Gazeta Rural nº 388

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“Viseu Dão Lafões Riders Challenge” desafia ciclistas a subir as serras da região

Agroglobal quer o setor agrícola a falar a uma só voz em Valada do Ribatejo Centro de Interpretação das Aldeias da Mesa dos 4 Abades abriu em Vilar do Monte

Mercado Produtos da Terra promove “Maranho da Sertã” Mercadinho “Fora d´Horas” promove a venda de produtos biológicos

SPACE 2021 mostra últimas inovações no setor da agricultura Balões de ar quente de vários países sobrevoam a Beira Baixa Sabugal recebe Festival Sete Sóis Sete Luas

Ateliê “Bordados e Outras Atividades” regressa a Penamacor Governo actualizou apoios à destilação do vinho com dotação de 10 milhões

Morgado de Silgueiros TN 2017 foi o melhor vinho tinto português no concurso Encruzado 2017 da Casa da Passarella venceu o Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão”

Ficha técnica Ano XVI | N.º 385 Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Luís Serpa | Jorge Farromba Júlio Sá Rego | Gabriel Costa Departamento Comercial: Luís Cruz Sede de Redacção: Lourosa de Cima 3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400 E-mail : gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda Administrador: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica e Impressão: Novelgráfica, Lda R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/ Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

Beyra Superior DOC Beira Interior Tinto 2019 venceu do Concurso de vinhos da Beira Interior

Opinião de Joana Faria: Enquadramento do sector florestal Estudo revela a biodiversidade escondida nos espaços verdes urbanos UTAD tem Carta para a Alimentação Saudável e Sustentável Universidade de Coimbra realiza ensaios sobre explosão de botijas de gás

Município da Guarda vai ter um Centro de Arte e Natureza Idanha inaugura Laboratório Colaborativo para a alimentação sustentável Caminhos de Santiago da Península de Setúbal apresentados em Palmela

Quinta da Ramalhosa lançou vinho Palhete DOC Dão 2019 Carlos Cordeiro arrebatou prémios Prestigio do Concurso Vinhos de Trás-os-Montes Sever do Vouga vai ter curso superior em Turismo


Medalha de Platina no XII Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão”

Da melhor cepa para a sua mesa!


Subidas Épicas traçadas nas encostas do Caramulo, Arada e Montemuro

“Viseu Dão Lafões Riders Challenge” desafia ciclistas a subir as serras da região A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões apresentou, em Castro Daire, a segunda edição do Viseu Dão Lafões Riders Challenge, iniciativa que surge após o sucesso da primeira edição, em 2020.

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apresentação contou com a presença de várias personalidaparcerias com as unidades de alojamento e de restauração. des, como o presidente da Câmara de Castro Daire e viceExemplo disto é a criação do “Rider Card” (cartão digital), -presidente da CIM, Paulo Almeida, do presidente da Câmara de que promove, junto dos atletas e acompanhantes, o acesso Vouzela, Rui Ladeira, O vereador da Câmara de São Pedro do Sul, a condições especiais nas reservas de alojamento e restauPedro Mouro, o secretário executivo da CIM, Nuno Martinho, e ração Jorge Loureiro, vogal da comissão executiva da Turismo Centro de O secretário executivo da CIM Viseu Dão Lafões, Nuno MarPortugal. tinho, afirmou que “este desafio surge no âmbito da estratégia Neste desafio de ciclismo de estrada, a decorrer entre os dias que a CIM delineou, de ativação da região enquanto destino de 15 de Junho e 15 de Setembro, os participantes são desafiados turismo natureza e desportivo, através do desenvolvimento de a cumprir quatro circuitos, cujos percursos integram as quatro um produto compósito no domínio do Walking & Cycling que Subidas Épicas | Viseu Dão Lafões, nos municípios de Tondela, alia percursos pedestres, Ecopistas, Centros de BTT e Trail às Vouzela, São Pedro do Sul e Castro Daire. Subidas Épicas, com o objetivo de atrair para o território uma Embora as componentes de superação e de descoberta contidinâmica e animação permanente”. Nuno Martinho acrescentou nuem a ser os condimentos principais de atração, a componenque, “com esta iniciativa, a CIM pretende assegurar a ativação te competitiva está presente, através do registo do tempo que do destino Viseu Dão Lafões enquanto referência para o turismo os participantes demoram a percorrer cada uma das etapas. desportivo, em particular para o ciclismo de estrada, em torno Este desafio foi desenvolvido num formato que permite das quatro Subidas Épicas traçadas nas encostas das Serras do incrementar a dinâmica de descoberta do território, potenCaramulo, Arada e Montemuro”, concluiu o Secretário Executivo. ciando o tempo de permanência dos atletas, causando um Por sua vez o presidente da Câmara de Castro Daire, Paulo Alimpacto direto nos agentes locais ligados ao turismo. meida, sustentou que “estas iniciativas são importantes para o Procurando dinamizar a atratividade deste evento para os território, na medida em que dinamizam a economia e ajudam a agentes turísticos da região e para os atletas, a CIM Viseu promover a atratividade, ao longo de todo o ano, junto de novos Dão Lafões deu uma especial atenção à estruturação de públicos”. 4

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De 7 a 9 de Setembro, no Mouchão da Fonte Boa

Agroglobal quer o setor agrícola a falar a uma só voz em Valada do Ribatejo O Mouchão da Fonte Boa, em Valada do Ribatejo, Santarém, prepara-se para receber a sétima edição da Agroglobal, a maior feira agrícola ibérica dedicada aos profissionais. Marcada para Setembro de 2020, o certame foi adiado devido à pandemia.

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nicialmente marcada para Julho e posteriormente para vez esquecido”. É que “olha-se para o Plano de Recuperação e Reos dias 7, 8 e 9 de Setembro, a organização garante que siliência (PRR) e para o Programa Nacional de Investimentos 2030 o certame se vai realizar, com certificado digital, teste covid (PNI 2030) e o setor que mais poderia fazer para a construção de ou mesmo sem restrições, e quer o setor a falar a uma só voz. um país diferente, a agricultura, não consta em nada relevante”, “Começámos os preparativos para esta edição da Agroglobal salienta o empresário agrícola. com a esperança que os dias 7, 8 e 9 de Setembro pudessem O promotor da Agroglobal diz que “nem um exemplo como o ser o reencontro físico do setor agrícola. A esperança transforAlqueva foi suficiente para demonstrar que é essencial investir mou-se na convicção que, com certificado digital, teste Covid ou na água e no sol, os nossos mais importantes recursos natumesmo sem restrições, a Agroglobal 2021 será uma realidade”, rais”. Além disso, acrescenta, “as pretensas preocupações com garante Joaquim Pedro Torres, da Valinveste, empresa responsáas alterações climáticas e transição energética também não vel pela organização do evento. nos mobilizaram para evitar o desperdício daqueles recurO promotor diz que “houve bastante tempo para refletir sobre o sos”, sustentando, em tom irónico, que “as crescentes neque deveríamos fazer para sair da, ainda mais difícil, situação ecocessidades alimentares outros resolverão”. nómica em que esta pandemia vai deixar o país” e “um sem número Apesar disso, Pedro Torres acredita no setor e deixa a de estratégias foram apresentadas, umas válidas e outras que, de angarantia de que “a fileira agrícola não vai baixar os braços, temão, sabemos que têm tudo para não resultar”, acrescentou. quer produzir mais e com mais valor acrescentado e por Joaquim Torres não deixa olhar para o que tem sido feito no setor isso falará a uma só voz em Valada do Ribatejo”. “É impore diz que “o mais simples - e é tão difícil fazer o simples, - foi mais uma tante e necessário”, frisa.

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Um novo pólo de atração turística em Ponte de Lima

Centro de Interpretação das Aldeias da Mesa dos 4 Abades abriu em Vilar do Monte Abriu oficialmente o Centro de Interpretação das Aldeias da Mesa dos 4 Abades (CIAM4A) instalado num edifício de arquitetura tradicional, na freguesia de Vilar do Monte, em Ponte de Lima.

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dadeira eficiência coletiva” disse o edil. romover e impulsionar novas abordagens de O presidente do Turismo Porto e Norte, Luis Martins associou-se a este conhecimento rural, primando pelo desenvolvimomento confidenciando que este será “mais um polo de atração para mento de um conjunto de iniciativas interpretativas reeste território”. lacionadas com o turismo cultural e paisagístico caracteRecorde-se que a Mesa dos Quatro Abades data da Idade Média, no rístico desta região, mais especificamente o turismo de entanto aparece documentada nas Memórias Paroquiais de 1758 em natureza, disponibilizando assim uma oferta turística quaduas das quatro freguesias que confinam neste ponto. Reza a tradilificada, são as principais metas deste novo equipamento. ção oral que há muito tempo sairia de cada paróquia a imagem de S. Manuel Rodrigues, presidente da junta de Labrujó, RenSebastião em procissão e se reuniriam num local com uma mesa de dufe e Vilar do Monte, demonstrou o quanto é importante pedra a pedir-lhe proteção, no entanto não se pode afirmar que a este equipamento, que “esperamos chame muitos visitanMesa dos Quatro Abades derive deste encontro. tes a estas freguesias”. “Este Centro de Interpretação será A tradição foi recuperada nos anos noventa do século XX, subsuma porta para todo este território” disse o presidente da tituindo-se os intervenientes abades pelos presidentes das Juntas Câmara de Ponte de Lima, Victor Mendes, adiantando que de Freguesia e onde também participa o presidente da Câmara de “é um projeto que pretende proteger, salvaguardar e gerir Ponte de Lima. o património local, valorizando-o e divulgando-o, de forma a A cerimónia contou com a presença do executivo Municipal, do perpetuá-lo no tempo”. O autarca afirmou ainda que o “turispresidente do Turismo Porto e Norte, autarcas das aldeias da Mesa mo de natureza e o turismo de espaço rural só é possível com dos 4 Abades, presidente da Associação dos Amigos da Mesa dos gente no território a moldar a paisagem. Pretendemos dinami4 Abades e associações locais, serviu ainda para apresentar o wezar o território, que tem alma e que prima pela diferença com bsite que servirá de guia com propostas para atividades, locais a muita resiliência”. visitar, experiências, alojamento e gastronomia local. O CIAM4A Este novo equipamento vai permitir ainda melhorar e apoiar passa a ser um ponto de referência e de partida para a descoum conjunto de infraestruturas e equipamentos ligados aos caberta, não só das Aldeias da Mesa dos 4 Abades- Bárrio, Cepões minhos pedestres e BTT/Downhill, e qualificar e certificar esta (hoje Freguesia de Bárrio e Cepões), Calheiros e Vilar do Monte área como património natural e cultural. “Foi o maior investi(sendo esta atualmente, Freguesia de Labrujó, Rendufe e Vilar mento efetuado neste território, meio milhão de euros” revelou o do Monte) - como também da Freguesia da Labruja, limitando presidente da Câmara de Ponte de Lima, e “acreditamos que terá a norte uma paisagem serrana única, que não pode ser desretorno para a economia local, sendo esta uma estratégia de verconstruída por limites administrativos. 6 www.gazetarural.com


Na Alameda da Carvalha, a 18 de Julho

Mercado Produtos da Terra promove “Maranho da Sertã” O “Maranho da Sertã” vai estar em destaque no Mercado Produtos da Terra, que vai decorrer na Alameda da Carvalha, na Sertã, a 18 de Julho, entre as 9 e as 18 horas. Intitulado “Maranho da Sertã” este mercado decorre naquele que seria o fim de semana do Festival de Gastronomia do Maranho.

