Jornaleco 506 novembro 2018

JORNALECO

A P O I O C U LT U R A L

©

PANFLETO CULTURAL

JORNALECO

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H

ANO 25 • Nº 506 • NOVEMBRO DE 2018 Periodicidade mensal - Tiragem: 1.000 exemplares Fechamento desta edição: 27/10/2018 23h40 E-MAIL: jornaleco.ara@gmail.com CNPJ 28.000.138/0001-00

EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Rezende Grechi, Nilson Nunes Filho IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas Nazari Machado PREPARAÇÃO DO FOTOLITO David Machado Fernandes CORTE Toninho Abel IMPRESSÃO Valdo Martins

TAGS z FLYERS z FOLDERS z CONVITES z PANFLETOS z EMBALAGEM z NOTAS FISCAIS z CARTAZES z CARTÕES DE VISITA z IMPRESSÃO DE LIVROS

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866, prot.4315/RJ de 17/07/1995)

Leia as edições do JORNALECO em https://issuu.com/jornaleco ou www.facebook.com/jornalecoararangua (desde jan.2009) UMA PUBLICAÇÃO

Av. XV de Novembro, 1807 - Centro - Araranguá Tel. (48) 3524-5916 graficacasadocarimbo@gmail.com

ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.035 Araranguá-SC Brasil

É permitida a reprodução de nossos textos originais desde que citados devidamente o autor e o JORNALECO como fonte da publicação.

ARARANGUÁ, NOVEMBRO DE 2018 • ANO 25 • Nº 506

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Um marco da imprensa araranguaense Edição (formato tablóide) do CA de 18 de dezembro de 1965 teve 32 páginas e 40 clichês de imagens da cidade — uma proeza trabalhosa e cara para a tecnologia tipográfica da época

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odo final de ano o quinzenário C ORREIO DE A RARANGUÁ, que normalmente tinha oito páginas, publicava uma edição especial mais volumosa. Em 1967 foram 20 páginas, em 1973, 22, em outras ocasiões, 18. Em 1965, entretanto, o jornal saiu com 32 páginas, trazendo 40 clichês próprios, encomendados de Porto Alegre, e outros enviados por agências de propaganda (clichê é uma chapa de metal com uma imagem gravada em relevo e montada em um bloco de madeira; peça muita cara, o que explica por que os jornais da época tinham tão poucas imagens). Com a impressão da capa em duas cores (preto e azul), o CA nº 133, produzido com tipos móveis e impressão manual, contou com o serviço de vários tipógrafos em muitas horas de trabalho, serões e tardes de sábado. Nei da Rosa comandava a oficina com Ari e Vilson, e o editor era Ernesto Grechi Filho, que escreveu o artigo especial sobre o Araranguá de 1965, reproduzido neste JORNALECO. P. 5, 6 e 7 Circulou entre 1960 e 1975. Por mais de uma década foi nosso único jornal

O CLUBE QUE FAZ PARTE DA NOSSA HISTÓRIA Av. XV de Novembro, 2030 - Centro - Tel. (48) 3522-0447 gremiofronteira.com.br facebook.com/gremiofronteiraclube

Come bucho e arrota peito de peru sso mesmo! Era assim que o povo, antigamente, i tachava alguém, conhecidamente “remediado”, que que-

odos os sábados – o “Dia da Esmola” tradicional do t Araranguá velho de guerra das décadas de 1940/50 –

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formava-se uma fila enorme de pedintes na porta de nossa casa na Praça Hercílio Luz desde as primeiras horas da manhã. A razão era o hábito do doutor Telésforo, meu pai, de ofertar a cada um, um valor igual. Na época, se bem me recordo, Cr$ 1,00. Parece pouco, mas se seguirmos o rastro das desvalorizações da moeda desde então, veremos que era uma preciosidade. Só como exemplo: com Cr$ 1,00, mesada de domingo, eu ia ao cinema no Cine Roxy, comprava balas e voltava com troco para casa.

O velho colocava uma mesa rústica na calçada, encostada na parede, uma cadeira de palha e ali sentava, entregando a cada um a moeda ou a cédula de dinheiro.

Seria uma rotina rápida, se apenas fosse a entrega mera e simples do dinheiro a cada pedinte. Mas papai fazia questão de trolar papos com cada um, de modo que, assim, conhecia a família de todos, pelo nome, pelo local de residência e pelos costumes.

Havia alguns especiais, mas o mais especial de todos era o Campolino. Com seus dentes raros, ele ficava sempre por último, justamente para poder permanecer mais tempo conversando com papai. E ficavam ali, todos os sábados, em longos falatórios, entremeados de risos e gargalhadas sonoras.

Os do Araranguá de então sabem ter sido o velho Telésforo, ou doutor Telésforo, um homem de extrema cultura, bem falante, de português impecável, fluente em italiano, espanhol, alemão e francês (lia A História da Civilização, de Villegaignon, no original francês e a decifrava por vezes para nós). Isso não o fazia jactancioso, empolado. Pelo contrário. Papai tinha amigos muito simples – e eram os melhores, porquanto estavam sempre em conversas pelas ruas da cidade, como, além de Campolino, o Neco da Luz, o Necão, funcionário da Força e Luz da cidade e homem simplório de costumes e conversa, mas um ser extraordinário e um trabalhador valoroso. A ele cabia, à época, a vistoria e a manutenção de toda a rede elétrica da cidade. Muito gordo, eu o vi algumas vezes em longas conversas com papai, caprichando para não errar nas palavras. Até que um dia ele, ao narrar uma situação de um cidadão, falou que ele havia “levado um cagaço muito grande”. Ao perceber o termo chulo, logo se desculpou com papai, que logo o colocou à vontade: “Necão, é cagaço mesmo”.

Com Campolino, papai falava de tudo – e Campolino acompanhava e, mais ainda, dava pitacos impressionantes. Desde política a economia e mulheres. E eu ficava ali, ao lado, sem entender bulhufas. Só entendia o carinho e o respeito evidente que um tinha pelo outro.

ria “se aparecer” só porque conseguira adquirir alguma coisa ou um bem de maior valor financeiro e passava a se gabar como se isso fosse, para ele, coisa corriqueira. Por quê? Porque peru era comida de rico, bucho, comida de pobre, e essa pessoa queria se passar por rica.

