Gazeta Rural nº 399

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Semana da Chanfana em Vila Nova de Poiares A Confraria da Chanfana de Vila Nova de Poiares, vai levar a cabo a edição 2022 da Semana da Chanfana, que está a decorrer em nove restaurantes do concelho de 29 de Janeiro e 7 de Fevereiro.

Ficha técnica Ano XVIII | N.º 399

Periodicidade: Quinzenal

Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320

Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Redacção: Luís Pacheco

Opinião: Luís Serpa | Jorge Farromba

Júlio Sá Rego | Gabriel Costa

Departamento Comercial: Luís Cruz

Sede de Redacção: Lourosa de Cima

3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400

E-mail : gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546

Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda

Administrador: José Luís Araújo

Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Capital Social: 5000 Euros

CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339

Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04

Execução Gráfica e Impressão: Novelgráfica, Lda R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299

Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/

Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares

Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

04 Frut Logística 2022 mostra fileira global de frutas e hortícolas 06 Já há lampreia nos restaurantes de Monção 08 Feira do Fumeiro de Montalegre será em formato presencial 10 Fumeiro de Boticas disponível em plataforma digital 12 Vinhais admite realizar Feira de Fumeiro em formato digital 13 Seminário sobre o morango sob o mote ‘Haverá fileira em Portugal’ 14 Santa Maria da Feira cumpre tradição secular da Festa das Fogaceiras 15 Confraria promove Semana da Chanfana em restaurantes do concelho 16 Adega Cooperativa do Fundão tem dois novos vinhos 18 Plano Estratégico para a Vitivinicultura dos Açores 2022 20 Confrarias Báquicas vão reunir no Porto e em Gaia 22 Os vinhos da Niepoort também DÃO música 24 Empresas das Beiras e Serra da Estrela assinam contratos do PAPN 28 Câmara de Trancoso intervém na necrópole de Moreira de Rei 29 Município de Idanha-a-Nova adquire lagar de azeite 30 Município de Constância lança Ori-Caminhadas 31 2022 é o Ano Municipal do Desporto e da Aventura em Proença-a-Nova 35 Palmela lançou queijo curado em folha de castanheiro 36 Lei do clima é um dos melhores factos de 2021 37 Feira Internacional do Turismo quer gerar confiança no mercado 38 Município de Ansião realiza a Feira do Pinhão e revive a tradição 39 Castro Daire quer afirmar-se no desporto de montanha


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BOTICAS

VENDAS ONLINE EM www.boticastem.pt


De 5 a 7 de Abril, em Berlim

Frut Logística 2022 mostra fileira global de frutas e hortícolas Inicialmente marcada para Fevereiro, Fruit Logistica 2022 vai decorrer de 5 a 7 de Abril, em Berlim. Como expositores de mais de 80 países, que estarão presentes nos 25 salões. A Fruit Logistica representará, mais uma vez, toda a cadeia global de valor da indústria de frutas e hortícolas. A quarta onda da pandemia coronavírus piorou a situação em muitos países europeus, ao mesmo tempo que a indústria mostra vontade de prosseguir a sua caminhada. Deste modo, a Messe Berlin, entidade organizadora o evento, decidiu adiar a Frut Logística para Abril. “Estamos firmemente convictos do nosso objetivo de realizar a feira de forma presencial”, afirmou Kai Mangelberger, da entidade organizadora. Por isso, acrescentou, “esperamos que a situação comece a aliviar em Fevereiro devido às medidas de precaução que estão sendo tomadas. As novas datas possibilitam a realização do evento, que vai receber convidados e apresentadores internacionais. Estamos ansiosos para receber pessoas de todo o mundo, mais uma vez em melhores circunstâncias”, explicou aquele responsável.

A principal feira de negócios para a indústria global de frutas frescas - a Fruit Logistica - será em formato presencial,

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em Berlim, de 5 a 7 de Abril. Devido à situação pandémica atual, somente participantes totalmente vacinados ou recuperados poderão entrar nos eventos. Isso significa que todos os participantes devem apresentar o seu certificado de vacinação digital, com uma vacina aprovada pela União Europeia (UE). Os certificados de vacinação de fora da UE devem primeiro ser convertidos em um certificado de vacinação digital da UE. A entrada para a exposição só será possível com ingressos personalizados, comprados antecipadamente e online através da bilheteria da feira. O atual conceito de higiene e segurança da feira de Berlim, contém informações sobre eventos a serem realizados sob as “condições 2G” (ou seja, eventos para pessoas totalmente vacinadas ou recuperadas). A Fruit Logistica é um certame líder para o comércio global de frutas frescas e representa toda a cadeia de valor agregado para a indústria de produtos frescos, do produtor ao ponto de venda. Mais de 3.300 expositores de 91 países apresentaram os seus produtos, serviços e soluções técnicas na edição de 2020. Cerca de 73.000 vendedores e visitantes comerciais de 135 países participaram da conferência.


Face à onda de infecções por Covid

Feiras Agrovid e SIEB adiadas para o mês de Março A Feria de Valladolid, entidade organizadora da Agrovid e do Salón Ibérico de Equipamiento para Bodegas (SIEB), decidiu de adiar a realização dos dois eventos profissionais para os dias 22, 23 e 24 de Março. “Entendemos que a atual onda de infecções por Covid iria condicionar o fluxo de visitantes às duas feiras e distorceria o papel da plataforma de negócios comerciais, um ponto de encontro para profissionais de viticultura da Espanha e de Portugal”, disse o diretor da Feira, Alberto Alonso. Fabricantes, distribuidores e importadores de máquinas, equipamentos e serviços nacionais e internacionais confirmaram sua participação na segunda edição do Agrovid e na primeira do SIEB, duas feiras diferenciadas, cujos conteúdos se complementam e permitem que profissionais do da fileira do vinho obtenham uma visão global das novidades e tendências do mercado. O perfil dos expositores inclui grandes multinacionais e

empresas familiares dedicadas à produção de bens para o cultivo da vinha, que ocupam 8.000 e 3.000 metros quadrados de exposição no Agrovid e SIEB, respectivamente. A Agrovid e o SIEB contam com a colaboração do Colégio Oficial de Engenheiros Agrónomos de Castilla y León e Cantabria, das organizações profissionais agrícolas Asaja, Alianza por la Unidad del Campo e Unión de Campesinos de Castilla y León e das denominações de origem e qualidade dos vinhos. O aspecto tecnológico tem espaço próprio na Agrovid, com a Agrotecnológica, patrocinada pelo Instituto Tecnológico Agrário da Junta de Castilla y León. A exposição comercial é complementada por um programa de conferências em que especialistas de áreas como pesquisa, negócios, organizações profissionais agrícolas, etc. participam. Os profissionais acreditados como visitantes poderão aceder com o mesmo passe em Março e as inscrições para viticultores ainda estão abertas através dos sites das duas feiras. www.gazetarural.com

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Época já começou no Alto Minho

Já há lampreia nos restaurantes de Monção No Alto Minho já começou a época da lampreia, um prato de excelência com segredos culinários passados de geração em geração. Monção é dos primeiros concelhos onde os amantes desta iguaria a podem encontrar nos restaurantes locais.

Há coisas que nunca mudam, e ainda bem, porque na gastronomia o respeito pela sazonalidade é uma das regras básicas de qualquer cozinha. Prova disso, é a “Lampreia à Moda de Monção”, um prato dos mais característicos da gastronomia minhota.

Nos primeiros meses do ano, quem verdadeiramente gosta deste prato tem boas razões para visitar Monção, onde poderá deliciar-se com arroz de lampreia ou lampreia à bordalesa, bem como opções mais contemporâneas, como o sushi de lampreia, lampreia de escabeche ou empanada de lampreia. Este repasto tradicional, confecionado com recurso a segredos culinários passados de geração em geração, é acompanhado pelos produtos vínicos da Região de Monção e Melgaço, tais como, o afamado vinho Alvarinho, e pela saborosa doçaria tradicional, onde pontificam as “Roscas de Monção”, uma das 7 maravilhas da doçaria nacional. E, para descomprimir, o concelho de Monção tem um “mundo” para oferecer. À história ancestral e ruelas do centro urbano, juntamos as muralhas com vista para o Rio Minho e margem galega, e os nossos lugares de montanha, mágicos e inspiradores, recortados pelo serpentear do Mouro e do Gadanha, cujas águas tranquilas deslizam, por vales profundos e generosos, em direção ao Minho. Passear pelo concelho de Monção é um regalo para o olhar e um descanso para a alma. O património, as casas apalaçadas, o turismo rural, o legado dos antepassados, que teimam em preservar, e a hospitalidade genuína das suas gentes, que gosta e sabe receber, são alguns dos atributos que os visitantes ali podem encontrar.

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Marcada para acontecer de 20 a 23 de Janeiro

Feira do Fumeiro de Montalegre será em formato presencial A Câmara de Montalegre vai levar a cabo a Feira do Fumeiro em formato presencial de 20 a 23 de Janeiro. Os visitantes irão poder contactar com os produtores, degustar os produtos expostos, mas com algumas regras. A organização promete cumprir as determinações das entidades de saúde e testagem dos expositores e de todos os membros da organização. Para entrar na feira, que terá sentido único, os visitantes terão que apresentar o 8

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certificado digital, comprovativo da tomada da terceira dose da vacina ou teste PCR ou antigénico. Quem não poder ir à feira pode sempre adquirir fumeiro de Montalegre através da plataforma digital

A Feira do Fumeiro de Montalegre “é fundamental na economia local” Em entrevista à Gazeta Rural, o vice-presidente da Câmara de Montalegre disse que, após reunião com os produ-

tores, a autarquia decidiu a realização da feira em formato presencial. David Teixeira considera que este certame “é fundamental na economia local”. Gazeta Rural (GR): A Feira do Fumeiro de Montalegre será presencial? David Teixeira (DT): Tudo estamos a fazer nesse sentido. Tivemos uma reunião com os produtores e decidimos realizar a feira em formato presencial. Estamos a trabalhar em estreita ligação com a Saúde Pública, determinando as regras a que todos os visitantes do certame vão estar obrigados.


