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PANFLETO CULTURAL
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ANO 27 • Nº 525 • AGOSTO DE 2020 Periodicidade mensal. Tiragem: 1.000 exemplares Fechamento desta edição: 09/08/2020 21h15 E-MAIL: jornaleco.ara@gmail.com CNPJ 28.000.138/0001-00
EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Rezende Grechi, Nilson Nunes Filho IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas Nazari Machado PREPARAÇÃO DO FOTOLITO David Machado Fernandes CORTE Toninho Abel IMPRESSÃO Valdo Martins
© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866, prot.4315/RJ de 17/07/1995)
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Grande Prêmio Brasil de 1967 – a emoção da corrida mais famosa do Brasil s Mas o catarinense de Urussanga Antonio Ricardo, o “fenômeno das rédeas”, estava animado com o desempenho de Duraque. Ele diz a Renato: — Vamos ao GP Brasil com chance. A essa altura, João Araújo, seu treinador, já fora contaminado pelo otimismo de Ricardo. E assim, Duraque foi inscrito para a grande corrida de 6 de agosto. Na véspera do GP Brasil, choveu muito no Rio de Janeiro, e a grama ficou encharcada. Como Duraque corria de trás, e embora corresse em qualquer pista, ficaria mais difícil atropelar naquele terreno pesado. Mas era grande a confiança de Antonio Ricardo, o destemido jóquei de Duraque. E veio a surpresa. Na conversa no padoque, Ricardo sugere: — Para termos chance no páreo, temos que correr perto do Tagliamento e do Gobernado, porque eles são ligeiros, e se corrermos de trás não teremos chance. Renato ficou perplexo. Duraque era treinado para correr de trás e atropelar. Seria um grande risco fazê-lo correr fora do seu estilo, mas confiou na intuição do jóquei: — Corra como você quiser.
UMA PUBLICAÇÃO
A tática de Antonio Ricardo é fazer Duraque correr com o pelotão de frente
capa
Duraque deixa Gobernado para trás, assumindo a 2a posição
...e parte em perseguição a Tagliamento
A tocada de Ricardo para cima de Cosenza é espetacular
É dada a largada.
APOIO CULTURAL
Duraque se posiciona no pelotão de frente, em sexto, em quinto, e logo alcança a quarta colocação. Tagliamento avança na frente, junto a cerca, seguido de Gobernado, como era o esperado. O trem de corrida era forte, principalmente pelo estado da pista, e os argentinos vinham com tudo. E foi assim quase todo o percurso da reta oposta, com Duraque
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H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H
Nos 100m finais Duraque ultrapassa o argentino para entrar na história
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gradativamente ganhando terreno, até assumir a terceira posição, no fim da reta oposta. Renato, seu pai e amigos, quase não acreditavam no que viam. No final da curva, Tagliamento, por dentro, tinha meio corpo sobre Gobernado, e este, dois corpos de vantagem sobre Duraque. Já na entrada da reta final, Duraque ultrapassa Gobernado e fica a três corpos de Tagliamento, que aumentara um pouco a vantagem. Sob a enérgica tocada de Ricardo, Duraque persegue Tagliamento, montado por Orestes Cosenza, que não esmorece. Os dois seguem isolados dos demais. Nos 100 metros finais, diante de um público atônito, Duraque assume a ponta e cruza a linha de chegada, com um corpo e meio sobre o “argentino invicto”, para vencer o GP Brasil de 1967. Renato está eufórico com seu cavalo comprado ainda potrinho. Correndo fora de suas características, ele acaba de vencer os maiores craques da época: Tagliamento, Gobernado e Dilema. Diz Renato: — O GP Brasil foi ganho pela sensibilidade e direção de um grande jóquei e pelo coração de um valente cavalo. O resultado ficou assim: 1º Duraque (A. Ricardo), 2º Tagliamento (O. Cosenza), 3º Dilema (E. Araya), 4º Gobernado (L.C. Tápia), sucedido por Calcado, Gastão, Maverick, Korage, e os demais até a 15a posição. Com o sucesso no GP Brasil, Duraque foi convidado para correr no GP Carlos Pelegrini, na Argentina. Mas, infelizmente, aconteceu que aquela corrida seria a última de sua carreira. No alinhamento da largada, ele se assustou e derrubou Antonio Ricardo, deu uma volta na pista, saiu dela e ganhou a rua. Correndo por seis quilômetros no asfalto, Duraque arrebentou os cascos, e nunca mais se recuperou para correr outro páreo e tentar uma nova proeza. +p. 2 e 5 Adaptado do texto do Site Raia Leve www.raialeve.com.br/conteudo/50429/04/2013/3
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ARARANGUÁ-SC AGOSTO 2020 ANO 27 • Nº 525 DISTRIBUIÇÃO GRAT U I TA CORTESIA DOS ANUNCIANTES
Jóquei urussanguense venceu o GP Brasil de 1967 Antonio Ricardo foi saudado pelo CORREIO DE ARARANGUÁ como araranguaense. Mas ele nasceu em Urussanga (1934). Morto em 2010, foi sepultado, como era desejo seu, em Jacinto Machado, terra natal de sua esposa, Maria Possamai Ricardo
Antonio Ricardo e Duraque, na vitória do GP Brasil de 1967
Álbum “Balas Esportivas” de 1951. Entre times da Liga Tubaronense de Desporto (LTD; futura LTF) e da Liga Atlética da Região Mineira (LARM), estava o nosso GEA - Grêmio Esportivo Araranguaense. Com essa base, o GEA será campeão da LARM em 1952. (+J.470)
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I mportado da Argentina e criado no Paraná, Duraque era um cavalo indócil, e apesar de atingir a esfera clássica correndo em qualquer pista, grama ou areia, leve ou pesada, quase ninguém acreditava que ele fosse ter sucesso no Grande Prêmio Brasil de 1967, incluindo Renato Gaui Homsy, seu dono. Afinal, ele correria os 3.000 metros da pista de grama contra os melhores cavalos da América do Sul: o “argentino invicto” Tagliamento, que vencera com recorde o GP São Paulo, Gobernado, outro argentino clássico, os uruguaios Calcado e Korage, além dos melhores cavalos do Brasil, como Dilema, Gastão, Maverick, e outros excelentes corredores, todos montados pelos melhores jóqueis do continente. Renato Gaui Homsy, um pequeno proprietário, nunca havia inscrito um cavalo num Grande Prêmio Brasil. Duraque havia se credenciado a disputar o principal prêmio do país com uma boa colocação, apesar de largar mal, no GP Dezesseis de Julho. s p. 12