Com a presença da Ministra da Agricultura e da Alimentação
Taboadella inaugurou adega e projeto de enoturismo Destacando o Dão como região de referência recordou Luísa Amorim, no discurso inaugural. A Quinta Nova mundial incontornável, a Taboadella distingue-se de Nossa Senhora do Carmo, no Douro, foi adquirida quase 130 anos depois, um projeto com 20 anos de existência e vinhos pelos 42 hectares de mancha única de vinha, pelos de exceção reconhecidos mundialmente. “Em 2008, uma visita a vinhos de perfil e riqueza que espelham o terroir terras vizinhas despertou em nós outro grande interesse, o Dão. único que lhes dá origem e pela oferta de enotu- Desta vez, não esperámos mais de um século e em 2018 surgiu a rismo que inclui a Wine House, de onde partem oportunidade de adquirir a Taboadella, que entendemos ser um visitas regulares à vinha e à adega - uma das obras lugar diferente, com uma identidade muito própria”. Revelada a placa de inauguração pela Ministra da Agricultura de arquitetura mais emblemáticas da região - e e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, na presença do preainda pela Casa Villae 1255, a antiga casa senhosidente da CVR Dão, Arlindo Cunha, e do presidente da Câmara rial da propriedade agora convertida num alojade Satão, Alexandre Vaz, a visita à adega da Taboadella foi um mento exclusivo e inédito na região.
dos momentos altos do dia. Uma obra de arquitetura icónica na O Dão é a região clássica em Portugal, a primeira a ser região, o projeto, com assinatura do arquiteto Carlos Castanheira, demarcada para os vinhos não licorosos. Foi aqui, num tem como premissa uma forte ligação com a natureza, e a promoterritório recortado por serras e rios puros, povoado por ção da biodiversidade através do uso de materiais como a cortiça matas e florestas, que a família Amorim decidiu refore a madeira assumindo assim um caráter ecológico e sustentável. çar a sua posição no mundo vitivinícola. A Taboadella é Trata-se de um edifício de 2500 m2, com duas naves (vinificação uma propriedade com raízes ancestrais, que nos próxie barricas) concebidas para manter um equilíbrio perfeito entre luz e mos anos pretende assumir-se como uma das grandes sombra, permitindo apenas a entrada de luz natural necessária para referências de vinhos e do enoturismo no Dão, uma criar o ambiente e a temperatura ideal. Aqui todo o processo de viregião que muitos apontam ser o grande futuro em nificação é feito por gravidade, “sob medida”, em cubas de cimento Portugal. e cubas tronco-cónicas de inox de última geração. Dentro da adega, “Quando, em 1870, a família Amorim lançou o seu destaca-se ainda o Barrel Top Walk, um passadiço construído em maprimeiro negócio de produção de rolhas de cortiça deira reciclada oriunda de florestas beirãs, que permite passear em para as caves de vinho do Porto, iniciámos também altura sobre a sala das barricas e que viria a antecipar a construção do uma relação muito especial com o mundo vinícola”, TreeTop Walk de Serralves, pela mão do mesmo arquiteto.
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