GR: É importante a presença de visitantes no certame? DT: É muito importante em duas vertentes. A primeira é para que não se perca a ligação que os produtores e os consumidores tiveram ao longo de 30 anos, que fazem já parte de uma família. A segunda, não menos importante, para ser âncora daquilo que tem sido a promoção estratégica do município, no âmbito do cozido à Barrosã, e ancorar todo o desenvolvimento turístico do concelho de Montalegre, no seu todo, no âmbito da restauração, principalmente. GR: Como sentiu os produtores na reunião que teve com eles? DT: Senti que reagiram muito bem, que estão cientes de que somos capazes de fazer a feira presencial e senti-os com muita vontade de ressuscitar este evento, que é fundamental na economia local, e é sobretudo o garante de toda a experiência que o fumeiro e a sua degustação podem trazer, uma vez que são anos de vivências que proporcionamos aos visitantes e a plataforma digital não permite essa realidade e a experiência de uma feira presencial. Claro que será em moldes muito diferentes do habitual. Os visitantes terão um circuito de sentido único, que passarão pelos stands dos expositores. Vamos ter muito fumeiro já em-

balado, para garantir a segurança de todos quantos nos visitam. Vamos, sobretudo, dar segurança aos visitantes, com a testagem dos expositores e de todos os elementos da organização. Queremos, sobretudo, que seja uma boa experiência e todos os visitantes tenham uma boa estadia em Montalegre, durante os quatro dias, com total segurança. GR: Basta o certificado digital ou será necessário teste negativo? DT: Mantendo-se as regras atuais, os visitantes que já tenham sido vacinados com a dose de reforço podem entrar apresentando o certificado digital ou comprovativo da tomada de vacina. Quem não tiver a dose de reforço, terá que apresentar um teste antigénio ou PCR. Quanto aos produtores e organização, foi um compromisso de todos dar este sinal de segurança e, sobretudo, de preocupação com os visitantes e todos serão testados. GR: De uma forma geral, como tem reagido o setor primário do concelho a esta pandemia? DT: Nós tivemos a coragem de, no ano passado, lançarmos dois grandes projetos de apoio à economia local, no concelho. Um foi a plataforma digital, em parceria com a Associação de Pro-

dutores de Fumeiro de Montalegre, que foi capaz de escoar todos os produtos que a feira e os produtores de fumeiro estiveram a produzir. O outro foi no âmbito da produção da carne bovina e do cabrito, em que fizemos parcerias e tivemos, sobretudo na carne bovina, uma grande superfície que foi capaz de escoar e ser a solução para aquilo que seria um grande problema económico para a região. Com estas duas medidas conseguimos ajudar o nosso setor primário, que reagiu bem e não foi quem mais sentiu a crise, porque se criou um processo paralelo de apoio. Os setores mais afetados com a pandemia foram a restauração e o alojamento. Para isso, o município criou linhas de financiamento e de apoio para a manutenção dos postos de trabalho, que era o mais importante nesta fase pandémica. Neste momento temos estruturado, com os nossos serviços de cultura e comunicação, uma campanha para dar visibilidade a estes territórios, que não são massificados, que são de um turismo seletivo, de natureza e gastronómico. Vale a pena acreditar que a experiência de vir à montanha, ao sítio onde é feito o fumeiro, se pode fazer sem riscos, ou muito baixos, e sobretudo, usando uma expressão muito nossa, ‘temos uma natureza sem limites’, que deve ser desfrutada.

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Câmara cancelou a realização presencial da Feira Gastronómica do Porco

Fumeiro de Boticas disponível em plataforma digital A Câmara de Boticas cancelou a realização presencial da Feira Gastronómica do Porco, que decorrerá pelo segundo ano consecutivo exclusivamente online. Deste modo, a autarquia transmontana ativou a plataforma digital BoticasTem, no endereço www.boticastem.pt, permitindo a aquisição do produto que estaria à venda na feira, com destaque para o fumeiro produzido na região do Barroso e que representa uma importante actividade económica para as famílias deste território do norte do dis10

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“Estamos confiantes que as vendas online voltem a ser um sucesso” Em entrevista à Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Boticas lamentou o cancelamento do certame, devido ao alastrar da pandemia. Contudo, Fernando Queiroga mostra-se confiante que as “vendas online voltem a ser um sucesso”. Gazeta Rural (GR): Atendendo à situação epidemiológica, a Câmara decidiu o cancelamento da Feira

Gastronómica do Porco em formato presencial. O que isso representa, em termos económicos, para o concelho? Fernando Queiroga (FQ): Foi uma decisão difícil de tomar, mas necessária tendo em conta o crescimento exponencial de número de novos casos de Covid-19 no país e também na região Norte, de onde são oriundos grande parte dos visitantes da Feira do Porco. É obvio que a não realização do certame em formato presencial tem um grande impacto na nossa economia local, acima de tudo porque não havendo feira as pessoas não se descolocam até ao nosso concelho para


comprar fumeiro e se deliciar com a nossa magnífica gastronomia. Contudo, estamos confiantes que as pessoas comprem através da plataforma digital BoticasTem e venham até Boticas para degustar os pratos confecionados à base de carne de porco e enchidos, uma vez que os restaurantes do concelho estão de portas abertas e com ementas alusivas à ocasião. Se há coisa da qual nos orgulhamos é de saber receber quem nos visita e temos um enorme prazer em mostrar o que de melhor há e se faz na nossa terra. Sabemos que a comercialização de fumeiro associada e a componente gastronómica da Feira do Porco são importantes para o sucesso do certame, porém, estamos confiantes que, à semelhança do que aconteceu no ano passado, as vendas voltem a ser um sucesso e que os restaurantes possam beneficiar da vinda de visitantes, uma vez que estarão a servir alguns dos melhores pratos desta região, num ambiente mais recatado e com todas as condições de segurança. GR: Com a experiência tida em 2021, que esperança tem na plataforma digital? FQ: A criação da plataforma digital BoticasTem em 2021 foi, em boa hora, uma aposta ganha que permitiu aos produtores de fumeiro tradicional escoar aquilo que produziram para vender na feira presencial. Desde o primeiro momento que nos disponibilizamos para apoiar os produtores e fazer aquilo que estivesse ao nosso alcance para que pudessem ter o devido retorno financeiro do seu trabalho, uma vez que há um número significativo de famílias do concelho que se dedicam ao setor agropecuário e, naturalmente, à produção de fumeiro artesanal. Nesse sentido, a autarquia, em colaboração com a Mais Boticas - Associação Empresarial Botiquense, decidiu arriscar na implementação de um modelo de negócio diferente e que fos-

se ao encontro das necessidades dos produtores, permitindo a venda online dos produtos endógenos do nosso Concelho. Apesar das incertezas iniciais, por ser uma novidade, a plataforma teve uma adesão extraordinária e o número de encomendas superou as expectativas quer da organização, quer dos próprios produtores que, em muitos casos, tiveram de reforçar o fabrico de fumeiro para responder a todos os pedidos. Estou confiante que em 2022 as vendas, através do endereço www. boticastem.pt, vão voltar a ser um sucesso, pela facilidade e rapidez que os consumidores têm em adquirir os produtos do Concelho de Boticas e, neste caso, não falamos apenas do fumeiro e enchidos, mas também de uma vasta variedade de produtos locais. GR: Como foi a adesão dos produtores à plataforma digital? FQ: Os produtores de fumeiro têm sido bastante recetivos às vendas através da plataforma BoticasTem e a este novo formato de comercialização dos seus produtos. É natural que no início deste processo estivessem um pouco preocupados e reticentes, relativamente à forma como iriam conseguir vender todo o stock de fumeiro pela internet, contudo, assim que a plataforma entrou em funcionamento e começaram a receber as primeiras encomendas ficaram mais confiantes com este modelo de negócio. Este ano temos mais know-how e os produtores já têm uma ideia mais concreta de como tudo funciona, o que acaba por dar mais confiança para que, mais uma vez e dentro das limitações a que estamos sujeitos, corra tudo pelo melhor e seja possível escoar todo o produto destinado à XXIV Feira do Porco. GR: No segundo ano de pandemia, quais as principais dificuldades que tem sentido nos produtores de

fumeiro do concelho? FQ: A Feira do Porco tornou-se num dos eventos mais importantes realizados na região e em particular no nosso concelho, sendo um importante gerador de riqueza económica. Com a não realização da feira presencial, alguns produtores acabam por produzir menos quantidade de fumeiro e, naturalmente, este fator acaba por ter algum impacto financeiro na vida de muitas famílias. Porém, nestes dois anos em que, por questões de saúde publica, decidimos cancelar a feira presencial continuamos a fazer os possíveis para apoiar os produtores de fumeiro, de forma a evitar que fiquem economicamente prejudicados. Esperamos que, dentro em breve, a pandemia dê tréguas, possamos voltar a ter uma vida normal e realizar as iniciativas que programamos a pensar na divulgação das nossas tradições e do concelho, entre as quais a Feira Gastronómica do Porco. GR: Num olhar geral, o setor primário do concelho tem reagido bem a estes novos tempos? FQ: Estes tempos de pandemia têm sido difíceis para qualquer setor económico e sendo Boticas um concelho rural, em que grande parte das famílias ainda se dedicam, e têm como fonte de rendimento, à agricultura e pecuária, é normal que este setor também seja afetado. Apesar das dificuldades temos uma população resiliente, que não baixa os braços, que vai à luta e que continua empenhada no desenvolvimento da nossa terra. É nas adversidades que devemos apoiar os nossos munícipes, os agricultores e os empresários do Concelho, bem como todos aqueles que, direta ou indiretamente, estão a ser afetados com a crise pandémica que assola o país e o mundo, sempre com a esperança de que melhores dias virão e que em breve tudo volte a ser como antes.

Tlf.: 232 411 299 Tlm.: 918 797 202 www.gazetarural.com 11 Email: novelgrafica1@gmail.com


Marcada para o segundo fim de semana de Fevereiro

Município de Vinhais admite realizar Feira do Fumeiro em formato digital O presidente da Câmara de Vinhais mostra-se convicto da realização da quadragésima segunda edição da Feira do Fumeiro, programada para o segundo fim-de-semana de Fevereiro. Contudo, o autarca admite que devido à pandemia, e pelo segundo ano consecutivo, poderá realizar-se apenas no formato online.

Em declarações à Rádio Brigantia, Luis Fernandes tem “dúvidas”, mas continua “a manter a esperança de conseguir fazer a feira presencialmente, obedecendo, como é claro, a todas as indicações da Direcção-Geral da Saúde, no caso de ser necessário”. O autarca de Vinhais sustenta que, para já, nada está decidido. É que, diz, “fruto do que está a acontecer e como as coisas estão, com o aumento de casos de Covid-19, não sabemos o que fazer. Ainda assim, vamos manter a disponibilidade e pensar que vai ser possível”, esclareceu Luís Fernandes. Tal como em 2020, Luis Fernandes admite que o certame se realize nos mesmos moldes, com a venda de fumeiro online, bem como workshops e as jornadas do Porco Bísaro. “Se não for presencial, se não se puder realizar, vamos apoiar os produtores de fumeiro, tal como fizemos no ano passado, com a realização da feira on-line”, referiu Luis Fernandes, lembrando que outros certames do género na região não se vão realizar de forma presencial. Contudo, “vamos aguardar”, vincou Luis Fernandes. A Feira do Fumeiro de Vinhais é um dos mais importantes

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eventos do concelho, que promove um dos produtos que mais contribui para a economia. Num ano normal atrai mais de 80 mil pessoas.

