PANFLETO CULTURAL
H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H
JORNALECO
APOIO CULTURAL
ANO 25 • Nº 508 • JANEIRO DE 2019 Periodicidade mensal - Tiragem: 1.000 exemplares Fechamento desta edição: 01/01/2019 16h20 E-MAIL: jornaleco.ara@gmail.com CNPJ 28.000.138/0001-00
EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Rezende Grechi, Nilson Nunes Filho IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas Nazari Machado PREPARAÇÃO DO FOTOLITO David Machado Fernandes CORTE Toninho Abel IMPRESSÃO Valdo Martins
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© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866, prot.4315/RJ de 17/07/1995)
UMA PUBLICAÇÃO
Av. XV de Novembro, 1807 - Centro - Araranguá Tel. (48) 3524-5916 graficacasadocarimbo@gmail.com
ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.035 Araranguá-SC Brasil
Barbearia Raupp D TEXTO DE R ICARDO G RECHI SOBRE DEPOIMENTO DE JOÃO RAUPP F ILHO EM
Na esquina onde hoje se encontra
o Edifício Katiussi, construído pelo Mané Costa nos anos 1980, havia um antigo e estiloso casarão ocupado, nos anos 70, por um famoso bar, uma famosa sapataria e uma famosa barbearia. O bar era o Clube dos Artistas, com duas portas abertas para a XV; a sapataria era do Tapuri, aberta para a Getúlio; e a barbearia era do Joãozinho e do Deodemar, bem na esquina, com uma porta para cada avenida; ainda, para a XV, havia a relojoaria do Zizo, e, pouco adiante, em outra dessas casas remanescentes das primeiras décadas do século 20 e que a partir dos anos 80 começaram definitivamente a desaparecer em nossa cidade, ficava o bar do Crisanto Freitas, a famosa sorveteria. Em 1996, o Joãozinho tinha sua Barbearia Raupp colada à Pizzaria Peninha (antes, era numa casa que ficara oculta pela nova construção do restaurante e da barbearia, e que passara a ser ocupada pelo Agenor). Eu estive lá para entrevistar o Joãozinho, e o fiz filmando a cena enquanto ele cortava o cabelo do Gibran (foto). Na época, Joãozinho era o segundo barbeiro mais antigo em atividade em Araranguá, com 40 anos de profissão: 0 primeiro era o seu Pedrinho, com 79 anos de idade e 53 de profissão, e depois do
1996 D
Joãozinho era o Paulo Victor, que viria a ser o primeiro barbeiro do Arroio do Silva (J.226). A história profissional de Joãozinho Raupp, nascido em Araranguá em 13 de junho de 1931, filho de João Raupp e Jovita Pereira Raupp, e neto do exprefeito Antonio Raupp, começou no prédio de Altícimo Tournier, na Sete. Em 1956, aos 25 anos, já havia trabalhado na Farmácia Minerva, do Tuca Campos, com o Dinarte. Depois, com o Alírio Pereira, Joãozinho fora alfaiate. No prédio do seu Altícimo, então como barbeiro, faria parceria com o Tuca Barbeiro, o Pedrinho e o Tatavo.
É permitida a reprodução de nossos textos originais desde que citados devidamente o autor e o JORNALECO como fonte da publicação.
No início dos anos 70, associou-se ao cunhado, Deodemar Soares, filho do Manequinha Barbeiro (J.474), seu antigo mestre, e montaram a barbearia na esquina da Getúlio com a XV. — O Manequinha morreu com 102 anos — contava o Joãozinho, mostrando um antigo móvel com espelho que pertencera ao Manequinha, e então reduzido no tamanho, depois de um corte feito pelo Antonio Gava, para que coubesse na sua barbearia ao lado do Peninha, onde se aposentou em 2011, aos 79 anos de idade e 55 anos de profissão. Lembrando a moda do topete dos meninos, o corte americano (feito à máquina, tipo tesoura, que ele ainda guardava, sem uso e sem fio), o barbeiro contou que um aprendiz seu, o Lelê, ao travar a máquina na cabeleira de um garoto, “carçou-lhe o cabelo”*, deixando o rapaz chorando na cadeira. Joãozinho casou em 1959 com Nely Cardoso, falecida em 1979. Tiveram os filhos Ronaldo, Roberto e Renita. Em 1981, casou com Tina, e tiveram o filho Juliano. Em 1996, aos 65 anos, orgulhosamente nos exibia o cartaz do Botafogo campeão brasileiro de 95. Joãozinho faleceu em 24 de agosto 2015. (+J.56 25/3/1997)
(*) Segundo o Araranguário: tb carçá o dedão: correr; fugir; sair do meio da confusão; azular.
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RICARDO GRECHI (FOTOGRAMAS DE VÍDEO)
CN
A volta do Araranguário P. 11
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ARARANGUÁ, JANEIRO DE 2019 • ANO 25 • Nº 508 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA – CORTESIA DOS ANUNCIANTES REVISTA DOS ANOS 70 NÃO IDENTIFICADA
©
Em 1995,
o araranguaense, consagrado ator da Globo, Gilberto Martinho, então com 68 anos de idade, atendeu a uma ligação telefônica em sua residência, em São João da Barra-RJ. Quem chamava era seu jovem conterrâneo Alexandre Rocha, à época com 33 anos. Martinho atendeu a ligação, muito solícito, e concedeu uma entrevista ao Alex, inserida depois no livro Histórias do Grande Araranguá, do Pe. João Dall’Alba. O JORNALECO publicou material sobre o ator nas edições 80, 139, 149 e 464. Hoje reproduzimos o texto do livro, que foi publicado em 1997 numa edição conjunta do departamento de Cultura da Prefeitura, com Alexandre Rocha, e da Gráfica Orion Editora, com Ricardo Grechi.
P. 6 e 7 + 4 e 8 Gilberto Martinho, com Arlete Sales, em Cabocla (1979)
casa e construção
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