Brim Coringa (uma marca de calças jeans de antigamente)? Roupa de pobre. Bacalhau? Comida de pobre.

Por sua vez, quando alguém, em sua falsa modéstia, queria passar a ideia de que era pessoa simples, despojada de orgulhos, dizia-se: “Pra quem é, bacalhau basta!”

Para dizer que, sob qualquer aspecto, uma pessoa pobre não largava mão do que era bom, dizia-se: “Pobre, mas, café doce!” Todos esses adendos (peru, bucho, bacalhau, café doce) e outros mais, atestam o quanto a sociedade consumista varia de conceito sobre certos valores estigmatizados. Hoje o bucho (mondongo, para os gaúchos) é iguaria servida em restaurantes caros que nem toda pessoa pobre pode frequentar.

O papo de peru era a parte da ave mais macia, portanto, mais valorizada, pois as aves de antigamente eram criadas soltas e de forma extensiva nas propriedades rurais, e levavam vários meses ou anos até serem abatidas, o que endurecia suas carnes.

Para dizer que uma pessoa não é mais tão nova assim, dizia-se: “Fulano (ou fulana) já não cozinha mais na primeira fervura.”

Hoje a oferta de frangos, perus e outros animais abatidos precocemente, tornaram-nos alimentos baratos, acessíveis a quaisquer classes sociais.

O açúcar (refinado), escasso devido a baixa industrialização brasileira de antigamente, era muito caro; se quiséssemos adoçar o café de maneira mais em conta, usava-se o mascavo, mais barato (não hoje). Agora é até “moda” rejeitar o açúcar; enquanto que o mascavo só é encontrado em cafeterias sofisticadas ou temáticas.

O bacalhau, aquela delícia culinária servida (hoje) em pratos refinados, acompanhados de outros ingredientes não menos caros em restaurantes endereçados às pessoas abastadas, era, antigamente, comida de pobre porque o Brasil não tinha tradição pesqueira industrial e os países europeus: Portugal, Noruega e outros, entulhavam nossos armazéns com esse tipo de peixe, transportado, já salgado, para não apodrecer, em grandes barris de madeira.

As roupas de jeans, hoje, quanto mais parecidas com roupa velha, rasgada e desfiada, amassada... mais cara.

Algumas marcas dessas vestimentas “cheiram alhos” até para algumas pessoas da classe média.

Bem! Por hoje é só isso. “Bora” participar do “sorteio do bife” porque já é quase meio-dia, a fome está fazendo minhas tripas mais finas comerem as mais grossas; lá em casa é muita gente e, sabe como é, né? Farinha pouca, meu pirão primeiro!

Dr. Ivan Holsbach MÉDICO PEDIATRA Eletroencefalograma - Mapeamento Cerebral RESP. TÉC.: Dr. Carlos Roberto de Moraes Rego Barros - CRM 3270 RQE 2755

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S S

A BANDA

Quem não é capaz de governar a si mesmo, não será capaz de governar uplemento os outros. GANDHI

Urubus e sabiás

CECÍLIA MEIRELES ○

Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam...

Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza, eles haveriam de se tornar grandes cantores. E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros.

Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam de Vossa Excelência.

Tudo ia muito bem até que a doce tranquilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas para os sabiás...

Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa,

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e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.

— Onde estão os documentos dos seus concursos? — E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvesse. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente...

— Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.

E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...

MORAL: Em terra de urubus diplomados não se houve canto de sabiá.

Texto extraído do livro Estórias de quem gosta de ensinar – O fim dos Vestibulares, editora ArsPoetica, Sao Paulo, 1995, p. 81

CERTO DIA, A PROFESSORA passou uma lição de casa pedindo para os alunos trazerem um verso com rima, falando da professora. No outro dia, começou a aula e a professora disse: — Zezinho, pode declamar o seu verso.

— “Professora querida, no inverno e no verão mora dentro do meu coração!”

— Muito bem, Zezinho! Sua vez agora, Joãozinho!

— “Eu tenho uma professora que se chama Antonieta, um dia ela foi atravessar o riacho e molhou o joelho”.

— Mas esse verso não rimou, Joãozinho!

— É, professora, num rimô porque o riacho tava baxo...

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Romance XXXIV ou de Joaquim Silvério

A PROFESSORA CHAMA o Joãozinho para uma conversa.

— Joãozinho, aqui está a sua redação, que eu pedi que escrevessem com o tema “Meu cãozinho de estimação”...

— Eu caprichei bem na minha, professora! Que nota eu tirei?

— Caprichou? Mas a sua redação está igualzinha à da sua irmã!

— Lógico, professora! É o mesmo cachorro...

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POETA BRASILEIRA (Rio de Janeiro-RJ, 1901 - idem, 1964)

F RUBEM ALVES

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O dia da esmola e as conversas com Campolino

Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro de suas consequências. NERUDA

NOVEMBRO 2018

João Batista de Souza

JORNALECO 506

ADERBAL MACHADO

Melhor negócio que Judas fazes tu, Joaquim Silvério: que ele traiu Jesus Cristo, tu trais um simples Alferes.

Recebeu trinta dinheiros...

— e tu muitas coisas pedes: pensão para toda a vida, perdão para quanto deves, comenda para o pescoço, honras, glórias, privilégios.

E andas tão bem na cobrança que quase tudo recebes!

Melhor negócio que Judas fazes tu, Joaquim Silvério!

Pois ele encontra remorso, coisa que não te acomete.

Ele topa uma figueira, tu calmamente envelheces, orgulhoso e impenitente, com teus sombrios mistérios.

(Pelos caminhos do mundo, nenhum destino se perde: Há os grandes sonhos dos homens, e a surda força dos vermes.)

MEIRELES, Cecília. Obra poética.

Rio de Janeiro, Aguilar, 1985, p.466

Curiosidades do Reino Animal 4 Um ANTÍLOPE INDIANO corre 98 km/h, um LEÃO, 80 km/h e um CAVALO, 75 km/h.

