te pergunto: tens certeza de que o que te contaram é realmente a verdade?
BALNEÁRIO ARROIO DO SILVA DISK ENTREGA
Matriz: 3526-1339 Filial: 3526-1112
As três peneiras Conta-se que, um dia, um amigo foi procurar Sócrates, o célebre filósofo grego, desejando contar-lhe uma “coisa” sobre a vida de um outro amigo comum. – Quero te contar algo sobre o nosso amigo Andréas que vai te deixar boquiaberto. – Espera – interrompeu o filósofo. – Passaste isso que vais me contar pelas três peneiras? – Três peneiras? – indagou o interlocutor – Que três peneiras? – Primeira peneira: a "coisa" que vai me contar é verdadeira? – Eu assim creio, pois me foi contada por alguém de confiança – respondeu o amigo. – Bem, alguém te disse... Vejamos a segunda peneira: a "coisa" que tu pretendes me contar é boa? O outro hesitou, titubeou e respondeu: – Não exatamente. Sócrates continuou sua inquisição: – Isso começa a me esclarecer, verifiquemos a terceira peneira, que é a prova final: o que tu tinhas a intenção de me contar é de utilidade tanto para mim como para nosso amigo Andréas, e para ti mesmo? – Não, não e não. – Então, meu caro – disse Sócrates – a "coisa" que tu pretendias me contar não é certamente verdadeira, nem boa, nem útil. Assim, não tenho a intenção de conhecêla e acon-selho-te que não procures veiculá-la. A cada dia, somos alvos de pessoas com grande desejo de contar-nos "coisas" a respeito dos outros. Deve-mos procurar fazer o "teste das três peneiras". 1. É verdade? 2. É bom? 3. É útil? Caso negativo, devemos simples-mente evitar que sejamos parte integrante nas bisbilhotices e mexericos de pessoas ávidas de novidades sobre a vida alheia. z
A VERSÃO CATÓLICA
“Antes de falar de alguém, faça o teste das três peneiras” ENCONTRADA EM: OFICINA DE EMOÇÕES
Chegou um novo pároco na paróquia de Santo Agostinho. Logo no primeiro dia, Dona Flora foi à sacristia falar com o padre. – Padre, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do João... Nem chegou a terminar a frase, porque o padre interrompeu: – Espere um pouco, Dona Flora, o que a senhora vai me contar já passou pelas três peneiras? – Peneiras? Que peneiras, padre? – A primeira é a da verdade. Tem certeza que esse fato é absolutamente verdadeiro? – Não, como posso? O que sei é o que me contaram, mas eu acho que... – Então sua história já vazou pela primeira peneira. Vamos à segunda, a da bondade. O que a senhora vai me contar é alguma coisa que a senhora l
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3 Os homens nascem iguais, mas no dia seguinte já são diferentes.
3 Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.
ENCONTRADA EM: ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA
para suas laboriosas obras, enquanto as nojentas moscas buscam em corpos sadios as chagas e feridas para se manterem vivas.
3 A criança diz o que faz, o velho diz o que fez e o idiota o que vai fazer.
3 A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda.
INTERNET
As Peneiras de Hiram
Meio sem jeito, o Mestre respondeu: – Bom, não tenho certeza realmente, só sei que me contaram... Hiram continua: – Então, se não tens certeza, a informação vazou pelos furos da primeira peneira e repousa na segunda, que é a peneira da BONDADE. E eu te pergunto: é alguma coisa que gostarias que dissessem de ti? – De maneira alguma, Mestre Hiram... Claro que não! – Então a tua estória acaba de passar pelos furos da segunda peneira e caiu nas cruzetas da terceira e última; e te faço a derradeira pergunta: achas mesmo necessário passar adiante essa estória sobre teu Irmão e Companheiro? – Realmente, Mestre Hiram, pensando com a luz da razão, não há necessidade... – Então ela acaba de vazar os furos da terceira peneira, perdendo-se na imensa terra. Não sobrou nada para contar. – Entendi, poderoso Mestre Hiram. Doravante somente boas palavras terão caminho em minha boca. – És agora um Mestre completo. Volta a teu povo e constrói teus Templos, pois terminaste teu aprendizado. Porém, lembra-te sempre: as abelhas, construtoras do Grande Arquiteto do Universo, nas imundícies dos charcos, buscam apenas flores
3 O que se leva desta vida é a vida que a gente leva.
3 Dizes-me com quem andas e eu te direi se vou contigo.
A VERSÃO ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
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A VERSÃO DA MAÇONARIA
Sócrates (469-399 a.C.), o filósofo grego. Pena não sabermos se ela é uma invenção ou se de fato ocorreu. Reproduzimos abaixo as várias versões que encontramos, tendo o cuidado de indicar a fonte para que você possa consultar e confirmar. E fica a pergunta: Se grupos tão distintos de pessoas, guiados por dogmas algumas vezes diametralmente opostos, tentam fortalecer um mesmo preceito moral, será que esses grupos são realmente distintos? Será que há motivos reais para ataques e desavenças?
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O Teste das Três Peneiras é um misto de lenda com lição de sabedoria. Nele uma determinada pessoa pretende contar a seu superior algo de que não tem muita certeza, não é necessário e nem bom. Até aqui tudo normal, uma vez que muitas fábulas têm valor moral inquestionável. A curiosidade vem do fato de que muitos, com dogmas nitidamente distintos, fazem uso desta mesma história. Entre estes se encontram os Maçons, a Igreja Católica e os Adventistas do Sétimo Dia, que a contam com pequenas variações, mas sempre com o mesmo ensinamento. Ao menos, pelo que se sabe, o verdadeiro pai da lenda é
“MÁXIMAS E MÍNIMAS DO BARÃO DE ITARARÉ”
3 Não é triste mudar de ideias, triste é não ter ideias para mudar. 3 Mantenha a cabeça fria, se quiser ideias frescas. 3 Genro é um homem casado com uma mulher cuja mãe se mete em tudo. 3 Neurastenia é doença de gente rica. Pobre neurastênico é malcriado. 3 De onde menos se espera, daí é que não sai nada. 3 Quem empresta, adeus. 3 Pobre, quando mete a mão no bolso, só tira os cinco dedos. 3 O banco é uma instituição que empresta dinheiro à gente se a gente apresentar provas suficientes de que não precisa de dinheiro. 3 Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades. 3 A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana. 3 Este mundo é redondo, mas está ficando muito chato. 3 Precisa-se de uma boa datilógrafa. Se for boa mesmo, não precisa ser datilógrafa. 3 O fígado faz muito mal à bebida. 3 Eu Cavo, Tu Cavas, Ele Cava, Nós Cavamos, Vós Cavais, Eles Cavam. Não é bonito, nem rima, mas é profundo… 3 Tudo é relativo: o tempo que dura um minuto depende de que lado da porta do banheiro você está. 3 Nunca desista do seu sonho. Se acabou numa padaria, procure em outra. 3 Devo tanto que, se eu chamar alguém de “meu bem”, o banco toma. 3 Viva cada dia como se fosse o último. Um dia você acerta… 3 Tempo é dinheiro. Paguemos, portanto, as nossas dívidas com o tempo. 3 O voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim, afinal, o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato.
NERI DUZ CRO/SC 1544
CIRURGIÃO-DENTISTA Especialista em Implantodontia
(Extraído do opúsculo de Mouzar Benedito: Barão de Itararé – Herói de Três Séculos. Expressão Popular, 2007)
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