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ara além do Maranho da Sertã, os visitantes poderão encontrar outros produtos habituais, como hortofrutícolas, transformados e artesanato. Serão cumpridas as medidas de segurança em vigor, nomeadamente o distanciamento entre as bancas de vendas, disponibilização de gel desinfectante à entrada e saída do recinto, uso obrigatório de máscara e obrigatoriedade de distanciamento físico. O mercado decorrerá ao ar livre (sem tenda). “Produtos da Terra” é uma iniciativa do Município da Sertã, que se baseia numa lógica de proximidade entre o cidadão e os produtores regionais. Deste modo, quem procura produtos de qualidade pode assim fazê-lo num local próximo e sem recorrer às grandes superfícies.

SunSert animação de Verão na Sertã Decorre até final de Agosto o SunSert, programa de animação que promete animar o Verão no Concelho da Sertã, concretamente na Piscina Municipal e Praia Fluvial da Sertã, na Piscina Municipal António de Freitas Lopes, em Cernache do Bonjardim, e no Trízio. O programa decorre até 29 de Agosto e contempla música ao vivo a partir das 19,30 horas, de quinta a terça-feira. Na Piscina Municipal e praia Fluvial da Sertã, de quinta a domingo, na Piscina Municipal de Cernache do Bonjardim, às segundas-feiras em Julho e Agosto, e no Trízio, às terças-feiras em Julho e Agosto. Simultaneamente, o programa apresenta, às segundas-feiras até 31 de Agosto, na piscina municipal e praia fluvial da Sertã, a atividade “Mergulha nas Histórias” composta por Hora do Conto e ateliês, com a dinamização da equipa da biblioteca municipal. Promovido pelo Município da Sertã, este programa de animação decorrerá ao abrigo das normas recomendadas pela Direção Geral de Saúde. Deverá ser sempre mantido o distanciamento social.

Tlf.: 232 411 299 Tlm.: 918 797 202 www.gazetarural.com 7 Email: novelgrafica1@gmail.com


Com a iniciativa ‘Saboreie Tradição’

No Mercado Municipal da Lousã, todas as quartas feiras

Mercadinho “Fora d´Horas” promove a venda de produtos biológicos Fruto de uma parceria entre a Câmara Municipal e a ACTIVAR, a Lousã vai passar a ter um mercado regular de produtos biológicos às quartas-feiras, entre as 17 e as 20 horas, numa das lojas exteriores do Mercado Municipal.

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primeira edição do “Mercadinho Fora d´Horas” acontecerá a 21 de Julho, com animação de rua com o Grupo de Concertinistas da Lousã e prova de diferentes variedades de tomate. Esta ação tem como objetivo a promoção dos circuitos curtos de produção, comercialização e divulgação dos produtos locais. Neste contexto, pretende-se promover a ida ao mercado e, consequentemente, o escoamento dos produtos locais e o incentivo para a prática de uma alimentação saudável, através do acesso a produtos da época frescos e de qualidade. Este projeto de comercialização poderá servir de alavanca para que os consumidores possam ter um maior conhecimento da produção local, de forma a transmitir uma imagem identitária e de qualidade da mesma, fortalecendo uma relação estreita e direta entre produtor-consumidor. A iniciativa da ACTIVAR é um projeto cofinanciado pelo POISE, Portugal 2020 e União Europeia através do FSE.

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Município e restaurantes de Vila de Rei assinalam a Feira de Enchidos, Queijo e Mel O município de Vila de Rei, em parceria com os nove restaurantes do concelho, vai levar a cabo a iniciativa ‘Menu: Saboreie Tradição’, de forma a assinalar a Feira de Enchidos, Queijo e Mel que, face à situação pandémica atual, não se poderá realizar nos moldes habituais.

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ssim, de 31 de Julho a 8 de Agosto, os restaurantes do concelho vão disponibilizar um menu onde os enchidos, o queijo e o mel serão os ingredientes principais das iguarias produzidas. Por cada cliente que se deslocar aos restaurantes e adquirir este menu, o município de Vila de Rei irá entregar, no momento, uma lembrança composta por estes três ingredientes. Os restaurantes aderentes são a Churrasqueira Central (Vila de Rei), A Tasquinha da Vila (Vila de Rei), Vila Pizza (Vila de Rei), Toca do Coelho (Estevais), Tasco d’el Rei (Vila de Rei), Ribeira da Vila (Vila de Rei), O Cobra (Vila de Rei), Fifty-Fifty (Vila de Rei) e Fénix (Fundada). O presidente do Município de Vila de Rei, Ricardo Aires, afirma que “ao estarmos impedidos de realizarmos a nossa Feira de Enchidos, Queijo e Mel, face à atual conjuntura causada pela pandemia da Covid-19, vamos, em parceria com os nossos restaurantes, fazer com que todos possamos recordar o evento e aproveitar o melhor da nossa gastronomia. Os nossos habitantes e os muitos visitantes que nos visitam nesta altura do ano podem, em segurança e cumprindo as regras da Direção-Geral de Saúde, aproveitar para degustar o melhor dos nossos produtos endógenos.”


Preparado para novos voos?

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De 14 a 16 de Setembro, no Centro de Exposições de Rennes

SPACE 2021 mostra últimas inovações no setor da agricultura O Centro de Exposições de Rennes, em França, vai receber de 14 a 16 de Setembro o SPACE 2021, o maior evento mundial onde são dados a conhecer os últimos avanços tecnológicos para o setor pecuário e agroalimentar. O SPACE decorrerá em modo presencial nos primeiros três dias, mas terá também um dia virtual, a 17 de Setembro.

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a edição deste ano serão conhecidos os vencedores dos prémios Innov’Space 2021, com 35 produtos, serviços ou equipamentos a receberam a distinção Innov’Space 2021. “Temos mais de mil expositores inscritos e a abertura é aguardada ansiosamente”, refere a Comissária Geral do SPACE. Anne-Marie Quéméner acrescenta que no mesmo dia “serão reveladas as menções especiais Innov’Space. As conferências e competições de gado serão condensadas ao longo de três dias, com a grande campeã Holstein a ser conhecida no último dia, a 16 de Setembro. A organização recebeu mais de cem inscrições para a competição Innov’Space, das quais o júri seleccionou as principais novidades de 2021 no setor pecuário, que serão dadas a conhecer. O objetivo desta competição é premiar e divulgar técnicas inovadoras de reprodução, produtos ou equipa-

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mentos inovadores. Os visitantes poderão encontrar neste certame as mais de 60 inovações premiadas em 2020. A organização do SPACE tem um plano de contingência preparado para que todos os visitantes se sintam seguros. A Comissária Geral do SPACE explicou em conferência de imprensa que será necessário um teste de vacinação PCR para os não vacinados. Anne-Marie Quéméner exortou “todos os participantes a tomar a vacina, porque o passe de saúde requer 14 dias após a segunda toma para ser válido”. O mesmo vale para os testes de PCR. “É melhor fazer o teste previamente, do que às portas do SPACE, porque “certamente vai gerar muita espera”, referiu Anne-Marie Quéméner. Quem tiver o certificado digital tem o caminho facilitado.


Seis dias a sobrevoar uma das mais bonitas regiões do país

Balões de ar quente de vários países sobrevoam a Beira Baixa De 30 de Agosto a 4 de Setembro aterram, em pleno coração da Península Ibérica, entre 15 a 20 equipas de pilotos oriundos de vários países do mundo, prontos para colorir os céus da Beira Baixa com gigantescos balões de ar quente, de várias formas e feitios, num inesquecível espetáculo de cor.

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ezenas de balões voarão sobre as estradas, os trilhos e as deslumbrantes paisagens dos municípios de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão. Organizado pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB), com direção técnica da Windpassenger e o apoio de Cepsa Gás e da Renascença, o evento “Voar na Beira Baixa” será o “embaixador” da nova experiência que a Beira Baixa vai possibilitar a todos aqueles que visitam o seu território: conhecer a Beira Baixa a partir do céu num espectacular balão de ar quente. Durante os seis dias do evento, os incríveis cenários montanhosos e planaltos de natureza imensa de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, poderão ser explorados a bordo de vários balões de ar quente* que irão sobrevoar este território ímpar e de beleza indescritível. A Windpassenger, em articulação com a CIMBB, está preparada para, durante o evento, descolar os seus balões a partir de vários locais da Beira Baixa (serão confirmados e comunicados na véspera do voo sempre em conformidade com a direção do vento). Já o balão com as cores da Beira Baixa estará presente nos seis concelhos, oferecendo a possibilidade de subir ao céu num voo cativo sem custos, todas as manhãs entre os dias 30 de Agosto e 4 de Setembro.

Muito além do balonismo E porque “Voar na Beira Baixa” é um evento inclusivo e diversificado, a CIMBB propõe um programa recheado de atividades para todas as idades e gostos. Para aqueles que preferem usufruir da Beira Baixa com os “pés bem assentes na terra” haverá caminhadas e passeios de bicicleta, entre outras animações de acesso gratuito. O evento inclui ainda uma Rota Gastronómica, uma iniciativa que pretende apoiar os vários restaurantes locais e evitar, assim, a aglomeração dos participantes, num único espaço fechado. No site www.voarnabeirabaixa.com e redes sociais Facebook e Instagram encontra toda a informação sobre o evento “Voar na Beira Baixa”. As inscrições para os voos de balão de ar quente e restantes atividades iniciaram-se a 1 de Julho. Este evento é uma iniciativa da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) realizada no âmbito do projeto “Beira Baixa: 3 Dias, 3 Experiências” e conta com o apoio do Turismo Centro de Portugal, Centro2020, Portugal2020 e União europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. www.gazetarural.com

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Com programa dedicado à diversidade cultural

Sabugal recebe Festival Sete Sóis Sete Luas Até 4 de Setembro, o concelho do Sabugal é palco do Festival Sete Sóis Sete Luas, que apresenta um programa dedicado à diversidade cultural do mediterrâneo e do mundo lusófono, com música, circo acrobático e street art.

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Festival Sete Sóis Sete Luas é um projeto promovido por uma rede cultural composta por 30 cidades, entre as quais o Sabugal, de 12 países (Brasil, Cabo Verde, Croácia, Eslovénia, Espanha, França, Israel, Itália, Marrocos, Portugal, Tunísia e Turquia). A programação incide na música popular contemporânea e artes plásticas, com a participação de grandes figuras da cultura mediterrânea e do mundo lusófono. Este tem como principais objetivos o diálogo intercultural, a mobilidade dos artistas dos países que integram a rede e a criação de formas originais de produção artística, com a participação dos criadores vindos dos diferentes países. O Município do Sabugal surge integrado no evento no âmbito da sua geminação, em 2015, com o Município de Ribeira Grande, de Cabo Verde. Atendendo ao atual contexto pandémico, e face às restrições impostas, a participação nos espetáculos é limitada, sujeita aos lugares disponíveis.

