JORNALECO
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PANFLETO CULTURAL
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JORNALECO
H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H
ANO 26 • Nº 515 • AGOSTO DE 2019 Periodicidade mensal - Tiragem: 1.000 exemplares Fechamento desta edição: 05/08/2019 19h40 E-MAIL: jornaleco.ara@gmail.com CNPJ 28.000.138/0001-00
EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Rezende Grechi, Nilson Nunes Filho IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas Nazari Machado PREPARAÇÃO DO FOTOLITO David Machado Fernandes CORTE Toninho Abel IMPRESSÃO Valdo Martins
© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866, prot.4315/RJ de 17/07/1995)
Leia o JORNALECO em https://issuu.com/jornaleco (desde jan.2009) e assista nossos vídeos no YouTube: Jornaleco Araranguá SC
Av. XV de Novembro - Centro - Em frente ao Futurão Tel. (48) 3524-5916 graficacasadocarimbo@gmail.com
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UMA PUBLICAÇÃO
É permitida a reprodução de nossos textos originais desde que citados devidamente o autor e o JORNALECO como fonte da publicação.
ARARANGUÁ, AGOSTO DE 2019 • ANO 26 • Nº 515
Tel. (48) 3524-7797 Av. Sete de Setembro, 2520 - Vila São José (esquina com a rua Amaro José Pereira) Araranguá - SC
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A cultura é uma necessidade imprescindível de toda uma vida, é uma dimensão constitutiva da existência humana, como as mãos são um atributo do homem. Ortega y Gasset / Por cultura entendo a mais intensa vida interior, a de mais batalha, a de mais inquietação, a de mais ânsia. Miguel Unamuno / Tem duas formas, ou modos, o que chamamos cultura. A cultura é o aperfeiçoamento subjetivo da vida. Esse aperfeiçoamento é direto ou indireto; ao primeiro se chama arte, ciência ao segundo. Pela arte nos aperfeiçoamos a nós; pela ciência aperfeiçoamos em nós o nosso conceito, ou ilusão, do mundo. Fernando Pessoa
Pilotos famosos morrem em Araranguá
o que é cultura? e o que eu teNho coM isso? CULTURA SIGNIFICA CULTIVAR, e vem do latim colere. Genericamente a cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos adquiridos pelo homem não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade como membro dela que é. Em ciências sociais, cultura é definida como um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em geração através da vida em sociedade. Na filosofia, a cultura é uma atitude de interpretação pessoal e coerente da realidade, destinada a posições suscetíveis de valor íntimo, argumentação e aperfeiçoamento. Podemos dizer que há cultura quando essa interpretação pessoal e global se liga a um esforço de informação no sentido de aprofundar a posição adotada de modo a poder intervir em debates. Essa dimensão pessoal da cultura, como síntese ou atitude interior, é indispensável. A cultura como antropologia tem como objetivo representar o saber experiente de uma comunidade, saber obtido graças à sua organização espacial, na ocupação do seu tempo, na manutenção e defesa das suas formas de relação humana. Estas manifestações constituem aquilo que é denominado como a sua alma cultural, os ideais estéticos e diferentes formas de apresentação.”
APOIO CULTURAL
(Adaptado de um texto circulante na Internet)
CN
Segundo o antropólogo Lévi-Strauss, cultura é o “conjunto de sistema simbólico, entre os quais se incluem a linguagem, as regras matrimoniais, a arte, a ciência e a religião. Estes sistemas se relacionam e influenciam a realidade social e física de diferentes sociedades.” O Jornal Hoje (TV Globo) de 31/07/2015, comparou operários de alguns países, concluindo que aqueles que têm mais capacitação intelectual produzem mais. Em contrapartida há a chamada “cultura de massa”, como o produto de uma “indústria cultural”, que consiste em todo tipo de artigos de expressão cultural produzidos para atingir a maioria da população, com o objetivo essencialmente comercial, ou seja, de gerar produtos para o consumo. O obscurantismo paira sobre a cultura brasileira, ameaçando o acesso geral à educação, a pesquisa, a diversidade de pensamento e criação, a expressão e a divulgação da nossa produção de conhecimento e arte, enquanto a “cultura de massa” domina cada vez mais o tempo e a consciência das pessoas. (RG)
Riqueza cultural brasileira
Dois pilotos da aviação primitiva morrem misteriosamente às margens da Lagoa dos Esteves. Depois, suas mortes são elucidadas e o aeroplano tem um fim inusitado. por CÉSAR DO CANTO MACHADO ○
CASA NENA CANOAS / RS
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Transcorria o ano de NET
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1920. Havia pouco que no Brasil se assistia aos voos das primeiras aeronaves. Nessa época, também nos céus barrigas-verdes, em voos quase rasantes, já se
viam, mesmo esporadicamente, audaciosos pilotos a conduzir esses veículos. Transmudadas, nos tempos atuais, em portentosos condores metálicos, essas máquinas eram então pouco mais que esquisitas engenhocas aladas, com
fuselagem e asas compostas de delgadas traves de madeira montadas sob revestimento de resistente tecido. Dentre os pilotos brasileiros que havia nesses tempos bicudos – em meio p. 6 e 7 l
TEXTO DE RICARDO GRECHI s Aluno da 6 a fase de Filosofia - UNISUL
O AMOR é como uma corruíra no jardim — de repente ela canta e muda toda a paisagem. AOS QUARENTA anos você pede menos que Diógenes, nem reclama da sombra de Alexandre na soleira do tonel. ELE MANDA e desmanda no vento. Ralha com a chuva. Castiga o raio. Silencia o protesto do trovão. Só pela velha não é obedecido. CINQUENTA metros quadrados de verde por pessoa de que te servem se uma em duas vale por três chatos? DE QUE SERVE fazer bem uma gaiola se nenhum passarinho quer entrar? ESPIOU-A encher o copo no filtro, sorver a metade e deixar o resto. — Essa aí nem beber água sabe. QUEM LHE dera o estilo do suicida no último bilhete.
DISK ENTREGA
Matriz: 3526-1339 Filial: 3526-1112
uplemento
Unicamente conhece o ser humano aquele que o ama sem esperança. WALTER BENJAMIN (1892-1940)
MARIO QUINTANA ○
A VELHINHA meio cega, trêmula e desdentada: — Assim que ele morra, eu começo a viver. Mini-histórias extraídas do livro Ah, é?, Record, Rio de Janeiro, 1994.
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POETA BRASILEIRO (Alegrete 1906 - Porto Alegre 1994) ○
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Canção da Janela Aberta Passa nuvem, passa estrela, Passa a lua na janela...