Orçamento do município de Vinhais para 2022 marcado pela incerteza O município de Vinhais aprovou um orçamento de 18 milhões de euros para este ano, marcado pela incerteza financeira relativamente ao impacto de novas competências e à transferência de verbas da Administração Central. O valor do orçamento é idêntico ao de 2021, porém esta autarquia do distrito de Bragança ainda não sabe qual vai ser o corte que irá ter nas transferências do Orçamento do Estado por ter perdido dois vereadores, passando de sete para cinco, devido à perda de eleitores para menos de dez mil. Esta é uma das incertezas, segundo o presidente da Câmara, Luís Fernandes, a que se junta o impacto da transferência de competências da Administração Central, que até agora a autarquia tem rejeitado, mas que terá que aceitar, como os restantes dos municípios, a partir de Abril. Neste caso, a expectativa do autarca é de que o orçamento seja alterado para inscrever mais verbas, pois, como alertou, municípios pequenos como os de Vinhais “terão dificuldades, se as competências não vierem acompanhadas de um pacote financeiro suficiente”.


Marcado para o próximo dia 18 de Março

Seminário sobre o morango sob o mote “Haverá fileira em Portugal?” Face à situação pandémica em Portugal e para manter o Seminário na forma presencial, a Comissão Organizadora do Seminário “Morango. Haverá Fileira em Portugal?” decidiu adiar o evento para o próximo dia 18 de Março de 2022.

O Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV, IP) em colaboração com a empresa Hortitool Consulting e o Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional - Centro de Competências (COTHN-CC) vão realizar no dia 18 de Março, no Auditório do INIAV, em Oeiras, um seminário dedicado ao setor do morango. Pretende-se analisar a fileira do morango em Portugal, reunindo todos os agentes nacionais e estrangeiros intervenientes na fileira desde viveiristas, empresas produtoras, de distribuição e de comercialização e técnicos, de modo a promover um amplo espaço de debate capaz de contribuir para o lançamento de estratégias de inovação e competitividade, indispensáveis para a sustentabilidade num contexto de alterações climáticas.

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Só 31 meninas fogaceiras saem à rua

Santa Maria da Feira cumpre tradição secular da Festa das Fogaceiras Com renovada fé e devoção, Santa Maria da Feira volta a cumprir o voto ao mártir S. Sebastião, na Festa das Fogaceiras, a 20 de Janeiro, mantendo esta secular tradição e pedindo ainda proteção contra a “peste” dos dias de hoje, a COVID-19.

O programa oficial da Festa das Fogaceiras - Cortejo Cívico, Missa Solene e Procissão - mantém-se, mas com um número muito reduzido de participantes em cada um dos momentos, acautelando-se todas as recomendações da DGS e respeitando as medidas impostas pelo Governo. No dia 20 de janeiro, a tradição com mais de 500 anos volta a cumprir-se em Santa Maria da Feira, com o tradicional Cortejo Cívico, às 10,30 horas, com apenas 31 meninas fogaceiras vestidas de branco integral, faixas coloridas à cintura e de fogaça à cabeça, entre os Paços do Concelho e a Igreja Matriz; a Missa Solene com bênção das fogaças, às 11 horas, na Igreja Matriz, presidida pelo Bispo Auxiliar Emérito do Porto, D. António Taipa; e, no período da tarde, às 15,30 horas, a Procissão. Dado o atual contexto pandémico e considerando a lotação limitada da Igreja Matriz (que por determinação da Diocese tem a lotação reduzida a 100 pessoas), a organização da Festa das Fogaceiras decidiu selecionar apenas uma menina fogaceira por freguesia, ao invés das quatro inicialmente previstas, numa lógica de representatividade de todo o concelho de Santa Maria da Feira. A seleção teve por base a ordem de inscrição de cada menina. A Missa Solene de Bênção das Fogaças vai ser transmiti-

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da, em direto, na página oficial de facebook do Município de Santa Maria da Feira, em www.facebook.com/municipio. smfeira, e no portal municipal, em www.cm-feira.pt/diretos, para que todos os devotos a S. Sebastião, em Portugal e no Mundo, possam assistir. A população que queira participar na Missa Solene pode fazê-lo, respeitando a lotação limitada da Igreja (que terá disponíveis apenas 50 lugares para os participantes da eucaristia da comunidade em geral). Para garantir uma maior segurança a esta festividade, a Câmara Municipal disponibiliza, nas imediações da Igreja Matriz, um espaço para que os devotos possam realizar o seu teste à COVID-19 antes da entrada na igreja. A Câmara de Santa Maria da Feira assegura igualmente a testagem de todos os elementos que integram oficialmente a Festa das Fogaceiras 2022. Como é já tradição, o dia 20 de janeiro termina com um espetáculo de sátira e comédia com assinatura do Centro de Cultura e Recreio do Orfeão da Feira, às 21,30 horas, no Cineteatro António Lamoso. “Ensaio Geral” é o espetáculo de teatro-revista que promete momentos de boa disposição. Numa época em que tanto se fala da transição verde, a ecologia terá lugar de destaque nesta noite que abordará também o ecossistema… político. A Festa das Fogaceiras é assinalada durante todo o mês de janeiro, até ao dia 31 de janeiro, com uma programação cultural e artística, em diferentes equipamentos culturais municipais, que vai desde a música ao teatro de revista e à recriação histórica, das oficinas aos workshops.


De 29 de Janeiro e 7 de Fevereiro, em Vila Nova de Poiares

Confraria promove Semana da Chanfana nos restaurantes do concelho A Confraria da Chanfana de Vila Nova de Poiares, vai levar a cabo a edição 2022 da Semana da Chanfana, que está a decorrer em nove restaurantes do concelho de 29 de Janeiro e 7 de Fevereiro. A mordomo-mor da Confraria da Chanfana, em conversa com a Gazeta Rural, diz que, apesar da incerteza, entenderam levar a cabo este evento, que reputa de “muito importante” para o concelho. Madalena Carrito diz que participam no evento a quase totalidades dos restaurantes do concelho.

Gazeta Rural (GR): Como vai ser a Semana da Chanfana? Madalena Carrito (MC): Normalmente realizamos a Semana da Chanfana coincidindo o seu arranque como o feriado municipal do concelho (13 de Janeiro). Atendendo à situação que atravessamos, entendemos que era mais sensato adiar o início deste evento para o dia 29 de Janeiro, mantendo-o até 7 de Fevereiro. Esperamos não ter que fazer mais nenhuma alteração, pois tudo vai depender como o pico da pandemia evoluir. O ano passado

ficámos sempre a aguardar que as coisas melhorassem, para marcar a Semana da Chanfana, e acabámos por não a realizar. GR: Atendendo ao período que atravessamos, é um evento importante para o setor da restauração? MC: Este evento é muito importante para o concelho e para os empresários em geral, não só a restauração como o comércio. Não podemos deixar que esta pandemia nos afete, ainda mais em termos da promoção turística, bem como no plano económico. Vamos realizar uma Semana da Chanfana apostando essencialmente em campanhas online. Vamos realizar um evento numa altura em que os restaurantes vão estar com as limitações e regras impostas pela Direção Geral de Saúde. O que prevemos é que não haverá as enchentes que todos os restaurantes tinham neste período, mas pensamos que podemos atenuar as grandes dificuldades por que todos têm passado. GR: A Semana da Chanfana vai decorrer até 7 de Fevereiro? MC: Sim. Se tudo correr bem, terá

uma abertura oficial no dia 29 de Janeiro. Em todos os restaurantes estarão membros da Confraria, para uma cerimónia simbólica, dado que é a entidade organizadora. Contamos, como sempre, como o apoio da Câmara e das juntas de freguesia, mas é sobre a Confraria que recai a grande responsabilidade desta iniciativa, pelo que vamos querer acompanhar de perto os restaurantes. GR: Mas há outras dificuldades? MC: Sim. Neste período temos responsabilidades acrescidas, como a falta de mão de obra em vários setores, nomeadamente a restauração, que também enfrenta esta dificuldade. O que ainda os vais sobrecarregar mais é ter uma pessoa disponível para verificar os certificados de vacinação e testes, ou mesmo fazê-los. Apesar de todas estas dificuldades não queremos deixar de assinalar a Semana da Chanfana e estamos prontos para trabalhar. Vão participar nove restaurantes, que é a quase totalidade do setor do concelho. Poiares tem bons restaurantes e, quase todos, com muito espaço. www.gazetarural.com

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Lançados no final de 2021

Adega Cooperativa do Fundão tem dois novos vinhos ‘Private Selection Edition’, tinto e branco, chegaram ao mercado no final de 2021 e, segundo responsáveis da Adega do Fundão, foram muito bem recebidos. Para além de possuir uma das mais apetecidas iguarias nacionais, as cerejas, o Fundão é também terra de bom vinho e os dois “novos” vinhos (tinto e branco), cujo lançamento a Adega Cooperativa do Fundão fez coincidir com a quadra natalícia, receberam diversos elogios por parte dos apreciadores.

Este lançamento pretende ser uma homenagem a outro fruto muito importante para o Fundão, a uva, ou não fosse o sul da Serra da Gardunha importante para produção de vinhos da região demarcada da Beira Interior, e representa o culminar de um demorado processo criativo, desde as vinhas velhas onde nasceram e amadureceram as uvas, até serem transformadas no vinho mais caro da Adega Cooperativa do Fundão, rondando os 20 euros. O design da garrafa, do rótulo e a caixa de madeira em que são comercializados estes vinhos ajudam à apresentação do novo produto em que sobressaem a Adega e o Fundão. Os entendidos dizem que o produto final alia a qualidade do vinho à elegância da garrafa, do rótulo e da caixa de madeira em que é comercializado. “Este vinho é uma autêntica pintura”, resumiu António Madalena, presidente da direção da Adega, na sessão de lançamento, explicando que “o desafio era criar um vinho de qualidade que chegasse ao mercado com uma imagem mais forte” e acrescentou ainda “Recuperámos a estatueta que é uma espécie de ícone da Adega do Fundão e aproveitámos a qualidade que estava nas vinhas para a transportar para a garrafa”.

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O responsável concluiu afirmando que se trata de “um vinho singular”, que permite valorizar as uvas dos produtores e criar vinhos com valor e informou que a Adega recusou uma proposta para exportar toda a produção deste vinho para o Brasil para “não defraudar as expectativas dos clientes”. O enólogo da Adega do Fundão, Ricardo Botelheiro, revelou que, de momento, estão disponíveis apenas 1.800 garrafas de tinto e 1.600 de branco.