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Segundo um comunicado da Comissão Europeia

Bruxelas quer produção de alimentos climaticamente neutra até 2035 A Comissão Europeia propôs a revisão de regras agrícolas para tornar a produção de alimentos climaticamente neutra até 2035, contribuindo para os objetivos do Pacto Ecológico Europeu, no âmbito do pacote `Fit for 55`.

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produção primária de alimentos e biomassa deverá de política climática a partir de 2030. tornar-se neutra para o clima até 2035, colocando a A Comissão Europeia está a trabalhar em outras medidas facilitaUnião Europeia (UE) no caminho da neutralidade climática doras, como a Certificação de Remoção de Carbono, que deverão em 2050, segundo um comunicado da Comissão Europeia. criar novos modelos empresariais e recompensar os agricultores e A proposta prevê ainda um objetivo a nível da UE para alsilvicultores que adotam práticas mais amigas do clima. cançar a neutralidade climática no setor combinado do uso do Esta proposta de Bruxelas é um dos elementos do grande pacote solo, silvicultura e agricultura até 2035, incluindo as emissões legislativo intitulado `Fit for 55`, hoje apresentado, que visa asseagrícolas provenientes do uso de fertilizantes e do gado. gurar que a União Europeia cumpre a meta de redução de 55% Para tal, a nova Política Agrícola Comum, que inclui uma arquidas emissões até 2030, relativamente aos níveis de 1990. tetura verde e a atribuição de verbas específicas para as práticas Depois de, em Abril, o Parlamento Europeu e o Conselho da amigas do ambiente (os chamados regimes ecológicos), prevê União Europeia (UE) terem aprovado a Lei Europeia do Clima -fundos para os Estados-membros apoiarem os agricultores e silque consagra, na legislação do bloco, um corte de pelo menos vicultores nos seus esforços para uma gestão mais sustentável das 55% das emissões até 2030, e o objetivo de atingir a neutralisuas florestas e solos. dade carbónica até 2050 -- o pacote hoje apresentado, intituBruxelas propõe ainda avançar para um quadro político mais inlado `Fit for 55`, visa rever regulamentos antigos e fazer novas tegrado e simplificado que abranja atividades relacionadas com a propostas legislativas para garantir que a UE atinge os seus agricultura, silvicultura e uso do solo, no âmbito de um instrumento objetivos.

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Entre 19 de Julho e 31 de Agosto, na Casa do Povo

Ateliê “Bordados e Outras Atividades” regressa a Penamacor

A partir do dia 15 de Julho

Município de Terras de Bouro renovou imagem dos postos de turismo e alargou horários Com o início do Verão, o Município de Terras de Bouro renovou a imagem dos serviços de apoio ao turismo nos postos da vila do Gerês, de Terras de Bouro e de Rio Caldo. Assim, e dando continuidade à campanha de promoção turística adoptada pela Câmara Municipal, foram requalificados os espaços, tornando-os mais acolhedores, dinâmicos, convidativos e elucidativos dos recursos e elementos que nos são tão característicos.

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sta modernização pretende também despertar, ainda mais, a curiosidade daqueles que escolhem visitar o território, munindo-os de todas as informações essenciais e necessárias para descobrir, em segurança, Terras de Bouro. Fruto da enorme procura que se verifica nesta época, especificamente na vila do Gerês, o posto de turismo local, a partir do dia 15 de Julho, terá um horário alargado, passando a estar aberto até às 18 horas.

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A Junta de Freguesia de Penamacor vai realizar o ateliê “Bordados e Outras Atividades” entre 19 de Julho e 31 de Agosto. Este ateliê decorre na Casa do Povo, sempre a partir das 14 horas, e as inscrições semanais podem ser efetuadas na Biblioteca Municipal até às 13 horas de cada segunda-feira.

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o regresso desta atividades de Verão, interrompida no ano transato devido à pandemia de COVID-19. Este evento terá em conta todas as medidas de segurança propostas pela Direção Geral de Saúde, relativamente à COVID-19, garantindo-se a saúde e segurança de todos os participantes e staff. A Junta de Freguesia de Penamacor continuará empenhada em colaborar com as entidades competentes para, dentro das suas capacidades e competências, poder contribuir para a mitigação dos efeitos do surto de Coronavírus junto das populações. Apela-se, por isso, ao cumprimento por parte de todos os participantes de todas a normas e regras de higiene e segurança estabelecidas no contexto pandémico atual.


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Candidaturas devem ser submetidas até ao dia 26 de Julho

Governo estende apoio à destilação de vinho com dotação de 10 milhões O Governo estendeu o programa Destilação de Crise para 2021, com a dotação de 10 milhões de euros, destinado à destilação de vinho DO e IG, para a produção de álcool com fins industriais e energéticos.

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tor Vitivinícola para o exercício financeiro FEAGA de 2020, com Ministério da Agricultura já abriu as candidaturas à Destiuma dotação orçamental de 12 milhões de euros, e para o exerlação de Crise para 2021, com o objetivo de apoiar a descício de 2021 com uma dotação orçamental de 10 milhões de tilação de vinho DO [Denominação de Origem] e IG [Indicação euros. Geográfica], para a produção de álcool destinado exclusivamente A portaria clarifica ainda o universo de abrangidos pela media fins industriais (incluindo produtos de desinfeção ou fármacos) da, indicando que ficam excluídos do apoio “os vinhos declarados ou para fins energéticos”, lê-se numa nota enviada pelo Govercomo aptos na declaração de colheita e produção e ainda não no. certificados, bem como os volumes de álcool obtido que sejam O programa tem uma dotação de 10 milhões de euros e junutilizados para autoconsumo”. ta-se às medidas que o Ministério da Agricultura tem lançado O diploma estabelece ainda que “o volume máximo de vinho desde o ano passado, para ajudar o setor do vinho a minimizar por produtor contratado para destilação não pode exceder 20% do os efeitos da crise pandémica. “É determinante que se mantevolume total declarado como apto para DO ou IG na declaração de nha a valorização dos produtos vitivinícolas, nomeadamente colheita e produção (DCP) na campanha em vigor”. do vinho -- que tem tido uma dinâmica notável nas exportaNo caso de se verificar que o montante das candidaturas aprovações --, o que requer que sejam mobilizados instrumentos das não esgota a dotação orçamental prevista, “o montante financeipara sustentar o incremento de valor na fileira e minimizar ro remanescente pode ser alocado às medidas que integram o Proo impacto da crise no valor das uvas”, referiu a tutela, na grama Nacional de Apoio correspondente aos exercícios financeiros mesma nota. FEAGA de 2020 e de 2021”, lê-se ainda no documento. Para a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, esAs candidaturas a esta medida poderão ser submetidas pelos destas medidas excecionais “pretendem contribuir para mantiladores, no ‘site’ do Sistema de Informação da Vinha e do Vinho ter a vitalidade notável que o setor do vinho tem revelado”. (SIVV), até ao dia 26 de Julho. O apoio integra o Programa Nacional de Apoio ao Se“

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No concurso The International Wine Challenge

Morgado de Silgueiros TN 2017 foi o melhor vinho tinto português O Morgado de Silgueiros Touriga Nacional 2017 foi o melhor vinho tinto português no concurso The International Wine Challenge, onde estiveram inscritos 595 vinhos portugueses, numa prova da qualidade dos vinhos do Dão.

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ara o enólogo da Adega Cooperativa de Silgueiros, “a importância deste prémio está descrita no nome, ao ser considerado o melhor vinho tinto português, num dos mais conceituados concursos do mundo”, afirmou Miguel Oliveira, lembrando que “estiveram a concurso cerca de 600 vinhos portugueses, o que revela a importância do prémio e que mais gosto nos dá”. Já não há dúvidas quanto à qualidade dos vinhos do setor cooperativo, que hoje “está ao nível dos outros produtores e é prova de qualidade”, refere o enólogo, salientando que “há estigmas que devem ser perdidos e este é um deles”, pois “os vinhos do setor cooperativo são prova de autenticidade e, com um trabalho correto, são produtos de alta qualidade”. Isso mostra que houve um trabalho indivisível, feito ao longo dos anos, junto dos produtores. O enólogo da Adega de Silgueiros diz que, de um modo geral, “todo o setor se tem vindo a modernizar, desde logo na vinha”, mas “para chegarmos aqui é importante salientar o trabalho feito pelos nossos associados, que o fazem de forma mais profissional, mais atenta e mais cuidada. Havendo qualidade nas uvas, isso reflete-se nos vinhos que são produzidos”. Miguel Oliveira salienta que “a enologia não tem nada que inventar, apenas não estragar o que vem da vinha”. “Tudo isto é fruto de um trabalho em conjunto que vai desde a viticultura até à comercialização, passando pelo ‘vestuário’ das garrafas”, reiterando que setor, “de uma forma geral e o Dão em particular, tem apostado na modernização, o que permitiu dar um salto qualitativo, que é muito importante”, refere. Quanto ao ano vitícola, o enólogo diz que, “até agora, está a correr bem”. “Estamos ansiosos pelos próximos meses, que são fundamentais para que haja uma maturação correta, completa e objetiva, para que possamos ter vinhos de qualidade e em quantidade para a procura que a região está a ter”, acrescentou.

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Última Hora No total foram distinguidos 44 vinhos da região

Encruzado 2017 da Casa da Passarella venceu o Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão” O Casa da Passarella Villa Oliveira Encruzado 2017 foi eleito o melhor vinho do Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão”, onde foram distinguidos 44 vinhos da região. A revelação dos vencedores ocorreu no Porto, no âmbito da Essência do Vinho - Edição de Verão.