Dedicando-se exclusivamente ao conto , Dalton Jérson Trevisan (Curitiba-PR, 1925) acabou se tornando o maior mestre brasileiro no gênero. Em 1996, recebeu o Prêmio Ministério da Cultura de Literatura pelo conjunto de sua obra. Mas continua recusando a fama. Não cede o número do telefone, assina apenas “D. Trevis” e não recebe visitas — nem mesmo de artistas consagrados. Enclausura-se em casa de tal forma que mereceu o apelido de O Vampiro de Curitiba, título de um de seus livros. Guerra conjugal , um de seus livros, foi transformado em filme em 1975. Suas obras foram traduzidas para diversos idiomas: espanhol, inglês, alemão, italiano, polonês e sueco.
Sem mais cuidados na terra, Preguei meus olhos no Céu. E o meu quarto, pela noite Imensa e triste, navega... Deito-me ao fundo do barco Sob os silêncios do Céu. Adeus, Cidade Maldita, Que lá se vai o teu poeta. Adeus para sempre, Amigos... Vou sepultar-me no Céu! Poema extraído do livro Poesias. Editora Globo, Rio de Janeiro, 1987 (7a edição), p. 48 e 49.
PIADAS O PAI MAIS RÁPIDO Três colegas de escola começam a exaltar as qualidades de seus pais durante o recreio. Em um momento da conversa, um deles diz: — O meu pai é quem corre mais rápido... Ele é capaz de atirar uma flecha, começar a correr e ultrapassar a flecha! — Você acha isso rápido? O meu pai é caçador... Ele consegue dar um tiro e chegar ao alvo antes da bala! — Vocês dois não sabem o que é rapidez! — Ah, é? O que seu pai faz? — O meu pai é funcionário público... Ele trabalha até as seis da tarde, mas consegue estar em casa às quinze pras cinco! GAY: FELIZ O filho pergunta ao pai: — Pai, o que significa a palavra “gay”? O pai, meio constrangido, responde: — Bem, meu filho, gay significa “feliz”. O filho pergunta: — Pai, você é gay? E o pai responde: — Não, meu filho. Eu tenho uma esposa...
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BALNEÁRIO ARROIO DO SILVA
S S
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Algumas de Dalton Trevisan
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APOIO CULTURAL
APOIO CULTURAL
As instituições de tratamento de dependência química quase não suportam a demanda, que novos drogadictos estão sempre chegando. Mas o que lota as casas são os “veteranos”, pois a reincidência é avassaladora, no que as instituições têm contribuído muito, pois a maioria administra medicação psiquiátrica sem um trabalho específico de uso e retirada desses psicofármacos, impossibilitando que o doente fique realmente “limpo” para aderir com lucidez a um tratamento. O que se tem observado na prática é um contínuo drogar-se, um círculo vicioso em que o adicto alterna as drogas preferenciais dos períodos de drogadição com as drogas paliativas dos períodos de “abstinência”, impossibilitandolhe um empenho efetivo nas terapias cognitivo-comportamentais e uma atitude honesta nas reflexões
e ações morais e espirituais, baseadas ou não nos Doze Passos das irmandades anônimas, que as clínicas e comunidades terapêuticas adotam em seus programas. Em 20 anos de interação com centenas de dependentes químicos e estudos complementares, observo que o dependente em tratamento com medicação psiquiátrica continua atrelado à sua personalidade adicta, desenvolvida ao longo do tempo de uso de drogas e caracterizada por sentimentos negativos, como autopiedade e rancor, que monopolizam as reações emocionais do indivíduo. Essa personalidade adicta é o cerne da doença plenamente desenvolvida, o caráter essencial que define o transtorno psíquico e deflagra as recaídas. Portanto, sua identificação é a chave para a libertação da obsessão pelas drogas. Mas essa libertação não se dá por
WILLIAM JAMES (1842-1910)
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A mãe do jovem dependente químico me contou, entusiasmada, que havia levado o filho ao psicólogo. “Bom”, considerei. E que o psicólogo havia indicado um psiquiatra. “Então agora ele tá tomando remédio?”, perguntei. Respondeu que sim. “E ele já havia sido medicado antes?” Ela disse que não. “Bá”, avaliei com meus botões. Uma nova droga acabava de ser introduzida no histórico de drogadição do rapaz.
Aja como se o que você faz fizesse diferença.
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Drogas, e mais drogas
fuga horizontal, como muitos querem, mas por crescimento vertical. E a condição inicial é estar “limpo”. Nesse ponto, os psiquiatras não têm ajudado muito. Em geral eles possuem bons argumentos (um deles é a manutenção da clientela) para justificar as prescrições medicamentosas, o que não têm gerado resultados promissores. Na verdade, a maioria desses médicos “desistiu” dos drogados e administra ansiolíticos e antidepressivos por mera convenção instrumental e incapacidade de lidar com o problema. Psicofármacos funcionariam melhor nos casos de comorbidade em que a dependência química seja secundária ou sintomática. A avaliação disso cabe aos especialistas. Mas acontece que eles, com raras exceções, têm colocado tudo no mesmo balaio. Assim, nesse passo, com o problema se intensificando, precisaremos livrar nossos drogados também dos psiquiatras, até que os cursos de formação ofereçam aos médicos melhor discernimento, e, da parte deles, mais boa vontade e disposição para lidar com os doentes. z
LIGAÇÃO PARA O PAI A mãe pede ao filho que ligue para o celular do pai: — Filho, diga que o jantar sairá em uma hora. — Pode deixar, mamãe. Depois de algum tempo, ela pergunta: — E aí? O que ele disse? Já está vindo? — Já liguei três vezes, mãe. — E ele não atendeu? — Atendeu. Mas sempre quem fala é uma mulher... — O quê? Deixa comigo... Ele vai ver quando chegar em casa! Quando o pai aparece em casa, a mulher começa a falar: — Vem cá, filho! Diz aqui quem foi que atendeu o telefone do seu pai! — Uma mulher... E ela disse: “O número para o qual você ligou encontra-se desligado ou fora de área de cober tura.”