4 Uma ABELHA voa a 17 km/h, um FALCÃO a 160 km/h, uma ANDORINHA chega a atingir 170 km/h.

4 Uma FORMIGA levanta qualquer coisa que tenha cinquenta vezes o seu peso.

4 Um TUBARÃO nada a 60 km/h, um AGULHÃO a 110 km/h.

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Reuniões 4as e 6as feiras, às 19h30 Próximo à Câmara de Vereadores Balneário Arroio do Silva

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Reuniões 4as feiras, às 20h Sala na Igreja Episcopal, centro - Araranguá

POLÍCIA MILITAR: 190 POLÍCIA RODOVIÁRIA FED.: 191 SAMU: 192 BOMBEIROS: 193 ATENDIMENTO À MULHER: 180

telefones para emergências

Reuniões 3as feiras, às 20h00 Sala na Igreja São Cristóvão - Maracajá

N.A. Narcóticos Anônimos

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EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI

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Dicas para uma boa saúde mental

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suas tarefas ao longo do dia, evitando assim a ansiedade de fazer tudo ao mesmo tempo.

Quanto mais estudar ao longo da vida e tentar aplicar seus conhecimentos, melhor será.

Escreva, organize seu dia, fale bastante, puxe conversa, discuta os assuntos de seu interesse e não se isole do mundo.

Não use drogas ilícitas, não beba em demasia, não fume. O uso dessas substâncias contribue para a perda do poder de memorização, concentração e raciocínio, que são perdidos gradativamente com o avanço da idade.

3 - Seja solidário

7 - Cuide do seu coração

Cuide dos outros como gostaria de ser cuidado. Fazer o bem ajuda a aceitar com tranquilidade se um dia for necessário que o façam por você.

Doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no mundo.

6 - Evite as drogas

8 - Tenha atitudes para ser feliz Divirta-se a cada dia, maravilhe-se com a beleza de estar vivo, seja grato, seja positivo, tenha calma.

“Lembre-se de que a vida é uma só, aproveite cada dia como se lhe restasse não só um dia... mas uma hora de vida apenas”.

(Fontes: site Mulher Sabe Tudo; imagens internet)

4 - Seja otimista Mesmo que esteja atravessando uma fase difícil busque motivos para sorrir. O riso traz energias positivas, ameniza as dores e ajuda a não perder esperança para um dia melhor.

5 - Exercite-se, fuja do estresse Pratique exercícios físicos. Mas se você não gosta, uma boa forma de se exercitar e ao mesmo tempo desestressar é dançar. Organize

TOURNIER Dr. Everton Hamilton Krás Tournier Graduado e especializado na Universidade Federal de Santa Catarina • Pós-graduado no Instituto Adolfo Lutz de São Paulo • Pós-graduado na Universidade do Sul Catarinense E-mail: tournier@contato.net

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EM 1977, alguns garotos da cidade foram presos por cultivar uns pezinhos de cannabis num sítio do outrora pouco habitado Lagoão.

Detidos na cadeia pública, foram abordados por um radialista local. Eu soube desse fato por um deles tempos depois. O repórter perguntou-lhe se tinham ânsia de vômito e tremedeira

NOVEMBRO 2018

Prefira um cardápio rico em fibras (verduras e cereais), alimentos com baixo teor de gordura, consuma com moderação as carnes vermelhas, dê preferência para peixes e carnes brancas sem pele, evite gordura animal, reduza o consumo de açúcar, sal e fritura. E evite o álcool: a bebida alcoólica acelera processos degenerativos do cérebro.

2 - Estude

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JORNALECO 506

1 - Alimentação saudável

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XV de Novembro com a Cel. João Fernandes, apresentava um drama intitulado Maconha: o veneno verde, a erva do diabo.

Eu tinha 16 anos quando assisti à peça e me lembro muito bem da estória: um homem do interior chega a uma cidade grande e lhe oferecem um cigarro de maconha. Inicialmente ele reluta. Mas, diante da insistência, acaba experimentando. O resultado é fatal: ele se “entrega ao vício” e perde tudo, tornando-se um “farrapo humano”. Porém, o autor da peça, querendo passar uma mensagem contra as drogas, mas ignorando a sintomática da síndrome de abstinência na dependência de maconha, simplesmente transferiu os sintomas de um alcoolista no “fundo do poço” para um dependente de maconha.

O discurso alarmista, muito próprio dos anos 1970 e 80, amparado apenas na boa intenção, não se preocupava em investigar a fundo o problema, também porque era raro o material disponível e esclarecedor.

Assim, os usuários de “erva” eram implacavelmente estigmatizados, sem margem para um “fumar social” tal como um “beber social”. Maconheiro era sinônimo de vagabundo. Até alcoólatras “funcionais”, aproveitando o preconceito contra os afeiçoados ao baseado, saíam a pregar “moral de cueca”, numa tentativa de aliviar a imagem de bebedor abusivo perante a sociedade que – afinal – produzia, divulgava, comercializava e lhe servia a cachaça de cada dia.

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“As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?” MAHATMA GANDHI

TODOS OS DIAS somos expostos a uma rotina estressante, nos alimentamos mal, dormimos mal, e isso acarreta vários problemas para nosso cérebro, causando muitas vezes euforia, tristeza profunda, oscilações de sentimentos.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) calcula que cerca de 450 milhões de pessoas sofrerão de algum transtorno mental ao longo da vida.

Um relatório publicado recentemente pela OMS afirma que 24 milhões de pessoas sofrem de Alzheimer e outras demências.

Assim reforça a importância da boa manutenção e funcionamento do cérebro Mas o que podemos fazer para manter a saúde do nosso cérebro em dia?

Repassaremos aqui algumas dicas dadas pelos neurologistas Adriana Sato (Academia Brasileira de Neurologia) e Charles André (Hospital Universitário Clementino Fraga Filho).

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RICARDO GRECHI

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Breve histórico sobre estigmas e consumo de drogas em Araranguá por causa da falta da maconha, desco- pelas aventuras boêmias regadas a Em 1981, o Teatro Biriba, instalado nhecendo, como na peça do Biriba, álcool). Também foi a primeira gerano campinho da esquina da avenida

Grupos Familiares AL-ANON

A.A. Alcoólicos Anônimos

que essas reações físicas, verificáveis no alcoolismo, inexistem na síndrome de abstinência da maconha.