C

om 160 vinhos DOP Dão inscritos, provenientes de 44 protempo, num concurso internacional, o The International Wine dutores da Região, a competição foi organizada pela CoChallenge com 595 vinhos Portugueses inscritos, os vencedores missão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão e presidida por Beatriz do melhor vinho branco e melhor vinho a concurso são DOP Dão, Machado, Mestre em Viticultura e Enologia pela Universidade da nomeadamente o Freire Lobo Vigno Encruzado 2017 e o MorgaCalifórnia em Davis. do de Silgueiros Touriga Nacional 2017”. “Os vinhos da Região O painel de prova foi composto por trinta provadores, entre estão a expressar de forma significativa o terroir único do Dão”, Enólogos das diversas Regiões Demarcadas, Sommeliers de presdestacou o presidente da CVR do Dão. tigiados restaurantes, incluindo Estrelas Michelin, críticos de vinho da imprensa especializada e representantes de empresas ligadas à distribuição de vinhos. Em prova cega, que decorreu no Solar do Vinho do Dão, as amostras foram agrupadas nas categorias de vinhos brancos de lote, vinhos tintos de lote, vinhos varietais e espumantes. Em resultado foram atribuídas 44 medalhas, distribuídas pelo Melhor Vinho a Concurso, quatro platinas, 28 medalhas de ouro e 11 de prata. Nesta XII edição, o Melhor Vinho a Concurso foi o Casa da Passarella Villa Oliveira 2017, na categoria IV – Vinhos Varietais. As medalhas de platina foram atribuídas aos seguintes vinhos, em cada categoria: Casada Passarella Abanico Reserva Branco 2019, na categoria I – Vinhos Brancos de Lote; Adega de Penalva Reserva Tinto 2017, na categoria II – Vinhos Tintos de Lote, Ladeira da Santa Grande Reserva Touriga Nacional 2017, na categoria IV – Vinhos Varietais e Casa de Santar Vinha dos Amores Encruzado 2013, na categoria V – Vinhos Espumantes. O presidente da CVR do Dão referiu a diversidade e experiência do painel de provadores, transversal ao mundo do vinho e salienta ainda que, mais uma vez, “os produtores apresentaram vinhos muito elegantes e equilibrados, de grande carácter, tal como tem acontecido em anos anteriores”. Arlindo Cunha aproveitou para referir que, “ainda há pouco 18

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CASA DE SANTAR VINHA DOS AMORES BLANC DE NOIR

CONCURSO “OS MELHORES VINHOS DO DÃO” 2021

VINHOS PREMIADOS CONCURSO “OS MELHORES VINHOS DO DÃO” 2021

VINHOS PREMIADOS

MELHOR VINHO A CONCURSO MELHORCASA VINHO A CONCURSO DA PASSARELLA

VILLA OLIVEIRA ENCRUZADO 2017

CASA DA PASSARELLA VILLA OLIVEIRA ENCRUZADO 2017

MEDALHAS DE OURO | CATEGORIA IV – VINHOS VARIETAIS MORGADO DE SILGUEIROS TOURIGA NACIONAL 2017 CABRIZ RESERVA ENCRUZADO 2019 CAMINHOS CRUZADOS RESERVA ENCRUZADO 2019 FONTE DO OURO RESERVA ESPECIAL ENCRUZADO 2019

MEDALHAS DE PLATINA

MEDALHAS DE PLATINA

QUINTA DOS MONTEIRINHOS MANUEL CHAVES TOURIGA NACIONAL 2018

CASA DA PASSARELLA ABANICO RESERVA BRANCO 2019

CASA DARESERVA PASSARELLA ADEGA DE PENALVA TINTO 2017ABANICO

RESERVA BRANCO 2019

LADEIRA DA SANTA GRANDE RESERVA TOURIGA NACIONAL 2017

CASA AMÉRICO RESERVA ENCRUZADO 2019 QUINTA DOS PENASSAIS GRANDE RESERVA TOURIGA NACIONAL 2017

ADEGA DE PENALVA RESERVA TINTO 2017

CHÃO DA QUINTA TOURIGA NACIONAL 2016

LADEIRA DA SANTA GRANDE RESERVA TOURIGA NACIONAL 2017

QUINTA DOS MONTEIINHOS AVÔ ANTÓNIO RESERVA ENCRUZADO 2019

CASA DE SANTAR VINHA DOS AMORES ESPUMANTE ENCRUZADO 2013

CASA DE SANTAR VINHA DOS AMORES ESPUMANTE MEDALHAS DE OURO | CATEGORIA I – VINHOS BRANCOS DE LOTE

QUINTA DOS CARVALHAIS PARCELA 45 ALFROCHEIRO 2017

ENCRUZADO 2013BACALHÔA TOURIGA NACIONAL 2017

MARIA JOÃO RESERVA BRANCO 2015

CASA AMÉRICO ALFROCHEIRO 2018

CONCISO BRANCO 2016

ADEGA DE PENALVA TINTA PINHEIRA 2018

CASA DE SANTAR BRANCO 2019

MEDALHAS DE OURO | CATEGORIA I – VINHOS BRANCOS DE LOTE MEDALHAS DE PRATA | CATEGORIA II – VINHOS TINTOS DE LOTE

ADEGA COOPERATIVA DE VILA NOVA DE TAZÉM RESERVA BRANCO 2019

RESERVA BRANCO 2015 LADEIRA MARIA DA SANTAJOÃO COLHEITA SELECIONADA BRANCO 2020

CONCISO TINTO 2014

CASA DA PASSARELLA A DESCOBERTA BRANCO 2020

CONCISO BRANCO 2016

INVULGAR TINTO 2017

QUINTA DO CERRADO RESERVA BRANCO 2018

CABRIZ TINTO 2015

CASA DE SANTAR BRANCO DOM VICENTE GRANDE RESERVA BRANCO 2017 2019 ADEGA COOPERATIVA DE VILA NOVA DE MEDALHAS DE OURO | CATEGORIA II – VINHOS TINTOS DE LOTE

QUINTA DAS MESTRAS DE SANTAR RESERVA TINTO 2016

TAZÉM RESERVA BRANCO 2019 MARIA JOÃO TINTO 2010

ALLGO TINTO 2017

LADEIRA DA SANTA COLHEITA SELECIONADA BRANCO 2020

MORGADO DE SILGUEIROS RESERVA TINTO 2017

CASATINTO DA PASSARELLA SOITO RESERVA 2016

A DESCOBERTA BRANCO 2020

QUINTA DA RAMALHOSA NACIONAL 2017 QUINTA DOALFROCHEIRO CERRADOTOURIGA RESERVA BRANCO QUINTA DA ESPINHOSA RESERVA ESPECIAL TINTO 2018

LADEIRA DA SANTA GRANDE RESERVA TINTO 2018

CASA DE SANTAR TINTO 2019 QUINTA DOS MONTEIRINHOS MENINO AFONSO RESERVA TINTO 2018 CABRIZ RESERVA TINTO 2016

2018

DOM VICENTE GRANDE RESERVA BRANCO 2017

CASA DE SANTAR RESERVA TINTO 2015 MARIA JOÃO RESERVA TINTO 2012

MEDALHAS DE PRATA | CATEGORIA III – VINHOS ROSADOS CABRIZ COLHEITA SELECIONADA ROSADO 2020

MEDALHAS DE OURO | CATEGORIA II – VINHOS TINTOS DE LOTE ALLGO TINTO 2017 MORGADO DE SILGUEIROS RESERVA TINTO 2017

MEDALHAS DE PRATA | CATEGORIA V – VINHOS ESPUMANTE

SOITO RESERVA TINTO 2016

CASA DE SANTAR VINHA DOS AMORES BLANC DE NOIRS 2015

QUINTA DA RAMALHOSA ALFROCHEIRO TOURIGA NACIONAL 2017 QUINTA DA ESPINHOSA RESERVA ESPECIAL TINTO 2018 CASA DE SANTAR RESERVA TINTO 2015 MARIA JOÃO RESERVA TINTO 2012

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Gala de Entrega de Prémios decorreu em Pinhel

Beyra Superior DOC Beira Interior Tinto 2019 venceu do Concurso de vinhos da Beira Interior O Beyra Superior DOC Beira Interior Tinto 2019 foi o vencedor do XIV Concurso de vinhos da Beira Interior. O galardão foi entregue na Gala de Entrega de Prémios, que decorreu no Parque da Trincheira, em Pinhel.

F

oram também atribuídas a medalha de Melhor Vinho no Feminino, ao doispontocinco Síria Colheita Especial DOC Beira Interior Branco 2018, do produtor 2.5 Vinhos de Belmonte; a medalha de Melhor Imagem a Concurso, ao vinho Casas do Côro DOC Beira Interior Reserva Tinto 2018 do produtor Casas do Côro; a medalha de Melhor Imagem no Feminino ao vinho Rosa da Mata DOC Beira Interior Fernão Pires Branco 2019, do produtor Rosa da Mata. Para além do melhor vinho da Beira Interior, o júri do concurso realizado na Guarda atribuiu ainda 13 medalhas de ouro e 12 medalhas de prata, num total de 83 vinhos a concurso, em representação de mais de 31 associados da região. Nos discursos dos presidentes da CVR da Beira Interior, Rodolfo Queirós, da ViniPortugal, Frederico Falcão; do IVV, Bernardo Gouvêa, e do Município de Pinhel, Rui Ventura, foi enaltecida a qualidade superior dos Vinhos da Beira Interior, a importância da sua promoção Nacional e Internacional, o papel da Rota dos Vinhos da Beira Interior na promoção territorial e o importante trabalho que os produtores da região têm vindo a realizar em prol do desenvolvimento deste setor estratégico.

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MEDALHA DE OURO

Beyra • DOC Beira Interior • Grande Reserva • Branco • 2019 • Quinta dos Currais Quinta da Arrancada • DOC Beira Interior • Reserva • Fernão Pires e Arinto • Branco • 2019 Alto da Lousa • DOC Beira Interior • Reserva • Branco • 2019 doispontocinco • DOC Beira Interior • Colheita Especial • Síria • Branco • 2018 Marquês D’Almeida • DOC Beira Interior • Grande Reserva• Branco • 2019 Beyra • DOC Beira Interior • Superior • Tinto • 2019 Quinta do Vale do Ruivo • DOC Beira Interior • Vinhas Velhas • Branco • 2018 Quinta dos Currais • DOC Beira Interior • Reserva • Tinto • 2015 Bodas Reais • DOC Beira Interior • Grande Escolha • Tinto • 2017 Beyra • DOC Beira Interior •Vinha de Santa Maria • Tinta Roriz • Tinto • 2018 Marquês D’Almeida • DOC Beira Interior • Reserva • Tinta Roriz e Touriga Nacional • Tinto • 2017 Quinta da Arrancada • DOC Beira Interior • Reserva • Tinto• 2018 Pina Ferraz • DOC Beira Interior • Superior • Rufete • Tinto • 2019

MEDALHA DE OURO

a • DOC Beira Interior • Grande Reserva • Branco • 2019 • Quinta dos Currais Arrancada • DOC Beira Interior • Reserva • Fernão Pires e Arinto • Branco • 2019 Alto da Lousa • DOC Beira Interior • Reserva • Branco • 2019

MEDALHA DE PRATA

Casas do Côro • DOC Beira Interior • Reserva •Tinto • 2018

pontocinco • DOC Beira Interior • Colheita Especial • Síria • Branco • 2018

rquês D’Almeida • DOC Beira Interior • Grande Reserva• Branco • 2019

Entre Serras • DOC Beira Interior • Tinto • 2018 Quinta dos Termos • DOC Beira Interior • Reserva Vinhas Velhas • Tinto • 2018

Beyra • DOC Beira Interior • Superior • Tinto • 2019

Adega 23 • IG Terras da Beira • Syrah • Tinto • 2019

nta do Vale do Ruivo • DOC Beira Interior • Vinhas Velhas • Branco • 2018

Marquês D’Almeida • DOC Beira Interior • Branco • 2020

Quinta dos Currais • DOC Beira Interior • Reserva • Tinto • 2015

Quinta das Senhoras • DOC Beira Interior • Gouveio e Viosinho • Branco • 2019

Bodas Reais • DOC Beira Interior • Grande Escolha • Tinto • 2017

Quinta da Biaia • DOC Beira Interior • Biológico Reserva • Branco • 2019 Pinhel • DOC Beira Interior • Grande Escolha • Síria • Branco • 2020

yra • DOC Beira Interior •Vinha de Santa Maria • Tinta Roriz • Tinto • 2018

lmeida • DOC Beira Interior • Reserva • Tinta Roriz e Touriga Nacional • Tinto • 2017 Quinta da Arrancada • DOC Beira Interior • Reserva • Tinto• 2018

Entrevinhas • DOC Beira Interior • Grande Reserva • Tinto • 2018 Monte Barbo • IG Terras da Beira • Reserva • Tinto • 2015

Marquez de Castelo Rodrigo • DOC Beira Interior • Reserva • Touriga Nacional e Tinta Roriz • Tinto • 2017

Pina Ferraz • DOC Beira Interior • Superior • Rufete • Tinto • 2019

Adega 23 • Vinho Espumante IG Terras da Beira • Bruto Natural • Arinto • Branco • 2018

MEDALHA DE PRATA

Casas do Côro • DOC Beira Interior • Reserva •Tinto • 2018 Entre Serras • DOC Beira Interior • Tinto • 2018

Quinta dos Termos • DOC Beira Interior • Reserva Vinhas Velhas • Tinto • 2018 Adega 23 • IG Terras da Beira • Syrah • Tinto • 2019

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Opinião

Enquadramento do sector florestal

(indicadores económicos e principais fileiras) * A floresta é o principal uso do solo a nível nacional. Cerca de 36% do território é composto por floresta, fazendo de Portugal um dos países com maior área florestal na Europa.