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Reuniões 4as e 6as feiras, às 19h30 Próximo à Câmara de Vereadores Balneário Arroio do Silva
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Reuniões 4as feiras, às 20h Sala na Igreja Episcopal, centro - Araranguá
POLÍCIA MILITAR: 190 POLÍCIA RODOVIÁRIA FED.: 191 SAMU: 192 BOMBEIROS: 193 ATENDIMENTO À MULHER: 180 ○
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Pães, bailes e brim Coringa
N.A. Narcóticos Anônimos
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EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI
telefones para emergências
Reuniões 3as feiras, às 20h00 Sala na Igreja São Cristóvão - Maracajá ○
joão batista de souza
Reun. 2as f., 20h - Junto ao A.A. - Araranguá
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A vida, antigamente, não era fácil. Quem vivia no interior, nas pequenas comunidades, longe de qualquer meio de comunicação, então, muito difícil; tanto na comunicação quanto aos outros meandros da vida humana. Hoje tudo é mais fácil, podemos assim dizer. Exemplo? O namoro. Ah! O namoro. Quem disse que um rapaz podia, logo no primeiro dia de namoro, pegar na mão da sua amada! Até as conversas, os tipos de conversas eram diferentes. Como é que chamamos, hoje, uma moça bonita? “Gatinha”! Antigamente, não. Antigamente era “pão”. Acredita? “Oh, rapaz! Tua namorada é um verdadeiro pão”. As meninas diriam: “Olhem que pãozinho!” De outra forma, se a coitada não fosse lá, assim, bonitinha, chamávamos de “arroz”. Por falar em namorada, no meu tempo de guri – 17, 18 anos de idade – formávamos uma confraria de, como posso dizer... andarilhos noturnos à procura de salões de bailes e domingueiras nos finais de semana. Dinheiro escasso. Mas, éramos arrojados. Num raio de cinco quilômetros procurávamos os locais costumeiros, para nos divertir. Nem precisa dizer: Tudo a pé. Com lua cheia ou noite escura, lá íamos todos. Entre nós sempre havia um ou outro mais arrojado, “peitudo”, que não se preocupava se estava agradando ou não. Metia a cara com tudo. Os bailes, nos salões de danças, eram “abrilhantados”, invariavelmente, por uma sanfona e um pandeiro. Iluminação por conta de lamparinas a querosene. No outro dia, nossos narizes pareciam verdadeiras fornalhas, de tanta fuligem. Lembro, como hoje, de três desses bailes em que passei por situações constrangedoras, hilariantes, se não fossem, umas tantas, dramáticas. No Barracão, comunidade rural perto – três quilômetros – da vila onde morava, estávamos reunidos e, entre nós, um rapaz de nome Loro, meio abrutalhado e feio se engraçou por um “pãozinho”. A mais bonita do local.
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Médicos alertam para tomar cuidado com os rins
RESPONSÁVEIS por filtrar impurezas do sangue, regular a composição do organismo e a pressão arterial e produzir hormônios, entre outras funções, os rins merecem atenção. Especialmente porque nesse par de órgãos a manifestação de doenças é silenciosa: os sintomas só se tornam aparentes quando cerca de 80% da capacidade já está comprometida. É o que explica o nefrologista Miguel Carlos Riella:
O TRATAMENTO DAS DOENÇAS RENAIS
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– A grande maioria das pessoas não sabe que tem doença (renal) crônica, porque o rim pode ser lentamente destruído e não apresentar nenhum sintoma. O primeiro passo para cuidar desses dois órgãos é simples: basta atenção aos fatores de risco. Conforme Riella, hipertensos, diabéticos, idosos com 60 anos ou mais e obesos mórbidos são os mais propícios a desenvolver doenças nos rins, assim como quem tem histórico familiar de doenças. – Se tiver qualquer um desses fatores de risco, a pessoa deve procurar um nefrologista. Exames simples, de sangue e de urina, diagnosticam os males – esclarece o nefrologista Dirceu Reis da Silva. Há vários anos, uma campanha mundial organizada pela International Society of Nephrology e pela International Federation of Kidney Foundations busca informar e conscientizar sobre os cuidados com os rins. Um dos temas do movimento dizia respeito a outro órgão vital: Proteja seus Rins, Salve seu Coração. É que, conforme Silva, as causas das patologias renais são as mesmas das cardiovasculares. – A principal causa de mortalidade no mundo é cardiovascular. Entre os que
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Como em qualquer enfermidade, o diagnóstico precoce de doenças renais crônicas é o melhor caminho para o tratamento. As doenças dos rins, no entanto, têm o pormenor de só se tornarem aparentes quando a capacidade de funcionamento dos órgãos já está bastante comprometida. Segundo o nefrologista Dirceu DICAS PARA EVITAR O CÁLCULO RENAL
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Reis da Silva, quando surgem sintomas como inchaço, pressão alta de difícil controle, anemia sem causa aparente, náuseas, vômitos e alterações urinárias (presença de sangue ou urinar várias vezes à noite), o quadro já pode ser grave. – Em muitos desses casos há insuficiência renal, e a saída é o paciente se submeter à diálise – explica. São os casos em que o doente necessita de transplante ou auxílio para que a função dos rins seja cumprida. O procedimento mais conhecido é a hemodiálise, em que uma máquina filtra o sangue. Conforme o nefrologista Daniel Rinaldi dos Santos esse é o tratamento a que 90% dos doentes renais crônicos são submetidos no país. A intensidade de seções
TOURNIER Dr. Everton Hamilton Krás Tournier Graduado e especializado na Universidade Federal de Santa Catarina • Pós-graduado no Instituto Adolfo Lutz de São Paulo • Pós-graduado na Universidade do Sul Catarinense E-mail: tournier@contato.net
varia, mas, em média, são três semanais, de quatro horas cada. O outro método, explica Santos, é a diálise peritonial, utilizada em menor escala por causa do custo elevado. Nela, um líquido injetado por um cateter, na barriga, entra em contato com o sangue para purificá-lo. – Participei de congressos no Exterior e pude acompanhar a grande preocupação com essa epidemia que está se tornando a insuficiência renal. Se pudermos evitar que uma pessoa chegue a fazer hemodiálise, já estamos ajudando. Por isso é tão importante alertar a população para a prevenção – diz Isolde Elisabetha Chies. Saiba mais sobre os rins: z são dois órgãos de cerca de 12 centímetros, localizados na região lombar alta; z o formato de cada um lembra uma manga; z filtram toxinas do sangue, eliminam resíduos e regulam a composição do organismo; z produzem hormônios; z regulam a pressão arterial; z recebem cerca de 1,2 litro de sangue por minuto. Assim, filtram todo o sangue de uma pessoa cerca de 12 vezes por hora; z quando não funcionam corretamente, há necessidade de diálise. Em muitos casos, o tratamento precisa ser feito pelo resto da vida, caso não haja possibilidade de transplante; z no Brasil, aproximadamente 90 mil pacientes insuficiência renal são submetidos à diálise; z a cada ano, cerca de 21 mil brasileiros iniciam diálise; z estima-se que 5% dos brasileiros sofram de algum grau de doença renal. Cuidados básicos que todos devem ter: z evitar excesso de sal; z consultar seu médico periodicamente; z praticar exercícios físicos; z manter dieta equilibrada, evitando carne vermelha; Fonte: GAUCHAZH.clicrbs.com.br z não fumar.