ATÉ OS ANOS 1950, em Araranguá, o álcool era a única droga com ampla disponibilidade para se “fazer a cabeça”. E, atravessando épocas, essa droga só viria a sofrer restrições de consumo a partir da década de 90, quando os bares do centro da cidade deixavam de servir cachaça, afastando assim a freguesia de bebedores contumazes, que começariam a beber em locais mais discretos, pois o beber em público em ocasiões diversas, como prática masculina, incluindo os horários de “aperitivo”, já não gozava da mesma aceitação ingênua ou resignada de outros tempos.

NO INÍCIO DOS ANOS 1960, os primeiros remédios psiquiátricos já estavam difundidos em Araranguá, pelo que testemunham os livros de venda de medicamentos controlados das farmácias da época (um deles chegou às minhas mãos em 1996 – hoje se encontra no Arquivo Histórico Municipal). Uma nota do Correio de Araranguá da época comemora que um tal sujeito, presumivelmente alcoólatra inveterado, conseguira permanecer sóbrio num evento social, pois estava usando as “pílulas mágicas”.

No entanto, a “magia” psiquiátrica acabaria se revelando não eficaz em longo prazo, com raríssimas exceções – mesmo assim se verificando a troca de uma dependência por outra, ou sua alternância, como ocorre atualmente na esteira de tratamentos clínicos.

E FOI NA DÉCADA DE 1960 que os primeiros cigarros de maconha foram acesos em Araranguá, mas coube à geração dos anos 70 assimilar a maconha como um estilo de vida, cheio de irreverência, calças jeans desbotadas e rock’n’roll (como fora às gerações anteriores o gosto

ção a vivenciar as consequências do uso abusivo em longo prazo, como o estreitamento de repertório e a síndrome amotivacional, verificada no baixo rendimento escolar.

Falta dizer que a maconha lhes abriu a porta para outras drogas?

Não. A porta de entrada para as drogas, simplesmente, é a substância que estiver disponível e ao alcance no momento em que se deseja ultrapassar essa porta, e nisso o álcool tem predominado, já que é a droga mais acessível e aceita em nossa sociedade, ainda que permaneça como a causadora de mais mortes.

A DÉCADA DE 1970 também marcou pelo consumo de outras substâncias e a combinação de psicofármacos, principalmente os inibidores de apetite à base de anfetamina, com bebidas alcoólicas, prática ainda em voga nos anos 80 e início dos 90, suplantada aos poucos pela cocaína e pelo ecstasy – todos gerando os mesmos efeitos colaterais do uso continuado: irritabilidade, depressão, ansiedade, ataque de pânico, reação suicida.

A PARTIR DA METADE DOS ANOS 1980 o uso de cocaína se tornará significativo, e o crack, que surge desdenhado em nossa região nos primeiros anos da década de 90 como droga de “chinelão” – usuário sem recursos para comprar a cocaína em pó –, entra aos poucos num processo de migração para si de adictos do pó.

Isso ocorrerá nos dez anos seguintes, até o crack se tornar epidêmico e oprimir uma multidão de dependentes químicos, numa grande tragédia social deste milênio.

Enfim, os difamados maconheiros dos anos 1970 foram aliviados pela realidade trágica dos cheiradores de pó dos anos 1990, dos usuários de crack dos dias de hoje, e pelo rigor com que agora se enfrenta o alcoolismo de sempre. z

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Firmina dos Reis, a primeira romancista brasileira

Ao ser aprovada no con-

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om o passar dos anos, tendo apenas um livro publicado, o nome de Firmina desapareceu. A insistência da autora em denunciar e criticar a escravidão pode ter sido a causa do obscurantismo. O assunto de que tratava era insalubre demais, uma fala antiescravista em uma das províncias mais escravistas do Brasil. Não a levaram a sério localmente, não queriam ouvi-la falando.

E ela não teve como levar seu texto para outros lugares.

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ecentemente, a editora curso para professora, recusou-se a andar em um pa- PUC Minas lançou uma nova lanque desfilando pela cidade edição de Úrsula, o que ajuda z de São Luís nas costas de a difundir sua obra.

CEM ERROS DE PORTUGUÊS - 6

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Melancolia Oh! se eu morresse no cair da tarde, De tarde amena, quando a lua vem Chovendo prata sobre o liso mar, Trajando as vestes, qu’a pureza tem.

Então talvez eu merecesse afetos, Desses qu’apenas alcancei sonhando; Talvez um pranto bem sentido, e triste, Meu frio rosto rociasse brando.

A ti poeta – mais te vale a morte Na flor da vida – a sepultura, os céus!

Quem sofre a terra te compreende as dores?

Teus sofrimentos, quem compreende?

Deus!

Sim, venha a morte libertar-me, amiga Da triste vida, qu’a ninguém comove…

Bem-vinda sejas – teu palor me agrada, E a crua foice, que tua destra move.

E tu sepulcro, – tu gélido, e negro, Eu te saúdo, oh! companheiro nu!

Talvez meus cantos te penetrem o seio, Pálido afeto, me dispenses tu.

Não terá prantos sobre a lisa campa, Quem peito humano a lhe gemer não tem; Oh! não poeta: – se alvorada chora Bebe esse pranto, qu’adoçar-te vem.

Inda me resta no correr da vida, Essa esperança de morrer… a só.

Sentida – triste, qu’o sofrer ameiga, Que segue o homem té fundir-se em pó.

Morra eu ao menos no cair da tarde, A hora maga, que se pensa em Deus, Em que se escuta misteriosos cantos, Concertos sacros nos longínquos céus.

Então já queixas não farei da sorte, Rirei da vida qu’amargar sentia; Compensa as dores d’um viver sentido, Morrer a hora do cair do dia.

Publicado originalmente no “Eco da Juventude” (14/5/1865) Fonte: https://www.google.com.br/ amp/s/aarteliteraria.wordpress.com/ 2018/02/11/cantos-a-beira-mar-olivro-de-poemas-de-maria-firminados-reis/amp

gasolina aumentou. Recordo as descrições do mesmo porteiro, contando o período da histórica Greve de caminhoneir@s no primeiro semestre.

