No primeiro trimestre de 2022
Vinhos do Dão registam aumento superior a 20% nas exportações vai para o canal Horeca é maior e também por isso foi das que mais se ressentiu em 2020”, justificou. Agora, com as restrições da pandemia a abrandar por todo o mundo e a reabertura de restaurantes e hotéis, Arlindo Cunha disse que está a dar-se a “retoma, não só no Dão, porque todas as regiões cresceram e o país cresceu” também. “Mas nós tivemos um crescimento muito grande. Não haverá um fator novo, há sim uma tendência de crescimento da região do Dão, que tem mais de 10 anos, e que tem sido sistemática, com exceção do período de covid-19”, defendeu. Isto, porque, explicou, na última década a CVR do Dão tem feito “uma aposta muito grande” na promoção dos vinhos da região por todo o mundo e, por isso, este crescimento” é agora uma realidade. “Gastamos cerca de metade do nosso orçamento para promoção, quer no mercado interno, quer no externo, ou seja, todos os anos gastamos perto de um milhão de euros na promoção”, O presidente da CVR do Dão assumiu que foi admitiu. E a título de exemplo disse que o diretor executivo da CVR Dão, “das regiões que mais cresceu em termos de Pedro Mendonça, juntamente com alguns produtores, estiveram exportação” e, atualmente, o Dão está “mais no Brasil, a participar em eventos de vinhos de Portugal no Rio de ou menos a atingir os níveis que tinha antes Janeiro e em São Paulo”. “O vinho é dos setores mais internacioda covid-19”. “Ou seja, estamos num processo nalizados da nossa economia e se não andarmos a bater sempre normal de recuperação. E, internamente, a cer- os mercados e a dar a conhecer os nossos produtos não temos sutificação dos vinhos do Dão já ultrapassou os cesso”, assumiu Arlindo Cunha, que disse que será uma estratégia dados que tinha na pré-pandemia, no ano de a manter. Entre os principais países que compram os vinhos do Dão estão 2019”, avançou Arlindo Cunha. os Estados Unidos da América (EUA), Brasil, Canadá, Suíça e China, O presidente da CVR disse ainda que “os vinhos do e, depois, dentro da União Europeia, está a França, Alemanha, BélDão são os que mais vende, percentualmente, para gica e Luxemburgo. “Nestes países estará, seguramente, 75% das o chamado canal Horeca” (estabelecimentos hoteleiexportações do Dão. São de longe os melhores mercados, apesar de ros, de restauração e similares) em Portugal. “Porque a região exportar para 50 países. Mas estes são os mais importantes os vinhos do Dão estão muito associados à gastroe os nossos importadores pagam por um bom vinho e os do Dão são nomia, vão muito bem com a comida e, portanto, é reconhecidos, porque são vinhos muito elegantes”, disse. das regiões em que a percentagem dos vinhos que
Os vinhos do Dão registaram um aumento superior a 20% nas exportações no primeiro trimestre deste ano face ao período homólogo a 2021, disse o presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão. “São dados oficiais do INE [Instituto Nacional de Estatística]. Em volume, foi cerca de 14% e, em valor, cerca de 24%, o que implica um aumento do preço médio”, disse Arlindo Cunha.
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