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morrem por esse tipo de doença, grande parte é portador de doença renal crônica e não sabe. Por isso estamos alertando – complementa o nefrologista Daniel Rinaldi dos Santos.
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Primeiro passo para cuidar desses órgãos é ter atenção aos fatores de risco, como a idade, a hipertensão e o peso
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Nós, os “bonitões” e “inteligentes”, começamos encorajar o coitado para “tirar” a moça pra dançar. Já estávamos festejando o “carão” que ele iria ganhar. Conclusão: no final da festa o feio e desengonçado amigo estava “leve e solto” com sua nova namorada. Nós, os bonitões e inteligentes, a “chupar” dedos! Nem um “arroz brabo” nos sobrou. Noutra ocasião, num baile distante uns quatro quilômetros, local desconhecido, não estávamos gostando da festa e resolvemos ir embora. Noite escura. Um breu. Estrada de chão. Ninguém bebia, a não ser guaraná ou gasosa. No caminho de volta, um gaiato resolveu atirar uma pedra no telhado de uma casa à beira da estrada. Foi uma correria! Eu, de calça “brim Coringa” – aquela de brim azul escuro, bem grosso, lado de fora, lado de dentro, azul claro, quase cinza –, duas dobras (arregaçadas) nas bainhas das pernas, bolsos pelos lados de fora, costurados, assim como toda a calça, com linhas alaranjadas e em duas fileiras, botões de latão, nova, “estalando”; o modelo da época. Na correria, uma dobra da perna da calça batia na outra e fazia um barulho estranho e compassado: parecia o tropel de um cavalo. Quanto mais corria mais o “cavalo” me seguia, até que não aguentei mais, parei, e o “desgraçado” do cavalo, pra minha alegria, também parou... Uma das grandes dificuldades de antigamente, quando não se estava em casa, era procurar um local onde se pudessem fazer as necessidade fisiológicas. Urinar era fácil para os homens: era só procurar um cantinho qualquer, mas, outras coisas... Em Esplanada, o mais difícil, porque tínhamos que caminhar por cinco quilômetros em cima de um trilho de trem, o salão era grande, não luxuoso, mas, dava pro gasto. Novidade! Não havia banheiros, como de resto, todas as salas comerciais ou residências; no máximo uma “casinha” de madeira em cima de um buraco no chão, onde o usuário lá “depositava” suas “encomendas”.
ANÚNCIO DE REVISTA DO BRIM CORINGA / ANOS 1960
Na adolescência e início de juventude o indivíduo... come! Eu não era diferente. De minha vez, as visitas às “casinhas” também eram frequentes. Pois bem! Nessa noite fiquei “apurado” e precisei procurar um local mais afastado para fazer o “número dois”, se é que me entendem. Noite nublada. Nem precisa explicar a escuridão. Não havia luz elétrica na época. Caminhando pela via férrea, “contando” os passos devido às dificuldades visuais, não percebi um pequeno pontilhão de uns três metros de comprimento por “um e pouco” de profundidade. Caí lá embaixo. Por sorte não me machuquei e não havia água, apenas sujei as roupas levemente; nada que me impedisse de retornar ao baile, vista a pouca luminosidade do local. Por falar em dificuldades, certo caipira resolveu viver na cidade grande. A caboclada daquele arraial fez uma festa de despedida muito bonita, com catira, dança de roda e tudo o mais. Só que o cainã não gostou da nova vida – não se adaptou aos reboliços daquele mundão de prédios, bondes e gente, e retornou. Outra festança. Desta vez, de boas-vindas. Perguntado por que não conseguiu ficar na cidade grande, respondeu: – Óia, o povo lá não é muito bão das cabeça! É tudo doidjo. Começa construir uma casa em cima da outra pra ir até o céu. Quando vê que num dá, para tudo e escrevinha lá em baixo, bem na entrada: É DIFICI. z
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16 de dezembro de 1942. Desfile vem pela avenida Getúlio Vargas e dobra em direção ao Jardim
Galeria Galeria
E T C ETERA
“Se nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e não da morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da convivência com o diferente e não de sua negação, não temos outro caminho senão viver plenamente a nossa opção” PAULO FREIRE (1921-1997), educador,
Foto: Salvador | Texto: Ricardo Grechi | Colaborou Alexandre Rocha
pedagogo e filósofo brasileiro, considerado um dos mais notáveis na história da pedagogia mundial, inspirando gerações de professores por seu empenho em ensinar os mais pobres.
Conceitos econômicos que significam o seu oposto (https:// MONITORDIGITAL.COM.BR /conceitos-economicos-que-significam-o-seu-oposto)
TEXTO DE JOSÉ CARLOS DE ASSIS *
DEVO ter escrito aqui muitas deze-
ATENDIMENTO: De segunda a sexta: das 8h às 12h e das 13h30 às 19h Sábados: das 8h às 12h e das 13h30 às 17h Tel. 3524-3071 Av. XV de Novembro
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(1) www.pm.sc.gov.br; (2) Quem matou o prefeito Salmi Paladini, Osmar Nunes, 1994; (3) Wikipédia; (4) Histórias do Grande Araranguá, Pe. João Leonir Dall’Alba, Orion, 1997.