O automóvel ficou na garagem. As ruas respiram mais, as bicicletas em movimento serviram para as descrições do caminho – menos tráfego; a preocupação em ser atropelado(a); ciclistas levam uma cidade cheia de novas possibilidades.

O que pode preencher a cidade agora?

Perguntava o frentista do posto de gasolina ao lado do Rio Araranguá, esse, calado, observador se manteve verde durante o excesso de “combustível” limpo que girou a cidade nesse tempo. A provocar os casais de peregrina(o)s caminhando pela ponte da Barranca ou pelo Alto Feliz em bicicleta.

A greve será uma referência bibliográfica tanto para a Mobilidade quanto para os porteiros (da última coluna) e zeladoras.

Uma vez que a cidade esteve mais viva e os pais e mães tinham o metabolismo adequado por não estarem à marca de um automóvel.

F O R M AT U R A S E A S S E S S O R I A w w w. a m f o r m a t u r a s . n e t ARARANGUÁ Av. XV de Novembro, 1790 - Centro - Tel. (48) 3522-0356 CRICIÚMA Av. Universitária, 230 - Sta. Augusta - Tel (48) 99627-5838 TUBARÃO Rua Martinho Ghizzo, 375 - Dehon - Tel. (48) 3622-0822 r e c e p cao @ a m f o r m a t u r a s . n e t

http://www.culturatura.com.br/gramatica/ortografia/erros.htm

47 - Queria namorar "com" o colega. O com não existe: Queria namorar o colega.

48 - O processo deu entrada "junto ao" STF. Processo dá entrada no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do (e não "junto ao") Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não "junto aos") leitores. / Era grande a sua dívida com o (e não "junto ao") banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não "junto ao") Procon.

49 - As pessoas "esperavam-o". Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidamna, põe-nos, impõem-nos.

50 - Vocês "fariam-lhe" um favor? Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicional) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca "imporáse"). / Os amigos nos darão (e não "darãonos") um presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo "formado-me").

51 - Chegou "a" duas horas e partirá daqui "há" cinco minutos. Há indica passado e equivale a faz, enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias.

52 - Blusa "em" seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira.

53 - A artista "deu à luz a" gêmeos. A expressão é dar à luz, apenas: A ar tista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu "a luz a" gêmeos.

54 - Estávamos "em" quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala.

55 - Sentou "na" mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador.

56 - Ficou contente "por causa que" ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe.

Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu.

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1. Se você pensa que está gorda, é bem provável que você esteja certa. Não me pergunte. Me negarei a responder.

2. Se você não se veste como as modelos de roupa íntima, não espere que eu me comporte como os galãs das novelas.

3. Se você quer algo, peça. Deixemos isto claro: as indiretas sutis não funcionam. As diretas diretas não funcionam. As indiretas muito óbvias também não funcionam. Diga as coisas tal como são.

4. Se você faz uma pergunta para a qual não quer resposta, não se zangue ao ouvir o que você não quer.

5. Às vezes não estou pensando em você. Nada está acontecendo.

Por favor, acostume-se a isto. Não me pergunte no que estou pensando, a menos que você esteja pronta para falar de temas como economia, política e futebol.

6. Sábado e domingo = churrasco/ amigos ou esportes na TV, caso não tenha churrasco. É como a lua cheia ou a maré. Não pode ser evitado.

7. Ir às compras não é divertido, e eu nunca vou ver isto de outra forma.

8. Quando temos que ir a algum lugar, absolutamente qualquer coisa que você vestir está bom. DE VERDADE. 9. Você tem roupa suficiente. Você tem sapatos demais. O choro é NET chantagem.

10. A maioria dos homens tem três pares de sapatos. O que faz você pensar que eu sirvo para decidir qual dos 30 pares que você tem vai melhor com aquele vestido?

11. Simples SIM e NÃO são respostas perfeitamente aceitáveis para qualquer pergunta.

12. Venha a mim com um problema somente se você quiser ajuda para resolvê-lo. Para isto sirvo. Não me peça empatia como se eu fosse uma de suas amigas.

13. Uma enxaqueca que dura 17 meses é um problema. Vá ao médico.

14. Se algo que eu disse puder ser interpretado de várias formas e uma delas deixa você triste ou zangada, minha intenção era outra.

15. TODOS nós homens vemos não mais do que 16 cores. O salmão é um peixe, não uma cor.

16. Onde eu tiver coceira, vou me coçar. Não importa quando, onde nem na frente de quem.

17. A cerveja nos emociona tanto como as bolsas a vocês.

18. Se eu perguntar se está acontecendo algo e a tua resposta for “nada”, minha reação será como se nada estivesse acontecendo.

19. Não me pergunte “Você me ama?”. Tenha certeza de que se não a amasse não estaria com você. (tomataria.blogspot.com.br - sem citação de autoria)

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lém de ter se lançado em um gênero literário sem precedentes no Brasil, Firmina foi a primeira mulher a ser aprovada em um concurso público no Maranhão para o cargo de professora de primário. Com o próprio salário, sustentavase sozinha em uma época em que isso era incomum e até mal visto para mulheres. Oito anos antes da Lei Áurea, criou a primeira escola mista para meninos e meninas – que não chegou a durar três anos, tamanho escândalo que causou na cidade de Maçaricó, em Guimarães, onde foi aberta.

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nos depois, quando já se firmara como escritora e professora – e quando o movimento abolicionista já estava mais difundido no Brasil –, a autora publicaria um conto ainda mais crítico, A escrava (1887), que conta a história de uma mulher de classe alta sem nome que tenta, sem sucesso, salvar uma mulher escravizada. A crítica à escravidão chega a ser literal: em uma passagem, a protagonista diz que o regime “é e sempre será um grande mal”.

Andar com Fé - Caminhata!