Adega Cooperativa do Fundão As origens da Adega Cooperativa do Fundão remontam há mais de meio século. Na realidade, foi em 1949 que 30 sócios criaram na cidade do Fundão, na bela e fértil região da Cova da Beira, a sua cooperativa. Volvidos 54 anos, o número de associados passou para mais de 1.000, com a adega a produzir vinho de uvas provenientes, exclusivamente, das vinhas dos seus associados. A capacidade de receção ronda os quatro milhões de quilos de uvas/ano, sendo que 70 por cento é de uvas tintas e 30 por cento de uvas brancas. A cultura da vinha nesta região é uma realidade muito antiga, remontando ao tempo em que os romanos ocuparam a Península Ibérica. Como prova, foi encontrada, numa vinha chamada ‘A forca’, perto do Fundão, juntamente com mós e tijolos romanos, uma estatueta do século I d.C., representando um homem com um cesto de uvas à cabeça. In: Jornal de Sabores


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Revelou o secretário regional da Agricultura

Açores quer implementar um plano estratégico para a vitivinicultura a 10 anos

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Os Açores prevêem começar a implementar, este ano, um plano estratégico para a vitivinicultura, a 10 anos, que visa aumentar a produção e dar mais visibilidade aos vinhos da região, revelou o secretário regional da Agricultura.

“Pretende-se mais exportação de vinhos, mais produção, mais capacidade de transformação, mais mão de obra, mais ciência, mais ligação à terra e mais criação de emprego em todas as ilhas”, afirmou o secretário regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, António Ventura, à margem de uma reunião com a direção da Adega Cooperativa dos Biscoitos, na ilha Terceira.

O Plano Estratégico da Vitivinicultura para a Região Autónoma dos Açores, que será colocado a consulta pública, durante este mês de janeiro, será posteriormente aprovado em Conselho de Governo e deverá começar a ser implementado em 2022. Segundo António Ventura, o documento, que recebeu contributos de meia centena de personalidades, integra “18 medidas e 58 ações, a realizar nos próximos 10 anos”. “Pretende recuperar o tempo perdido e perspetivar no futuro um desenvolvimento que tem a ver com a criação de emprego, com a fixação de pessoas e com a diversificação económica, apostando na vinha, no vinho e nos produtos”, frisou. Entre as principais medidas do plano, o secretário regional da Agricultura destacou a criação de um livro branco para o enoturismo e a criação da “Rota dos Vinhos dos Açores”. “Há cada vez mais turistas a procurar, a apreciar e a comprar o vinho e a referenciar as zonas pela produção de vinho”, sublinhou. O governante disse ainda esperar que o Instituto da Vinha e do Vinho seja “aprovado o mais rapidamente possível” e que possa entrar em funcionamento “este ano”. “Este organismo irá planear, orientar e operacionalizar todas estas políticas e este plano estratégico”, apontou. António Ventura realçou, por outro lado, a criação do Observatório da Vinha e do Vinho, entidade que deverá acompanhar a execução do plano, elaborando ainda relatórios sobre os programas VITIS (Regime de Apoio à Reestruturação e Reconversão da Vinha) e sobre a sustentabilidade do setor vitivinícola na região. O organismo deverá ainda elaborar “contas de cultura” para diferentes ambientes edafoclimáticos da cultura da vinha nos Açores e avaliar o impacto sócio-económico da produção. Poderá também fazer sugestões sobre a experimentação, vulgarização e formação profissional, sobre a promoção e comercialização dos produtores vitivinícolas regionais e sobre a divulgação do enoturismo regional. “Há necessidade de cursos de formação, de podas, por exem-

plo, de enxertias, de colheita, etc”. “A ligação forte às escolas profissionais, ao ensino regular e, especificamente, dentro da secretaria, é fundamental implementar”, avançou António Ventura. O secretário regional da Agricultura adiantou que está a ser considerada também a criação de “majorações, formação e até, provavelmente, importação de mão de obra”. Para o presidente da Adega Cooperativa dos Biscoitos, Ricardo Rodrigues, este plano é importante para “alavancar” um setor, que tem “evoluído bastante” nos últimos anos. “Nós achamos que é um fator extremamente importante para alavancar um setor que durante muitos anos esteve esquecido. Achamos que a vitivinicultura tem a importância de ser mais um setor para a diversidade do que a região pode oferecer, quer a nível turístico, quer a nível da qualidade dos produtos que podemos apresentar”, apontou. Na área vitivinícola dos Biscoitos, na ilha Terceira, tem-se registado um aumento de novos produtores, mas o foco deve ser, sobretudo, a aposta na qualidade do produto, a pensar em “nichos” de mercado, defendeu Ricardo Rodrigues. “É nisso que nós nos podemos diferenciar, apresentando um produto com qualidade, que se consiga identificar onde é produzido”, sublinhou.

Governo quer Instituto da Vinha e do Vinho a funcionar “ainda este ano” O secretário da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Governo dos Açores disse que o executivo pretende que o Instituto da Vinha e do Vinho comece a funcionar “ainda este ano”, com sede no Pico. Ouvido na comissão de Economia da Assembleia Regional, António Ventura afirmou que entrada em funcionamento daquele instituto vai depender da “celeridade e da deliberação” do parlamento açoriano. Caso o decreto legislativo seja aprovado na Assembleia Regional, a “responsabilidade fica” do lado do Governo açoriano. “Logo que o diploma seja aprovado, vamos trabalhar para que ainda este ano possamos ter em funcionamento o Instituto da Vinha e do Vinho. É este o nosso desejo. Não podemos perder mais tempo”, afirmou António Ventura. O secretário regional afirmou que aquele organismo, que vai ter sede na ilha do Pico, era uma “iniciativa que já estava em desenvolvimento pelo anterior executivo”. “Encontrámos na secretaria esta iniciativa, terminamos o seu desenvolvimento e a sua construção e apresentamos na Assembleia Regional”, acrescentou. Para António Ventura, a criação do instituto “resulta da necessidade de unir, congregar e defender condignamente as regiões vitivinícolas dos Açores”. O Instituto da Vinha e do Vinho vai “propor, estudar e executar” as políticas vitivinícolas e “congregar recursos humanos”, sendo composto por um presidente e quatro vogais, segundo a proposta do executivo açoriano. “Pretendemos que exista uma estrutura que pense sobre esse setor tão importante para os Açores, quer na criação de riqueza, quer na criação de emprego, quer na fixação de jovens. É uma fileira que precisa de ser recuperada”, concluiu o secretário regional.

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De 27 de Maio a 2 de Junho de 2023

Confrarias Báquicas vão reunir no Porto e em Gaia Entre os dias 27 de Maio e 2 de Junho de 2023, o ‘mundo’ do vinho vai reunir-se no Porto e em Gaia, para receber o Congresso Mundial das Confrarias Báquicas, que a organização considera “um dos maiores eventos ligados à Vinha e ao Vinho”.

O Porto e em Vila Nova de Gaia vai receber o Congresso Mundial das Confrarias Báquicas, em 2023, e espera cerca de 700 participantes de todo o mundo.

Para este evento, que acontecerá no Porto e em Vila Nova de Gaia, as inscrições abrem na Primavera de 2022, numa iniciativa que passará pelo Minho, Douro, Lisboa e Alentejo e conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República. São esperados cerca de 700 participantes de várias regiões do mundo onde se produz vinho, para participar no Congresso Mundial das Confrarias Báquicas. Aprovado em Paris, em 2020, o Congresso é um dos maiores eventos ligados à Vinha e ao Vinho, envolvendo associações de defesa e promoção dos vinhos dos 34 países que integram a Federação Internacional das Confrarias Báquicas. “Portugal, neste momento, está na moda e os nossos vinhos vão ganhando cada vez mais notoriedade. O nosso turismo ligado ao vinho é cada vez mais apreciado lá fora. Queremos com o congresso melhorar a imagem que Portugal e os seus vinhos têm no exterior, mostrar que o nosso país, neste momento, trabalha ao nível do melhor que se faz no mundo em todas as atividades ligadas ao vinho”, afirma o presidente da Federação das Confrarias Báquicas de Portugal. Pedro Rego acrescenta que “o congresso será no Porto e em Vila Nova de Gaia, mas vamos visitar a região dos Vinhos Verdes e do Douro e teremos uma extensão para Lisboa. Queremos mostrar a qualidade dos vinhos que temos, as dificuldades com que nos deparamos, mas a qualidade que nos carateriza. Ainda não temos uma aprovação final de valores, mas será um custo elevado porque teremos centenas de visitantes durante uma semana em Portugal.” Segundo Albino Jorge, presidente para a edição de 2023 deste Congresso, esta será “uma das maiores manifestações do vinho e da vinha no mundo. Vamos ter entre 500 a 700 congressistas presentes por isso esperamos um reflexo imediato para o nosso enoturismo logo após o congresso. Traz-nos o reforço da imagem de marca dos vinhos portugueses, mas também uma confiança grande na organização portuguesa”, sublinha. Aquele responsável acredita ainda que o congresso “trará uma dinâmica económica muito interessante por causa da hotelaria e dos restaurantes”. In: Jornal de Sabores.com

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Concerto acontece a 26 janeiro, no Porto

Os vinhos da Niepoort também DÃO música A parceria entre Dirk Niepoort e Pierre Aderne, que nasceu com o Wine Album, regressa aos Coliseus do Porto e de Lisboa. É mais um exemplo de colaboração artística abraçada pela Casa Niepoort. O primeiro concerto acontece a 26 janeiro, no Porto. O vinho é para beber, mas a garrafa é para guardar (e para pôr a tocar).

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Há muito que a Casa Niepoort cultiva as parcerias artísticas, com pintores, músicos ou ‘designers’. Seja nas edições de Nat Cool, com as ilustrações de rótulos das garrafas, seja em colaborações artísticas que a Niepoort escolhe para se associarem a lançamentos, a Casa nascida no Douro praticou sempre uma filosofia de abertura para com outras áreas de criação. Desta feita, 2022 vai juntar de novo dois maestros de áreas diferentes: Dirk Niepoort, do mundo do vinho, e Pierre Aderne, do mundo da música.