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ortugal não dispõe apenas de uma grande área ocupada por a esta espécie, que é a chave para o desenvolvimento da floresta, é também um dos países com maior diversidade em indústria da pasta e do papel. De seguida, surge o pinheirotermos de espécies. Azinheira, carvalho cerquinho, carvalho negral, -bravo, uma espécie autóctone que ocupava, em 2015, setecastanheiro, eucalipto glóbulos pinheiro bravo, pinheiro manso e socentos e treze mil hectares. breiro, são algumas das espécies que compõem os nossos espaços Carvalhos, castanheiros e outras folhosas, contam com uma florestais. área mais restrita, cerca de 320 mil hectares, no entanto, são Mas vamos a factos! Quão representativa é cada uma destas estambém importantes formações, assim como o pinheiro-manpécies para Portugal, e que características especificas apresentam? so, que ocupa cento e noventa e quatro mil hectares. Os montados, sejam eles compostos por sobreiro ou azinheira, Mas, quando falamos de floresta não falamos apenas de essão a principal ocupação florestal em Portugal. 1/3 do que é consipécies florestais. A floresta é o local de abrigo de muitas espécies derado floresta, é assim composto por sobreirais e azinhais, numa de fauna e flora, ou seja, existem muitos animais e plantas que área de cerca de 1 milhão de hectares. Para quem não está tão dependem da floresta para viver. É por isso que é tão importante ciente destas medidas, costumamos muitas vezes fazer a compacuidar das nossas florestas, para não colocar em risco esses aniração entre um hectare e a dimensão de um campo de futebol. mais e plantas. Conseguem imaginar 1 milhão de estádios cobertos com estes Na verdade, muitos deles estão já ameaçados ou são tão raros, magníficos exemplares? que precisam de protecção. Portugal conta com alguns mecanismos Os montados estão muito associados à produção de cortiça, de protecção destas espécies. Rede de Áreas Protegidas, Áreas de no entanto a pastorícia ou a produção de cereais, são alguns Protecção Especial, entre outras ferramentas que perfazem cerca de dos outros usos destes espaços. 21% do território, e que nos permitem salvaguardar estes valores amPortugal é também detentor de extensas áreas de eucabientais. lipto, mais concretamente eucalipto glóbulos. São cerca de E se esse valor ambiental deve ser reconhecido, também a importânoitocentos e cinquenta mil hectares de floresta associados cia da floresta em termos socioeconómicos não se deve perder. Anual24

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das indústrias de base florestal. Serração, postes e varas, painéis, pasta e papel, pellets e biomassa são as principais indústrias que dependem do pinheiro-bravo como matéria-prima, num total de consumo de madeira que ronda os 4,5 mil milhões de m3/ano. Apesar de ser um valor expressivo, estima-se que o défice de madeira de pinho represente mais de 60% do consumo industrial, tornando-se fundamental a revitalização dos pinhais. Outro importante produto associado ao pinhal bravo é a resina. PorPotencialidades da fileira do pinho tugal foi já o segundo maior produtor mundial de resina, e apesar de atualmente países como a China e o Brasil liderarem o mercado, conO pinheiro-bravo é a terceira espécie em Portugal e o maior tinuamos a manter o nosso potencial nesta actividade, especialmente reservatório de Carbono da nossa floresta, o que lhe dá um pela qualidade dos componentes da resina nacional, tão apreciados papel muito importante no combate às alterações climáticas. na indústria farmacêutica. O nome desta espécie, “bravo”, não é um mero acaso: é a única A fileira do pinho tem assim muitas potencialidades, sendo parte árvore que consegue crescer em situações muito difíceis como importante para a revitalização do sector florestal nacional, contridunas ou montanhas com solos pobres e rochosos. Em algumas buindo para a manutenção de milhares de postos de trabalho e para regiões do mundo, esta espécie é usada apenas para funções o aumento das exportações, uma vez que produz bens transacionáde proteção do solo, da água e da biodiversidade. Em Portugal, veis. Apostar nesta fileira estratégica, permite-nos também tornar o pinheiro-bravo também é usado há séculos para conservação a nossa floresta mais resiliente, já que o pinheiro-bravo tem séculos da natureza, mas a sua importância social e económica é cada de história com prova da sua “bravura” a defender o nosso territóvez maior. Apesar disso, os pinhais-bravos têm visto a sua área rio da erosão e da seca. decrescer nos últimos vinte anos. Entre 1995 e 2015, perdeu-se cerca de 27% da área de pinhal-bravo, especialmente associado ao Potencialidades da fileira do eucalipto impacto dos incêndios florestais, que atingem pinhais jovens ainda sem semente suficiente para rearborizar o pinhal de forma natural. O facto de a maioria dos pinhais pertencerem a proprietários priO género eucalipto inclui mais de 700 espécies, quase todas vados, associados à fragmentação e à pequena dimensão da proprieprovenientes da Austrália. Em Portugal, os primeiros exempladade são um desafio à sua gestão activa: 69% da área de pinheirores de Eucalyptus foram plantados entre 1820 e 1830, como -bravo encontra-se em manchas de dimensão inferior a 10 hectares. árvores ornamentais nos principais Parques e Jardins, devido Outros desafios são as invasoras lenhosas e as pragas e doenças, das à diversidade de porte, folhas, cascas, flores, frutos e aromas. quais a mais conhecida é o Nemátodo da Madeira do Pinheiro. No Actualmente, o eucalipto glóbulos é a espécie com maior entanto, apesar de todas estas condicionantes, 94% dos povoamentos expressão no país, ocupando cerca de 26% da área florestal, apresentam uma mortalidade baixa ou nula, confirmando a resiliência e serve essencialmente a indústria da pasta e papel. No endesta espécie autóctone. A gestão florestal activa é a chave para todos tanto, existem outras utilizações secundárias da espécie e as estes desafios e a certificação da gestão pode ser um caminho para lá suas folhas podem inclusivamente ser também aproveitadas chegar. em chá, arranjos florais ou para a produção de óleo essenA importância da Fileira do pinho é notória, representando 81% dos cial, muitas vezes utilizado no tratamento de gripe, rinite, postos de trabalho, 88% das empresas e 44% do volume de negócios asma e dor muscular. mente, a floresta gera em Portugal mais de 1500 milhões de euros, e é responsável por mais de 100 mil empregos directos. Falar de floresta, é falar de impactos, de benefícios e de muitas potencialidades, tema que em seguida vamos especificar.

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vel nacional, os montados de sobro e azinho contam com cerca de 1 milhão de hectares, e representam aproximadamente 1/3 da nossa área florestal. Como referido anteriormente, o montado é um ecossistema único, e está classificado com um dos 36 hotspots de biodiversidade do mundo. Isto significa que é uma das áreas mais ricas em termos de fauna e flora. Águia-de-bonelli, águia-imperial-ibérica, cegonha-preta ou mesmo A produção de fibras para a indústria têxtil começa igualmente a gao lince-ibérico, são alguns dos animais que dependem dos nhar relevo, através do uso de fibras sustentáveis de celulose, conhecimontados para sobreviver. A sua relevância em termos da como viscose, em peças de vestuário. ambientais passa também por desempenhar importantes Já aqui referimos que a floresta funciona como sumidouro de carbofunções de conservação do solo, na qualidade da água e na no e só a fileira de eucalipto pode contribuir com mais de 30 milhões produção de oxigénio e sequestro de carbono, em suma, os de toneladas de CO2 armazenado em 10 anos. Por outro lado, o papel chamados bens e serviços dos ecossistemas. e o cartão, são uma excelente alternativa aos plásticos de utilização Em termos socioeconómicos, estas áreas são igualmente única. De facto, temos na nossa floresta, um verdadeiro aliado contra relevantes. Portugal é o principal exportador mundial de cortias alterações climáticas e para um mundo mais sustentável. ça, e mais concretamente de rolhas, rondando os 900 milhões O eucalipto é actualmente uma das espécies mais relevantes da de euros anuais. Esta é a única actividade económica em que floresta portuguesa. Ainda assim, a fileira importa o equivalente a o nosso país é líder mundial, e da qual dependem mercados 180 milhões de euros de madeira, o que reflecte a sua importância. como o dos Estados Unidos, que abastece cerca de 80% do seu O desenvolvimento desta fileira tem sido também essencial enconsumo de cortiça em Portugal, França ou Itália, em que 90% quanto fonte de rendimento para os proprietários, o que pode perdas exportações de rolha são geridas pelo nosso país. mitir alavancar o investimento em outras espécies, uma vez que os No caso dos montados de azinho, destacamos a produção de proprietários passam a ter mais capacidade para investir. bolota, não só porque permite uma valorização do território, Sabemos que as plantações, e em particular as associadas ao como pelas suas propriedades benéficas para a saúde. Talvez não eucalipto, são muitas vezes acompanhadas de alguma polémica, saiba, mas a bolota é rica em muitos nutrientes, o que faz dela um mas sem dúvida que devemos reconhecer o seu papel, para atinsuperalimento que já foi muito utilizado no passado e que volta girmos um equilíbrio no ecossistema. As florestas de produção, agora a ter procura devido ao seu elevado potencial para a nossa permitem-nos retirar “pressão” sobre as áreas de conservação dieta. ou florestas nativas que não devem ser exploradas. A verdade é Do montado associado à extracção de cortiça, é igualmente sigque num mundo industrializado como o que vivemos, precisamos nificativa a interação entre as pessoas e a natureza, criando trade bens de origem florestal, muito deles essenciais, como papel balho e rendimento para centenas de comunidades locais, quer higiénico, embalagens e até produtos de protecção hospitalar, pela actividade directa de extração de cortiça, quer por actividades como máscaras, tão faladas nestes últimos tempos. complementares como a apicultura, a produção de cogumelos ou Acima de tudo, é importante garantir que a exploração desses o ecoturismo, permitindo desta forma o combate ao êxodo rural. A produtos não compromete valores ambientais e sociais, facto importância destas áreas reflectem-se ainda no seu estatuto legal. que pode ser assegurado através dos processos de certificação O montado é legalmente protegido, não sendo permitida a sua reflorestal. conversão, e o sobreiro foi em 2011 consagrado Árvore Nacional de Mas quando falamos de eucalipto, não falamos apenas de Portugal. produção. Talvez não saiba, mas na Mata Nacional de Vale de Mas nem tudo são boas notícias, na última década temos assistido Canas, às portas de Coimbra, existe um extraordinário exemà degradação das áreas de montado, resultado de políticas incorretas plar de eucalipto que, com 140 anos e mais de 72 metros de e de gestão inadequada. A certificação florestal pode ter aqui um paaltura (equivalentes a um prédio de 24 andares), que já foi pel importante, não só pela implementação de boas práticas no terreidentificado como a maior árvore de toda a Europa. no, mas por contribuir para o reforço da sustentabilidade na economia da cortiça ao abrir novas oportunidades de mercado. Potencialidades da fileira do montado Para terminar, deixamos-lhe uma curiosidade sobre o tema. Sabia que um sobreiro pode viver mais de 200 anos e que ao ser explorado e da cortiça de 9 em 9 anos, um único sobreiro pode produzir cerca de 34.000 rolhas durante toda a sua vida? O montado é um ecossistema muito particular, e pode ser compostos por sobreiros e/ou azinheiras. Característico da Bacia do Mediterrâneo, e por isso presente na Península Ibérica, Argélia e Marrocos, é em Portugal que tem a sua maior expressão, com cerca de 33% da área mundial. A ní* Joana Faria - FSC Portugal 26

