Lupa 7

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Lupa.7 edição

Inclusão Projetos sociais ajudam deficientes na volta ao mercado de trabalho

junho.2016

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Leitura Aposentada transforma geladeiras antigas em bibliotecas públicas

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Boa ideia Adotar um cão pode ajudar famílias a ampliar sensação de felicidade

4 Graciele chega mais madura à segunda Olimpíada

Mergulho repleto de motivação g Após acirrada

disputa, nadadora gaúcha Graciele Herrmann representará o Brasil na Olimpíada do Rio

T

rês centésimos de segundo. Muito menos do que você demorou para ler esta frase. Irrisórios? Não para Graciele Herrmann. Desde o final de abril, este mínimo lapso de tempo é responsável por fazer com que ela leve consigo um sorriso contagiante. Na data que marcou a realização do Troféu Maria Lenk, última seletiva que permitia aos atletas da natação atingir o índice olímpico, a gaúcha chegou no terceiro lugar nos 50 metros livre, prova que é sua espe-

cialidade, marcando 25”09. Mas a alegria não foi pelo bronze. Naquele domingo de sol, ninguém além de Etiene Medeiros (já classificada) superou os 24”92 que Graciele atingira na primeira seletiva, em dezembro, no Open de Natação, em Palhoça (SC). Mas foi por pouco. Lorrane Ferreira bateu na trave, alcançando 24”95 – apenas três centésimos acima. Assim, a gaúcha de 24 anos, natural de Pelotas e que treina no Grêmio Náutico União desde os 15, garantiu vaga para representar o Brasil no evento mais importante do ano: os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Esta será a segunda participação da atleta em Olimpíadas. Em 2012, ficou no 22ª lugar geral, não avançando às semifinais. Graciele não considera um mau resultado, mas conta que amadureceu depois dos jogos de Londres.

“Como foi a primeira Olimpíada e foi tudo tão rápido, acho que até me saí bem. Em 2016 estou muito mais madura, com mais experiência, e na bagagem dois jogos Pan-Americanos e vários Sul-Americanos. Estou bem mais forte”, avalia. Trajetória é marcada por superação Sobre as expectativas para os jogos do Rio, que ocorrem em agosto, ela é cautelosa, ao mesmo tempo em que se mostra confiante. “Depois que a gente chega na Olimpíada, o objetivo é ganhar uma medalha. Mas tem que manter o pé no chão, passar pela semifinal e depois pensar na final. Chegando lá, todo mundo quer a mesma coisa: a medalha olímpica”. E não há motivos para duvidar de Graciele. Desde cedo, ela já

tinha a natação como objetivo. Aos 12 anos, começou a treinar no Clube Brilhante, de Pelotas. Destacando-se em competições estaduais e sul-brasileiras, aos 15, em 2008, ela foi convidada pelo Grêmio Náutico União para treinar no clube. A partir de então, sua carreira decolou. “Tive vários momentos importantes. Quando conquistei meu primeiro índice olímpico e depois a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011. Depois veio a primeira Olimpíada, em 2012 e a primeira vez que fui recordista Sul-americana. São recordações especiais”, conta, alegre. Um detalhe importante na trajetória da nadadora colaborou para sua formação como atleta de alto rendimento: ela é terceiro sargento do Exército Brasileiro.

“Isso mudou muita coisa. O Exército dá tanto o apoio financeiro quanto nas competições, e a estrutura é muito boa. As competições militares que participei encaixaram no calendário, proporcionando um avançomuitogrande”,afirma. E a preparação para a olimpíada já começou. A atleta viajou no início de junho com a seleção brasileira para realizar treinamentos na Espanha, onde participa de três competições. Em seguida, volta para treinar no Brasil até o final de julho, quando se apresenta para realizar a aclimatação e disputar os Jogos Olímpicos. Desta vez, muito mais preparada e experiente. E com um sorriso que empolga a todos que torcem por ela. Texto Paulo Egidio Foto Emmanuel Denauí/Divulgação GNU


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