Este mês e até Março, no Porto e em Lisboa, os Coliseus acolhem espectáculos da Rua das Pretas, em que serão servidas “músicas engarrafadas”. Vai poder ouvir música como se estivesse na sala da sua casa, de copo de vinho na mão. O vinho que vai embalar essas músicas lusófonas é o Nat Cool Dão 2020, uma edição limitada para a Rua das Pretas, que já


está incluída no valor do bilhete para o concerto. Este vinho descomplicado, versátil, elegante e fresco, reflexo do terroir nas encostas da Serra da Estrela em que é feito, poderá ser apreciado já no dia 26 de Janeiro no Coliseu do Porto. Será a estreia do grupo Rua das Pretas no Coliseu na Invicta, cidade mais próxima do Douro, que Dirk Niepoort habita há cinco gerações. Dentro de um Coliseu em formato de arena de circo, limitado a 1000 lugares, para preservar o ambiente intimista do projecto Rua das Pretas, decorrerá o concerto, de copo de vinho na mão. De uma garrafa Niepoort de 18 litros - uma garrafa Melchior - brotará vinho para todos os que quiserem beber um copo ao som da música. Esta parceria artística tem contornos mais profundos. Para levar mais longe a ideia de “um álbum em forma de garrafa”, no rótulo desta edição limitada encontra-se um QR Code através do qual se acede ao álbum de música. Neste “Um copo de fado, dois de bossa nova – Magnum Edition”, encontra-se uma compilação de temas dos dois primeiros álbuns da Rua Das Pretas — incluindo canções do primeiro “The Wine Álbum”, idealizado por Pierre e Dirk na Quinta de Nápoles e gravado em Nova Iorque em 2018 - e quatro temas inéditos, que só se encontram nesta garrafa de vinho. Em vez de uma mensagem dentro da garrafa, temos música. E vinho, claro. A Nat Cool Song - tema de que Dirk Niepoort é co-autor, juntamente com Pierre Aderne, Brian Cullman e Tanner Walle - também se encontra no álbum. A canção casa agora com esta edição Nat Cool Dão 2020, um vinho leve, de 12,5 º C, com notas de frutos silvestres (amoras e groselhas) e ‘nuan-

ces’ de notas balsâmicas (características da Tinta Pinheira) que revela na boca elegância, vivacidade e boa acidez, dadas pela casta Baga. O rótulo da garrafa contém uma outra obra artística: uma xilogravura do artista plástico brasileiro Rubem Grilo, criada exclusivamente para o projecto. Somam-se assim várias razões de peso que fazem desta edição de vinho um objecto de colecção. Afinal, não é todos os dias que se encontra uma garrafa com música dentro. E se celebra o encontro de dois compositores, o de vinhos e o de canções. “Desde o nosso primeiro encontro, em 2009, que sinto afinidade artística com o Pierre Aderne, do ponto de vista criativo, já que pensamos da mesma forma em vários temas”, afirma Dirk Niepoort, que lidera a Casa Niepoort, quinta produtora de vinhos desde 1842. “Fazer o Wine Album fez todo o sentido em 2018, e agora servir o Nat Cool Dão nos concertos dos Coliseus da Rua das Pretas faz exactamente o mesmo sentido.” O músico Pierre Aderne concorda em absoluto: “Fazermos estes concertos e servirmos música engarrafada é uma forma diferenciadora de unir várias artes. Quando chegarmos às 5000 garrafas vendidas de Nat Cool Dão edição Rua das Pretas, atingiremos a marca do disco de ouro. Perdemos o formato CD, mas corremos o risco de ganhar o disco de ouro com esta música engarrafada”. Desta filosofia da Niepoort, sempre atenta a associações artísticas em linha com os valores da Casa, nasce mais esta bela parceria. De janeiro até fim de Março, o público vai poder ouvir e beber as composições destes dois artistas do vinho e da música.

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Nos territórios de oito Comunidades Intermunicipais

Programa de Apoio à Produção Nacional destina 42 milhões de euros à região Centro O Programa de Apoio à Produção Nacional (PAPN) para a região Centro é de 42 milhões de euros (ME), destinados a micro e pequenas empresas, bem como aos territórios de intervenção das oito Comunidades Intermunicipais da região.

Em comunicado, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) informa que o valor orçamentado para a região Centro é de 42 milhões de euros, sendo que 66,66% é destinado à indústria e 33,33% ao turismo. “O apoio do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) reveste a natureza de subvenção não reembolsável, através da aplicação de uma taxa base de 40% para os investimentos localizados em territórios do interior ou 30% para os investimentos localizados nos restantes territórios”, lê-se na nota de imprensa da CCDRC. A Comissão Diretiva do Programa Centro 2020 e as comu24

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nidades intermunicipais da Beira Baixa, Beiras e Serra da Estrela e Região de Coimbra promoveram a assinatura dos primeiros contratos de financiamento do Programa de Apoio à Produção Nacional (PAPN) na região Centro, que foram presididas pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

Empresas do território das Beiras e Serra da Estrela assinam contratos Foram assinados na cidade da Guarda os contratos de financiamento da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela no âmbito do Programa de Apoio à Produção Nacional (PAPN). Um número significativo de micro e pequenas empresas com candidaturas aprovadas no PAPN assinaram os contratos de financiamento com a Autoridade de Gestão do Programa Operacional Centro 2020, para poderem beneficiar de apoio


Programa de Apoio à Produção Nacional de fundos europeus para projetos de investimento. Ao aviso de concurso n.º CENTRO-D7-2021-12 publicado em Fevereiro de 2021 pela Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela no âmbito do Programa de Apoio à Produção Nacional (PAPN), foram submetidas 122 candidaturas das quais foram aprovadas 61, que totalizam um investimento elegível total de 9.074.310,00€ ao qual está associado um financiamento (fundo europeu FEDER) no montante de 5.133.835,00€, distribuído pelas empresas ligadas ao setor do turismo no montante de 816.796,00€ e o restante pelas empresas ligadas ao setor da Indústria de transformação/extração no montante de 4.317.039,00€. Estas empresas vão investir, na expansão das suas instalações, aquisição de novos equipamentos, diversificação da produção, redução de custos com energia e modernização de processos e serviços prestados. Estas empresas operam sobretudo nos setores na CAE REV 3: indústrias extrativas; indústrias transformadoras; turismo: estabelecimentos hoteleiros, turismo no espaço rural, parques de campismo e de caravanismo, restauração e organização de atividades de animação turística.

O Programa de Apoio à Produção Nacional é uma iniciativa da área governativa da Coesão Territorial destinada ao investimento empresarial produtivo e dirigida essencialmente ao setor industrial. O programa foi lançado com uma dotação de 100 milhões de euros, 50% dos quais afetos aos territórios do Interior, e recebeu candidaturas de 4.128 projetos de investimento, que solicitaram investimentos na ordem dos 587 milhões de euros. A medida, dirigida às micro e pequenas empresas criadas há pelo menos um ano que assumam o compromisso de não reduzir o número de postos de trabalho, apoia o investimento em máquinas, equipamentos, serviços tecnológicos/digitais, bem como sistemas de qualidade e de certificação que permitam alterar os processos produtivos das empresas. É um importante apoio à transição digital e energética, à introdução de processos de produção ambientalmente mais amigáveis servindo, simultaneamente, de estímulo à produção nacional. Garante ainda a melhoria da produtividade das empresas em contexto de novos modelos de negócios e apoia a expansão e modernização da produção em projetos de base local.

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Em Portugal e Espanha

RawData e Alltech® unem esforços para a digitalização do setor agro A Alltech Crop Science Iberia, divisão agrícola da Alltech, líder mundial em biotecnologia, e a RawData, empresa dedicada ao desenvolvimento tecnológico do setor agroalimentar, anunciam acordo de colaboração para dar apoio ao seu canal de distribuição em Portugal e Espanha.

Com este acordo, a RawData proporcionará os seus serviços de digitalização a uma empresa com mais de 40 anos de experiência no setor agroalimentar, com uma equipa em crescimento de mais de 6000 colaboradores a nível mundial, presente em mais de 120 países. Esta parceria facilitará a classificação e digitalização de dados, bem como a assessoria técnica sobre as tecnologias da Alltech Crop Science. Este acordo demonstra o compromisso de ambas as empresas em aumentar a eficiência do setor agroalimentar através da digitalização. O CEO e fundador da RawData, Albert Duaigües, sublinha a importância desta parceria: "Durante décadas a Alltech demonstrou a sua intenção de contribuir para uma agricultura mais sustável a nível mundial. Esta parceria resulta de uma visão comum para o futuro do setor, baseada no respeito pelo passado e no desejo de aumentar a eficiência no campo". Jomi Bernad, Diretor Regional da Alltech para a Península Ibérica, afirma: “Este projeto reforça o princípio orientador da empresa e o nosso compromisso com o meio ambiente, impulsionando a inovação para melhorar a rentabilidade e

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a sustentabilidade dos agricultores de Portugal e Espanha”.

Acordo pelo meio ambiente

A RawData como a Alltech partilham a ideia de que proteger o meio ambiente é crucial para o futuro da agricultura. Planet of Plenty é uma iniciativa da Alltech, cujo compromisso é ajudar os agricultores a ser mais eficientes, dotando-os das melhores soluções para reduzir a Pegada de Carbono. Por seu turno, a RawData nasceu como uma solução agrotecnológica integral vital para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Por isso, as duas empresas decidiram otimizar uma solução de cálculo da sustentabilidade ambiental específica para o setor agroalimentar.

Uma visão comum

Ambas as empresas partilham de uma visão comum sobre o futuro da agricultura sustentável, assente em dois pilares:

Recursos finitos

Necessitamos de produzir alimentos suficientes para evitar a fome no mundo e, ao mesmo tempo, proteger os nossos ecossistemas. Devemos encontrar um caminho para conseguir, simultaneamente, aumentar a produtividade e reduzir o impacto ambiental.

A tecnologia como solução

Desde os primórdios da agricultura, o engenho humano recorreu à tecnologia para melhorar. A digitalização e o uso de soluções agrotecnológicas é o passo seguinte do processo.


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Situada no concelho de Trancoso

Intervenção na necrópole de Moreira de Rei fica concluída no Verão Os trabalhos arqueológicos na maior necrópole de sepulturas antropomórficas da Europa chegam ao fim este ano. A intervenção, que conta também com a requalificação da igreja de Santa Marinha e a criação de um centro interpretativo, terá um custo de mais de 329 mil euros.