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chamado onde os alistados foram reunidos no Jardim Alcebíades Seara. Muitos deles já haviam servido no Tiro de Guerra de Araranguá. A corporação existia nas cidades, formada por voluntários que faziam patrulhamento pelas ruas. O QG do agrupamento era situado nas proximidades do Morro Centenário, onde também eram depositados armamentos, munições e outros apetrechos. Entre os que serviam à milícia, estavam, além de Iracy Luchina, alguns de seus muitos amigos, como José Bernardino Coelho, chamado de Cabo Magro, Augusto Destro, Armelino Cesa, João Bolacha, Tapuri Leite, entre outros. Dos que se apresentaram na Praça, a maioria foi dispensada, e alguns, como Destro, João Bolacha e Iracy, seguiram para o Rio de Janeiro. TESTEMUNHO DO VAIOCA — “No tempo do Tenente Ruy, eu já estava com 18 anos. Havia o perigo de uma invasão alemã, durante a guerra. Então se formaram grupos de alertadores. Eu era da banda e tomava conta da estrada na frente do hospital. Era proibido acender luzes à noite, porque do mar poderiam ver a claridade da cidade. Cada setor tinha três elementos que iam fazendo períodos de ronda. Além das luzes ficava-se observando o movimento de gente estranha que aparecia. Cada um tinha um chefe a quem comunicar qualquer fato estranho” (depoimento de Rivarol Gerhardt, em 1986, aos 65 anos).4 COMENTÁRIO — O edifício em destaque, na esquina da Getúlio com a Sete, abrigou até os anos 60 o famoso Café Brasil, o maior de sua época. A famosa esquina, chamada durante muitos anos de “esquina do Café Brasil”, foi um ponto central da nossa cidade, onde a juventude de meados do século passado fazia seus passeios nos fins de semana: para um lado, o Cine Roxy e o Fronteira Clube, na Getúlio, para o outro, a Igreja Matriz e a Praça. Ali se recebia os jornais de fora e os viajantes aguardavam a chegada de seus ônibus. A foto atesta que o prédio, extinto há pouco mais de dez anos, é anterior ao da Gomes Garcia e outros da mesma época, como o prédio que abrigaria o Bar Central, na Getúlio, que depois rivalizaria com o Café Brasil em estrutura e fama. As ruas ainda não eram calçadas, e o morro da Urussanguinha podia ser vislumbrado de toda parte. z
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FOTO — Instalado em Araranguá há pouco mais de um ano, esta fotografia já revela o senso jornalístico do Foto Salvador e de seu fotógrafo-mestre, José Genaro Salvador. No flagrante, soldados e povo enfileirados desfilam em 16 de dezembro de 1942, cruzando a esquina da Getúlio com a Sete. NA HISTÓRIA — O vigário da Paróquia de Araranguá é Frei Tiago Coccolini (1941-1952). O prefeito é o tenente Ruy Stockler de Souza, que, futuramente, entre 17 de setembro e 20 de outubro de 1963, assumirá o comando da Polícia Militar de Santa Catarina, em Florianópolis. 1 No seu governo (1941 a 1945), construiu-se a estrada para o Arroio do Silva, o estádio da então Associação Atlética Barriga Verde (atual Grêmio Fronteira), o “novo coreto” e a Biblioteca Pública Luiz Delfino, iniciou-se a construção do Hospital Bom Pastor, instalou-se um serviço de alto-falantes no Jardim Alcebíades Seara, que gerou uma pequena emissora de rádio chamada “A Voz de Araranguá”.2 Em 22 de agosto de 1942, o Brasil declarou guerra à Alemanha Nazi e à Itália. Em 26 de agosto, um avião da Força Aérea Brasileira atacou e danificou um U-Boot próximo de Araranguá, no estado de Santa Catarina.3 O FATO, POR ALEXANDRE ROCHA — “Se a data for 1942, pode tratar-se do alistamento de soldados para servir ao Exército, pois embora o Brasil só enviasse soldados em 1944, a declaração de guerra ocorreu em 1942. Entre os presentes no ato, alguns foram dispensados, outros foram servir mas retornaram sem convocação para a guerra. Entre os que se juntaram ao contingente da FEB temos João Bolacha, que sobreviveu. E temos Iracy Luchina, que foi um dos 470 brasileiros mortos na 2a Guerra. A convocação ocorreu num
nas de vezes as palavras "liberal", "conservador" e "ortodoxo", e só numa conversa recente com um amigo ilustre me dei conta de que o que se dizia do lado de cá podia ser interpretado de forma totalmente diferente do lado de lá. Na verdade, isso é um defeito comum de "especialistas" que se fecham numa caixa preta conceitual, iniciados num rito que só eles entendem. Comecemos com "liberal". Na linguagem comum, liberal é o sujeito aberto para as novidades, generoso com as diferenças, tolerante com o outro. É um conceito muito próximo do que se usa no linguajar político norte-americano para identificar os progressistas sociais em face dos conservadores. Um político liberal norte-americano geralmente é um sujeito do Partido Democrata, mais ou menos comprometido com o Estado do bem-estar social, sensível aos interesses dos pobres. Não é este o "liberal" a que em geral me refiro. Aliás, o "liberal" a que costumo me referir é o exato oposto do "liberal" social. Trata-se do "liberal" econômico. Ele é individualista, interesseiro, egoísta, indiferente aos pobres e radicalmente contrário à ação social do Estado. É contra também a regulação da economia pelo Estado, assim como a qualquer interferência do Estado no setor produtivo, pois entende que o capitalista privado deve ter liberdade total para buscar seu único objetivo relevante, o lucro.
Existe uma ideologia justificadora do "liberal" econômico. Ela recua a Adam Smith, o fundador da economia, numa passagem célebre em que ele observa que o padeiro, o verdureiro, o ferreiro, promovem o interesse geral quando buscam o interesse próprio. Essa metáfora, obviamente, não tem nenhum sentido no mundo dos trustes, dos monopólios e oligopólios do capitalismo real. Assim mesmo, a idéia de que "a mão invisível" do mercado livre produz eficiência e ótima alocação de recursos fez grande escola. No que ele tem de mais agressivo – a idéia do Estado mínimo, econômica e socialmente irresponsável –, o "liberal" econômico é uma fraude. Nunca se viu "liberalismo" na história do capitalismo. Nos seus primórdios na Holanda, os grandes capitais dos comerciantes se apoiavam no Estado para se expandir; na Inglaterra, o grande capital de expansão mundial está diretamente vinculado a concessões da Coroa; nos Estados Unidos, na virada do século XIX para o XX, quem comandava o circo eram os grandes trustes, que enfeixavam a um só tempo poder econômico e político. Isso nunca mudou na essência, a despeito das leis antitruste. Contudo, os ideólogos do capitalismo sem regras invocam as virtualidades do "liberalismo" imaginário toda vez que as condições sociológicas impõem uma intervenção de fundo do Estado na economia. Foi assim nos anos 30 nos Estados Unidos: os "liberais" resistiram tenazmente ao New Deal, acusaram Roosevelt de socializante e comunista, contrário à iniciativa privada. Nos 40 anos seguintes ao New Deal, até os anos 70, os "liberais" ficaram relativamente quietos, esmagados pela
prosperidade geral das economias de bem-estar social. Figuras como Hayek e Milton Friedmann não eram levados a sério. Foi a partir dos anos 70, com Thatcher e Reagan, que voltaram à cena. As sociedades prósperas do Primeiro Mundo, ou a parte próspera dessas sociedades, entenderam de reentronizar o "liberalismo" como ideia força da organização política. Continuam uma fraude. Em 1987, no craque da Bolsa de Nova York, viram-se "liberais" de todos os quadrantes apelando para os bancos centrais dos principais países industrializados a fim de se salvarem. Obviamente, foram atendidos, com o que se evitou um outro 29. É assim que eles são. Liberdade total frente ao Estado para ganhar, dependência total do Estado (que controlam politicamente) para não perder. Liberalismo é isso. Já neoliberalismo é isso com um certo grau adicional de charlatanismo. "Conservador" tornou-se uma palavra ambígua. Antigamente, confundia-se com o "liberal" econômico, que queria conservar o "liberalismo" dos anos 20 frente ao New Deal. Seu congênere atual é o "reformista". No polo oposto estão os progressistas sociais, que querem defender o Estado do bem-estar social da sanha dos neoliberais. "Ortodoxo", por sua vez, não é aquilo que é certo segundo a realidade da economia; é aquilo que é certo segundo uma teoria que não tem nada a ver com a realidade. (*) Economista, doutor em Engenharia de Produção pela Coppe-UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB.