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ilha de mãe branca e pai negro, registrada sob o nome de um pai ilegítimo e nascida na Ilha de São Luis, no Maranhão, Maria Firmina dos Reis (1822-1917) fez de seu primeiro romance, Úrsula (1859), algo até então impensável: um instrumento de crítica à escravidão por meio da humanização de personagens escravizados.

escravos. Mas era praticamente impossível para uma mulher expor sua opinião contra a escravidão – ainda mais uma mulher negra. Foi a estabilidade e o respeito alcançados como professora que abriram espaço para Firmina lançar seu primeiro livro, o primeiro livro brasileiro a se posicionar contra a escravidão e a partir do ponto de vista de escravos – antes do famoso poema Navio negreiro, de Castro Alves (1869), e de A Escrava Isaura (1875), de Bernardo Guimarães.

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SÃO LUÍS, 11 de agosto de 1860. Logo nas primeiras páginas do jornal A Moderação, anunciava-se o lançamento do romance Úrsula, “original brasileiro”. O anúncio poderia passar despercebido, mas algo chamava atenção em suas últimas linhas: a autoria feminina da “exma. Sra. D. Maria Firmina dos Reis, professora pública em Guimarães”. Foi assim, por meio de uma simples nota, que a cidade de São Luís conheceu Maria Firmina dos Reis – considerada a primeira escritora brasileira, pioneira na crítica antiescravista da nossa literatura.

19 coisas que a mulher “precisa entender” sobre os homens

QUINCAS AVELINO

https://REVISTACULT.uol.com.br/home/centenario-maria-firmina-dos-reis/ (resumo)

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OS SEUS OLHOS MERECEM.

ARARANGUÁ • CALÇADÃO

TEL. 3524-1633

Diretor WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Gerente HERVALINO CAMPOS Tipógrafos WALDEMIRO, FERRINHO, NEI etc.

Impressão: GRÁFICA LIDER (LIDO) (ORION) de 1960 a 1975 Redação e oficina: Av. Getúlio Vargas, 158-170, em frente ao Cine Roxy

VIDA FUTURA REVISTA DE ESTUDOS E PROPAGANDA ORGAM DO GRUPO ESPIRITA SANTO ANTONIO DE PADUA

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fevereiro de 1916.

Tínhamos já matriculados 106 alunos.

“Vida Futura” Este órgão da nossa sociedade e de propaganda espírita continua suspenso por motivo de ordem econômica, diante da precaríssima Grupo Espírita Santo Antonio de Pádua, fundado em Araranguá em 1912 situação finanDe acordo com o dispositivo do ceira de nosso modesto grupo.

Quando poderá ser reencetada sua art. 46, fora aclamado Presidente publicação? Só Deus o sabe, mas temos quem vos ocupa a atenção neste fé que o colapso de sua suspensão não momento, sendo já a segunda vez que sou reeleito por este sistema, o será muito longo. que devo mais à vossa extrema Socorros aos necessitados Exígua como sempre foi a verba – bondade do que a algum mérito que donativos –, a receita por ela produzida por ventura eu possa ter.

Foi reeleito por escrutínio sehá sido excessivamente modesta, razão porque apenas podemos distribuir, creto Isael Antonio de Espíndola, durante o ano, o socorro em dinheiro para o cargo de procurador e recaindo a eleição para os demais carno total de 80$000 réis. gos nos seguintes nomes: Antonio Finanças Como nos anteriores anos sociais, a Manoel Pereira, para vice-Presisituação financeira da nossa modesta dente; Abilio A. F. Gomes, para 1º Secretário; Messias Alves Barbosa, sociedade é bem pouco lisonjeira.

E nem era mesmo de esperar melhor para 2º dito e Pedro Fernandes de situação, atendendo que apenas conta- Souza, para Tesoureiro.

Conclusão mos com um número assaz limitado de Finalizo o meu trabalho elevando, irmãos que têm concorrido com suas do íntimo de minha alma, fervorosas mensalidades do nosso grupo.

A receita acusa apenas o saldo de Rs. preces de gratidão a ilimitada bon7$900 sobre a despesa que montou a dade e infinita misericórdia de Deus, por cuja vontade (...) aliviamos os sofriréis 170$900.

Pelo balanço geral verifica-se o total mentos de alguns irmãos do Espaço de 178$800 produzido pela receita e, que nossos bondosos guias trouxecomo dissemos acima, a despesa mon- ram às nossas sessões, e recebemos sábias doutrinas de Espíritos elevatou a réis 170$900.

Existe felizmente um fundo de re- dos, e rogamos ao nosso bom Pai Ceserva na importância de réis 69$610, lestial abrir-nos sempre o coração à que será distribuída pelos necessitados luz radiante de tão excelentes práticas e conselhos. (...) Estendemos nosno dia do próximo Natal. so profundo agradecimento à vigiEleição De conformidade com o preceito do lância de nosso bom Patrono, cujo art. 28, letra A dos Estatutos, procedeu- nome ligamos ao nosso Grupo (...) à se a 3 do corrente a eleição da nova solicitude de nossos guias, princiDiretoria, que encaminhará os destinos palmente a D. José (...).

Araranguá, 8 de outubro de 1915 do grupo no ano social que decorre dessa data a 2 de outubro de 1916.

Bernardino de S. Campos

ANO VI - 18 DE DEZEMBRO DE 1965 - Nº 133

Em 18 de dezembro de 1965, o CORREIO DE ARARANGUÁ lançou uma edição especial de fim de ano com 32 páginas e 40 clichês de imagens de Araranguá. Uma obra jornalística monumental realizada pela Gráfica Orion em nossa cidade

Reportagem da Cidade Contando cerca de 360 indústrias, entre pequenas e médias, o Município de Araranguá ainda baseia sua economia nas atividades agrícolas, cujo setor contribui com a maior parte do seu parque industrial. Impera a industrialização da mandioca, produto largamente cultivado em toda a Zona. Por ora, não obstante ser o Município de Araranguá um dos maiores produtores de mandioca do Estado, sua industrialização se prende ainda à farinha de mesa, polvilho e farinha de raspa. Necessário se faz o incentivo para que o desenvolvimento da industrialização do produto base do Município, tendo em vista que a mandioca oferece uma infinidade de importantes subprodutos de não difícil industrialização. De primitivas instalações para o fabrico de farinha de mandioca, existem atualmente engenhos modernos com grande produção. Podem-se citar as recentes instalações pela firma do grupo Freitas, no Morro dos Conventos, que são as maiores e mais modernas do sul do país.