A Câmara de Trancoso prevê concluir no Verão as obras de requalificação da necrópole rupestre da aldeia de Moreira de Rei, onde existem cerca de 600 sepulturas escavadas na rocha. Segundo o presidente da autarquia, Amílcar Salvador, os arqueólogos encontraram no local cerca de 600 sepulturas de adultos e de crianças escavadas na rocha, em redor da igreja de Santa Marinha, datada do século XII, que está classificada como Monumento Nacional desde 1932. A intervenção em curso na aldeia de Moreira de Rei, com um investimento superior a 329 mil euros, contempla a requalificação da igreja de Santa Marinha e largo envolvente, bem como a criação de um Centro Interpretativo da necrópole rupestre, que é considerada “a maior necrópole de sepulturas antropomórficas da Europa”. “Neste momento, provavelmente, faltará fazer o levantamento de 150 das cerca de 600 sepulturas. A nossa expectativa é a de que até ao final da Primavera esteja todo esse levantamento realizado e, no próximo Verão, teremos tudo concluído. A expectativa é que, no próximo Verão, mais mês menos mês, tenhamos o projecto concluído”, disse esta sexta-feira Amílcar Salvador à agência Lusa. O autarca também espera concluir na mesma altura o pro28

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jecto de criação do Centro de Interpretação de Moreira de Rei, que funcionará como posto de turismo. O espaço fica “logo à entrada da localidade”, num edifício localizado junto da estrada municipal que liga Trancoso a Moreira de Rei, e servirá “para encaminhar quem depois queira visitar, quer a necrópole, quer o Centro Interpretativo que vai ficar dentro da própria igreja de Santa Marinha”. O estudo das sepulturas na rocha envolve arqueólogos da autarquia que, no Verão de 2021, foram auxiliados por cerca de 30 estudantes universitários de arqueologia que deram “uma ajuda significativa” nos trabalhos, disse Amílcar Salvador. “Para além dos dois arqueólogos do município, temos, em termos de prestação de serviço, sempre mais quatro ou cinco que têm estado connosco, e que irão estar até ao Verão de 2022, por forma a concluírem esses trabalhos”, acrescentou. As escavações arqueológicas foram iniciadas em Agosto de 2018 e o elevado número de sepulturas encontrado surpreendeu os arqueólogos, bem como o facto de ainda existirem no local muitos vestígios de ossadas humanas. O presidente da Câmara Municipal de Trancoso reconheceu que o trabalho realizado pelos técnicos “foi muito complicado”, mas vaticinou que a intervenção final será importante para Moreira de Rei, que “começa já a ser uma terra com muitas visitas, com muitos turistas”, mesmo nesta fase em que a necrópole ainda está em obras. A aldeia de Moreira de Rei, que dista 7,5 quilómetros da cidade de Trancoso, possui três Monumentos Nacionais: ruínas do castelo, igreja de Santa Marinha e pelourinho.


Num investimento de 260 mil euros

Município de Idanha-a-Nova adquire lagar para potenciar produção de azeite A Câmara de Idanha-a-Nova investiu 260 mil euros na aquisição de um lagar, em Zebreira, com o objetivo de potenciar a produção de azeite na região. “O objetivo é investir em património que permita consolidar e reforçar a atividade económica desenvolvida no concelho de Idanha-a-Nova”, afirmou, em comunicado enviado hoje à agência Lusa, o presidente do município, Armindo Jacinto.

Segundo a autarquia de Idanha-a-Nova, o contrato-promessa de compra e venda já foi celebrado, sendo que o objetivo passa por disponibilizar aquele equipamento aos produtores de azeite. “A exploração do lagar deverá ser protocolada com uma entidade orientada para o efeito, de forma a potencializar a produção de azeite, uma atividade económica de relevância para o concelho de Idanha-a-Nova”. O município referiu que a aquisição do lagar de Zebreira e respetivo equipamento, um investimento de 260 mil euros, vai ser “uma mais-valia para os produtores de azeite e representa um investimento estratégico num setor criador de riqueza e emprego”. “O setor olivícola tem uma importância histórica neste concelho, por via das suas condições edafoclimáticas”, sublinhou. Idanha-a-Nova, a primeira biorregião em Portugal, está a preparar uma candidatura à Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), para reconhecimento do olival tradicional como Sistemas Importantes do Património Agrícola Mundial (SIPAM). Os SIPAM são sistemas e paisagens notáveis, ecossistemas naturais transformados que refletem a evolução cultural da humanidade, a diversidade dos seus conhecimentos e a relação que desenvolveram com a natureza e a biodiversidade.

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Mais uma oferta de âmbito desportivo

Município de Constância lança Ori-Caminhadas Ori-Caminhadas é o desafio do Município de Constância no início deste novo ano, lançando assim mais uma oferta de âmbito desportivo. As Ori-Caminhadas são um programa que visa o fomento e a generalização de hábitos de prática desportiva regular assim como a humanização do espaço rua, em ambiente urbano, com características de saúde, bem-estar e qualidade de vida sendo complementar aos Percursos de Grande Rota existentes no território do concelho (Caminho do Tejo e Grande Rota do Zêzere). Com início e fim no Parque Desportivo Municipal de Constância e com três níveis de dificuldade (distância e altimetria) as Ori-Caminhadas são uma forma diferente de conhecer e sentir Constância, Vila Poema. Cada um dos percursos das Ori-Caminhadas, que terá entre 2 e quatro quilómetros, demorará de 35 a 40 minutos e deverá ser realizado a caminhar de acordo com os diferentes níveis. A simplicidade tecnológica estimula à experimentação e acompanhamento permanente da evolução de cada individuo dentro de cada nível de desempenho definido, bastando para isso um telemóvel que descarregue o QRCode

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respetivo. Recorde-se que as caminhadas ou pedestrianismo são tão antigas como o próprio homem sendo o andar a pé, algo que o ser humano teve de fazer desde sempre para se deslocar de um lugar para outro, dentro do seu próprio território ou para alcançar territórios vizinhos. Na verdade, muitos dos caminhos que se percorrem na prática das caminhadas parecem ter sempre existido, para ir de uma aldeia a outra, para chegar a uma pequena ermida para aceder junto a cursos de água. Contudo, foi a questão civilizacional e religiosa o principal precursor das caminhadas e do pedestrianismo com o surgimento e criação de estradas por parte do império romano e as deslocações a locais de crença e oração, por parte da religião. O conceito de caminhada tal como se conhece atualmente, nasceu em França há cerca de cinco décadas. Ali começaram a criar-se os Percursos de Grande Rota (GR), tornando-se uma atividade associada ao montanhismo e ao excursionismo, mas com uma personalidade própria: um movimento cultural e de lazer para o grande público com foco na saúde, conhecimento e qualidade de vida das populações.


Com vários eventos nos próximos meses

Proença-a-Nova assinala em 2022 o Ano Municipal do Desporto e da Aventura O Município de Proença-a-Nova instituiu 2022 como o Ano Municipal do Desporto e da Aventura com o objetivo de, por um lado, promover a prática do exercício físico, tendo em conta os muitos benefícios que acarreta - independentemente da idade com que se pratica - e, por outro, possibilitar que as diferentes ofertas existentes no concelho se constituam como produto turístico, tanto as proporcionadas diretamente pelo Município, como pelos muitos parceiros com quem estabelece acordos de cooperação. “A seguir a um ano em que nos pediram para ficar em casa, evitar grupos e contactos, nada melhor do que incentivar a prática desportiva saudável e o gosto por descobrir o nosso território”, refere João Manso, vice-presidente da Câmara Municipal com a tutela do Desporto. “Queremos que este ano assinale o início de novos projetos, que garantam uma melhor qualidade na prática desportiva de todos, e também queremos que o nosso concelho seja uma referência no acolhimento de eventos desportivos de forma a captar mais visitantes e mais atividade económica para o nosso território”. São vários os projetos que estão pensados para este ano, alguns já em fase de conclusão, como o campo de desportos de areia junto à Praia Fluvial da Aldeia Ruiva que vai permitir alargar as modalidades já praticadas no concelho para todas aquelas que possam ser replicadas neste piso, como o futebol, o vólei, o futevólei, o ténis ou o andebol. O objetivo é acolher competições oficiais ou estágios de equipas portuguesas, aliando o campo à infraestrutura já existente neste local, que congrega a oferta do Parque de Campismo. É ainda objetivo do Município construir campos de padel, um skate park e uma pista de atletismo, requalificar os campos municipais de ténis, a piscina (aguardando-se financiamento), o ginásio e o campo de jogos do Peral e

concluir a construção do campo de futebol de 7 do Malhadal. Em termos de eventos, e se não houver indicações em contrário da Direção-Geral de Saúde, serão realizados o Rally da Cortiçada (dia 5 de Fevereiro), o Proença Cross Trail (a 12 de Março), a 1ª Taça Nacional de Ciclismo Júnior (a 20 de Março) ou o Proença-a-Nova CUP – futebol infantil (durante a Páscoa), a primeira prova da Taça de Portugal em Voo de Formação a 4 (19 e 20 de Março) e o Campeonato Nacional de Velocidade em Queda Livre - Speed Skydiving (a 21 e 22 de Maio). Estas iniciativas juntam-se às outras que já fazem parte do calendário anual, como o Torneio de Veteranos, as corridas da Cortiçada e da Cereja, as caminhadas mensais ou as possibilitadas no âmbito da Grande Rota da Cortiçada e dos percursos de pequena rota. Para além do atletismo, também o futsal, o futebol, o ténis e a natação são ofertas regulares, com a atividade do Núcleo de Juventude, da ADCPN, da Zonameeting e da Escola de Natação. Os estágios de Verão de basquetebol irão continuar dando seguimento à promoção desta modalidade. No Campo de Tiro da Nave à Metade, a aquisição de cinco novas máquinas permite dar novo impulso ao tiro desportivo. Ao nível do Aeródromo Municipal, tanto a Sky Fun Center como a Fly Proença proporcionam atividades lúdicas, como o salto tandem ou a viagem em paramotor bi-lugar, muitas vezes portas de entrada nestas modalidades. No campo da aventura, destaca-se ainda a escalada, o enduro BTT, o parapente e a Via Ferrata, tudo modalidades que podem ser realizadas de forma livre na Serra das Talhadas, bastando ter os conhecimentos e equipamentos adequados para a sua prática.

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Criando uma base de dados global

Cientistas querem prever o papel dos polinizadores de culturas agrícolas em todo o mundo Cinco investigadores do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra (UC) participaram na criação da primeira base de dados global, aberta e dinâmica, sobre polinização de culturas agrícolas, um projeto internacional que reúne mais de uma centena de cientistas.

Designada CropPol, esta base de dados, que é coordenada por dois investigadores da Estação Biológica de Doñana - CSIC, Espanha, inclui informação sobre 48 culturas agrícolas distribuídas por 3.000 localidades de cinco continentes e 32 países ao longo de três décadas, e permitirá compreender de que forma muda a importância dos polinizadores, dependendo da cultura e da região de estudo. Também possibilitará identificar culturas e regiões para as quais existem poucos dados, estimulando a recolha de informações para suprir essas lacunas de conhecimento.