Dr. Ivan Holsbach MÉDICO PEDIATRA Eletroencefalograma - Mapeamento Cerebral RESP. TÉC.: Dr. Carlos Roberto de Moraes Rego Barros - CRM 3270 RQE 2755
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ANO VII - Nº 144 - 20 DE AGOSTO DE 1966
n Mens sana in corpore sano Mente saudável em corpo saudável JUVENAL (C.60-C.127) Com esta afirmação, o satírico romano Juvenal não foi bem compreendido, pois ele não quis dizer que ambos andam juntos automaticamente, mas apenas que era algo desejável. “Ut tamen et poscas aliquid voveasque sacellis exta et candiduli divina tomacula porci, orandum est sit mens sana in corpore sano” (E assim ao teres algo com que dirigir-te ao altar e oferecer em sacrifício divino tripas e miúdos de porco, deves orar para ter mente sadia em corpo sadio), escreve ele em sua décima sátira. Hoje, a expressão é geralmente utilizada, contudo, para sugerir que o bem-estar físico também afeta automaticamente a mente.
FATOS DA CIDADE
Um dos produtos base da alimentação, a carne, tem preocupado sobremaneira o consumidor. Em menos de dois meses subiu de mil e duzentos cruzeiros para dois mil. Não se compreende a manobra existente com a carne. Os próprios açougueiros locais sentem-se surpresos com a autorização do aumento. Infelizmente não temos para quem apelar. O consumidor sofre calado as consequências da nova política de preços posta em prática. Unicamente, deixamos aqui patenteado nossos protestos em nome do povo que paga e que na maioria já não pode mais consumir carne nem duas vezes por semana. Não podemos deixar de confiar naqueles que dirigem os destinos do País, cuja responsabilidade é enorme perante a Nação. NJ: Confiar não resolveu. A frase do
z Está sendo construído, no arrabalde de Urussanguinha, um matadouro para gado bovino. Manoel Costa venceu a concorrência. z O Ginásio Nossa Senhora Mãe dos Homens resolveu acabar com os cabeludos. Só entram nos portões moços decentes, com cabelos aparados. z Alfeu De Boni, colaborando com o embelezamento da cidade, ofertou trezentas mudas de pinheiro canadense, vindas de Bom Jesus. z Araranguá, como o resto do País, também está sentindo a pavorosa falta de dinheiro e crédito. Quem está sentindo esta falta, naturalmente, são o comércio e a indústria, os capitalistas, afinal. Porque aqueles que nunca tiveram nada continuam na mesma, isto é, não tendo nada mesmo. z Um reflexo negativo da política financeira do país, aqui em Araranguá, é o caso da Cia. de Cigarros Souza Cruz. Para efeito de economia não manterá nem vigias no depósito local. z Houve uma reunião na Prefeitura dos moradores da avenida Sete de Setembro. Objetivo: calçamento. Segundo tudo indica, até o fim do corrente ano, a bela avenida Sete de Setembro terá o lado direito calçado, talvez com paralelepípedo, ou pedras irregulares. z A rua Rui Barbosa está ficando maravilhosa. O leito está quase concluído para receber calçamento. O serviço de urbanização da margem do rio está ficando muito bonito e bem feito.
presidente Costa e Silva (1967-1969): “Que os ricos sejam mais ricos para que os pobres, por sua vez, sejam menos pobres”, sacramentou o abismo entre a riqueza de uns e a pobreza da maioria no período da ditadura militar, em que a miséria do povo seguia dramática durante os anos 1970, só melhorando a qualidade de vida dos brasileiros, gradativamente, a partir de 1994, com o Plano Real do governo de Itamar Franco e novas tecnologias, atingindo seu auge de conquistas com os programas de bem-estar social do presidente Lula, e com Dilma, em 2014, quando a ONU anunciou que o Brasil saíra do Mapa da Fome.
Dicionário de Máximas e Expressões em Latim, Christa Pöppelmann, Escala, 2010, p. 76.
A casa dos mil espelhos Tempos atrás, em um distante e pequeno vilarejo, havia um lugar conhecido como “A casa dos mil espelhos”. Um pequeno e feliz cãozinho soube deste lugar e decidiu visitá-lo. Lá chegando, salRNET titou feliz escada acima até a IMAGENS INTE entrada da casa. Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e a cauda balançando tão rapidamente quanto podia. Para sua grande surpresa, deparouse com outros mil pequenos e felizes cãezinhos, todos com suas caudas balançando tão rapidamente quanto a dele. Abriu um enorme sorriso e foi correspondido com mil enormes sorrisos. Quando saiu da casa, pensou: “Que lugar maravilhoso! Voltarei sempre, um montão de vezes”. Neste mesmo vilarejo, outro pequeno cãozinho, que não era tão feliz quanto o primeiro, decidiu visitar a casa. Escalou lentamente as escadas e olhou através da porta. Quando viu mil olhares hostis de cães que lhe olhavam fixamente, rosnou e mostrou os dentes e ficou horrorizado ao ver mil cães rosnando e mostrando os dentes para ele. Quando saiu, ele pensou: “Que lugar horrível, nunca mais voltarei aqui”. Todos os rostos no mundo são espelhos. (Folclore japonês)
Sobe novamente o preço da carne
Nelson Luna: sucesso com Liberdade, Liberdade Nelson Luna, excelente ator carioca, ora radicado nesta cidade, demonstrando seu real talento, apresentou à plateia araranguaense, na sede da AABB, a consagrada peça de Flávio Rangel e Millôr Fernandes Liberdade, Liberdade. Acolheu a sede da AABB, nas noites de 13 e 14 de agosto, uma seleta assistência, que ficou satisfeita com o trabalho do jovem ator. O elenco estava formado, além de Nelson Luna, mais Maggi Hennemann, atualmente residindo em Porto Alegre, onde atua em teatro amador, Tirso Dias e Sigrid Gribel, da Guanabara. Nelson, atualmente, é funcionário do Banco do Brasil, dedicando suas horas vagas ao estudo do teatro. Como aperitivo, Nelson apresentou o conjunto local The Wild Cats, que vem acolhendo grande sucesso. Os Wild Cats é um conjunto moderno, composto de Enxume na bateria, Itamar no acordeom e piano, Edinho, guitarrista, Artêmio no baixo elétrico e o crooner Rogério.