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Com a participação de investigadores da Universidade de Coimbra

Estudo revela a biodiversidade escondida nos espaços verdes urbanos Um estudo publicado na revista Science Advances descreve a biodiversidade escondida nos parques e jardins de 56 cidades à volta do mundo. O estudo, que teve a participação dos investigadores Jorge Durán e Alexandra Rodríguez, do Centre for Functional Ecology da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), descreve, pela primeira vez, o microbioma do solo de espaços verdes urbanos de diversos países, desde grandes cidades como Pequim (China) ou Cidade do Cabo (África do Sul), até cidades mais pequenas como Coimbra (Portugal) ou Alice Springs (Austrália).

O

artigo científico agora publicado mostra que os solos destes espaços verdes urbanos são importantes “hotspots” de diversidade microbiana. No entanto, à semelhança do que acontece com as plantas e as aves, como os pombos selvagens, muitas das espécies microbianas que habitam estes espaços podem ser encontradas em parques de todo o mundo. “Os espaços verdes urbanos ao longo do mundo são muito idênticos, frequentemente com relvados e práticas de gestão semelhantes, que tendem a homogeneizar os micróbios que vivem nas cidades de áreas muito diferentes”, explica Jorge Durán. Os autores do estudo notam que os espaços verdes urbanos são essenciais para a saúde física e mental de todos os cidadãos. Mas são também “um importante refúgio de biodiversidade animal e vegetal, facilitando a ligação entre os ecossistemas naturais de cidades diferentes. Os espaços verdes urbanos são vitais para o bem-estar humano na medida em que são muitas vezes o único contacto que as pessoas têm com a natureza”. Se por um lado temos já uma ideia clara de quais as espécies de plantas e aves que habitam os nossos espaços verdes urbanos, “sabe-se muito pouco acerca da diversidade por debaixo dos nossos pés, apesar de constituir a maior parcela de biodiversidade nos nossos parques e jardins. Estes micróbios estão em contacto direto connosco quando passamos tempo no exterior a praticar desporto e a socializar nos parques, e desempenham um papel importante na promoção do nosso sistema de imunorregulação e na redução de alergias”, acrescentam. 28

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O estudo também destaca que os espaços verdes urbanos comportam uma proporção maior de patógenos de plantas e fungos e uma predominância menor de micróbios simbióticos em comparação com os ecossistemas naturais. Além disso, os solos dos parques da cidade têm uma maior quantidade de genes associados à resistência a antibióticos, patógenos humanos, emissões de gases de efeito estufa e resistência ao stress ambiental do que as áreas naturais. Este estudo demonstra ainda que as condições socioeconómicas e climáticas podem influenciar os micróbios que habitam nos nossos parques, com evidência de que as cidades mais densamente povoadas têm uma proporção maior de genes-chave de resistência a antibióticos e de que cidades mais quentes têm uma maior quantidade de fungos patógenos de plantas. “Os resultados obtidos sugerem que o combate às pragas de plantas nos parques da cidade será mais difícil e custoso face às alterações climáticas”, reflete Alexandra Rodríguez. Este esforço global de colaboração, no qual investigadores de dezenas de instituições recolheram amostras de solo de 112 ecossistemas terrestres em 17 países, fornece a primeira lista de espécies de archaea, bactérias, fungos e protistas que habitam os nossos parques. “O solo dos nossos parques alberga uma enorme biodiversidade microbiana, mas a realidade é que sabemos muito pouco sobre a identidade e função da maioria destes micróbios. Investigações futuras ainda são cruciais para aprender mais sobre estes micróbios que partilham connosco os espaços urbanos em todo o mundo”, conclui Delgado-Baquerizo (Universidade Pablo de Olavide, Espanha), primeiro autor do artigo.


Documento tem cinco princípios orientadores

UTAD tem Carta para a Alimentação Saudável e Sustentável Foi criada a “Carta para a Alimentação Saudável e Sustentável da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro” (UTAD), integrada nos objetivos do Plano Estratégico da Universidade, que pretende criar um campus onde a escolha saudável e sustentável seja mais fácil.

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bilizados”, em interligação com licenciaturas e mestrados retende também apoiar o desenvolvimento da Agenda 2030, noda universidade para estimular investigação dentro dos meadamente nos processos de inovação e investigação (ODS 16), objetivos da carta. Está também prevista a realização de da estratégia europeia “Farm to Fork” (ODS 17), a Defesa do Direito HuWorkshops para estudantes com o objetivo de “sensibilizar mano à Alimentação Adequada (ODS 2 e 18) e o Consumo Alimentar e capacitar a comunidade académica para a importância da Mais Saudável e Responsável (ODS 3 e 12). alimentação saudável”, refere Carla Gonçalves, docente e Esta Carta tem cinco princípios orientadores, nomeadamente “asuma das responsáveis pela criação da Carta. segurar o acesso a uma alimentação saudável, equilibrada e variada, A monitorização da implementação destas boas-práticas tendo em consideração as necessidades do indivíduo e da sua situaserá feita a cada dois anos por um grupo de trabalho constituíção no ciclo de vida”; “garantir a segurança alimentar”; “promover a do por docentes, investigadores, trabalhadores não docentes, sustentabilidade alimentar e a redução do desperdício alimentar”; estudantes, SAS, ACES Douro Marão I e Associação Académica “promover o aumento da literacia alimentar”; “promover a capacida UTAD. tação dos diferentes elementos da comunidade académica para a Recentemente, a criação da imagem da Carta foi objeto de um concretização de uma alimentação saudável e sustentável”; traduconcurso entre os estudantes da UTAD, tendo o projeto de Marta zidos em 30 boas-práticas a executar na UTAD. Alexandra Dias de Jesus Soares Varela, do terceiro ano do Curso de A implementação está a ser operacionalizada com os Serviços Engenharia Informática, ficado em primeiro lugar com um prémio de Ação Social (SAS), nas ementas das cantinas e restaurante, no valor de 250€. bares, e também nas máquinas de venda automática disponíveis no campus, através da “modificação dos produtos disponi-

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Realizados numa pedreira em Miranda do Corvo

Universidade de Coimbra realiza ensaios sobre explosão de botijas de gás Uma equipa da Universidade de Coimbra realizou um conjunto de ensaios de campo com botijas de gás doméstico, para estudo do seu comportamento quando expostas a um incêndio do tipo florestal.

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ma equipa do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais (CEIF) da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), realizou um conjunto de ensaios de campo com botijas de gás doméstico, para estudo do seu comportamento quando expostas a um incêndio do tipo florestal. A Universidade de Coimbra (UC) refere que nos ensaios, realizados numa pedreira em Miranda do Corvo, foram testados três tipos de garrafas, com e sem sistemas de segurança, “para libertação de gás pelo aumento da pressão ou da temperatura no interior da garrafa”. “Duas das garrafas eram de construção metálica e uma de material polimérico. Cada uma das garrafas foi instrumentada com sensores de pressão e temperatura ligados a sistemas de registo de imagens e de dados, colocados remotamente, e sujeitas a um foco de incêndio, em condições tipicamente observadas em incêndios na proximidade de habitações”, adianta. Em dois casos, como explica na nota Domingos Xavier Viegas, responsável pelo laboratório da ADAI e coordenador do projeto, “os sistemas de proteção funcionaram como previsto e houve libertação de gás sem explosão da garrafa”. “Deve referir-se que a libertação do gás produziu durante algum tempo um jato de chama de grande intensidade, com mais de seis metros de comprimento que, em caso de incêndio na proximidade de uma habitação ou de vegetação, poderia ter efeitos destrutivos significativos”, acrescenta. Segundo Xavier Viegas, “o caso potencialmente mais grave” ocorreu numa garrafa “que, ao não dispor de um dispositivo 30

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de proteção, que pudesse limitar o aumento de pressão na botija, explodiu com grande violência”. “Produziu-se uma bola de fogo a mais de sete metros de altura e a projeção de duas peças metálicas da garrafa a mais de cem metros de distância”, relata o cientista. Os resultados dos ensaios estão a ser analisados pela equipa da ADAI mas, segundo Thiago Fernandes Barbosa, investigador do projeto, as observações realizadas “confirmam a perigosidade que já havia sido identificada anteriormente, associada com a presença deste tipo de recipientes de gás dentro ou junto de casas expostas ao perigo de incêndio florestal”. “Os ensinamentos retirados irão ser incorporados na formação que a ADAI ministra a agentes de proteção civil e a cidadãos, no sentido de contribuir para a sua maior segurança”, adianta o responsável no mesmo comunicado. Ainda de acordo com Domingos Xavier Viegas, os resultados obtidos no estudo servirão igualmente de suporte para a proposta de medidas de segurança que a ADAI tem vindo a desenvolver, “para o emprego deste tipo de dispositivos, de forma a evitar a repetição de acidentes como os que ocorreram na Madeira em 2016 e em Portugal Continental em 2017”. “Desde há vários anos que, no estudo de acidentes ocorridos em incêndios florestais na interface urbano florestal, alguns deles com vítimas mortais, a equipa da ADAI havia identificado o rebentamento de garrafas de gás como estando associado a danos em habitações e podendo ter uma grande importância no desfecho destes acidentes”, refere a UC.


