Gazeta Rural nº 408

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Diz o presidente da Câmara de Moimenta da Beira

Estudo sobre pesticidas na fruta está “desfasado no tempo” O presidente da Câmara de Moimenta da Beira disse que o estudo europeu divulgado sobre o uso de pesticidas na fruta está “desfasado no tempo”, porque, atualmente, “a maçã está praticamente livre”.“Eu acredito em todos os estudos, porque acredito no saber e na informação científica, no entanto, os estudos têm o seu tempo e este revela dados com nove anos, está completamente desfasado no tempo”, considerou Paulo Figueiredo.

minadas, o mesmo acontecendo com cerca e metade das peras e metade dos pêssegos. Observando os dados dos nove anos, de 2011 a 2019, o estudo indica que os frutos mais contaminados foram as amoras (51% das amostras), seguidas dos pêssegos (45%), dos morangos (38%), das cerejas e dos alperces (35%). No mesmo período, os países que produziram frutas mais contaminadas foram, por ordem decrescente, a Bélgica, a Irlanda, a França, a Itália e a Alemanha. “Isto está destorcido no tempo, porque nos últimos dois, três anos tem havido uma evolução fantástica a este nível e, por exemplo, os nossos fruticultores O presidente da Câmara de Moimenta da Beira reagiu têm aplicado e implementado regras muito específicas da assim ao estudo divulgado pela rede PAN Europa, criada União Europeia que obrigam à redução dos pesticidas”, defenem 1987 e que reúne 38 organizações de consumidores, deu o autarca de Moimenta da Beira. de saúde pública e ambientais, entre outras. Paulo Figueiredo disse ainda que “uma boa percentagem das A PAN Europa, que faz parte da “Pesticide Action Nemaçãs, que é a fruta principal do concelho, tem níveis muito retwork” (PAN), fundada em 1982, é uma rede de mais de duzidos, com os níveis de toxidade praticamente a zero” e isto, 600 organizações não governamentais, instituições e continuou, “porque cumprem com as normas europeias”, tanto pessoas de mais de 60 países que procura minimizar os “para a sustentabilidade ambiental como para a saúde”. “E as efeitos negativos dos pesticidas perigosos, e substituínossas maçãs passam por uma série de análises, nomeadamente -los por alternativas ecologicamente corretas e socialatravés das grandes superfícies, que fazem de forma constante mente justas. a todos os lotes fornecidos, assim como os próprios produtores O estudo refere que as maçãs e peras cultivadas em que também controlam”, acrescentou. Portugal estão entre as frutas com maior quantidade O autarca disse “lamentar este tipo de estudo desfasado no de pesticidas perigosos, com base numa análise a fruta tempo, principalmente quando já não corresponde à realidade e fresca europeia relativamente a 2019. Em 85% das pesó vem criar impacto negativo junto dos fruticultores que, são os ras portuguesas testadas e em 58% de todas as maçãs que menos ganham e mais trabalham para a qualidade da maçã”. testadas foi encontrada contaminação por pesticidas “Neste momento, Moimenta da Beira é responsável por cerca perigosos. A nível da União Europeia, segundo o esde 20% da produção nacional da maçã e se juntarmos os municítudo, as taxas de contaminação tanto para maçãs pios aqui à volta, como Armamar, Sernancelhe e Lamego, acredito como para peras mais do que duplicaram entre 2011 que somos responsáveis por mais de 50% da produção nacional”, e 2019. referiu. Em relação a 2019, indicam as análises feitas na Paulo Figueiredo sublinhou a qualidade da maçã desta região do Europa, metade de todas as amostras de cerejas tinorte do distrito de Viseu e considerou que “é de qualidade e é das nham sido contaminadas com pesticidas, um terço melhores maçãs do País e do mundo”, concluiu. (34%) de todas as maçãs estavam também conta32

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