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O primeiro cinema em Araranguá nasceu em 1910 e foi de propriedade de Felipe Bacha. Situava-se na antiga Praça 15 de Novembro, hoje Praça Hercílio Luz, no prédio do antigo Hotel Paraíso. Segundo o historiador Antonio Soares, este cinema funcionava com luz própria a motor. O cinema era mudo e quando o operador passava o filme, a fita caía em um saco. Após terminar a sessão, o operador enrolava novamente a fita na bobina. O prédio do hotel era iluminado com luz a carbureto. Já o segundo cinema desta cidade, situavase num prédio na avenida Cel. João Fernandes. Era de propriedade de Antonio Ignácio Machado e gerenciado por Antonio Soares. Também se tratava de um cinema mudo com luz própria, porque na época não havia luz elétrica em Araranguá. A parte mais curiosa deste cinema é que tinha um traço branco feito à tinta na porta da entrada para poder medir a altura dos menores que pagavam meia entrada. Caso o menor passasse daquela altura, pagava um ingresso. Neste cinema funcionava a sede do Clube Democrático Ideal. z
F A CRÔNICA DOS ANOS 60 F
Máximas e expressões em latim
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Matéria publicada no jornal Preto no Branco, edição n0 11, de março de 1990
j LOGOTIPO CRIADO POR C. E. GUASCO (ESTREOU NA EDIÇÃO 169 DE 16/04/1968 E FOI USADO ATÉ O FINAL)
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A primeira sala de cinema em Araranguá é de 1910, segundo Antonio Soares
Diretor WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Gerente HERVALINO CAMPOS Tipógrafos WALDEMIRO, FERRINHO, NEI etc. Impressão: GRÁFICA LIDER (LIDO) (ORION) de 1960 a 1975 Redação e oficina: Av. Getúlio Vargas, 158-170, em frente ao Cine Roxy
REPR. DO CLICHÊ
“The Wild Cats - um conjunto da ‘jovem gurada’”. Nivaldir (Enxume), Itamar Flores, Edinho Palmas, Rogério (Coco) e Artêmio
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O ACIDENTE Inesperadamente, entretanto, dia 16, no Rio de Janeiro, surge o comentário de que os pilotos Pínder e Aliatar se haviam acidentado na orla do sul de Santa Catarina, em Araranguá, o que produziu certa apreensão na Capital Federal (Rio, à época), porquanto nenhuma informação a esse respeito se divulgara até então. Horas mais tarde, contudo, apurados os fatos com clareza, desfezse a preocupação de pouco antes. Em resposta a uma indagação oriunda da Cidade Maravilhosa, pôde-se dizer, então, que os aeronautas haviam na verdade efetuado pouso de emergência na lagoa dos Esteves, em Araranguá, mas encontravam-se em perfeitas condições físicas. A descida inesperada ocorrera sem grandes transtornos e fora efetuada em caráter emergencial, por conta, outra vez, de defeito observado no motor do hidroplano. Em complemento a essa informação, os próprios pilotos pessoalmente fizeram ver que, em razão do episódio, permaneceriam retidos durante alguns dias na lagoa araranguaense. Nesse período, haveriam de solucionar o problema da avaria e seguir adiante. Surpresa mais desagradável, porém, não poderia ocorrer logo depois. Dia 19, com Aliatar e Pínder em Araranguá, presumivelmente ainda às voltas com os reparos no “M9”, difunde-se novamente a notícia do passamento dos dois intrépidos aviadores em Santa Catarina, informação que não deixou de suscitar clima
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de certa inquietação traduzida pela imprensa brasileira, com nítidos reflexos entre os organizadores do reide. Havia também os menos preocupados, por julgarem tratar-se, no caso, de nova versão da ocorrência anterior, já elucidada e sem nenhuma consequência funesta. A verdade, entretanto, era um fato novo com o resultado trágico que se veiculava. A notícia da morte dos pilotos, proveniente do sul de Santa Catarina, recebeu-a em Florianópolis o engenheiro-chefe do distrito telegráfico Eurípedes Ferro, o qual se incumbiu de repercuti-la na imprensa nacional e estadual, além de divulgá-la nos órgãos governamentais. O MISTÉRIO Confirmada a dramática ocorrência, passou a pairar no ar certo enigma quanto à causa da morte dos dois renomados pilotos, já que se sabia não haver nenhum deles abandonado a região e, mesmo assim, estavam sumidos. Quase intacta, pousada sobre a água em posição normal, sem ninguém a aproximar-se dela, causava estranheza a todos a presença da aeronave, agora solitária, estacionada à beira da grande lagoa, sem nenhum sinal de seus ocupantes. Ocupantes que, dia após dia, pouco antes, passavam horas sucessivas manuseando, remexendo peças do avião, no propósito claro de vê-lo em condições de sair dali o mais rápido possível. Teriam ambos falecido? Parecia viável essa ocorrência; porém, qual a causa disso? Que destino haviam tido os corpos? A resposta a essas dúvidas foi ter ao chefe de polícia João de Deus Faustino, que investigava o caso. A explicação chegou fragmentada, entremeada de boatos. Primeiramente, a hipótese era de duplo suicídio derivado do desgosto dos pilotos diante da impossibilidade de prosseguirem no reide que pretendiam
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VOANDO PARA O SUL Diferentemente dos dois dias precedentes – quando não lhes faltaram momentos de intenso regozijo junto do povo –, ao se prepararem para alçar voo, naquele 13 de agosto (segundo a superstição popular, dia aziago), Aliatar e Pínder perceberam que a aeronave, ainda na Baía Sul, apresentava alguma anormalidade mecânica. Essa situação problemática os induziu ao adiamento da partida para o dia imediato, 14. No entanto, corrigida a imperfeição, aparece outro obstáculo. Dessa vez, brusca mudança climática é a questão preocupante. Marcase a saída, então, para as oito e meia da manhã do dia 15. Consuma-se, finalmente, essa previsão . Na despedida da cidade que generosamente os acolhera, os dois pilotos, como se agradecessem a atenção que lhes tributara o povo ilhéu, realizaram manobras especiais ao sobrevoar a Capital.