Abrangerá o território das Beiras e Serra da Estrela

Município da Guarda vai ter um Centro de Arte e Natureza O município da Guarda vai criar um Centro de Arte e Natureza (CAN) para “compreender as múltiplas relações entre o indivíduo e a natureza” e que abrangerá, inicialmente, o território das Beiras e Serra da Estrela.

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científicas, polarizador de novas linhas de trabalho cruzando com os coprojeto do CAN foi aprovado por unanimidade nhecimentos empíricos e métodos de investigação de proximidade no pelo executivo municipal, no âmbito de uma parterreno”, lê-se. ceria com a Associação Luzlinar e a Faculdade de Belas ArSegundo a fonte, o CAN, que terá sede na cidade da Guarda, num tes da Universidade de Lisboa, no contexto do projeto ARS espaço a anunciar em breve, tem como âmbito territorial inicial o ter(Estrutura de Investigação Arte e Ciência). ritório das Beiras e Serra da Estrela. O projeto integrará a Estrutura de “No quadro da visão estratégica de desenvolvimento que Investigação Arte e Ciência (ARS), com cinco unidades de investigação a Guarda 2027 preconiza, designadamente o surgimento de instaladas ao longo da faixa oriental da Serra da Estrela, nos conceprojetos de longo prazo, este centro nasce da necessidade de lhos do Fundão, Belmonte, Guarda, Celorico da Beira e Trancoso. compreender as múltiplas relações entre o indivíduo e a natuOs promotores têm “intenção de promover a sua extensão à raia reza, integrando diferentes áreas do conhecimento, de valorizar espanhola, em especial às comunidades autónomas de Castilla y as ligações da cultura-património com a criatividade, no seu enLeón e Extremadura, e às cidades que vão integrar a candidatura trosamento com as práticas contemporâneas e para promover as ‘Guarda 2027’ a Capital Europeia da Cultura”. “A rede de investidiferentes responsabilidades culturais, sociais e humanas face às gação do CAN visa incorporar, de forma cooperativa e gradual, novas questões colocadas pela complexidade do mundo contempodiversas instituições de ensino superior, associações congénerâneo, especialmente a emergência ecológica”, refere a autarquia da res e ONG nacionais e internacionais”, acrescenta. Guarda em comunicado. Inicialmente, a rede integra um conjunto de entidades Segundo a mesma fonte, o CAN, estará “focado no binómio relacioparceiras como a Faculdade de Belas-Artes da Universidade nal entre arte e ecologia” e terá como domínios de ação a investigação, de Lisboa, o Centro de Estudos e de Investigação em Belasa cultura e a aprendizagem, “desenvolvendo e acolhendo pós-gradua-Artes, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o ções, mestrados, doutoramentos, bem como projetos transdisciplinaCentro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biores de pesquisa e seminários de investigação, apresentações públicas, lógicas, a Universidade da Beira Interior, o Instituto Poliexposições, performances, projeções cinematográficas, residências de técnico da Guarda, a Universidade de Salamanca, entre investigação artística, simpósios, seminários e conferências”. “Trata-se outras instituições nacionais e estrangeiras. de uma plataforma de promoção e aprendizagem da arte e ciência para a cultura contemporânea, como polo de investigação agregador de sinergias www.gazetarural.com

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Inaugurado pelos ministros Manuel Heitor e Ana Abrunhosa

Idanha inaugura Laboratório Colaborativo para a alimentação sustentável O Laboratório Colaborativo (CoLAB) Food4Sustainability, em Idanha-a-Nova, abriu portas com uma equipa de 15 colaboradores altamente qualificados e será reforçado em breve com mais recursos humanos.

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Idanha-a-Nova”. inauguração foi presidida pelo Ministro da Ciência, Tecnologia Por sua vez o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Sue Ensino Superior, Manuel Heitor, e pela Ministra da Coesão perior, Manuel Heitor, e a ministra da Coesão Territorial, Ana Territorial, Ana Abrunhosa, na presença do pesidente da Câmara Abrunhosa, deram os parabéns a Idanha e a todos os memMunicipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto. bros do CoLAB por criarem um projeto que une a academia, O CoLAB Food4Sustainability é um laboratório colaborativo recoa ciência, o mundo empresarial e a autarquia. Os governantes nhecido pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pela Agênenalteceram, em particular, o foco no desenvolvimento de nocia Nacional de Inovação, que tem a missão de melhorar a cadeia vas soluções para problemas de grande escala nos sistemas aliagroalimentar de forma a contribuir para um planeta sustentável. mentares, em harmonia com a agenda europeia e mundial para Para isso, são testadas e implementadas novas abordagens aos a sustentabilidade. sistemas de produção alimentar que possam ter um impacto poA cerimónia formalizou ainda a parceria entre a Câmara de Idasitivo no ambiente, mitigando a emissão de dióxido de carbono, nha-a-Nova e a associação Food4Sustainability, representada pelo sem recurso a químicos de síntese, maximizando a utilização do seu presidente, Nuno Serra, e vice-presidente, Gonçalo Amorim. solo de forma sustentável, preservando a água e tornando toda O CoLAB Food4Sustainability é coordenado pela aceleradora BGI a cadeira de valor na indústria alimentar mais eficiente. Building Global Innovators. Entre os 15 membros fundadores estão Na sessão de abertura, Armindo Jacinto afirmou que “ao quatro instituições de ensino superior, designadamente a Universilongo dos anos, a Câmara de Idanha-a-Nova e a aceleradodade da Beira Interior e os Institutos Politécnicos de Castelo Branco, ra BGI têm construído projetos e agarrado oportunidades no Guarda e Viseu. âmbito da economia verde e do desenvolvimento sustentáSão ainda membros fundadores as empresas Hortas d’Idanha, Sevel, que resultam agora na inauguração do CoLAB Food4Susmentes Vivas, Grupo Vera Cruz, Aquaponics Iberia, BlueGrowth, Algae tainability. É um investimento fulcral para a produção de 4 Future, Coopagrol e Mendes Gonçalves (detentora da marca Paladin), conhecimento ao nível da sustentabilidade, dos circuitos bem como o Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento de Idanhacurtos de comercialização, da economia circular, da gestão -a-Nova e a Associação de Recursos Ambientais e Alternativos. da água, da gestão da energia e muito mais, a partir de 32

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A 25 de Julho, às 11 horas

Caminhos de Santiago da Península de Setúbal apresentados em Palmela

Dispondo de um montante máximo elegível de 3.226.434,14€

CIM Região de Coimbra lançou projeto para cadastrar matrizes prediais rústicas do território O projeto CataSRTu RC, resulta da candidatura da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra efetuada em parceria com os Arganil, Cantanhede, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mealhada, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Mortágua, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares.

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ispondo de um montante máximo elegível de 3.226.434,14€, a candidatura n.º CENTRO-08-5762-FSE-000009, propõe-se a cadastrar 50% (592552 matrizes) das matrizes prediais rústicas do território, através de um método simplificado que possibilite de forma mais rápida obter um mapa atual do território rústico. Para além do Ministério da Justiça, representado pela Estrutura de Missão para a Expansão do Cadastro Simplificado (eBPUi), o projeto conta ainda com o envolvimento do Instituto de Registo e Notariado (IRN). Trata-se de uma operação de grande importância, que tem como objetivos possibilitar aos proprietários identificarem e registarem, gratuitamente, as suas parcelas de terrenos rústicos e mistos; criar condições para garantir um maior conhecimento da região, focado nos seus mais de 90% de uso e ocupação do solo enquadráveis e objeto do aviso, nomeadamente, nos seus usos específicos, nos seus proprietários e nas suas dimensões; potenciar o conhecimento o território predial rústico da Região de Coimbra, considerando esta informação essencial para o ordenamento do território com vista a sua proteção e melhoria da sua gestão estratégica e comunicar o projeto e seus propósitos e sensibilizar a população em geral para a importância do cadastro predial rústico. O registo dos prédios rústicos e mistos pode ser efetuado de online, ou fisicamente num dos vários balcões BUPi, disponíveis em todo o território. 34

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Os Caminhos de Santiago da Península de Setúbal, projeto destinado à promoção e valorização dos percursos e trilhos que conduzem os peregrinos até Compostela, é apresentado a 25 de Julho, às 11 horas, em Palmela. A data da apresentação, realizada conjuntamente com a Câmara de Palmela, corresponde ao Dia de Santiago e tem lugar no Castelo de Palmela.

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projeto envolve os seis municípios que compõem o trajeto correspondente à Península de Setúbal do Caminho Português até Santiago de Compostela, designadamente Setúbal, Alcácer do Sal, Barreiro, Palmela, Montemor-o-Novo e Vendas Novas. O percurso, com uma extensão total de 88 quilómetros, com início em Alcácer do Sal e término no Barreiro - onde é possível realizar a travessia para Lisboa -, vai passar a ter uma imagem e comunicação em comum e a disponibilizar mais informação e conforto a quem o percorre. Em Setúbal, município que é membro da direção da Federação Portuguesa do Caminho de Santiago, o caminho prolonga-se por mais de 30 quilómetros, incluindo passagens por locais históricos, como o centro da cidade, mas, também, pela periferia e zonas rurais do concelho.


Última Hora

Produtor Micael Batista conta com a experiência da enóloga Patrícia Santos

Quinta da Ramalhosa lançou vinho Palhete DOC Dão 2019 A Quinta da Ramalhosa lançou no mercado o Quinta da Ramalhosa Palhete 2019. Pelas mãos de Micael Batista, o jovem produtor do Dão, e Patrícia Santos, a enóloga do projeto, este primeiro palhete surge da vontade de recriar os vinhos feitos pelo avô de Micael, no mesmo lagar de pedra que ainda hoje é utilizado.

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ste palhete é um vinho que, além de homenagear o avô Adriano, conta a história da vida e do vinho do Dão de outros tempos. Ali não se faziam branco, e os tintos queriam-se prontos para beber cedo. Em Março, com a chegada da Primavera, começava-se a consumir o vinho novo, que estava já pronto a beber, sem taninos duros e com cores clara e apelativas. Eram os chamados “rosados do Dão”. Tal como agora, as uvas tintas e brancas eram pisadas no lagar, dando origem a um vinho aberto, leve e aromático, feito a partir do blend da vinha, com cerca de 15% de uva branca, o que equilibra a acidez, confere um paladar suave, e surpreende à mesa. “O vinho era parte da vida do campo, era o alento e a força para o trabalho, razão para ser um vinho simples de beber logo na «bucha» da manhã. Os costumes da região, e a tradição da família é o que se pode encontrar dentro de uma garrafa deste Quinta da Ramalhosa 2019 que apresentamos agora. Este é um vinho que tem em si muita história, que muito nos orgulha, e que quisemos contar da forma que sabemos melhor, fazendo um vinho que recria o vinho que o meu avô aqui fazia”, afirma Micael Batista. De denominação DOC Dão, o Quinta da Ramalhosa Palhete 2019 é composto por 13 castas: Alfrocheiro, Touriga-Nacional, Jaen, Baga, Tinta Pinheiro, Tinta Roriz, Bastardo, Malvasia Fina, Encruzado, Uva Cão, Bical, Fernão Pires, e Rabo de Ovelha.