Outra fonte de economia do Município de Araranguá, que ultimamente tem se desenvolvido, é a cultura e a industrialização do arroz. Grandes áreas são responsáveis pelo crescimento das colheitas, que de ano para ano tendem a aumentar. Desta cultura provêm as instalações de atafonas, secadores, moinhos etc.

O fumo também representa um grande fator de desenvolvimento econômico. Duas companhias de tabaco operam na Região: Cia. de Cigarros Souza Cruz e Tabaco Litoral Ltda.

O turismo, embora incipiente, tem contribuído para a movimentação da sede da cidade. Durante as temporadas de veraneio, a cidade se transforma, apresentando movimento fora

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APOIO CULTURAL

Novas missões Com o maior prazer vimos, no dia 2 de novembro, desenvolverse em nosso irmão Luiz Leite a mediunidade receitista.

Desde então esse médium há prestado excelentes serviços à humanidade. É já elevado o número de receitas que por seu punho se há obtido do alto.

Havendo esse irmão se afastado do grupo por algum tempo, por determinação que se relacionava com a missão que ia receber, voltou novamente às fileiras dos que combatem em prol do sacrossanto ideal espírita a 4 de novembro.

Fomos agradavelmente surpreendidos com a inesquecível comunicação de um dos nossos guias, que trouxe-nos a grata nova da missão que íamos ter de fluir água todas as terças-feiras, a qual deveria ter, conforme a moléstia a combater, aplicação interna ou externa. Temos colhido bons resultados com o uso dessa água, quer usada só, quer aplicada na dosagem homeopática.

Escola de médiuns Na sessão de 20 de março, foinos determinado, por um de nossos guias, que se inaugurasse a escola de médiuns a que frequentariam os irmãos Pedro Fernandes, Antonio Pereira e Bento Matheus.

Essa escola funcionou, pela primeira vez, a 12 de abril do corrente ano.

Irradiação de um Grupo Em 19 de fevereiro fundou-se em Bom Jesus, Rio Grande do Sul, um grupo espírita a que se denominou “Amor de Jesus” por determinação de nossos guias, que deram longas instruções para a fundação desse novo grêmio do nosso irradiado.

Curso de instrução Infelizmente esta instituição, que já ia prestando relevantes serviços à regeneração moral e social do nosso meio, foi por circunstâncias fortuitas, temporariamente suspensa, devendo reabrirem-se as aulas em

te

F A CRÔNICA DOS ANOS 60 F

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[O “Vida Futura” nº 1 é de setembro de 1912]

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de

JORNALECO 506

Araranguá (Estado de Santa Catharina) Outubro de 1915 - Anno IV - N. 10

j LOGOTIPO CRIADO POR C. E. GUASCO (ESTREOU NA EDIÇÃO 169 DE 16/04/1968 E FOI USADO ATÉ O FINAL)

BERNARDINO DE SENNA CAMPOS

do comum. Incontáveis veículos cruzam suas avenidas, ostentando placas dos mais diferentes pontos do País.

Morro dos Conventos, um dos mais aprazíveis balneários do Atlântico Sul, oferece aos veranistas, além de conforto, belíssimo panorama. Possui bons hotéis, edifícios de apartamentos, boates, clube etc. Outro núcleo de veraneio, distante apenas quilômetros da cidade, é o popular Arroio do Silva, sempre concorridíssimo. Seria necessário maior impulso ao setor turístico, principalmente dispensando o mere-

cido cuidado às estradas.

Araranguá pode considerar-se uma das cidades do interior mais bem servida de bons hotéis. O Alvorada, imponente e luxuoso, agrada a qualquer turista. O Hotel Morro dos Conventos também contribui grandemente para o conforto de todos aqueles que procuram Araranguá para seu recreio ou em viagens de negócios.

Dentre as indústrias localizadas no centro urbano, destacam-se: Indústrias de Calçados Petry, que constitui o maior parque fabril, no gênero, em todo o Estado; Metalúrgica Edson, produzindo fogões e móveis de aço em geral; Metalúrgica Pagé, em franca expansão, dedicandose ao ramo de fundição, bombas hidráulicas para a lavoura, peças para engenhos etc.; Tecelagens Araranguá Ltda. e Santa Clotilde S.A., produzindo aquela tecidos grossos e sacarias e esta, brins, xadrezes, algodões etc.

SEGUE NA P.

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Acima, o parque da Indústria de Calçados Petry (local hoje ocupado pelo Quartel da Polícia Militar); no alto, móveis da Metalúrgica Edson

l VEM DA P. 5

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CORREIO DE ARARANGUÁ Nº 133 18/12/1965

TODAS AS IMAGENS DESTA MATÉRIA SÃO REPRODUÇÕES DOS CLICHÊS DO JORNAL

Seção de artigos para presentes da Casa Cometa; abaixo, a indústria de L. Marques Petry em plena atividade

BALNEÁRIO ARROIO DO SILVA DISK ENTREGA

Matriz: 3526-1339 Filial: 3526-1112

mais, um curso normal regional, quatro grupos escolares, escola profissional feminina, escola técnica de comércio, e 49 escolas isoladas servem toda a zona rural.

Conta ainda a cidade com uma biblioteca mantida pela prefeitura, instalada em pavilhão próprio.

Possui a cidade moderna rede de telefones automáticos, atualmente em ampliação.

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majestoso rio, que poderá oferecer navegação de grande calado, mercê de seu volume d’água e profundidade; aí estão as suas planícies extensas e férteis. Clima salubérrimo. Centro rodoviário, transporte fácil. Além disso, Araranguá é servida por estrada de ferro: a Dona Tereza Cristina. A antiga Campinas do Sul esforça-se para se colocar à altura que merece.