Sabe-se que 75% das culturas agrícolas mundiais dependem, total ou parcialmente, de polinizadores para a produção de alimento. No entanto, apesar dos grandes progressos no conhecimento sobre os efeitos dos polinizadores na produtividade agrícola, a capacidade de prever as taxas de visita e a produtividade ainda é limitada, devido à grande variação observada entre colheitas, anos e regiões. Assim, a CropPol foi criada para compilar os dados de polinização de culturas disponíveis em estudos científicos publicados em todo o mundo e, dessa forma, aglomerar o conhecimento e ajudar a prever os serviços de polinização. De acordo com Sílvia Castro, investigadora do Centro de Ecologia Funcional da UC, “esta base de dados oferece aos investigadores uma oportunidade única para explorar padrões e tendências globais e trabalhar em soluções de gestão sustentável e valorização da biodiversidade”. A investigadora sublinha que a polinização das culturas “é um dos muitos benefícios que o ser humano obtém diretamente da natureza, além da regulação do clima ou purifica32

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ção da água, entre outros”. No entanto, “as alterações no uso do solo, juntamente com outras pressões induzidas pelo ser humano, como as alterações climáticas, estão a acelerar a extinção de muitas espécies animais, o que compromete dramaticamente a interação entre plantas e polinizadores”. Por isso, acrescenta Sílvia Castro, “compreender como funciona a polinização das culturas agrícolas é crucial para encontrar soluções mais sustentáveis”. Os dados são de acesso aberto e estão acessíveis a todos os cidadãos e instituições – científicas ou não. “Qualquer pessoa ou entidade, desde ONGs até entidades da administração pública, pode aceder à informação e utilizá-la para perceber padrões globais, entender a polinização de uma cultura de importância local ou responder a novas questões. Para além de ser de acesso aberto, a base de dados terá uma natureza viva, ou seja, estará em contínuo crescimento e atualização. Cientistas e instituições que desejem contribuir com novos conjuntos de dados sobre polinização podem adicioná-los facilmente à base de dados”, referem os coordenadores da CropPol. Para divulgar a base de dados, construída no âmbito do projeto OBServ, financiado pelo Fórum Belmont 2017-2018 e BiodivERsA, a equipa internacional trabalhou num artigo científico, publicado na conceituada revista Ecology. Os dados recolhidos na CropPol serão usados para prever o nível de polinização esperado em diferentes culturas em todo o mundo. “Quantificar polinizadores e os seus serviços consome muito tempo e só pode ser feito para um pequeno número de campos de cultivo. Se pudermos usar um conjunto de variáveis fáceis de medir, como a quantidade de habitat natural ou precipitação para prever os níveis de polinização, será um grande avanço”, explica Alfonso Allen-Perkins, autor principal do artigo científico.


Com uma dotação global de 16 milhões de euros

Abertos avisos da agenda de inovação para agricultura O Ministério da Agricultura anunciou a abertura de quatro avisos, com 16 milhões de euros de dotação global, financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), da Agenda de Inovação para agricultura.

“Com uma dotação de quatro milhões de euros cada um e financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), os avisos agora anunciados dão resposta às iniciativas emblemáticas ‘Alimentação Sustentável’, ‘Uma Só Saúde’, ‘Excelência da Organização da Produção’ e ‘Promoção dos produtos agroalimentares portugueses’ da Agenda de Inovação da Agricultura 20/30 ‘Terra Futura’”, indicou, em comunicado. O primeiro aviso destina-se a estimular a produção nacional, a adoção de sistemas de produção e distribuição “mais sustentáveis” e as cadeias curtas de abastecimento. Por outro lado, pretende-se valorizar a dieta mediterrânica, o consumo de produtos de época e a carne de pequenos ruminantes autóctones. Já o segundo aviso pretende “estimular sinergias intersetoriais e harmonizar abordagens e metodologias” que permitam “avaliar, prever e prevenir” eventuais riscos de origem animal, alimentar, resistência aos antimicrobianos e outras ameaças. Através deste aviso, serão também sensibilizados os “atores setoriais e a sociedade civil” para a implementação do conceito de uma só saúde. Conforme adiantou o Ministério da Agricultura, o terceiro aviso tem por intuito contribuir para uma melhor coordenação e organização da produção, “apoiando o ganho de esca-

la, a valorização dos produtos agroalimentares nacionais e o aumento do rendimento dos produtores, através de atividades de investigação e inovação”. Por último, o quarto aviso destina-se a estimular a inovação dos produtos agroalimentares, atendendo às novas tendências de consumo. “Todas estas medidas, que materializam a Agenda de Inovação ‘Terra Futura’, vêm juntar-se a quatro concursos que já tínhamos lançados no âmbito do PRR, com uma dotação total de 16 milhões de euros, nas temáticas ‘Mitigação das alterações climáticas’, ‘Territórios vulneráveis’ e ‘Agricultura 4.0’”, referiu, em comunicado, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes. De acordo com a governante, os dois primeiros avisos encerrados “tiveram uma grande adesão”. A líder do Ministério da Agricultura referiu ainda que os avisos lançados e os anteriores “têm em comum o facto de financiarem projetos de investigação, desenvolvimento e inovação e de refletirem investimentos que ajudam Portugal a recuperar da crise pandémica, beneficiando o setor agrícola e contribuindo para o crescimento sustentável do país”. As candidaturas podem ser enviadas até, respetivamente, 29 de Abril, 30 de Setembro, 16 de Maio e 30 de Setembro, através do ‘site’ do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP). A Agenda de Inovação conta com 93 milhões de euros para a sua implementação, 45 milhões de euros dos quais destinam-se à dinamização de projetos de investigação e inovação.

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CURTAS Agrária de Coimbra promove VIII Curso de Fogo Controlado

A Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) leva a cabo, a partir de 25 de Fevereiro de 2022, a oitava edição do curso de curta duração de Fogo Controlado. O curso, que é reconhecido pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) para a credenciação de Técnicos Especializados em Fogo Controlado, destina-se a detentores de formação de nível 6 ou superior, de acordo com o Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), cujo programa inclua, obrigatoriamente, conteúdos programáticos de proteção e defesa da floresta, silvicultura, ciências agrárias, ciências do ambiente ou ecologia. Este curso contempla 49 horas de formação em sala aula (ao longo de duas semanas) e 70 horas de práticas de fogo controlado. É gratuito para atuais alunos do Mestrado em Recursos Florestais da ESAC e tem um custo de 500,00€ para antigos alunos de formações de nível 5 ou superior na área das ciências florestais, de 750,00€ para outros atuais ou antigos alunos da ESAC que cumpram os requisitos e de 1.000,00€ para formandos externos. O custo inclui a taxa de inscrição, o certificado e o seguro. Os interessados devem fazer a sua inscrição até ao próximo dia 31 de janeiro, sendo que o formulário de inscrição e informações detalhadas sobre o curso se encontram disponíveis em http://portal. esac.pt/portal/portal/ingresso/cursosdecurtaduracao. Para informações adicionais deverão contactar Joaquim Sande Silva (jss@esac.pt; 239802284).

Candidaturas para jovens agricultores abertas até 11 de Março

A consultora agrícola Espaço Visual vem alertar os agricultores portugueses e potenciais empreendedores agrícolas, entre os 18 e os 40 anos, que estão novamente abertas até 11 de Março as candidaturas às medidas “Jovens Agricultores”, que irão ser distribuídas por 4 avisos. Estas candidaturas foram encerradas em 5 de Fevereiro para os territórios de baixa densidade, tendo agora sido reabertas para todo o território nacional. Os beneficiários são jovens que à data da apresentação da candidatura tenham idade compreendida entre os 18 e os 40 anos ou que se instalem pela primeira vez numa exploração agrícola. É ainda condição de acesso a estas candidaturas, os jovens agricultores não terem recebido apoios anteriormente e que detenham a titularidade de uma exploração agrícola (propriedade, arrendamento, por exemplo).

Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço é em Abril 34

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Koppert apresenta nova imagem corporativa inspirada na natureza A Koppert lançou uma nova imagem corporativa. O novo logótipo e identidade visual expressam o compromisso da empresa com a agricultura 100% sustentável e a alimentação saudável. A nova imagem de marca substitui a utilizada pela Koppert nos últimos 30 anos e reflete a sua ligação à natureza. “A nossa missão de contribuir para a saúde das pessoas e do planeta através da parceria com a natureza levou-nos até onde estamos hoje: uma organização orientada por propósitos sólidos e valores fundamentais fortes. A nossa nova marca reflete essa missão e valores, garantindo que o que defendemos se reflete consistentemente na forma como comunicamos”, afirma o Chief Strategy Officer (CSO) da Koppert, Peter Maes. A Koppert tem escritórios em 30 países e as suas soluções biológicas são usadas por agricultores de todo o mundo, em mais de 100 países. Ao longo de mais de meio século de vida, esta empresa familiar evoluiu de microempresa pioneira, com quatro colaboradores, para líder mundial de soluções para controlo biológico de pragas e doenças em culturas agrícolas e ornamentais.

Olimpíadas da Biotecnologia desafiam alunos do secundário

Já estão abertas as candidaturas para a XVI edição das Olimpíadas da Biotecnologia, iniciativa da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica no Porto e da Sociedade Portuguesa de Biotecnologia, que tem como objetivo fomentar a cultura científica junto dos alunos do ensino secundário de todo o país. Paula Teixeira, investigadora e docente na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica, explica que “todos os anos somos surpreendidos com a originalidade dos trabalhos apresentados e pelo forte envolvimento de professores e alunos”. Lançada em 2005, esta iniciativa pretende promover “a cultura científica e tecnológica junto dos jovens do ensino secundário, o conhecimento sobre biotecnologia nas suas múltiplas vertentes e o interesse por atividades à escala nacional”, acrescenta. Os alunos do ensino secundário, que queiram colocar à prova o conhecimento nesta área, podem inscrever-se até ao dia 21 de janeiro através do formulário disponível aqui. Está prevista a realização de duas eliminatórias, uma local e outra à escala nacional, para além da grande final no dia 20 de Maio de 2022.

Está marcada para os dias 22, 23 e 24 de Abril, a edição 2022 da Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço (PAFM). Produtores de alvarinho e de fumeiro da sub-região Monção Melgaço marcam presença na Festa. Graças a uma promoção adequada ao evento e a algumas parcerias importantes, a FAFM é um evento incontornável das festas gastronómicas do país, atraindo pessoas dos diversos pontos do território nacional e também um grande número de espanhóis, sobretudo da vizinha Galiza. São os dias dedicados ao alvarinho e fumeiro de Melgaço, mas também à excelente gastronomia e às diferentes experiências que o território oferece.