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APLAUSOS Alinhado na rota Rio-Buenos Aires, num reide aéreo patrocinado pelo diário carioca Jornal do Brasil, Santa Catarina fora assinalada pelos organizadores do evento como ponto de paragem das aeronaves competidoras e de desembarque temporário para escala de seus pilotos. Por antecipação, já se sabia que, em pouco tempo, Aliatar e Pínder aqui estariam, a bordo do magnífico hidroplano Macchi “M9”, da Sociedade Italiana de Navegação Aérea (Societá Italiana di Transporti Aerei), um dos mais modernos aparelhos de seu tempo. Assim, a0 reportar para o Brasil, dia 10 de agosto a grande imprensa do País anunciava, sob manchete gritante, que os hábeis pilotos haviam decolado do Rio de Janeiro rumo ao Sul e sem demora haveriam de amerrissar em Santa Catarina. Precisamente na Capital. Tal previsão se cumpriu já no dia subsequente.
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Monitorados por estações radiotelegráficas que transmitiam mensagens aos coordenadores do reide, em menos de duas horas após a partida da Capital já se tinha notícia, em Florianópolis, de que o voo transcorria em plena tranquilidade, sendo a passagem por Laguna e Jaguaruna, ainda pela manhã, festivamente saudada pelo povo.
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aos mais renomados, por sinal – estava o tenente Aliatar Araújo Martins. Nessa fase do pioneirismo nos ares, o destemeroso Aliatar, bem moço ainda, não raras vezes se fez alvo de justas reverências dos catarinenses que, contristados, cumpriram, após algum tempo, o pesaroso dever de acompanhar-lhe o corpo inanimado por força da “indesejada das gentes”. Com ele sucumbira, vítima do mesmo desastre, seu companheiro de pilotagem, o inglês William John Pínder, experiente oficial que fora membro efetivo da britânica Real Air Force – RAF. (Ainda que por curto período, Aliatar Martins também prestara serviços na RAF, em cujas fileiras fizera amizade com o colega de voos que pouco adiante seria seu companheiro de infortúnio.)
Logo após a chegada, às três e meia da tarde, depois de demoradamente celebrados os audazes voadores, o povo, em compacto agrupamento, conduziu-os ao encontro do governador Hercílio Luz, que permanecia no cais, mesmo local onde os dois pilotos foram recepcionados com honras oficiais e efusivamente cumprimentados. Desse ponto, os intrépidos viajantes se dirigiram ao Hotel Metropol, na Rua Conselheiro Mafra, onde se hospedaram até o dia imediato, 13, data em que, às seis horas da manhã, pretendiam seguir viagem rumo ao Sul. (Tenha-se em conta que, nessa época, era comum os aviões decolarem logo ao romper do dia, numa atitude de precaução, já que, com esse procedimento, haveria maior espaço do período diurno para atender a eventual necessidade de orientação visual por parte dos pilotos.)
l da capa... “PILOTOS FAMOSOS MORREM EM ARARANGUÁ”
cumprir. Depois, segundo outra versão – igualmente inverídica –, teria havido uma decolagem inadequada, seguida de queda e sequenciada de submersão fatal, porque sem retorno à tona. Somente dia 26 surgiria a versão exata: as mortes se haviam dado por afogamento acidental. Um dos pilotos, ao tentar acionar a hélice do hidroplano, perdera o equilíbrio e sumira no leito da lagoa. Seu colega, desesperado diante do funesto episódio, lançara-se à água na vã expectativa de salvar o companheiro. E assim ambos sucumbiram.
MACCHI M9 - FICHA TÉCNICA Fabricante: Aeronautica Macchi S.p.A País de origem: Itália Período de utilização: 1919 a 1923; avião militar utilizado em quatro países: Itália, Argentina, Brasil (adquiriu 5 aeronaves) e Polônia Tripulação: 2 – piloto e observador Comprimento: 9,40m Envergadura: 15,40m Altura: 3,25m Asa aérea: 48,5m2 Peso vazio: 1,250kg Peso bruto: 1,800kg Motor: Fiat A12bis, de 280 hp Velocidade máxima: 188 km/h (118 mph) Autonomia: 4 horas Alcance: 450 quilômetros Teto de serviço: 5.500 metros DADOS: WWW.ARMAS NACIONAIS.COM E WIKIPEDIA
BERNARDINO CAMPOS TELEGRAFA A NOTÍCIA A notícia do compungente episódio transmitiu-a formalmente o então telegrafista Bernardino de Sena Campos, da estação telegráfica de Araranguá, o qual, ao pormenorizá-la, esclareceu que o inglês Pínder fora o primeiro a cair na
lagoa e desaparecer, tendo seu colega Aliatar, no intento de salvá-lo, em seguida, dado um mergulho também fatal. Senna Campos minudenciou o episódio: três canoeiros, minutos antes do acidente, haviam transitado nas proximidades do avião e oferecido seus préstimos aos pilotos; entretanto, a ajuda foi de pronto recusada, sob a alegação de que os serviços de conserto da aeronave transcorriam sem problema algum. Os cadáveres dos aviadores emergiram da lagoa dos Esteves somente no dia seguinte. O de Aliatar foi encontrado às 11 horas da manhã, próximo da residência do pescador local Justino Poanna; o de Pínder, quase nesse mesmo ponto. Foram os primeiros corpos sepultados no cemitério de Urussanga Velha, localidade vizinha de Içara. Então distrito, o modesto povoado, em homenagem ao brasileiro Aliatar Martins, passou a adotarlhe o nome como topônimo. O FIM DA AERONAVE No tocante ao destino dado à aeronave, sabe-se que não voltou a voar. Como se fosse alvo de misteriosa maldição, acabou destroçada por forte tempestade ocorrida na região onde amerrissara emergencialmente. É que durante o fenômeno climático estava presa por cordas a uma árvore da margem da lagoa e a violenta ventania desligou-a das amarras. Por permanecer muito tempo à deriva, o aparelho experimentou extensos danos. Curioso é que o hidroplano havia sido consertado pelos seus próprios pilotos, pouco antes de ambos se afogarem. E, por isso, já estava em plenas condições de decolar no dia seguinte. Do que restou do “M9”, algumas peças, transportadas em carros de bois, foram encaminhadas à localidade sulina de Esplanada, de cuja estação ferroviária seguiram rumo a Laguna. z
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