As uvas são colhidas manualmente, não são desengaçadas, e a fermentação é feita em lagar, com a uva inteira e pisa a pé. Este processo, que conta com a experiência da enóloga Patrícia Santos, incluiu, de seguida, um estágio de seis meses em inox, após o qual o vinho foi engarrafado, permanecendo 12 meses em garrafa, até estar pronto para consumo. A partir de agora, o Quinta da Ramalhosa Palhete 2019 já está disponível em diversas lojas online, como a Outwine, a Garrafeira Informal, a Adegga, ou a Reserva, em garrafeiras, como a Copo d’Uva, no Porto, bem como nas cartas de alguns restaurantes por todos o país. Com uma produção de apenas 1200 garrafas, o Quinta da Ramalhosa Palhete 2019 é produzido exclusivamente a partir das uvas da Quinta da Ramalhosa, situada na sub-região de Besteiros, caracterizada pelas manhãs húmidas e temperaturas amenas da zona de Tondela, onde o efeito da barragem da Aguieira confere aos vinhos uma elegância que define a região. O resultado é um vinho muito fresco, cheio de aroma, em que o destaque vai para a fruta. Na boca tem uma elegância que surpreende, ideal para acompanhar carne, ceviche, sushi, pratos de mar, legumes, peixes com alguma gordura, carne, enchidos e queijos, sendo a companhia perfeita à mesa em diversas ocasiões. www.gazetarural.com

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Última Hora

Com um Reserva Banco 2019 e um Grande Reserva Tinto 2010

Produtor Carlos Cordeiro arrebatou prémios Prestigio do Concurso Vinhos de Trás-os-Montes O produtor Carlos Manuel Cordeiro foi o grande vencedor do X Concurso de Vinhos de Trás-os-Montes ao arrebatar dois Prémios Prestígio, com os vinhos Casal Cordeiro Reserva Banco 2019 e Casal Cordeiro Grande Reserva Tinto 2010.

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rganizado pela Comissão Vitivinícola Regional de TrásPrata, respectivamente. -os-Montes (CVTM), o concurso decorreu em Junho, na O presidente da CVRTM agradeceu a “todos os envolvidos no ConCasa do Vinho em Valpaços, onde teve lugar também a cerimócurso, desde os produtores, aos elementos do júri, patrocinadores e nia de entrega dos prémios. a todos aqueles que têm contribuído para a divulgação dos Vinhos Participaram neste concurso 33 produtores com 116 vinhos de Trás-os-Montes”. Francisco Pavão destacou o papel da Câmara DOC “Trás-os-Montes” e IG “Transmontano”, em resultado do de Valpaços, “por todo o empenho, esforço e dedicação que coloesforço e empenho que os vitivinicultores transmontanos, quer cou à disposição da Comissão Vitivinícola, para que este concurso produtores-engarrafadores, quer adegas cooperativas, tem vindo a fosse êxito”. realizar no sentido de produzirem vinhos de qualidade, valorizando assim as suas produções, mas também a região vitivinícola de TrásResultados: -os-Montes. O Júri do Concurso foi presidido por Eduardo Abade, da Direcção Prémios prestigio: Regional de Agricultura e Pescas do Norte, e contou na sua totalidade · Casal Cordeiro Reserva Banco 2019, de Carlos Manuel Corcom 16 provadores. deiro Como resultado das provas cegas, foram atribuídas 41 medalhas, das · Casal Cordeiro Grande Reserva Tinto 2010, de Carlos Maquais dois Prémios Prestigio, 32 Medalhas de Ouro e 7 Medalhas de nuel Cordeiro 36

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Medalhas de Ouro · Delectátio Tinta-Amarela Tinto 2012, da Delactátio · Encostas de Sonim Grande Reserva Touriga-Nacional Tinto 2015, da Sociedade Agrícola Encostas de Sonim · Romano Cunha Tinto 2010, de Mário António Romano Gomes Cunha · Ribeira do Corso Reserva Tinto 2012, da Cooperativa Agrícola do Ribadouro · Quinta Serra d’Oura Grande Reserva Branco 2016, de Carlos Manuel Bastos · Flor do Tua Reserva Tinto 2018, de Costa Boal, Family Estates · Persistente Reserva Tinto 2018, de Orlando José Pardelinha · Encostas de Sonim Reserva Branco 2019, da Sociedade Agrícola Encostas de Sonim · Seixedo Reserva Tinto 2017, da Adega Cooperativa do Rabaçal · Mont’Alegre Reserva Tinto 2018, de Francisco A. Gomes Gonçalves, Lda. · José Preto Grande Reserva Tinto 2018, de José Francisco Lopes Preto · Quinta de Arcossó Reserva Tinto 2016, da Quinta de Arcossó · Quinta de Arcossó Grande Reserva Tinto 2017, da Quinta de Arcossó · Quinta do Sobreiró de Cima Moscatel Reserva Branco 2019, da Quinta do Sobreiró de Cima · Terras de Mogadouro Reserva Tinto 2017, da Wine Indigenus, · Quinta de Arcossó Superior Bago a Bago Tinto 2017, da Quinta de Arcossó · Terra Quente Tinto 2018, da Adega Cooperativa de Valpaços, Caves de Valpaços · Casal Cordeiro Tinto 2019, de Carlos Manuel Cordeiro · Maria Gins Vinhas Velhas Grande Reserva Tinto 2018, de Eulália da Assunção Claro Casado · Vinhas Velhas Mogadouro Reserva Branco 2019, de Ana Margarida Mogadouro · Casal Cordeiro Grande Reserva Tinto 2017, de Carlos Manuel Cordeiro · Lhéngua Mirandesa Rosé 2020, da Cooperativa Agrícola do Ribadouro · Casal D’Ermeiro Vinhas Velhas Tinto 2018, da Quinta do Ermeiro · Terras de Mogadouro Tinto 2019, da Wine Indigenus · Quinta de Arcossó Reserva Branco 2019, da Quinta de Arcossó · Quinta de Arcossó Branco 2020, da Quinta de Arcossó · Terras de Mogadouro Reserva Rosé 2019, da Wine Indigenus. · DO-JOA Branco 2019, de DO-JOA, Lda. · Quinta do Sobreiró de Cima Branco 2020, da Quinta do Sobreiró de Cima, · Quinta do Sobreiró de Cima Vinha de Rio Torto Branco 2018, da Quinta do Sobreiró de Cima · Ribeira do Corso Reserva Tinto 2014, da Cooperativa Agrícola do Ribadouro, · Encostas de Vassal Biológico Bastardo Reserva Tinto 2014, de Rui Octávio Lino Medalhas de Prata · Ponte do Arquinho Tinto 2016, da Adega Cooperativa de Valpaços, Caves de Valpaços · Palácio dos Távoras Vinhas Velhas Branco 2020, de Costa Boal · Quinta Valle Madruga Reserva Branco 2018, da E.R.T.A. Sociedade Agrícola, · Encostas de Sonim Vinhas Velhas Grande Reserva Tinto 2016, da Sociedade Agrícola Encostas de Sonim · Quinta Valle Madruga Grande Escolha Branco 2019, da E.R.T.A. Sociedade Agrícola · Mont’Alegre Reserva Branco 2019, de Francisco António Gonçalves · Ninho da Pita Grande Reserva Tinto 2018, de Olívia Patrícia Bebiano www.gazetarural.com

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Ministrado pelo Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração

Sever do Vouga vai ter curso superior em Turismo Sever do Vouga vai receber, no próximo ano lectivo, o Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) em Animação Turística e do Património Cultural e Natural. Este terá a duração de dois anos letivos (quatro semestres, sendo o último de formação em contexto de trabalho7estágio) e será o primeiro com carácter universitário (de nível V) a ministrar no concelho.

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tabilidade, as normas de qualidade e segurança, a preservaCâmara de Sever do Vouga, o Instituto Superior de Ciências ção do meio ambiente, a inclusão e a acessibilidade, estimuda Informação e da Administração e a Escola Profissional de lando o espírito empreendedor e inovador dos estudantes. Aveiro assinaram um protocolo com vista à criação daquele curso, já Esta nova oferta formativa pretende igualmente constituirno próximo ano letivo. -se como um ativo importante na prossecução dos objetivos De acordo com este protocolo, a Câmara de Sever do Vouga assuda estratégia nacional de turismo, estando alinhada com os me a responsabilidade de proporcionar apoio geral e organizativo à mesmos, assumindo-se ainda como uma proposta diferenciarealização do curso, de promover a sua divulgação junto da comunidora, na medida em que confere aos alunos e futuros profissiodade e da região, assim como apoiar os alunos deslocados, sobretunais do setor, de forma coerente, prática e integrada, um leque do estrangeiros, proporcionando as melhores condições para a sua alargado e diversificado de conhecimentos científicos e técnicos, inserção na comunidade severense. introduzindo temáticas como a sustentabilidade e a acessibilidaPor sua vez a Escola Profissional de Aveiro disponibilizará as insde no turismo, a inovação, a internacionalização ou a qualidade talações necessárias ao funcionamento do curso no seu pólo de e certificação. Sever do Vouga, situadas no Edifício Vougapark, assegurando diOs diplomados estarão particularmente habilitados a desemferentes apoios de natureza logística. Ao ISCIA caberá assegurar a penhar funções, de forma autónoma ou integrados em equipas, coordenação pedagógica do curso, e a disponibilidade dos meios em empresas de animação turística; empresas marítimo-turísticas; pedagógicos e de apoio curricular necessários ao funcionamenoutras empresas ligadas ao setor do turismo, nomeadamente emto do curso. preendimentos turísticos, hotéis, restaurantes e empresas de orgaO CTeSP em Animação Turística e do Património Cultural e nização de eventos, entre outras, bem como em outras entidades, Natural visa preparar técnicos profissionalmente qualificados públicas e privadas, com intervenção no setor do turismo. para conceber, planear, coordenar, gerir, implementar e dinaOs interessados pode pedir mais informações acerca do curso e mizar eventos turísticos e atividades de animação, garantindo das candidaturas em www.iscia.edu.pt. o respeito pelos públicos-alvo, a legislação em vigor, a susten-

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Sever do Vouga vai ter curso superior em turismo

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Opinião de Joana Faria: Enquadramento do sector florestal

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Beyra Superior DOc Beira interior tinto 2019 venceu do concurso de vinhos da Beira interior

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Estudo revela a biodiversidade escondida nos espaços verdes urbanos

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Morgado de Silgueiros TN 2017 foi o melhor vinho tinto português no concurso

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Governo actualizou apoios à destilação do vinho com dotação de 10 milhões

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Sabugal recebe Festival Sete Sóis Sete Luas

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Mercadinho “Fora d´horas” promove a venda de produtos biológicos

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Mercado Produtos da terra promove “Maranho da Sertã”

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centro de interpretação das aldeias da Mesa dos 4 abades abriu em Vilar do Monte

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SPACE 2021 mostra últimas inovações no setor da agricultura

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