No que diz respeito à educação, funcionam na cidade três cursos ginasiais, sendo um deles estadual, misto, outro masculino dirigido pelos Padres Josefinos, e o terceiro, feminino, sob a direção das Irmãs da Congregação de Santa Catarina. Duas escolas nor-

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APOIO CULTURAL

Indústria Belinzoni, com moinhos de trigo, beneficiamento de arroz e farinha; e, recentemente, a moderna fábrica de biscoitos e massas, cujas instalações podem competir com as melhores do País.

A Fábrica de Molduras Araranguá, um dos ramos da União Madeireiros, produtos que alcançam os mais distantes mercados.

Outra indústria em franco desenvolvimento é a Madeireira Sul Plano Ltda., dedicando-se, de modo particular, à produção de casas pré-fabricadas.

Dos diversos estabelecimentos da indústria do vestuário, destacam-se a Confecções Machado, pelo volume e variedade de seus produtos; e Fábrica Niédja, ora em fase de ampliação.

Conta ainda a cidade com duas importantes fábricas de balas: a Estrela e a Beija-Flor.

Ainda outras existem como, por exemplo, fábrica de esquadros de forro e madeiras, grades etc., fábrica de ladrilhos, túmulos, artefatos de cimento; móveis, estofarias, malas e outros artigos para viagem, sabão e sabonetes, malharias, carrocerias, brinquedos etc.

O comércio do município, representado aproximadamente por 300 estabelecimentos, dentre os quais 80 na sede, vem se desenvolvendo promissoramente. Conta a cidade com modernas casas do ramo de tecidos, armarinhos, louças, vidros, artigos eletrodomésticos em geral, artigos para decorações e presentes, materiais para construção, ferragens etc., inclusive atacadistas, que suprem o interior e municípios vizinhos.

Mantêm agência na praça os bancos Inco, Nacional, do Comércio, Banco do Brasil e Caixa Econômica.

Está prevista a instalação do Banco do Estado para um futuro próximo.

Araranguá, cidade privilegiada pela sua geografia, regiamente dotada dos mais belos quadros naturais, está fadada a um radioso futuro. Aí está o

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Araranguá. Fundada em 1932, o Fronteira Clube, ou Grêmio Fronteira, possui em seus anais uma longa e bela história.

Pela sua diretoDesenho de projeto do UCCA ria já passaram União Clube Cidade Alta centenas de cidadãos. Seus saA Cidade Alta, aprazível e próspero lões presencia- bairro de Araranguá, não poderia ficar “Colégio Normal de Araranguá, recém-inaugurado, dirigido r a m a s m a i s para trás. Pelo esforço de um grupo pelo Major Fabrício de Lima, funciona com os cursos belas e fasci- de abnegados, entre eles Alôncio Normal, Ginasial e Primário, com cerca de mil alunos” nantes festas. E Naspolini, que ocupa a presidência, e No setor saúde, servem a popula- quantos araranguaenses, frequen- mais Gercino Pasquali, Jorge De Bem, ção do Município, um hospital munici- tando o respeitável Grêmio Fronteira, Gregório De Bem, Gerci Pasquali, pal, um posto de saúde e um hospital como criança de tenra idade, nele Walter Fenilli e outros deram início à particular. Oito farmácias localizadas passaram a debutar e nele se viram construção da majestosa sede ora em na sede do Município. Em estudo, a tornar homens e mulheres. vias de conclusão. A construção está O Grêmio Fronteira possui um pa- orçada em cerca de 20 milhões de instalação breve do SANDU. Para seu recreio, diversão, edu- trimônio apreciável. É dono de um cruzeiros.

Por último, temos a citar o aristocação e cultura, conta o araranguaense estádio esportivo, [com um campo de com bom cinema, clubes recreativos, futebol] considerado um dos maiores crático Yate Club Morro dos Convendo Estado. Ocupa toda tos, situado próximo a foz do rio uma quadra da rua Regi- Araranguá, cujas portas são abertas mento Barriga Verde. por ocasião das temporadas de [Na] sua sede própria na veraneio. Além disso, funciona em avenida Getúlio Vargas. Morro dos Conventos uma luxuosa Recentemente, por inicia- boate, que todos os anos apresenta tiva da atual diretoria, foi ótimos conjuntos orquestrais. instalada uma quadra [de Assim vive a sociedade de Arafutebol de salão] no pátio ranguá, frequentando seus melhores do fundo, tendo-se torna- clubes recreativos, para encanto e do a coqueluche da juven- deleite da mocidade. tude.

Sua atual diretoria é composta por Hervalino Campos, Dodemar Olivei“Casa Cometa, dos irmãos Baltazar, pode ser considerada uma das mais modernas do Estado” ra, André Barreiros Pereira, Arilton Tournier, esportivos, clubes de serviço, teatro Édio Paladini, Dr. Severiano S. de amadorista, rádio-emissora, torres de Souza, Valmor Pacheco, Nereu BerYate Club Morro dos Conventos captação de imagem de televisão etc. toncini, Eurico da Costa Pereira.

Araranguá conta com Completam a vida do munidiversos centros socialcípio, Campo Agropecuário, cultural-esportivos, desAssociação Rural, Cooperativa tacando-se o Araranguá Agrícola, Posto de Defesa SaniTênis Clube, situado na tária Animal, Acaresc, residênavenida Getúlio Vargas. cias do DNER e DER. No próximo dia 31, o Desta forma, nos esforçamos Araranguá Tênis Clube para apresentar um trabalho deverá promover um grandespretensioso sobre Araranguá de baile, ocasião em que – simpaticamente cognominada desfilarão em passarela as a “Cidade das Avenidas”, procudebutantes de 1965. rando mostrar aquilo que posTemos o Fronteira Clube. Araranguá Tênis Clube foi, até os anos 90, com o Grêmio suímos e do que somos capazes A mais antiga sociedade de Fronteira, um dos nossos dois clubes mais importantes de possuir no futuro.

APOIO CULTURAL

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[Um panorama de Araranguá em 1965. Na época, a população do município contava com aproximadamente 26 mil habitantes]

NERI DUZ CRO/SC 1544

CIRURGIÃO-DENTISTA Especialista em Implantodontia

Fone (48) 3522-0106 Rua Caetano Lummertz, 41 Sala 01 - Centro Araranguá - SC

z REABILITAÇÃO COM IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS z CLÍNICO GERAL