Inova e recupera tradição secular

Palmela lançou queijo curado em folha de castanheiro

Conhecida pela sua diversificada oferta gastronómica que contribui para a dinamização da economia e a valorização do território, Palmela lançou o mais recente queijo curado em folha de castanheiro.

Produzido pela queijaria Simões, este produto de elevada qualidade tem registado grande procura, contribuindo para afirmação dos recursos endógenos e o desenvolvimento económico local. Esta inovação que contribui também para a valorização turística local tem, ainda, um fator diferenciador subjacente, que lhe desvendaremos já em seguida. A Queijaria Simões é o mais recente parceiro de Lisboa Romana | Felicitas Iulia Olisipo, projeto desenvolvido pelos municípios da Área Metropolitana de Lisboa, com o objetivo de promover, valorizar e divulgar o património arqueológico, com particular enfoque na época romana. Sabia que o queijo, por ser um alimento bastante nutritivo, esteve sempre presente nas principais refeições dos romanos? No livro de cozinha do gastrónomo Apício (25 a.C. - 37 d.C.) existem diversas referências a este lacticínio, demonstrando que o queijo foi uma iguaria muito apreciada pelos romanos. Este produto junta-se a outros já existentes, lançados por parceiros da Rede Metropolitana, nomeadamente o vinho da Quinta de S. Sebastião (Município de Arruda dos Vinhos), a conserva de sardinha (Município de Sesimbra) e o Mel (Município de Loures).

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Segundo a Associação Ambientalista Quercus

Lei do clima é um dos melhores factos do ano de 2021 A associação ambientalista Quercus destacou a aprovação da Lei de Bases do Clima como um dos melhores resultados de 2021, contrapondo a concessão de minas sem avaliação de impacto ambiental como um dos piores.

Em comunicado, a Quercus apela ao governo para que reconheça que a situação de “emergência climática” definida na lei aprovada em Novembro pelo parlamento e promulgada pelo Presidente da República em Dezembro exige que Portugal esteja em situação de neutralidade carbónica “o mais tardar em 2040”. Governos, autarquias e empresas devem investir mais na conservação de áreas naturais, defende a associação, que critica a assinatura de contratos de concessão de exploração de minas sem que estejam concluídos processos de avaliação de impacto ambiental. A Quercus invoca ainda o “falhanço do processo de avaliação de impacte ambiental” relativo ao novo aeroporto no Montijo, “enviesado e incapaz de promover a proteção das zonas húmidas do local e o respeito pelos valores legais do ruído”. Critica ainda que “o Governo esteja a preparar um diploma legal para fazer aumentar os limites máximos de área de plantação de eucaliptos por município”, um acréscimo global de “cerca de 37 mil hectares” em relação à meta definida para 2030, de 812 mil hectares, que consta da Estratégia Na-

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cional para as Florestas. A associação reclama o cumprimento das metas de gestão de resíduos, apontando a ambição de “redução de 10 por cento da deposição de resíduos”, mas indicando que mais de 60% dos resíduos urbanos continuam a acabar em aterro. De positivo, a Quercus saúda a proibição de colocação no mercado de produtos de plástico de utilização única como cotonetes, talheres, palhas, pratos ou copos, “contribui não só para reduzir o consumo de produtos de origem fóssil” como a redução da produção de resíduos que acabam por escapar à reciclagem. No plano internacional, a associação considera que a conferência do clima das Nações Unidas (COP26) “não conduziu à assinatura de um acordo que regulamente os Acordos de Paris” de contenção do aquecimento global até final do século. No entanto, há “resultados positivos” nos acordos para redução das emissões de metano, combate à desflorestação e redução de motores a combustão. Este ano, a capital portuguesa recebe a conferência das Nações Unidas sobre os oceanos, que a Quercus considera ser “um momento crucial para estabelecer princípios internacionais” de proteção de zonas oceânicas, zonas de rios e luta contra a poluição por microplásticos. No caso de Portugal, a Quercus refere que no ano passado, o governo se comprometeu a que Portugal gira de forma sustentável todas as áreas oceânicas sob jurisdição portuguesa.


De 19 a 23 de Janeiro, em Madrid

Feira Internacional do Turismo quer gerar confiança no mercado A Feira Internacional do Turismo de Madrid (Fitur), uma das maiores do mundo, vai receber de 19 a 23 de Janeiro quase 7.000 empresas do setor oriundas de 107 países, entre os quais de Portugal. De acordo com os organizadores, o evento de cinco dias terá 600 expositores, 6.933 empresas e a República Dominicana como o país parceiro do evento. A feira em Madrid tem como grande objetivo gerar confiança no mercado, encorajar o setor das viagens e realçar a importância do turismo de negócios, depois de quase dois anos em que o setor foi dos mais atingidos pela pandemia de covid-19, segundo os organizadores da feira.

“Esperamos que seja lançado um sinal de esperança e inequívoco do potencial de uma indústria que precisa de retomar a normalidade de uma atividade que demonstrou nos últimos meses a sua grande resistência”, afirma num comunicado o IFEMA (Feira Internacional de Madrid), que organiza o certame. “Temos que aprender a conviver com a pandemia”, afirmou, por seu lado, o presidente do comité executivo do IFEMA, José Vicente de los Mozos, acrescentando que “a

atividade das viagens está a recuperar a um ritmo cada vez mais robusto”. Como habitualmente, nos três primeiros dias da Fitur (19, 20 e 21 de janeiro) apenas poderão entrar profissionais do setor e os dois dias do fim de semana (22 e 23) são reservados para o público em geral.

Municípios de Pinhel e S. João da Pesqueira presentes Segundo o catálogo de expositores, Portugal vai ter cerca de 80 entidades a mostrar a sua oferta turística, entre um total de 600 “expositores titulares”. Dos 107 países que vão estar presentes 70 vão ter “participantes oficiais” e nesta área Portugal tem nove entidades: Município de Proença Nova, Turismo de Setúbal, Município de Mafra, Município de Freixo de Espada a Cinta, Município de Braga, Vinhos de Lisboa, S. João da Pesqueira - Coração do Douro, Município de Pinhel e VisitPortugal. A fim de garantir a realização normal da Fitur, e num contexto marcado pelos elevados níveis de vacinação registados em Espanha, será “exigido” a todos os participantes da União Europeia o respetivo certificado europeu de vacinação, e aos restantes visitantes os mesmos requisitos solicitados atualmente nas fronteiras espanholas, como um certificado digital reconhecido como equivalente. Também será obrigatória a utilização de máscaras dentro das instalações e haverá controlos de temperatura. Os números da participação previstos estão muito próximos dos níveis anteriores à pandemia, visto que serão ocupados oito pavilhões do IFEMA (em 2021 eram apenas três), com uma área de exposição de 56.700 metros quadrados. A edição de 2020 da Fitur realizou-se normalmente em Janeiro desse ano, antes da pandemia, mas a de 2021 seguiu um esquema semi-presencial, em Maio, com uma participação física reduzida.

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No próximo dia 29 de Janeiro

Município de Ansião realiza Feira do Pinhão e revive a tradição O município de Ansião realiza no próximo dia 29 de Janeiro a Feira do Pinhão, um certame centenário que promove um dos produtos que, em tempos não muito distantes, teve grande relevância na economia local.

“O atual contexto, em que partilhamos uma realidade pouco favorável a festas e encontros, irá, no entanto, permitir que na Praça do Município os visitantes possam encontrar pinhões. uma exposição de produtos endógenos e artesanato”, para além “animação musical, no mercado, nas ruas e na praça”, referiu a vereadora da Cultura da Câmara de Ansião. Cristina Bernardino destacou que “a importância deste evento centenário remonta a tempos áureos, em que uma feira era essencialmente tempo de escolher as sementes a deitar à terra, aquelas que iriam nascer e matar a fome a tanta gente, num meio essencialmente rural e pobre”. Num olhar histórico, a responsável pela Cultura da Câmara de Ansião lembra que “era nesta feira, numa altura em que a maioria dos casamentos acontecia no Inverno, que se adquiriam os produtos para oferecer aos noivos e que compunham a ‘penhora’, feita de milho, talheres, louça, fruta, panos, etc., coisas essenciais a quem iria começar uma vida a dois”. Nessa altura, “havia música, havia baile. Havia festa”. Por isso “era,

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também, uma oportunidade de convívio e, quiçá, a ocasião favorável para encontrar aquela ou aquele com quem se pretendia namorar. Por isso, se enraizou este hábito de oferecer uma enfiada de pinhões, como símbolo de um compromisso para a vida”, salientou Cristina Bernardino. Recuando na história, refere a responsável, “sabemos que esta feira se realizava na aldeia da Constantina, onde acorriam tantos peregrinos à Nossa Senhora da Paz. O recinto foi ficando pequeno para o número de pessoas que chegavam dos sítios mais longínquos. Achou-se por bem, então, que a feira deveria ser mudada para um espaço mais amplo e central, passando a acontecer na Praça do Município”. Ansião terá sido, em tempos, terra de pinhões. No entanto, “todos ou quase todos os pinhões que agora encontramos são trazidos de outras regiões”, salienta Cristina Bernardino, acrescentando que “seja qual for a sua origem, é do conhecimento geral que Ansião rima com pinhão e é aqui a sua grande festa”. A tradição de visitar a Feira permite, atualmente, reviver e passar às gerações vindouras “este importante gesto de oferecer uma enfiada que, não sendo de ouro, porque a terra é pobre, é dourada”. “E reveste-se desse simbolismo tão resistente e valioso quanto o ouro, que é quando nos impele a cuidarmos uns dos outros”, destaca Cristina Bernardino.


Com várias provas internacionais

Castro Daire quer afirmar-se no desporto de montanha O município de Castro Daire quer afirmar-se internacionalmente no desporto de montanha e, este ano, conta com um “vasto calendário” de provas e ambiciona ser centro de estágio internacional. “Este ano vamos ter os melhores atletas nacionais e internacionais da Corrida de Montanha, num calendário que tem no Montemuro Vertical Run o seu ponto mais alto, porque está integrado na Taça do Mundo da WMRA, e nós vamos representar Portugal”, destacou Pedro Pontes.

O vereador do desporto disse que, além desta prova mundial, o concelho acolhe, também em 2022, “uma das provas da Taça de Portugal de Corrida de Montanha” da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) e, “também da Federação, o Campeonato Nacional de Corrida de Montanha”. Este campeonato, adiantou, “servirá para apuramento da seleção nacional para o campeonato europeu de corrida de montanha, que se vai realizar em França”, em 2023. Tudo “fruto de toda a estratégia que o município tem vindo a realizar nos últimos quatro anos, com uma forte aposta na Serra do Montemuro, uma das mais altas do continente e que tem todas as condições” para o desporto de montanha.

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